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terça-feira, 3 de julho de 2018

CESAR CALLEGARI DEIXA PRESIDÊNCIA DE COMISSÃO DA BASE NACIONAL CURRICULAR O sociólogo Cesar Callegari anunciou sua saída da presidência da comissão que analisa a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino médio; “O atual governo diz que o 'novo ensino médio' já teria sido aprovado pela maioria dos jovens. Não é verdade. Nenhuma mudança chegou às escolas e talvez para a maioria elas nunca cheguem", diz ele em carta ao Conselho Nacional de Educação (CNE)



Não posso deixar de repercutir aqui o fato do sociólogo Cesar Callegari ter anunciado sua saída da presidência da comissão que analisa a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino médio. Venho acompanhando a construção da Base do Ensino Médio e assistindo as audiências e vejo que esta é uma atitude coerente em decorrência das graves consequências da Lei que institue a Reforma do Ensino Médio bem como da Base do Ensino Médio e a  forma em que vem se constituindo. 

Em carta ao Conselho Nacional de Educação (CNE) com data de sexta-feira, 29, Callegari explica os motivos que o levaram à decisão. "Como se pode constatar no documento preparado pelo MEC, com exceção de língua portuguesa e matemática (que são importantes, mas não as únicas), na sua BNCC desaparece a menção às demais disciplinas cujos conteúdos passam a ficar diluídos no que se chama de áreas do conhecimento. Sem que fique minimamente claro o que deve ser garantido nessas áreas", diz ele.
 “O atual governo diz que o “novo ensino médio” já teria sido aprovado pela maioria dos jovens. Não é verdade. Nenhuma mudança chegou às escolas e talvez para a maioria elas nunca cheguem. Alardeia a oferta de um leque de opções para serem escolhidas pelos estudantes, mas na sua BNCC não indica absolutamente nada sobre o que esses “itinerários formativos” devem assegurar”, critica Callegari em outro trecho.
 “Ao defender essas posições e essas propostas perante o nosso colegiado e perante a sociedade, entendo não ser mais adequada a minha permanência à frente da Comissão Bicameral da BNCC. A presidência de um colegiado exige um esforço de imparcialidade que já não posso oferecer”, diz ele.
Leia a íntegra da Carta, para saber os principais pontos questionados.

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