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sábado, 29 de abril de 2023

Princípio de Brandolini: por que desfazer besteiras é mais difícil do que criá-las?

Alberto Brandolini é um profissional de TI que postulou o seguinte princípio que diz que se um idiota produz (ou diz) uma besteira num tempo X, a energia necessária para desfazer a idiotice (ou refutar a besteira) custará uma ordem superior, no caso 10X para ter sucesso. Por isso que criar besteiras ou fake news é mais fácil do que desmentí-las. Exemplo, são as vacinas, é bem mais fácil dizer que haverá chips nelas do que explicar o processo de imunização. Mesma coisa com as urnas eletrônicas, é bem fácil dizer que elas erram do que se precisarmos explicar como elas realmente funcionam e são seguras. Vale também para a eficácia de remédios contra vermes e piolhos para a utilização em doenças diferentes. É uma perda de tempo e energia!

domingo, 17 de maio de 2020

Na dúvida não compartilhe.

A notícia vazou e percorreu todas as salas de aula: Fulana, da sétima série, estava grávida. Uma garota de 13 anos, em plenos anos 1970. Os pais já haviam sido chamados pela direção. Os comentários variavam de “pobre inocente, não sabia o que estava fazendo” até “começou cedo na safadeza”. A garota sumiu uns dias, os ânimos serenaram e a verdade finalmente apareceu: colegas rivais haviam espalhado o boato. Uma brincadeirinha. 

Boatos costumavam circular em locais restritos. Colégios, clubes, escritórios, no máximo pelas ruas do bairro: o prejuízo das vítimas era localizado. Vítimas? Exagero. Boato não feria nem matava, diziam. Eu discordava em silêncio. Boato feria e matava, sim.

Era um golpe baixo que ficava sem punição e que não deixava cicatrizes visíveis — alguém enxerga a alma destroçada dos outros?

Nunca imaginei que esta perversidade se sofisticaria. Hoje o boato ganhou um nome em inglês, seu alcance é ilimitado e o estrago não é pequeno: viramos, todos, seres manipuláveis — quando não manipuladores. Ninguém escapa do abjeto universo das fake news.

Água quente mata o coronavírus. Cartório registra primeira criança com o nome Alquingel. Governo russo solta leões na rua para forçar as pessoas a ficarem em casa. Se a notícia parece plausível ou se é completamente insana, tanto faz. Em segundos estará infestando as redes e transformando a todos em idiotas: os que propagam a desinformação e os que nela acreditam.

Ingerir vinagre engana bafômetros. Facebook doará um real para cada curtida que você der neste site. Sim, sim, não custa tentar, vá que. Porém, passando adiante essas falsidades, vamos criando, com pretensa boa-fé, um mundo fictício.

Até que você lê um texto ridículo atribuído a Arnaldo Jabor, e você repassa sem checar se é do Jabor mesmo. Ou assiste a um vídeo do Fabio Assunção dizendo coisas que não batem com o perfil dele, mas você ignora as evidências de que é apenas um clone e posta o vídeo no seu grupo de WhatsApp. O mundo fictício que você está ajudando a criar já não é mais fruto da sua boa-fé, mas da má-fé de quem está manipulando a sua inocência ou sua ignorância através de uma indústria cibernética de disseminação de mentiras.

As fake news podem ter seu alcance reduzido se nos habituarmos a checar tudo o que for suspeito. O material veio mal escrito? Não traz a data em que o pretenso fato aconteceu? É passível de montagem? Então verifique sua autenticidade em sites como Boatos.org, Catraca Livre, E-Farsas, Aos Fatos e Agência Lupa. Uma busca rápida no Google funciona também. Mantenha-se honesto e resista ao impulso do compartilhamento irresponsável. Você é bacana demais para difundir asneiras ou, pior ainda, virar cabo eleitoral de criminosos.

HOJE O BOATO GANHOU UM NOME EM INGLÊS, SEU ALCANCE É ILIMITADO E O ESTRAGO NÃO É PEQUENO: VIRAMOS, TODOS, SERES MANIPULÁVEIS — QUANDO NÃO MANIPULADORES.

MARTHA MEDEIROS

FONTE: Jornal da Globo de 17-05-2020

sexta-feira, 20 de março de 2020

CORONAVÍRUS, DESINFORMAÇÃO SÓ PIORA A PANDEMIA

Se tem uma coisa que espalha mais rápido sobre o CORONAVÍRUS é a desinformação sobre ele. Mas pouca gente tem noção do perigo que isso traz. Os estudos já comprovaram, notícias falsas se espalham 6 vezes mais rápido do que as verdadeiras. Isso ocorre porque normalmente as informações são tão absurdas que apelam diretamente para as nossas emoções. No susto de repente as pessoas já compartilharam, não deu nem tempo para verificar. Mas quando a gente está falando de um tema como o CORONAVÍRUS, é preciso ter muito cuidado. Vinte e sete (27) pessoas morreram intoxicadas no Irã depois que beberam álcool adulterado, acreditando em informações falsas de que as bebidas alcoólicas ajudam a curar o novo vírus. Em um momento como esse, em que sabe pouco, sobre em quanto tempo o vírus vai se espalhar entre os países é natural o sobresalto. Mas as autoridades de saúde em todo o mundo já alertaram,  muita calma nessa hora. O risco da desinformação é real e nesse caso chega a ser surreal o tanto de mentiras que as pessoas compartilham. Alguns exemplos: 
1-É fake que o Bill Gates ou a Cia obtiveram a patente do Coronavírus em 2015. 
2-É fake um texto que manda beber água quente para evitar o coronavírus. 
3-É fake que produtos importados da China podem conter coronavírus. 
4-É fake que vitamina C e limão combatem o coronavírus. 
5-É fake uma mensagem em vídeo que diz que o álcool em gel não funciona como forma de prevenção contra o coronavírus. Funciona sim. 

Esta duas últimas, são muitos bons exemplos, para entender porque passar adiante este tipo de mensagem  não verificada, é um grande problema. 

A ANVISA reforça que a lavagem de mãos com água e sabão e o álcool gel 70% são procedimentos padrão mais recomendado na literatura médica, para prevenção de infecção, não somente pelo coronavírus mas também por outros agentes patogênicos. Esse é o procedimento preconizado pelos serviços de saúde e preconizado por toda literatura sobre o tema. 
Sabe o que não tem na literatura, uma indicação de que a vitamina C combate o Coronavírus. Então, se você acredita nessas duas mensagens, você vai tomar a vitamina C e não vai usar o álcool gel, aumenta o risco e a vulnerabilidade. 
Não passar adiante este tipo de mensagem, é fundamental para as pessoas conseguirem atravessar esta crise. A desinformação tem o potencial de acelerar a propagação de doenças e novas epidemias. O próprio alarmismo que decorre desse tanto de mensagens já é um problema. Se não tem indicação, para que pessoas sem sintomas comprem máscaras por exemplo, você vai lá e compra para estocar, quando alguém que realmente precisa usar a máscara vai procurar, pode não encontrar, e o risco de epidemia com isto, aumenta mais do que nunca. 
É preciso sempre desconfiar quando as mensagens forem absurdas, do tipo, beber água sanitária para evitar o coronavírus. Recorra a fontes confiáveis de informação como site de notícias com profissionais treinados para apuração e verificação das histórias. Existe uma coisa no jornalismo, chamada responsabilidade jurídica. Quando algém escreve um texto ou faz um vídeo como este, está colocando a cara e o seu nome, assinando o negócio. Quando você recebe uma mensagem sem assinatura, mas compartilhada por alguém em que você confia, não tem como ter certeza de que essa pessoa verificou se aquilo alí é correto. Links para sites confiáveis e matérias assinadas por profissionais que existem de verdade são um bom antidoto. Além disso nesse caso de saúde pública é claro, tem um trabalho ágil e preciso dos portais oficiais do Ministério da Saúde e da Secretaria da Saúde do Estado e da sua cidade. 
Para terminar, apresentamos uma lista do que levar em conta quando receber uma mensagem dessas: 

 1-Verifique se o site é verdadeiro. Não tem site? Me ajuda aí. 
 2-A notícia tem data? É recente mesmo? 
 3-A notícia é assinada? Por quem? 
 4-Desconfie de notícias bombásticas. compartilhe com a cabeça, não compartilhe com o figádo. 

Este vídeo é muito bom para ser compartilhado. Este trabalho faz parte do canal de vídeos explicativos do Jornal Estado de Minas: o #praentender.

 

domingo, 1 de março de 2020

Cuidado com fake news sobre coronavírus Pesquisadora da USP rebate informações falsas que circulam nas redes e reforça: não há motivo para pânico. Lavar as mãos é uma das dicas reais de prevenção contra o coronavírus


São Paulo – Fake news é uma praga moderna. Alastra-se pelas redes sociais e aplicativos de forma viral. As mais recentes, além das disseminadas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, são as que tratam de formas de prevenção contra o coronavírus.

Em reportagem do Jornal da USP, a farmacêutica-bioquímica Laura de Freitas desmente algumas das muitas informações falsas que estão circulando país afora. Mestra e doutora em Biociências e Biotecnologia, a pesquisadora da USP pede para quem receber alguma mensagem duvidosa ou tiver mais dúvidas, entrar em contato com a equipe do Nunca vi 1 Cientista, pelo Facebook ou Instagram.

E, claro, nunca compartilhar mensagens sobre as quais não se possa checar a fonte das informações. Isso vale para qualquer mensagem, não só as que tratam do coronavírus.

“Se uma mensagem cita um artigo, mas não o mostra, desconfie. São grandes as chances de ser uma mensagem falsa”, ressalta a pesquisadora.

Por exemplo, lembra ela, não existem artigos que tenham medido quanto tempo o vírus dura nas mãos, mas é verdade que as mãos são as principais transmissoras de vírus e bactérias. “Lave as mãos após cumprimentar várias pessoas e tocar em objetos públicos, como corrimãos e maçanetas, e após usar o transporte público. Se não tiver como lavar as mãos imediatamente, o álcool em gel é uma boa alternativa.”

Laura Freitas ressalta: não há motivo para pânico. “Em pessoas jovens (menos de 40 anos) ele causa uma gripe e a taxa de mortalidade é de 0,2%, ou seja: morrem 2 pessoas a cada 1.000 infectadas.”

Coronavírus não causa fibrose

Uma das fake news sobre o coronavírus alerta que, como o infectado pode não mostrar sinais de infecção por muitos dias, quando tiver febre e/ou tosse e for ao hospital, os pulmões geralmente terão 50% de fibrose e será tarde demais. Assim, a falsa informação relata que “especialistas de Taiwan” ensinam uma autoavaliação “simples” que pode ser feita todas as manhãs em “ambiente com ar limpo”.

“Respire fundo e prenda a respiração por mais de 10 segundos. Se você completá-lo com sucesso sem tossir, sem desconforto, congestão ou aperto etc, isso prova que não há fibrose nos pulmões, basicamente indicando que não há infecção.” 

A cientista da USP desmistifica: “É verdade que após ‘pegar’ o vírus podemos passar vários dias sem ter nenhum sintoma até a doença ‘aparecer’. Chamamos isso de período de incubação. Mas não é verdade que ao termos tosse e febre os pulmões já estão com 50% de fibrose”.

A fibrose pulmonar, lembra Laura Freitas, é uma condição em que o pulmão “ganha várias cicatrizes”, ficando mais “duro”, e isso dificulta a respiração. “Mas isso leva anos para acontecer. A fibrose acontece quando a pessoa tem uma doença crônica, como doenças reumáticas, ou fica exposta no trabalho a coisas que causam inflamação nos pulmões. Infecção pelo coronavírus não causa fibrose pulmonar”, explica. Além disso, de acordo com a doutora, o diagnóstico de fibrose envolve sete etapas diferentes de exames, além de toda uma avaliação clínica pelo médico. “Prender o ar por 10 segundos não faz parte das etapas de diagnóstico.”

Beber água não mata o vírus

Outra fake news começa com uma frase célebre desse tipo de falsa informação: “conselhos excelentes sérios por médicos japoneses”. E segue receitando garantir boca e garganta sempre úmidas. “Tome alguns goles de água a cada 15 minutos, pelo menos… Mesmo que o vírus entre em sua boca, beber água ou outros líquidos os lavará pelo esôfago e pelo estômago. Uma vez lá na barriga, seu ácido do estômago matará todo o vírus. Se você não beber água suficiente com mais regularidade, o vírus pode entrar nas traqueias e nos pulmões. Isso é muito perigoso.”

A farmacêutica-bioquímica Laura de Freitas reforça que manter a hidratação do nariz e da boca realmente dificulta a infecção pelo vírus, mas não tem nada a ver com “lavar” o vírus pelo esôfago ou estômago. “Nosso nariz produz um muco natural que nos protege contra vírus e bactérias ao formar uma camada protetora em cima das nossas células”, informa a cientista. “Quando estamos desidratados ou o tempo está muito seco, a quantidade desse muco diminui, e isso facilita a entrada dos vírus e bactérias. Manter-se hidratado ajuda o corpo a se proteger de infecções respiratórias, mas não é uma garantia: depende do número de vírus que entrar no seu nariz/boca.”

E reforça: “as melhores medidas para se proteger são: lavar as mãos após cumprimentar pessoas e usar o transporte público (ou tocar em qualquer coisa pública), manter-se hidratado, comer de forma saudável e evitar aglomerações de pessoas”.

Calor e gargarejos não funcionam

Outra fake news afirma que vírus é fraco e não resiste ao calor. “Temperaturas de 26 ou 27° C já matam o dito cujo”, prega a mentira. 

A doutora, no entanto, lembra: a temperatura média do nosso corpo varia entre 36°C e 37°C. “Se o vírus ‘morresse’ a 26°C não seria capaz de causar uma infecção em humanos. Se o vírus estiver fora do corpo em um ambiente com temperatura alta, entre 30°C e 40°C, ele dura menos tempo ‘vivo’, porque vai ‘desidratar’ rápido, mas continua sendo capaz de causar infecção por bastante tempo.”

Ela avisa também que chá quentinho é gostoso, mas não vai matar o vírus. “O vírus infecta os pulmões, e o chá não chega até lá”, diz, desmentindo a receita que manda beber água quente ou chá quente para matar o coronavírus.

Outra informação falsa que circula nas redes sociais diz que uma das características do vírus é a tosse seca. E que por 3 a 4 dias ele ficaria restrito à garganta. “Assim, nesta fase fazer gargarejos já ajuda a minimizar o impacto. A 2a fase da doença dura 5 a 6 dias e nesta fase o vírus causa coriza e também infecta os pulmões causando pneumonia. A doença vencida este prazo se torna letal…a pessoa tem a sensação de estar respirando debaixo d’água.”

Para derrubar mais essa mentira, a cientista da USP explica que o coronavírus covid-19 (atual), assim como o SARS-CoV (2002), infecta as células do pulmão, não da garganta ou do nariz. “Eles usam o nariz e a garganta como porta de entrada no corpo apenas. A tosse e a coriza (nariz escorrendo) são sintomas do vírus se multiplicando e o nosso corpo reagindo. Fazer gargarejos não vai matar o vírus, mas pode aliviar aquela coceira na garganta. Por infectar as células do pulmão, ele pode mesmo causar pneumonia, mas isso só acontece nas pessoas mais debilitadas, com imunidade muito baixa, principalmente idosos (mais de 80 anos).”

domingo, 26 de janeiro de 2020

EXCELENTE CAMPANHA DO TSE CONTRA AS FAKENEWS.



No Brasil, existem agências especializadas em checar a veracidade de notícias suspeitas e de boatos, as chamadas fact-checking. 
Alguns grandes portais de notícias também criaram setores para checagem de informações.








quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Manipulação em vídeo é novo desafio eleitoral



Redes tentam reagir a conteúdo falso. Deepfake é novo desafio eleitoral

Gigantes da tecnologia como Google e Facebook se preparam para as eleições de 2020 no Brasil. Um dos principais desafios será conter o uso de vídeos fraudados (deepfake) que simulam declarações de políticos. Robôs serão usados para identificar notícias falsas.

No embate contra disseminação de notícias falsas e robôs na internet nas eleições municipais do ano que vem, as principais redes e plataformas de internet — Facebook, Google, Twitter, WhatsApp e YouTube — investem em mecanismos de checagem de informações, em cartilha e educação para usuários e, recentemente, fecharam acordos e treinamentos com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Justiça Eleitoral aprovou, na semana passada, punição a partidos ou candidatos que disseminarem conteúdo falso.

Manipulações de vídeos, quando o rosto de um candidato aparece falando algo que não disse, os deepfakes, são o novo alvo de preocupação. Tanto empresas quanto especialistas reconhecem, porém, que o cenário eleitoral pode trazer desafios ainda não previstos, uma aposta também compartilhada por especialistas.

A tecnologia usada nos deepfakes ainda é um entrave. Várias plataformas lançaram desafios públicos para treinar seus sistemas a identificar imagens falsas. Para isso, precisam construir uma base de dados de deepfakes, que ainda não é ampla o suficiente no país para “ensinar” máquinas a reconhecê-los. Quando a máquina identifica uma imagem, cria uma espécie de DNA dela. Toda vez que alguém tenta subir essa imagem, ela é removida.

“Estamos comprometidos em desenvolver as melhores práticas de inteligência artificial para reduzir o potencial de danos e abusos”, diz o YouTube em relação aos vídeos falsos. A plataforma apresentou recentemente dois recursos para evitar a desinformação: avisos que mostram se conteúdos exibidos como resultados de algumas pesquisas são verdadeiros, falsos ou parcialmente verdadeiros, e informações sobre a origem do financiamento de canais. As checagens no YouTube são fornecidas por agências aprovadas pela plataforma.

— Não é simples prever o que se destacará. De 2017 para 2018, todo mundo estava preocupado com o Facebook, que foi a grande questão nas eleições de Donald Trump nos Estados Unidos. Mas, nas eleições do ano passado no Brasil, o grande tema acabou sendo o WhatsApp - lembra Francisco Brito Cruz, diretor do centro de pesquisa em direito e tecnologia InternetLab.

RUMORES VIRAIS

Para ele, 2020 terá uma eleição bem diferente da de 2018, com demandas variadas:

— O número de candidatos está na casa de centenas de milhares. Cidades pequenas, grandes, do Norte, do Sul, terão questões muito distintas. E não há mão de obra para acompanhar de perto 5,5 mil disputas.

As plataformas afirmam que vão aumentar os investimentos em iniciativas como checagem de fatos, treinamentos e cursos de educação digital.

Em outubro, Google, Facebook, WhatsApp e Twitter aderiram ao Programa de Enfrentamento à Desinformação do TSE. Na prática, as plataformas se comprometeram a desenvolver mais ações que combatam a proliferação de informações falsas e a aprimorar as ferramentas de verificação de desinformação para 2020.

Conteúdos que podem enganar eleitores, além de perfis impostores que incentivam determinada posição política, também deram trabalho ao Facebook ano passado e continuam como desafio para 2020. A plataforma não tem política específica para notícias falsas: recebe ordens judiciais para remover conteúdos específicos e as cumpre. Muitas vezes, também, quem compartilha esse tipo de conteúdo viola outras políticas da plataforma, como contas falsas e discursos de ódio, e o conteúdo é removido. O Facebook deve lançar uma função em que posts considerados falsos pela parceria com agências de checagem fiquem com a imagem embaçada.

— Temos feito investimentos para identificar melhor novas ameaças e vulnerabilidades, removendo contas falsas e conteúdos que violam nossas políticas — diz um porta-voz do Facebook. — Temos trabalhado para priorizar o jornalismo profissional na plataforma e para dar mais contexto às pessoas sobre os conteúdos.

Já o WhatsApp afirma que o foco é reduzir os rumores virais, limitando o encaminhamento de mensagens. A plataforma mudou configurações de privacidade para grupos e adicionou um ícone de seta dupla para identificar mensagens encaminhadas frequentemente, como uma corrente de mensagens.

“No mês passado, enviamos ao TSE uma proposta que inclui a proibição expressa de mensagens em massa e outras práticas proibidas pelo WhatsApp e outras empresas de tecnologia em seus termos de serviço”, afirmou a companhia, em nota. Em 2018, 400 mil contas foram banidas no combate à desinformação.

Em 2018, no Twitter, contas automatizadas, os robôs, foram apontadas como propagadoras de notícias falsas. A plataforma diz que vai reforçar o trabalho de verificação de contas. E destacou, para 2020, o apoio ao trabalho do TSE e dos TREs, com treinamentos para juízes e assessores de comunicação, além de um e-mail específico de contato coma Justiça Eleitoral.

A verificação também ganhou espaço no Instagram. Segundo o aplicativo, os usuários receberão um aviso de que determinada publicação é falsa. As postagens terão distribuição limitada, não aparecerão na busca ou pesquisa por hashtag. No lugar, a plataforma vai oferecer links de artigos que desmentem o conteúdo.

O Google afirmou que pretende aprimorar os algoritmos para privilegiar conteúdos de fontes confiáveis e de qualidade na busca e no YouTube. A plataforma fez parcerias para combater notícias enganosas e investe em programas de educação midiática. “Criadores de desinformação nunca param de tentar encontrar novas maneiras de enganar os usuários”, diz o Google, em nota. “Nosso objetivo é formar parcerias e tomar ações que possibilitem lidar com a desinformação de maneira responsiva e adequada”, acrescenta o texto.

“O número de candidatos está na casa de centenas de milhares. E não há mão de obra para acompanhar de perto 5,5 mil disputas” Francisco Brito Cruz, diretor do InternetLab “Enviamos ao TSE uma proposta que inclui a proibição expressa de mensagens em massa” WhatsApp, em nota oficial.

O Globo 25 Dezembro 2019 ELISA MARTINS elisa.martins@oglobo.com.br SÃO PAULO PRESIDENTE DO TRE-RJ BUSCA PLANOS CONTRA FAKE NEWS, NA PÁGINA 6

TSE dará direito de resposta a candidato alvo de fake news - Tribunal também fará campanhas de informação e parcerias com empresas.

Criticado por não conseguir impedir a propagação de fake news em 2018, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vem adotando medidas como uma resolução que garante direito de resposta contra candidatos e partidos que espalham notícias falsas produzidas por outras pessoas; campanhas de conscientização; e parcerias com empresas de tecnologia.

O trabalho, desta vez, estará mais concentrado nos juízes eleitorais de primeira instância que atuam nos municípios e nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).

A resolução aprovada pelo TSE em 18 de dezembro, no entanto, tem alcance limitado. O texto prevê que, caso seja verificada a divulgação de informações falsas, o candidato ofendido poderá ter direito de resposta. Segundo o texto, é obrigação dos candidatos, partidos e coligações checarem a veracidade de quaisquer informações veiculadas em suas campanhas, mesmo aquelas produzidas por terceiros. Normalmente, partidos e coligações se defendem afirmando que não foram responsáveis pela produção da informação inverídica.

O ministro Luís Roberto Barroso, que integra o TSE e o Supremo Tribunal Federal (STF), foi o relator da resolução. Na sessão, ele disse que a norma é a “contribuição possível” da Corte.

— Se alguém achar que fake news vai ser enfrentada com decisões dos tribunais, não é assim que vai funcionar. Precisamos da consciência das pessoas e das plataformas —disse.

O ministro Luis Felipe Salomão, que integra o TSE e o Superior Tribunal de Justiça (STJ), afirmou esperar uma “linha mais colaborativa” das empresas em 2020. Mas chamou atenção para o desafio de não ferir a liberdade de expressão.

—Nossa grande preocupação é não impedir o debate, porque qualquer medida a mais pode implicar cerceamento de liberdade de expressão —disse Salomão.

O ministro Og Fernandes, que também integra o TSE e o STJ, diz estar otimista. Para ele, a Justiça Eleitoral está mais preparada em 2020 do que em 2018 para enfrentar a desinformação, e estará mais ainda em 2022:

— Eu vejo que elas (as empresas) podem não censurar, mas atuar assertivamente no sentido de perceber onde há o abuso. Aliás, isso já aconteceu.

Além das fake news, a Justiça Eleitoral poderá ter outras preocupações na eleição, como as candidaturas laranjas, em especial de mulheres.

— A prestação de contas é sempre um problema, a questão de tentar evitar as candidaturas laranjas. Acho que esses são alguns dos temas relevantes —avaliou Salomão.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Com um ano de atraso, TSE finalmente proíbe disparo em massa pelo WhastApp Quando a Folha revelou a prática na campanha de 2018, muitos negavam que existisse, e Judiciário confundia com impulsionamento

     Reprodução:Chips usados em empresa para enviar mensagens de WhatsApp em massa
Mais de um ano após a publicação das reportagens da Folha, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) finalmente passou a punir o envio em massa de disparos de mensagens por WhatsApp nas campanhas eleitorais, revelado pelo jornal. A resolução publicada nesta quinta-feira (19) pelo TSE, que regulamenta propaganda eleitoral na internet, proíbe o “disparo em massa de mensagens instantâneas”, além de responsabilizar quem divulgar informação falsa na campanha.

Quando fizemos as primeiras denúncias sobre o uso de disparos em massa de WhatsApp para disseminar propaganda e desinformação na campanha eleitoral de 2018, entre outubro e dezembro de 2018, muita gente disse que isso nem existia. Políticos e integrantes de campanhas afirmavam que não havia nenhuma automação, nenhum software contratado, era tudo “orgânico”.
O próprio TSE não sabia a diferença entre impulsionamento –forma de dar mais destaque a propagandas e postagens no Facebook e Twitter, que é contratada diretamente das plataformas– e disparos em massa no WhatsApp –feitos por agências de marketing contratadas pelas campanhas ou por apoiadores, que não envolvem nenhum pagamento direto ao WhatsApp.

Na época, o então relator da prestação de contas de Jair Bolsonaro, ministro Luís Roberto Barroso, determinou que Google, Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp informassem todas as contratações “de impulsionamento de conteúdos na rede mundial de computadores em favor do candidato eleito à Presidência da República, senhor Jair Messias Bolsonaro, com o detalhamento individual de cada uma das operações.”

A pergunta estava errada: os disparos de WhatsApp eram contratados de agências, não da plataforma, e por apoiadores, não diretamente pela campanha.

“É preciso fazer distinção entre impulsionamento e disparo. Impulsionamento é definido pela legislação eleitoral como atividade contratada e mediante pagamento. WhatsApp não faz impulsionamento, e os termos de uso vedam expressamente os disparos em massa”, afirmou Thiago Sombra, representante do WhatsApp, durante a audiência pública do dia 27 de novembro, que tratou da resolução do TSE.

Foi o próprio WhatsApp, ao lado de Facebook, InternetLab e SaferNet, que pediu que a legislação contivesse uma proibição expressa aos disparos em massa.

“A maior contribuição que o WhatsApp quer dar a essas eleições se relaciona ao artigo 34, que veda a propaganda eleitoral via telemarketing. Nossa sugestão é que se estenda (a proibição) a ferramentas que ofereçam mensagens eletrônicas em massa automatizadas ou através de spam”, disse Sombra, e a sugestão foi incorporada na resolução.

Segundo ele, a empresa espera que “a legislação eleitoral coíba uso de ferramentas de mecanismos de disparo em massa para evitar o que vimos em termos de desinformação.”

Conforme revelaram as reportagens da Folha, as campanhas ou apoiadores contratavam agências de marketing para dispararem em massa milhares de mensagens para grupos de WhatsApp ou usuários.  

A resolução também proíbe a utilização, doação ou cessão de dados pessoais de clientes de empresas, em favor de candidatos, de partidos políticos ou de coligações, e a venda de cadastro de endereços eletrônicos.
Reportagens da Folha mostraram como agências recorriam ao uso fraudulento de nome e CPF de idosos para registrar chips de celular e garantir o disparo em massa de lotes de mensagens em benefício de políticos. Outras empresas vendiam bancos de dados com nomes, números de celulares e perfis de pessoas para quem eram enviadas as mensagens políticas.

Em documento enviado pelo WhatsApp à CPMI das Fake News no mês passado, a plataforma afirmou que baniu mais de 400 mil contas do Brasil entre 15 de agosto e 28 de outubro de 2018, período da campanha eleitoral do ano passado.

Se, na época, o TSE tivesse pedido, e o WhatsApp tivesse fornecido, os números de telefones que foram banidos pela plataforma durante a campanha por uso irregular (disparo em massa), seria possível identificar de onde vinham esses disparos, a partir do IP. No entanto, como a plataforma só é obrigada a guardar esses metadados por seis meses, dificilmente forneceria essas informações agora.

"Em 2017, a lei eleitoral deu ao TSE a responsabilidade e o poder de regulamentar a propaganda 'de acordo com o cenário e as ferramentas tecnológicas existentes em cada momento eleitoral, e é isso que o Tribunal está fazendo. A inclusão da vedação a disparos em massa e os dispositivos novos sobre privacidade se complementam no enfrentamento de problemas reais e nos quais o enquadramento jurídico dependia de maior interpretação. É um passo importante até mesmo para conscientizar juízes que enfrentarão os casos vindos de eleições municipais sobre os instrumentos que eles têm à sua disposição", diz Francisco Brito Cruz, diretor do InternetLab.

Outro ponto importante da legislação foi estabelecer que candidatos, partidos e coligações terão o dever de checar o conteúdo que forem usar na campanha, mesmo que tenha sido produzido e divulgado por terceiros, como sites de notícias. A novidade, conforme explicou o repórter Reynaldo Turollo Jr.,  é que o ofendido pela informação falsa terá direito de resposta.

“A utilização, na propaganda eleitoral, de qualquer modalidade de conteúdo, inclusive veiculado por terceiros, pressupõe que o candidato, o partido ou a coligação tenha verificado a presença de elementos que permitam concluir, com razoável segurança, pela fidedignidade da informação”, diz um dos artigos da resolução aprovada.

Especialistas respiraram aliviados porque um trecho controverso que estava na minuta da resolução foi suprimido. O trecho dizia que, caso não ficasse demonstrado “o uso de fontes de notória credibilidade”, seria assegurado o direito de resposta ao ofendido –mas nem sempre é claro o que são “fontes de notória credibilidade”.

"O TSE foi sensível às questões que apareceram nas eleições de 2018, mas também mostrou preocupação com a proteção de princípios como a liberdade de expressão”, disse Cruz.

Segundo Diogo Rais, professor de direito eleitoral do Mackenzie e coordenador do livro “Direito Eleitoral Digital”, obviamente a resolução do TSE não consegue dar conta de todas práticas irregulares de propaganda eleitoral pela internet, mas, ao menos, passa a tratar de várias que antes nem sequer eram previstas.

“Grande parte da propaganda eleitoral migrou para o ambiente digital, mas a maior parte das pessoas do meio jurídico ainda são muito analógicas. Não podíamos mais equiparar um post a um panfleto.” Segundo Rais, os advogados eleitorais precisam ter em mente que muitas dessas campanhas de desinformação podem se rastreadas, é preciso pedir quebra de sigilo, ir atrás de IP. 
Patrícia Campos Mello
Repórter especial da Folha, foi correspondente nos EUA. É vencedora do prêmio internacional de jornalismo Rei da Espanha.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Como vão ser tratadas pela justiça eleitoral as fake news na eleições para prefeito em 2020.Reportagem esclarece sobre-FAKE NEWS NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS de 2020.




O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) incluiu na resolução sobre propaganda eleitoral das eleições de 2020 um dispositivo para tornar mais fácil aos candidatos obter direito de resposta contra informações inverídicas ou notícias falsas, as chamadas fake news, propagadas por campanhas adversárias. 
A resolução diz que o próprio candidato se responsabiliza pelas informações apresentadas na propaganda eleitoral, inclusive as "veiculadas por terceiros", como sites e jornais, ficando pressuposto que os dados apresentados tiveram sua veracidade checada pela campanha antes de sua veiculação.
Caso haja a disseminação de informações consideradas falsas, a resolução prevê que os atingidos poderão pedir direito de resposta. A medida sobre disseminação de notícias falsas vale para a propaganda política de qualquer modalidade, ou seja, desde o horário eleitoral no rádio e TV até a propagação de santinhos impressos ou a propaganda pela internet e redes sociais. A resolução sobre propaganda eleitoral em 2020 foi aprovada hoje pelo TSE. O texto afirma que a concessão do direito de resposta não exclui eventual responsabilização penal. O Código Eleitoral prevê como crime o ato de "divulgar, na propaganda, fatos que sabe inverídicos, em relação a partidos ou candidatos e capazes de exercerem influência perante o eleitorado". A pena é de detenção de dois meses a um ano ou o pagamento de multa.Luís Roberto Barroso, que será o presidente do TSE durante as eleições do próximo ano.
O TSE disponibiliza em sua página na internet dicas de como reconhecer uma notícia falsa e produziu a série em vídeo "Minuto da Checagem", distribuída a veículos de comunicação de todo o país.
Fonte: UOL - Brasília

domingo, 8 de dezembro de 2019

G1 lança Fato ou Fake, serviço de checagem de conteúdos suspeitos.

Foi aberta uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para investigar os ataques cibernéticos que atentam contra a democracia e o debate público; a utilização de perfis falsos; a prática de cyberbullying sobre os usuários mais vulneráveis da rede de computadores, bem como sobre agentes públicos; e o aliciamento e orientação de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio.

Esta CPMI está em busca de informações que elucidem fatos sobre o objeto determinado pela mesma, elencado acima. Ela vai prestar um grande serviço ao Brasil, pois é inconcebível num país democrático a quantidade de informações falsas que são veiculadas pela internet. Vamos acompanhar o caminhar deste grande inquérito que deve desembocar em medidas que a nosso ver devem ser educacionais no sentido de promover a prevenção e punitivas, no sentido de cobrar responsabilidades daqueles que produzem, publicam e divulgam informações falsas pela internet.  

Todos sabemos que a chegada da Internet é relativamente recente na vida das pessoas. Um verdadeiro fenômeno de comunicação. Sabemos também que ainda é desconhecida grande parte das possibilidades de uso das ferramentas disponibilizadas. O mau uso da internet, inclusive incorrendo em atividade criminosa, só pode ser combatido se ocorrer um suficiente conhecimento do instrumental disponível e do histórico de alertas e providências em curso pelas empresas. A Comissão vem ajudar todos nós a conhecer este fenômeno de desinformação que contamina todos os campos da vida em sociedade provocando grandes danos à convivência social.

sábado, 23 de novembro de 2019

Fake News são Penas ao vento.


Fiquei conhecendo a "Parábola das  Penas ao Vento" em uma reunião pedagógica da Escola em que se discutia relacionamento interpessoal.
Refletindo atualmente sobre a mesma parábola vejo que ela tem tudo haver com a realidade das famosas fake News dos dias de hoje. Afinal temos até uma CPMI das Fakes News, que vem discutindo até mesmo se autoriza ou não a anonimidade nas redes sociais. Certo é que elas causam estragos na vida das pessoas, destroem  reputações e expôe pessoas à situações muito dificeis. Imagine lançar ao vento as penas de um travesseiro do mais alto de uma  montanha. Elas seriam espalhadas de tal forma pelo vento que se tornaria quase que impossível recolhê-las novamente. A situação desenhada pela parábola não tem diferença da situação criada por  uma Fake News, que depois de publicada viraliza e perde se o controle da mesma. O ano que vem é de Eleições Municipais, tomara que este não seja um instrumento de campanha para difamar as pessoas  da nossa cidade e que não se utilizem deste instituto para se fazer campanha. Elas são como as penas do travesseiro da tal parábola que se espalham e nunca mais podem ser recolhidas de volta porque viram febre nas redes sociais se propagando como verdadeiras pragas.  Nas Fake News as pessoas não sabem se é verdade ou mentira, nem se importam de saber, acham aquela criação interessante e terminam por passar adiante. Quem produz uma Fake faz isso com uma intenção. A Parábola das Penas trata de  “fofoca,”  o que chamamos de Fake News. Mas existe uma diferença de fofoca e Fake News, nestas tem uma maldade explicita, deliberada que é de destruir a reputação de uma pessoa.  No entanto elas são repassadas por alguém porque  estão tão de acordo com as  intenções de quem recebeu, que nem se dá ao trabalho de refletir sobre seu conteúdo bem como sobre suas consequências. Os grupos de Whatsaap que participamos estão repletas destas "fofocas virtuais" nem um pouco inocentes. Onde está a alegria em repassar desinformações que não deveria sobre alguém?  Que gosto tem em veicular informações repletas de distorções e de mentiras sobre pessoas, ou instituições? 

Parábola das Penas ao Vento

 A Parábola das Penas ao Vento ilustra muito bem esta realidade que vivenciamos hoje de completo desrespeito à pessoa humana e deixa para todos nós uma pergunta importante:   Como podemos vencer na gente o intuito, o desejo ou o ímpeto de repassar informações falsas que chegam em nossos celulares?

Eis a Parábola...

Conta-se que, num tempo e lugar distantes, um jovem levantou falso testemunho, inventando uma história repleta de meias verdades sobre uma pessoa inocente. A fofoca se espalhou rapidamente e começou a prejudicar a vítima.
 Ocorre que ao ver os danos causados, o jovem se arrependeu e procurou um velho sábio para conversar e pedir orientação.
 O sábio o atendeu calmamente, ouvindo cada uma de suas palavras. Ao final disse:
Você está realmente arrependido deste ato?
 O jovem rapidamente respondeu que sim e que inclusive já havia pedido perdão à pessoa que injustamente havia acusado.
Então o velho sábio respondeu:
Já que é assim, peço que você faça o seguinte:
Pegue um travesseiro de penas, suba no cume de uma montanha e solte as penas ao vento.
O jovem ficou admirado e questionou:
Só isso?
O sábio disse que sim, mas pediu para que o jovem voltasse a vê-lo novamente.
No dia seguinte o jovem voltou muito satisfeito. Então o sacerdote disse:
Agora você está preparado para cumprir a outra parte: Volte à planície e recolha todas as penas novamente no travesseiro e venha me mostrar.
O jovem olhou sem entender e disse:
Mas isso é impossível!
Então o velho sábio lhe explicou:
Justamente. Da mesma forma é impossível reparar a fofoca, a mentira, falso testemunho. Apenas porque a misericórdia de Deus é infinita, você poderá receber o perdão. Mas o mal que você provocou ficará pairando sempre, como penas ao vento. Pense bem antes de falar novamente algo contra alguém!
                          Por Deodato Gomes

sábado, 16 de novembro de 2019

O preconceito é uma opinião sem conhecimento.


Partindo dos conceitos da antropologia, o preconceito é a formação de uma ideia pré-concebida sobre algo desconhecido, que se torna fixa, portanto, ter preconceito com a cultura e os valores de certo grupo social é acreditar nos mitos que o envolvem. Isso significa pessoas ou grupos que não aceitam indivíduos com pensamentos ou maneiras de viver diferentes da própria e o perigo começa quando essa “não aceitação” abre espaço para o ódio, violência e infelizmente para crimes.
Existem inúmeras pessoas que se juntam com o propósito de incitar o ódio contra alguém só pela raça, etnia, orientação sexual ou por qualquer outro motivo cultural ou social “diferente”, muitas vezes esses grupos ou pessoas se escondem atrás de perfis fakes e fazem comentários e posts preconceituosos no perfil de alguma pessoa, sim isso mesmo, de forma “aleatória”, sem nenhum motivo além da própria ignorância que existe no seu preconceito e muitas vezes sem nem conhecer a pessoa.
Isso é crime. Por isso se você já sofreu ou sofre de alguma forma ou conhece alguém nessa situação, DENUNCIE, junte o maior número de provas possíveis e procure uma delegacia especializada em crimes virtuais na sua cidade, se você não encontrar ou preferir o sigilo você pode acessar o site http://www.disque100.gov.br/ que é um serviço de denúncias e proteção contra violações de direitos humanos 24 horas e que funciona todos os dias da semana.

 NÃO SE CALE! Você tem o direito de escolher seus ideais e sua maneira de viver, deixe de lado esse pensamento de que “não vai dar em nada” ou “é só mais um comentário” e corra atrás dos seus direitos de ser livre sem ser julgado ou menosprezado.

   E se você faz algum tipo de comentário preconceituoso na internet, deixe sua ignorância de lado e aceite que existem pessoas diferentes de você, ninguém te obriga a concordar mas vamos pelo menos respeitar, esse seu ódio e preconceito não te leva a lugar nenhum.

Já foi feio expressar seus preconceitos, mas com a web as pessoas perderam a vergonha




Para quem valoriza as conquistas civilizatórias da humanidade —como o fim da escravidão, o começo do combate aos preconceitos e a valorização da vida humana—, está ficando difícil respirar em certos ambientes. E, infelizmente, isso tem muito a ver com a internet.
Houve um tempo (recente) em que era feio dizer que o lugar da mulher era na cozinha. Ou que os negros eram parecidos com macacos. Ou que um filho segurando uma arma era melhor do que um filho gay. As pessoas do mal tinham vergonha. A internet acabou com isso.
No começo, os preconceituosos de plantão se valeram do suposto anonimato na rede. Protegidos por pseudônimos, eles começaram a fazer comentários racistas, machistas e homofóbicos em fóruns e páginas online, quando ainda nem existiam redes sociais.
Foram encontrando os seus pares. Viram que existiam outras pessoas que “pensavam” como eles. Foram tomando “coragem” para ofender mais e mais, escondidos em perfis fakes.
Com o advento das redes sociais e de políticos que exalam preconceito em alto e bom som, essa gente foi perdendo de vez a vergonha. Parece que não é mais errado ou socialmente condenável ridicularizar a aparência de uma mulher mais velha. Ou desvalorizar alguém por causa de sua deficiência física. Ou exaltar torturadores ou o assassinato de adversários.
Então os preconceituosos saíram da toca. Agora muitas vezes nem usam mais pseudônimos. Dizem as maiores barbaridades e assinam embaixo. Cada um querendo lacrar mais do que o outro, falar uma atrocidade mais abominável, para ser ouvido em meio à cacofonia digital.
Aonde vamos chegar assim? Esses ogros são minoria na população brasileira, mas são barulhentos. Pessoas civilizadas, que respeitam o próximo, precisam começar a deixar claro que certo tipo de opinião não é bonito, nem aceitável. Para que essas pessoas do mal voltem às suas cavernas, de onde nunca deviam ter saído.

As 'fake news' têm sido para desacreditar notícia confirmada pela imprensa



As "fake news" estão na boca do povo. A expressão significa “notícias falsas” em inglês, mas, infelizmente, essas duas palavrinhas têm sido cada vez mais usadas para desacreditar notícias verdadeiras que desagradam alguém. Mas, afinal, como podemos saber diferenciar o que é falso do que não é?
Em primeiro lugar, cabe uma palavra sobre a imprensa profissional. Os jornalistas não são inimigos do povo. Quem diz que determinado jornal só critica um governo em particular desconhece o papel da imprensa.
Todos os escândalos de todos os governos de todos os partidos foram revelados e/ou amplamente divulgados pela imprensa. Isso faz parte da democracia. Uma coisa é não concordar com um articulista, que emite uma opinião. Outra é negar os fatos.
Então, na hora de tentar descobrir se uma história é "fake news" ou não, olhe a fonte. Veio da grande imprensa? Então a chance de ser verdade é muito maior.

Os jornalistas são profissionais que seguem técnicas e códigos de conduta. Os grandes veículos são cobrados diuturnamente para não errar. Disso depende a sua credibilidade —e a sua sobrevivência. Há erros? Claro, como toda atividade humana. Mas de quantos casos graves de erros da imprensa você se lembra? Dois ou três? E quantas notícias circulam todos os dias? Pois é.

Agora, se a “notícia” vem de um textão de internet ou de um vídeo ou áudio qualquer, será que tem o mesmo peso? Você acredita em qualquer coisa que chega pelo WhatsApp ou pelo Facebook? Você também acredita em qualquer coisa que te falam pelo telefone? Em qualquer ligação de telemarketing? É mais ou menos a mesma coisa.

Outro ponto chave é saber se o fato é embasado na ciência, na história. Sei que tem gente por aí dizendo que a Terra é plana, mesmo depois de 500 anos da primeira expedição que deu a volta ao mundo e provou que a Terra é redonda. Sei que tem gente com mania de negar a ciência e a história. E você vai cair nessas "fake news"?



FAKE NEWS: Entenda a importância de consultar mais de uma fonte




Um dos princípios básicos do jornalismo, na hora de apurar uma reportagem, é ouvir mais de uma fonte. Hoje em dia, com a proliferação das fake news (notícias falsas), esse princípio também deve ser seguido pelos leitores: procurar mais de uma fonte.
Mas é preciso cuidado. Nem tudo o que está na rede é verdade. Antigamente se dizia que “o papel aceita tudo”, e infelizmente a tela aceita tudo também. Principalmente as telinhas do celular. E não é porque o site é bem colocado que ele diz a verdade. Existem sites com aparência profissional que são fábricas de fake news.
Então, na hora da dúvida, procure sites de veículos de imprensa renomados, grandes portais, universidades. Existem também sites específicos para checar se algo é fake news, como:


Vale ainda usar o bom senso. Aqueles vídeos que começam com “isso a mídia não mostra”, pode desconfiar. São manipulações grosseiras, imagens editadas, fora de contexto. Se fossem realmente bombásticos, não tenha dúvida de que a “mídia” iria mostrar, pois clique é dinheiro. Se não mostra, é porque a credibilidade vale mais do que uma porção de cliques.

Saiba identificar os verdadeiros especialistas. Ser coach e youtuber não é credencial. Procure saber a formação do autor do vídeo ou do texto, veja se há pesquisas publicadas, currículo na plataforma Lattes: lattes.cnpq.br. E principalmente, sempre vale lembrar: não repasse fake news, é feio, pega mal. Não passe essa vergonha.




segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Vídeo: método eficaz para não cair em fake news

Acredite: a própria história nos oferece recursos para não cair nas ciladas das fake news




Um antídoto contra as fake news pode ser a história, mas não como “professora”, e sim por seus métodos.

Hoje, o historiador e professor Luiz Estevam de Oliveira Fernandes bate esse papo com a gente, explicando por que isso acontece e como não cair nas fake news.
              ( fonte: Aletéia)

sábado, 21 de julho de 2018

WHATSAPP PASSA LIMITAR REPASSE DE MENSAGEM PARA EVITAR DISSEMINAÇÃO DE “FAKE NEWS”


O administrador do aplicativo Whatsapp que pertence à empresa Facebook, anunciou que limitará em 20 chats, o número de repasses de mensagens recebidas, incluindo textos, arquivos, áudios, links e outros documentos. A medida que reduz a menos de 10% do valor anterior (250 chats) visa combater a disseminação de notícias falsas.

Se no Brasil a eleição pode ser influenciada pelas famosas “fake news”, na Índia, há pessoas sendo linchadas em casos de notícias falsas sobre pessoas que estariam visitando cidades com vistas em sequestrar crianças. Portanto, a medida é de suma importância, não só por questões eleitorais no Brasil. Mas, não se deve deixar de questionar o fato de o estrago na democracia brasileira estar completo e, na hora de uma tentativa de recuperação, as medidas visam a redução de alcance das pessoas.

O Whatsapp vem sendo apontado por especialistas como uma das principais ferramentas de disseminação indiscriminada e descontrolada de mensagens contendo notícias falsas. A ideia do administrador é tornar o app mais focado em trocas individuais ou em chats em grupos.

A redução do alcance vem sendo adotado pela empresa Facebook, em todos os seus programas e algoritmos. Em alguns casos tem cortes legítimos mas, vem causando irritação nos usuários, principalmente na rede social. É aguardar para ver o impacto no ânimo dos usuários do Whatsapp.

Replicado de:

Fábio St Rios

Estudou Ciência da Computação, Engenharia Metalúrgica na UFF, Engenheiro de Software, Desenvolvedor, Programador, Hacketivista e Estudante de História na UniRio

terça-feira, 3 de julho de 2018

As Escolas e suas equipes gestoras tem um grande desafio, ensinar aos alunos como identificar um fake News.A escola pode ser uma grande aliada na luta contra a desinformação. Ensinar aos alunos como identificar uma notícia falsa (observar se há um autor ou se o texto tem muitos adjetivos e poucos fatos, por exemplo) é um bom começo. Além disso, analisar o que se lê com calma e resistir à tentação de compartilhar sem reflexão também ajuda a evitar que as notícias falsas se disseminem cada vez mais.

O que move as fake news?
Uma notícia verdadeira demora seis vezes mais tempo para atingir 1.500 usuários do que uma falsa. Entenda mais sobre o cenário de fake news e o papel da educação no combate à desinformação.

Uma notícia falsa tem 70% mais chances de ser compartilhada no Twitter do que uma verdadeira. Já uma história real demora seis vezes mais tempo para atingir 1.500 usuários do que uma falsa. Pior: os principais responsáveis são pessoas de carne e osso, e não robôs programados para replicar conteúdos nas redes sociais. As conclusões são do maior estudo feito até agora sobre o tema, produzido pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e publicado na revista especializada Science.
Para entender como as fake news se espalham, os pesquisadores estudaram notícias compartilhadas 4,5 milhões de vezes por cerca de 3 milhões de usuários do Twitter, entre 2006 e 2017. “Ao analisarmos a dinâmica de difusão de rumores, descobrimos que os falsos se difundiram mais longe, mais rápido, mais profundamente e mais amplamente do que os verdadeiros”, diz o estudo. Mas por que isso acontece?

Um dos motivos é o fator “novidade”: as pessoas tendem a compartilhar mais informações “inusitadas” ou aparentemente inéditas. Além disso, descobriram os pesquisadores, um tuíte de fake news costuma usar palavras que evocam mais emoção (em especial surpresa e indignação) do que um convencional.
RAIO X DA NOTÍCIA FALSA -126 MIL notícias em inglês foram analisadas no estudo pelos pesquisadores do MIT Deb Roy, Sinan Aral e Soroush Vosoughi.

3 vezes mais rápido é o compartilhamento de fake news sobre política, em relação a outros temas.
Reprodução da Revista Nova Escola, junho/julho 2018