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segunda-feira, 30 de março de 2020

Diante do crucifixo, o Papa Francisco rezou pelo fim da pandemia de coronavírus




Na famosa Via del Corso, conhecida por ser uma das melhores ruas de comércio em Roma, está a igreja de San Marcelo al Corso, que guarda o crucifixo milagroso. Trata-se de uma igreja muito antiga (do século IV), fundada pelo Papa Marcelo I, que foi perseguido e condenado a realizar trabalhos pesados no escritório do serviço de entrega de correspondências do Estado. É lá que estão seus restos mortais.
O incêndio e o “milagre”
Na noite do dia 22 para o dia 23 de maio de 1519, a igreja sofreu um violento incêndio e ficou destruída. Ao amanhecer, as pessoas foram até lá para conferir os estragos e se depararam com o crucifixo do altar principal providencialmente intacto e iluminado por uma lamparina que, embora atingida pelas chamas, ainda ardia aos seus pés.
Imediatamente, os fiéis disseram que era um milagre e os mais devotos começaram a se reunir todas as sextas-feiras para rezar e acender velas aos pés da imagem de madeira. Assim nasceu a “Archicofradía del Santísimo Crucifijo en Urbe”, que existe até hoje.
Mas esse não foi o único milagre atribuído ao crucifixo. No ano de 1522, uma terrível peste atingiu violentamente a cidade de Roma. Todos achavam que iam morrer.
Desesperados, os frades Servos de Maria decidiram levar o crucifixo em procissão penitencial da igreja de São Marcelo até a Basílica de São Pedro. As autoridades, temendo o risco de contágio, quiseram impedir a procissão. Mas o desespero coletivo falou mais alto e a imagem de Nosso Senhor foi levada pelas ruas da cidade, sob forte aclamação popular.
A procissão durou 16 dias e percorreu toda a região de Roma. Quando o crucifixo regressou à sua origem, a peste já tinha cessado por completo.
Desde o ano de 1650, o crucifixo milagroso é levado à Basílica de São Pedro. Porém, em 15 de março de 2020, o Papa Francisco visitou a igreja de San Marcelo e rezou pelo fim da pandemia de coronavírus, que tem tirado vidas em todo o mundo.

Saiu às 10 horas de hoje (30-03-2020-Segunda Feira)) o Boletim Epidemiológico, (Documento oficial da SES) com os últimos dados do problema em Minas. Veja também a situação de Carlos Chagas, Nanuque e Teófilo Otoni. O nosso blog é bastante visitado, mas estava sem internet.

Até o momento são 29.724 casos suspeitos para COVID-19 e 261 casos confirmados. Há em investigação 23 óbitos e  1 óbito confirmado. Nosso respeito às autoridades de Carlos Chagas que vem seguindo as determinações da Organização Mundial de Saúde(OMS), em um ambiente nacional  com orientações tão desencontradas. “Minas Gerais teve o primeiro óbito em decorrência do coronavírus confirmado no boletim de hoje. Todo o esforço que o Governo e a SES-MG estão fazendo é para reduzir o máximo possível a ocorrência de casos e óbitos relacionados ao COVID-19. No entanto, numa epidemia deste tamanho, infelizmente, já é esperado a ocorrência de tais fatos e é importante frisar que o registro deste primeiro óbito não altera o patamar atual do Estado, ou seja, não modifica a conduta que já estamos tendo com relação à pandemia”, explicou o secretário de saúde, Carlos Eduardo Amaral.

CARLOS CHAGAS
Veja que no dia 28 a situação sem alteração é a mesma da última divulgação. 1 caso suspeito, ainda sem confirmação.




NANUQUE
Ainda com dados da última atualização.

TEÓFILO OTONI
Ainda com dados do dia 28 de Março, com exatamente 24 casos suspeitos.
Amplia-se o número de municípios com casos confirmados.

Veja agora a tabela que apresenta os dados por gênero e faixa etária.  Pela tabela a faixa etária onde mais incide o covid-19 é de 20 a 59 anos, em um universo de 261 casos confirmados. 
Na figura a seguir podemos ver a evolução do número das notificações desde 1  até 27 de março. As notificações caem dia 24 mas retoma a sua elevação dia 26.

sexta-feira, 27 de março de 2020

Foi necessário, infelizmente! - Augusto Cury



Foi necessário, infelizmente!

Foi necessário um vírus, para desacelerar o Planeta e nos levar a mergulhar no mais complexo de todos os Planetas, a nossa mente. E nos encorajar a nos conhecer um pouco mais, incluindo nossos medos e nossa pequenez.

Foi necessário um vírus para causar um terremoto em nosso orgulho e nos lembrar que a vida é um espetáculo único, irreptível e imperdível.

Foi  necessário um vírus para percebermos a importância  e fragilidade dos nossos idosos e enxergarmos que eles simplesmente nos deram a vida e são um tesouro inestimável da humanidade. 

Foi necessário um vírus para os pais acordarem para não educar seus filhos a serem consumistas, para dar a eles aquilo que o dinheiro jamais pode comprar, sua história.

Agora eles têm a oportunidade de falar de suas lágrimas para as crianças e adolescentes, aprenderem a chorarem as delas, de dialogar sobre suas perdas e fracassos,  para que eles entendam que não há céu sem tempestades, e que jamais devem desistir da vida, mesmo que o mundo desabe sobre elas!

Foi  necessário um vírus, para nos recordar da fascinante sabedoria do mestre dos mestres, que ao ser traído por Judas o chamou de amigo, pois ele não tinha medo de ser traído, mas de perder um amigo. Para Ele os amigos eram caríssimos. E este pequeno invisível vírus, agora tem nos feito enviar mensagens aos nossos amigos que estavam no rodapé da nossa história. Por favor, se previna, se cuide!

Foi  necessário um vírus para entendermos que,  independente da classe social, raça, religião e sexualidade somos todos seres humanos e que deveríamos  amar mais e julgar menos.

Foi  necessário um miserável vírus para nos mostrar  que o culto a celebridade é uma estupidez intelectual, que não há nenhuma diferença entre um anônimo ou alguém que vive debaixo dos holofotes da mídia. 

Sim, foi  necessário um vírus para nos mostrar  que só é digno do poder quem é desprendido dele, quem o usa para servir a sociedade e não para que a sociedade o sirva!

Foi  necessário um vírus para  termos muito mais cuidados com a higiene, para cozinharmos juntos em família alimentos mais saudáveis e comer menos fast-food. O invisível vírus, portanto, nos dá a oportunidade para que apontemos menos  as falhas e celebremos mais os  acertos de quem amamos, pois quem é um apontador de falhas está  apto para conviver com máquinas e não com seres humanos. 

Foi  necessário um vírus para nos levar a aprender que há um charme nos defeitos suportáveis dos  outros, a ser mais leve, dar mais risadas das nossas tolices, chatices e manias nesta época de quarentena. Esse vírus é terrível, não deveria abater a humanidade, mas já que temos  sido abalados por ele, vamos mostrar para nós mesmos, que sairemos  muito melhores emocionalmente, mais sábios, socialmente e mais poderosos intelectualmente. As lições foram dadas, agora  só nos resta aprendê-las humildemente. 

Um beijo no coração, 
De Augusto Cury


SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL A PERÍCIA É DOCUMENTAL, OS REQUERIMENTOS DE LTS DEVERÃO SER FEITOS PELO RH RESPONDE - VEJAM TODAS AS ORIENTAÇÕES -Marcação de perícia LTS - Situação de Emergência e Medidas de Prevenção ao contágio ao COVID-19


Marcação de perícia LTS - Situação de Emergência e Medidas de Prevenção ao contágio ao COVID-19

Considerando as últimas normativas sobre as ações do Governo do Estado de Minas Gerais em relação ao COVID-19 (sejam: Decreto NE nº 113, de 12 de março de 2020, e Decreto nº 47.886, de 15 de março de 2020) informamos que a partir de 17/03/2020 não haverá marcação pelo 155 e nem pelo canal de agendamento online no Portal do Servidor, os requerimentos de LTS deverão ser feitos pelo RH Responde e a avaliação pericial será documental.

Seguem os procedimentos que serão adotados nesses casos:

Para concessão de LTS mediante avaliação pericial documental, o servidor deverá requerer o afastamento, no prazo de 3 (três) dias úteis, contados da emissão do laudo emitido pelo médico assistente, por meio de chamado no Portal do Servidor (aba “RH Responde”, link: http://www.rhresponde.mg.gov.br/Cliente#form, assunto LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE) e encaminhar em anexo único:

1-o Boletim de Inspeção Médica (devidamente preenchido), veja o link logo abaixo para acesso o formulário do BIM, que deve ser imprimido e preenchido;
2-e atestado médico (contendo identificação do servidor e do responsável pela emissão do atestado, data de início e fim do afastamento, CID e sem rasuras); 
3-juntamente com uma cópia da carteira de identidade.

O prazo para requerimento que se refere no parágrafo anterior, para os servidores afastados do trabalho por motivos de saúde desde o dia 12/03/2020, será contado a partir do dia 18/03/2020.
Gguardar a documentação original que deverá ser entregue em momento posterior oportuno a ser informado pela Superintendência Central de Perícia Médica e Saúde Ocupacional – SCPMSO.


IMPORTANTE

Para agendamento de Perícia Médica, é preciso  abrir um chamado por intermédio do seguinte link:

ATENÇÃO: 
Anexar (em 01 único arquivo-PDF) os seguintes documentos:
- BIM devidamente preenchido
- Atestado médico

Documentos necessários




Orientações gerais

a) Solicitação de isolamento / quarentena não são tratados pela SCPMSO:

Retorno de Viagem conforme Decreto nº 47886/2020, será tratado administrativamente;
As pessoas em grupo de risco devem seguir as deliberações do Comitê Extraordinário COVID-19 nº 2;
Apenas os casos de incapacidade para o trabalho deverão ser encaminhados pelo RH Responde, seguindo o processo determinado na Ordem de Serviço 02/2020.
b) O chamado do RH Responde aceita apenas um único arquivo anexado por demanda. Orientamos a seguir formas de deixar as páginas que devem ser enviadas em um único arquivo:

Caso a digitalização seja feita por imagem (foto / scanner sem possibilidade de salvar como pdf.) podem ser encaminhados:

Após a inclusão de todas as imagens em um único arquivo do Word:
Pasta compactada (zipada) com todos os arquivos dentro;
Caso a digitailização seja em arquivo no formato pdf., e cada parte esteja em arquivo separado, podem ser utilizadas ferramentas online gratuitas na internet com a função "juntar arquivos pdf.".

Papa Francisco: Abraçar o Senhor para abraçar a esperança


Com o cenário inédito da Praça São Pedro vazia com o Papa Francisco diante da Basílica Vaticana, o Pontífice afirmou que é "diante do sofrimento que se mede o verdadeiro desenvolvimento dos povos”. Francisco falou ainda da ilusão de pensar :que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente".

Abraçar o Senhor para abraçar a esperança: esta é a mensagem do Papa Francisco aos fiéis de todo o mundo que, neste momento, se encontram em meio à tempestade causada pela pandemia do coronavírus.
Diante de uma Praça São Pedro completamente vazia, mas em sintonia com milhões de pessoas através dos meios de comunicação, o trecho escolhido para a oração dos féis foi a tempestade acalmada por Jesus, extraído do Evangelho de Marcos.

E foi esta passagem bíblica que inspirou a homilia do Santo Padre, que começa com o “entardecer…”.

“Há semanas, parece que a tarde caiu. Densas trevas cobriram as nossas praças, ruas e cidades; apoderaram-se das nossas vidas, enchendo tudo de um silêncio ensurdecedor e de um vazio desolador… Nos vimos amedrontados e perdidos.”


Estamos todos no mesmo barco

Estes mesmos sentimentos, porém, acrescentou o Papa, nos fizeram entender que estamos todos no mesmo barco, “chamados a remar juntos”.

Neste mesmo barco, seja com os discípulos, seja conosco agora, está Jesus. Em meio à tempestade, Ele dorme – o único relato no Evangelho de Jesus que dorme – notou Francisco. Ao ser despertado, questiona: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» (4, 40).

“A tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades. Mostra-nos como deixamos adormecido e abandonado aquilo que nutre, sustenta e dá força à nossa vida e à nossa comunidade.”

A ilusão de pensar que continuaríamos saudáveis num mundo doente


Com a tempestade, afirmou o Papa, cai o nosso “ego” sempre preocupado com a própria imagem e vem à tona a abençoada pertença comum que não podemos ignorar: a pertença como irmãos.

“Na nossa avidez de lucro, deixamo-nos absorver pelas coisas e transtornar pela pressa. Não nos detivemos perante os teus apelos, não despertamos face a guerras e injustiças planetárias, não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo. Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente. Agora, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-Te: «Acorda, Senhor!»”
O Senhor então nos dirige um apelo, um apelo à fé. Nos chama a viver este tempo de provação como um tempo de decisão: o tempo de escolher o que conta e o que passa, de separar aquilo que é necessário daquilo que não é. “O tempo de reajustar a rota da vida rumo ao Senhor e aos outros.”  

A heroicidade dos anônimos

Francisco cita o exemplo de pessoas que doaram a sua vida e estão escrevendo hoje os momentos decisivos da nossa história. Não são pessoas famosas, mas são “médicos, enfermeiros, funcionários de supermercados, pessoal da limpeza, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos – mas muitos – outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho”.
“É diante do sofrimento que se mede o verdadeiro desenvolvimento dos nossos povos”, afirmou o Papa, que recordou que a oração e o serviço silencioso são as nossas “armas vencedoras”.
A tempestade nos mostra que não somos autossuficientes, que sozinhos afundamos. Por isso, devemos convidar Jesus a embarcar em nossas vidas. Com Ele a bordo, não naufragamos, porque esta é a força de Deus: transformar em bem tudo o que nos acontece, inclusive as coisas negativas. Com Deus, a vida jamais morre.

Temos uma esperança

Em meio à tempestade, o Senhor nos interpela e pede que nos despertemos. “Temos uma âncora: na sua cruz fomos salvos. Temos um leme: na sua cruz, fomos resgatados. Temos uma esperança: na sua cruz, fomos curados e abraçados, para que nada e ninguém nos separe do seu amor redentor.”
Abraçar a sua cruz, explicou o Papa, significa encontrar a coragem de abraçar todas as contrariedades da hora atual, abandonando por um momento a nossa ânsia de onipotência e posse, para dar espaço à criatividade que só o Espírito é capaz de suscitar. “Abraçar o Senhor, para abraçar a esperança.” Aqui está a força da fé e que liberta do medo. Francisco então concluiu:
 “Deste lugar que atesta a fé rochosa de Pedro, gostaria nesta tarde de confiar a todos ao Senhor, pela intercessão de Nossa Senhora, saúde do seu povo, estrela do mar em tempestade. Desta colunata que abraça Roma e o mundo, desça sobre vocês, como um abraço consolador, a bênção de Deus.”
Ao final da homilia, o Pontífice adorou o Santíssimo e concedeu a bênção Urbi et Orbi, com anexa a Indulgência Plenária.

Saiu às 10 horas de hoje (27-03-2020-Sexta Feira)) o Boletim Epidemiológico, (Documento oficial da SES) com os últimos dados do problema em Minas. Papa convida a todos a participarem "espiritualmente através dos meios de comunicação" -facebook, youtube. “Queremos responder à pandemia do vírus com a universalidade da oração, da compaixão, da ternura" Papa Francisco.



Até o momento são 21.691 casos suspeitos para COVID-19 e 189 casos confirmados. Há em investigação 28 óbitos e nenhum óbito confirmado. Houve um aumento de 36 casos, de ontem (26-03) que apresentava 153 casos confirmados.
Não tem como  ver as situações de municípios específicos porque ainda não atualizaram os dados da plataforma. 

Casos por municípios.

Pela tabela a seguir,  Belo Horizonte aumentou 22 casos, seguido por Divinópolis com mais 4, Juiz de Fora com mais 3. Apareceram hoje mais 4 cidades, com 1 caso confirmado cada uma: Campo Belo, Patos de Minas, Sabará, e São João Del Rei. 


Veja agora a tabela que apresenta os dados por gênero e faixa etária. Um aumento de 16 casos ente mulheres e 20 entre homens.  O maior número de casos está na faixa etária dos 20 aos 59 anos com 159 casos.

O secretário de Saúde Carlos Eduardo Amaral concede, nesta sexta-feira (27/3), ‪às 16h30, entrevista coletiva sobre as ações de prevenção e enfrentamento ao coronavírus (Covid-19) em Minas Gerais.
Como medida preventiva à disseminação da pandemia, a transmissão será via redes sociais (Facebook e Instagram) do Governo de Minas Gerais. No site da Secretaria fala que quem tiver perguntas pode enviá-las até  até ‪às 15h, para o e-mail: imprensa@governo.mg.gov.br, que o Secretario Estadual de Saúde vai responder.





O Papa convida todos os cristãos a rezar juntos nesta sexta feira(27-03), às 14 h no horário de Brasília.

Vamos estar juntos no face para este grande momento de Oração com o Papa Francisco.

Ele vai presidir um momento de oração no patamar da Basílica de São Pedro, convidando todos, desde já, a participar espiritualmente através dos meios de comunicação.

Bênção Urbi et Orbi e Indulgência plenária
“Ouviremos a Palavra de Deus, elevaremos a nossa súplica, adoraremos o Santíssimo Sacramento, com o qual ao término darei a Bênção Urbi et Orbi (à cidade do Roma e ao mundo), à qual será acompanhada a possibilidade de receber a Indulgência plenária”,  acrescentou, fazendo ainda uma premente exortação:

“Queremos responder à pandemia do vírus com a universalidade da oração, da compaixão, da ternura. Permaneçamos unidos. Façamos com que as pessoas mais sozinhas e em maiores provações sintam a nossa proximidade.”

Proximidade a todos 

Então o chamado central é  para permanecermos unidos e próximos espiritualmente: aos médicos, aos profissionais da saúde, enfermeiros e enfermeiras, voluntários...  às autoridades que devem tomar medidas duras, mas para o nosso bem. ...aos policiais, aos soldados, que nas ruas procuram manter sempre a ordem, que se realizem as coisas que o governo  pede para o bem de todos nós. Proximidade a todos.

Em conclusão, o Papa exorta a ler hoje, tranquilamente e lentamente, o capítulo 9 do Evangelho de João, como ele mesmo o fará: "Fará bem a todos nós".  Estes fortes gestos propostos por Francisco para a próxima semana, neste tempo particular de provação para toda a humanidade, contêm a exortação a enfrentar as adversidades unidos na oração e no amor, ainda que na distância física, ...

quinta-feira, 26 de março de 2020

Vejam aqui a situação de Minas Gerais, Carlos Chagas, bem como de Nanuque e Teófilo Otoni, cidades próximas da gente, com relação ao COVID-19, com informações do último Boletim Epidemiológico de 26-03-2020, liberado hoje às 10 horas.


A despeito da polêmica entre o Presidente, que vem contradizendo as determinações da OMS para a crise do COVID-19, os governadores,   as autoridades de saúde do Brasil, e a Imprensa Nacional, trazemos aqui os dados do Boletim Epidemiológico de Minas Gerais, de hoje (Quinta-Feira) dia 26 de Março de 2020. Esta situação divide opiniões e só aumenta o desconhecimento na sociedade diante de posicionamentos tão divergentes, criando uma crise política por cima da crise de saúde pública instaurada no país pelo COVID-19.

Observe que de ontem do último boletim para hoje 26-03-2020, o número de casos suspeitos elevou de 11.832 para 17.409 e de 130 confirmados para 153, portanto o aumento de 20 casos em Minas. Vimos que aumentou mais 3182 casos notificados/suspeitos. Vamos ver que entre estes 20 novos casos confirmados só 6 já foram para a Belo Horizonte, como você pode ver a seguir. Na lista de cidades aumentou mais uma, Boa Esperança e Valadares com um caso confirmado cada. Os outros 13 casos foram distribuidos entre Nova Lima que elevou para 11 de 7 e assim segue. Minas segue felizmente,  na situação sem registro de nenhuma morte. Segundo o Secretário Estadual de Saúde, isto é resultado do isolamento social que o povo mineiro vem cumprindo. Mas a gente que a porcentagem de aumento foi grande de 3 de 24 para 25 para 20 de 25 para 26 de março. 


Liberaram o Boletim  às 10 horas, mas a plataforma atualizada com os dados por cidade foi oportunizada ao meio dia. Apresentamos os  prints de Carlos Chagas, Nanuque e Teófilo Otoni. 

CARLOS CHAGAS

Situação sem alteração, a mesma da última divulgação. Torcemos para que continue assim. 


NANUQUE

Nanuque pulou de 3 para 4 casos notificados/suspeitos.


TEÓFILO OTONI

Teófilo Otoni também sem alteração, continua os mesmos 16 casos, notificados/suspeitos do dia anterior, sem confirmação.


Veja agora a tabela que apresenta os dados por gênero e faixa etária. Pela situação anterior  vemos que aumentou 12 casos entre as mulheres e 8 entre os homens. Vemos que os homens estão sendo mais infectados que as mulheres. Os especialistas devem ter uma explicação para este fenômeno.  Os 20 novos casos incidem na faixa etária do intervalo de 20 a 59 nove anos pulando de 111 para 128. Observe que tem uma criança com menos de 1 ano infectada.

Na figura a seguir podemos ver a evolução do número das notificações desde 1  até 24 de março. As notificações começaram a crescer a partir de 15 de março, cai no dia 21 e no dia 22 retoma a elevação, permanecendo uma ligeira elevação de notificações/suspeitos a partir de 23-03-2020.

A EDITORA MODERNA convida todos os professores para participarem do Seminário na Internet - WEBNÁRIO - com o tema:"O currículo à luz da BNCC em tempos de coronavírus". Vamos nos encontrar às 17 horas no facebook para este aperfeiçoamento. Clique na imagem para acessar a página do evento.

Professores aproveitemos  este tempo de quarentena para nos aperfeiçoarmos. Participem  hoje, dia 26 de Março-quinta feira- às 17 h, de um Seminário na Internet, (webnário) promovido pela Editora Moderna com o tema "O currículo à luz da BNCC em tempos de coronavírus" e com participação de Miguel Thompson e mediação de Solange Petrosino.  Miguel e Solange são especialistas em educação e em saúde pública e trazem um olhar especial para ajudar as escolas a atuarem com base no contexto que estamos vivendo em 2020. 

Você está preparado para a BNCC?  A 3ª temporada de webinars irá trazer:
- novas diretrizes para a construção dos currículos de todos os segmentos
- referências para a BNCC do Ensino Médio
- propostas de interdisciplinaridade, metodologia de projetos e metodologias ativas
- perspectivas de avaliação

Serão 10 formações com especialistas e educadores, transmitidas ao vivo pelo Facebook da Moderna!

A cada mês, um novo tema!  Acompanhe ao vivo no facebook! :) 

quarta-feira, 25 de março de 2020

Vejam aqui a situação de Minas Gerais, Carlos Chagas, bem como de Nanuque e Teófilo Otoni, cidades próximas da gente, com relação ao COVID-19, com informações do último Boletim Epidemiológico de 25-03-2020, liberado hoje às 10 horas.


A despeito da polêmica entre o Presidente, que vem contradizendo as determinações da OMS para a crise do COVID-19, os governadores,   as autoridades de saúde do Brasil, e a Imprensa Nacional, trazemos aqui os dados do Boletim Epidemiológico de Minas Gerais, de hoje (Quarta-Feira) dia 25 de Março de 2020. Esta situação divide opiniões e só aumenta o desconhecimento na sociedade diante de posicionamentos tão divergentes, criando uma crise política por cima da crise de saúde pública instaurada no país.

Observe que de ontem do último boletim para hoje 25-03-2020, o número de casos suspeitos elevou de 11.832 para 14.227 e de 130 confirmados para 133, portanto o aumento de 3 casos em Minas. Vimos que aumentou mais 2395 casos notificados/suspeitos. Vamos ver que estes 03 casos confirmados foram localizados em Belo Horizonte, como você pode ver abaixo. Minas segue felizmente,  na situação sem nenhuma morte. Segundo o Secretário Estadual de Saúde, isto é resultado do isolacionamento social que o povo mineiro vem cumprindo. 

Apesar do aumento dos 3 casos em Minas, não houve  elevação do número de cidades com  casos de infecção pelo COVID-19,  continuando os mesmos 18 municípios na lista com pessoas infectados. Permanece duas cidades em situação de investigação.
Os 03(três) casos confirmados hoje neste Boletim são de Belo Horizonte que foi de 87 para 90. Os outros municipios continuam com o mesmo número de casos confirmados. Juiz de Fora com 08 em seguida Nova Lima e Uberlânda com 7 casos. Não aparece nem Nanuque e nem Teófilo Otoni, porque como podemos ver a seguir são concebidos como casos notificados/suspeitos, portanto sem confirmação. Como podemos ver nossa cidade não tem caso notificado-suspeito. Deus é maior, esse mal vai passar bem distante da nossa cidade. 

CARLOS CHAGAS:


SITUAÇÃO DE NANUQUE:
Vejam que Nanuque aumentou o número de casos notificados/suspeitos, de 2 ontem para 3 hoje dia 25-03, ou seja mais 1 caso notificado/suspeito em Nanuque.


TEÓFILO OTONI
Teófilo Otoni pulou de 09 para 16 casos notificados/suspeitos, um aumento portanto de 07 casos a mais que estão sendo investigados. Como podemos depreender os casos nessas condições passam a ficar na espera dos exames para confirmação ou não do vírus.


Veja agora a tabela que apresenta os dados por gênero e faixa etária. Pela situação anterior  vemos que aumentou 1 caso entre as mulheres e 2 entre os homens. Vemos que os homens estão sendo mais infectados que as mulheres. Os especialistas devem ter uma explicação para este fenômeno. E os 03 novos casos de hoje aumentou na faixa etária de 20-59, que era 108 e pulou para 11, como você pode ver.

Na figura a seguir podemos ver a evolução do número das notificações desde 1  até 23 de março. As notificações começaram a crescer a partir de 15 de março, cai no dia 21 e no dia 22 retoma a elevação, tendo um número maior de notificações/suspeitos a partir de 23-03-2020.


‘ESTÃO VENDO SENTIDO NOVO NA LETRA DE SONÍFERA ILHA’ Uma canção que assumiu um tom profético.

 
A regravação da música “Sonífera ilha”,  teve muita repercussão na internet ao ser lançado na última sexta-feira, pelo seu caráter profético, por Tony Belloto do Titãs.
“Sonífera ilha” é uma música que tem versos como “não posso mais ficar aqui do seu ladinho” e que foi relido em um clipe cheio de participações ilustres, feitas à distância. Muita coincidência da letra com o constexto em que estamos vivendo.
Segundo Tony Belloto: "Foi uma coisa fora do comum. Grupos sociais diferentes, grupos de médicos, estava todo mundo encontrando um sentido ali naquele clipe. Muita gente dizendo que o vídeo e a música serviram como uma espécie de alento nesse momento de angústia, o que me deixou muito feliz. A função extrema e essencial da arte é essa mesma."

Artistas são assim, plenos de sensibilidade e  de contexto. Muito legal é o que ele fala sobre a sua quarentena:

"Como todo mundo, estou lidando com precaução e apreensão, seguindo as determinações das autoridades. Acompanho o noticiário, esperando que a gente consiga sair logo dessa, o momento exige tranquilidade, uma adesão ao sentido de coletividade. Como tudo na vida, a gente há de tirar uma lição dessa situação. O mundo está em transformação e é importante que depois dessa crise a gente se aprimore individualmente e como sociedade."
"Descansa meus olhos, sossega minha boca, me enche de luz"

terça-feira, 24 de março de 2020

O Outono ensina e a gente aprende a duras folhas!...


É março de 2020...As ruas  vazias, as lojas fechadas, e as pessoas não podem mais sair. O Outono sabe que  flores e  frutos de algumas espécies de árvores vão cair.  O sol já aparece no céu com as várias cores dessa estação.  Os pássaros cantam menos e se aquietam mais,  guardando energia para o tempo novo que está por vir. Parecem estar em sintonia com este tempo de reclusão humana. O céu se escurece, uma onda de muito calor e momentos de pequenas tempestades se tornam cada vez mais frequente, marcando o fim da estação quente. É março de 2020... Escolas fechadas, férias forçadas e crianças, adolescentes e jovens buscando formas de sobreviver em casa. Ninguém pode ir mais às compras, apenas padaria, supermercado e farmácia,  até a antigripal que foi antecipada será aplicada em casa. Se as previsões se confirmarem, e as pessoas continuarem a adoecer, dentro em breve não haverá mais vaga nos hospitais. Mas o Outono sabe de tudo isso...
O outono chegou para acender a espera pela primavera.. diante do longo inverno que ainda temos  prá passar.  É março de 2020... As pessoas se convencem  mais da necessidade de se confinarem para proteger seus  avós e as crianças. Acabaram as reuniões e refeições em família. O medo tornou se real e os dias, apesar de estarem se tornando sombrios em relação ao  vírus e mais curtos em relação às noites, serão todos iguais. Desolados ouvimos as estatísticas de mortes se elevarem.  Mas o Outono sabe disso...suas folhas caem.
 As árvores que perdem as folhas, poupam energia e se protegem para o inverno que se aproxima. As pessoas começam a ler, a jogar xadrez em família, a assistir a um filme, a dialogarem mais, a cantar nas varandas  e a pedir a todos nas redes sociais que façam o mesmo. Nunca estivemos tão juntos como agora, tendo a possibilidade de fortalecer mais ainda os vínculos de amor que nos une. Os conflitos escondidos e manifestados serão mitigados pelo nosso amor mútuo.
As pessoas aprendem um jeito novo de ser e de viver. Aprendem a ser mais solidários e a se concentrarem nos verdadeiros  valores. Percebem a importância da saúde, do sofrimento, e da grande tragédia que é uma vida sem o amor das pessoas que mais amamos. Percebem a tragédia do outro amontoado em guetos, sem  umidade no ar, sem ventilação, sem álcool em gel, aguardando a qualquer momento, o assassino chegar. Mas o Outono sabe...e chega...
Chega de forma  sobrenatural! Trazendo graça, encanto e boniteza, formando tapetes das folhas que caem para pessoas passarem. Um clima mais ameno nos pede um olhar mais suave para o outro.  Ensinando a nos distanciar para nos proteger dele,  mas a nos aproximar para receber a época mais fria do ano. O Outono é só uma Estação mas nos ensina a refletir sobre como a vida é cíclica e como é importante, elaborar as nossas folhas que não resistiram. Sabendo que tudo vai passar deixando tudo mais humanizado.
Haverá o dia do renascer, ouviremos na televisão e leremos na internet que  o vírus perdeu a guerra, existem pessoas nas ruas cantando, chorando e se abraçando como irmãos, sem máscaras, sem sabão em gel e vivendo um grande tempo de sol e claridade. E  então,  o seu Outono  chegou? Deixe ele entrar, e te despojar das folhas secas da sua vida. Se fortaleça para esta travessia de tanta dor. Recomece com ele o que não foi possível no verão. Apesar do vírus, apesar do medo, apesar da folha morta que caiu,  o Outono sabe...   e ensina o grande gesto de amor que deve se erguer em defesa  da vida, ainda que a duras folhas.
             Por Deodato Gomes

Vejam aqui a situação de Minas Gerais e de Carlos Chagas, com relação ao COVID-19, com informações do último Boletim Epidemiológico de 24-03-2020, liberado às 15 horas. Compare com a situação anterior.

NA LISTA DOS MUNICÍPIOS DE CASOS CONFIRMADOS APARECE DOIS (02) MUNICÍPIOS INDICADOS COMO EM INVESTIGAÇÃO

Belo Horizonte é a cidade com mais casos confirmados, 87, depois vem Juiz de Fora com 08 em seguida Nova Lima e Uberlânda com 7 casos. Não aparece nem Nanuque e nem Teófilo Otoni, porque como podemos ver a seguir são concebidos como casos notificados/suspeitos, portanto sem confirmação. Como podemos ver nossa cidade não tem caso notificado-suspeito. Deus é maior, esse mal vai passar bem distante da nossa cidade. 
Carlos Chagas:
Nanuque:
Teófilo Otoni:

Tabela:

Pela tabela, dos 130 infectados, 80 são homens e 50 mulheres. A faixa etária de maior incidência de infecção do vírus é a de 20 a 59 anos com 108 doentes. De 60 a 79 anos anos tem 20 pessoas infectadas pelo vírus. 

Nesta figura podemos ver a evolução do número das notificações desde 1  até 23 de março. As notificações começaram a crescer a partir de 17 de março, cai no dia 21 e no dia 22 retoma a elevação.

i O coronavírus de hoje e o mundo de amanhã, segundo o filósofo Byung-Chul Han Países asiáticos estão lidando melhor com essa crise do que o Ocidente. Enquanto lá se trabalha com dados e máscaras, aqui se chega tarde e fecham fronteiras










O coranavírus está colocando nosso sistema à prova. Ao que parece a Ásia controla melhor a epidemia do que a Europa. Em Hong Kong, Taiwan e Singapura há poucos infectados. Em Taiwan foram registrados 108 casos e 193 em Hong Kong. Na Alemanha, pelo contrário, após um período muito mais breve já existem 19.000 casos confirmados, e na Espanha 19.980 (dados de 20 de março). A Coreia do Sul já superou a pior fase, da mesma forma que o Japão. Até a China, o país de origem da pandemia, já está com ela bem controlada. Mas Taiwan e a Coreia não decretaram a proibição de sair de casa e as lojas e restaurantes não fecharam. Enquanto isso começou um êxodo de asiáticos que saem da Europa. Chineses e coreanos querem regressar aos seus países, porque lá se sentem mais seguros. Os preços dos voos multiplicaram. Já quase não é possível conseguir passagens aéreas para a China e a Coreia.

A Europa está fracassando. Os números de infectados aumentam exponencialmente. Parece que a Europa não pode controlar a pandemia. Na Itália morrem diariamente centenas de pessoas. Retiram os respiradores dos pacientes idosos para ajudar os jovens. Mas também vale observar ações inúteis. Os fechamentos de fronteiras são evidentemente uma expressão desesperada de soberania. Nós nos sentimos de volta à época da soberania. O soberano é quem decide sobre o estado de exceção. É o soberano que fecha fronteiras. Mas isso é uma vã tentativa de soberania que não serve para nada. Seria muito mais útil cooperar intensamente dentro da Eurozona do que fechar fronteiras alucinadamente. Ao mesmo tempo a Europa também decretou a proibição da entrada a estrangeiros: um ato totalmente absurdo levando em consideração o fato de que a Europa é justamente o local ao qual ninguém quer ir. No máximo, seria mais sensato decretar a proibição de saídas de europeus, para proteger o mundo da Europa. Depois de tudo, a Europa é nesse momento o epicentro da pandemia.

As vantagens da Ásia

Em comparação com a Europa, quais vantagens o sistema da Ásia oferece que são eficientes para combater a pandemia? Estados asiáticos como o Japão, Coreia, China, Hong Kong, Taiwan e Singapura têm uma mentalidade autoritária, que vem de sua tradição cultural (confucionismo). As pessoas são menos relutantes e mais obedientes do que na Europa. Também confiam mais no Estado. E não somente na China, como também na Europa e no Japão a vida cotidiana está organizada muito mais rigidamente do que na Europa. Principalmente para enfrentar o vírus os asiáticos apostam fortemente na vigilância digital. Suspeitam que o big data pode ter um enorme potencial para se defender da pandemia. Poderíamos dizer que na Ásia as epidemias não são combatidas somente pelos virologistas e epidemiologistas, e sim principalmente pelos especialistas em informática e macrodados. Uma mudança de paradigma da qual a Europa ainda não se inteirou. Os apologistas da vigilância digital proclamariam que o big data salva vidas humanas.

A consciência crítica diante da vigilância digital é praticamente inexistente na Ásia. Já quase não se fala de proteção de dados, incluindo Estados liberais como o Japão e a Coreia. Ninguém se irrita pelo frenesi das autoridades em recopilar dados. Enquanto isso a China introduziu um sistema de crédito social inimaginável aos europeus, que permitem uma valorização e avaliação exaustiva das pessoas. Cada um deve ser avaliado em consequência de sua conduta social. Na China não há nenhum momento da vida cotidiana que não esteja submetido à observação. Cada clique, cada compra, cada contato, cada atividade nas redes sociais são controlados. Quem atravessa no sinal vermelho, quem tem contato com críticos do regime e quem coloca comentários críticos nas redes sociais perde pontos. A vida, então, pode chegar a se tornar muito perigosa. Pelo contrário, quem compra pela Internet alimentos saudáveis e lê jornais que apoiam o regime ganha pontos. Quem tem pontuação suficiente obtém um visto de viagem e créditos baratos. Pelo contrário, quem cai abaixo de um determinado número de pontos pode perder seu trabalho. Na China essa vigilância social é possível porque ocorre uma irrestrita troca de dados entre os fornecedores da Internet e de telefonia celular e as autoridades. Praticamente não existe a proteção de dados. No vocabulário dos chineses não há o termo “esfera privada”.

Na China existem 200 milhões de câmeras de vigilância, muitas delas com uma técnica muito eficiente de reconhecimento facial. Captam até mesmo as pintas no rosto. Não é possível escapar da câmera de vigilância. Essas câmeras dotadas de inteligência artificial podem observar e avaliar qualquer um nos espaços públicos, nas lojas, nas ruas, nas estações e nos aeroportos.

Toda a infraestrutura para a vigilância digital se mostrou agora ser extremamente eficaz para conter a epidemia. Quando alguém sai da estação de Pequim é captado automaticamente por uma câmera que mede sua temperatura corporal. Se a temperatura é preocupante todas as pessoas que estavam sentadas no mesmo vagão recebem uma notificação em seus celulares. Não é por acaso que o sistema sabe quem estava sentado em qual local no trem. As redes sociais contam que estão usando até drones para controlar as quarentenas. Se alguém rompe clandestinamente a quarentena um drone se dirige voando em sua direção e ordena que regresse à sua casa. Talvez até lhe dê uma multa e a deixe cair voando, quem sabe. Uma situação que para os europeus seria distópica, mas que, pelo visto, não tem resistência na China.

Na China e em outros Estados asiáticos como a Coreia do Sul, Hong Kong, Singapura, Taiwan e Japão não existe uma consciência crítica diante da vigilância digital e o big data. A digitalização os embriaga diretamente. Isso obedece também a um motivo cultural. Na Ásia impera o coletivismo. Não há um individualismo acentuado. O individualismo não é a mesma coisa que o egoísmo, que evidentemente também está muito propagado na Ásia.

Ao que parece o big data é mais eficaz para combater o vírus do que os absurdos fechamentos de fronteiras que estão sendo feitos nesses momentos na Europa. Graças à proteção de dados, entretanto, não é possível na Europa um combate digital do vírus comparável ao asiático. Os fornecedores chineses de telefonia celular e de Internet compartilham os dados sensíveis de seus clientes com os serviços de segurança e com os ministérios de saúde. O Estado sabe, portanto, onde estou, com quem me encontro, o que faço, o que procuro, em que penso, o que como, o que compro, aonde me dirijo. É possível que no futuro o Estado controle também a temperatura corporal, o peso, o nível de açúcar no sangue etc. Uma biopolítica digital que acompanha a psicopolítica digital que controla ativamente as pessoas.


Em Wuhan se formaram milhares de equipes de pesquisa digitais que procuram possíveis infectados baseando-se somente em dados técnicos. Tendo como base, unicamente, análises de macrodados averiguam os que são potenciais infectados, os que precisam continuar sendo observados e eventualmente isolados em quarentena. O futuro também está na digitalização no que se refere à pandemia. Pela epidemia talvez devêssemos redefinir até mesmo a soberania. É soberano quem dispõe de dados. Quando a Europa proclama o estado de alarme e fecha fronteiras continua aferrada a velhos modelos de soberania.

Não somente na China, como também em outros países asiáticos a vigilância digital é profundamente utilizada para conter a epidemia. Em Taiwan o Estado envia simultaneamente a todos um SMS para localizar as pessoas que tiveram contato com infectados e para informar sobre os lugares e edifícios em que existiram pessoas contaminadas. Já em uma fase muito inicial, Taiwan utilizou uma conexão de diversos dados para localizar possíveis infectados em função das viagens que fizeram. Na Coreia quem se aproxima de um edifício em que um infectado esteve recebe através do “Corona-app” um sinal de alarme. Todos os lugares em que infectados estiveram estão registrados no aplicativo. Não são levadas muito em consideração a proteção de dados e a esfera privada. Em todos os edifícios da Coreia foram instaladas câmeras de vigilância em cada andar, em cada escritório e em cada loja. É praticamente impossível se mover em espaços públicos sem ser filmado por uma câmera de vídeo. Com os dados do telefone celular e do material filmado por vídeo é possível criar o perfil de movimento completo de um infectado. São publicados os movimentos de todos os infectados. Casos amorosos secretos podem ser revelados. Nos escritórios do Ministério da Saúde coreano existem pessoas chamadas “tracker” que dia e noite não fazem outra coisa a não ser olhar o material filmado por vídeo para completar o perfil do movimento dos infectados e localizar as pessoas que tiveram contato com eles.
Uma diferença chamativa entre a Ásia e a Europa são principalmente as máscaras protetoras. Na Coreia quase não existe quem ande por aí sem máscaras respiratórias especiais capazes de filtrar o ar de vírus. Não são as habituais máscaras cirúrgicas, e sim máscaras protetoras especiais com filtros, que também são utilizadas pelos médicos que tratam os infectados. Durante as últimas semanas, o tema prioritário na Coreia era o fornecimento de máscaras à população. Diante das farmácias enormes filas se formaram. Os políticos eram avaliados em função da rapidez com que eram fornecidas a toda a população. Foram construídas a toda pressa novas máquinas para sua fabricação. Por enquanto parece que o fornecimento funciona bem. Há até mesmo um aplicativo que informa em qual farmácia próxima ainda se pode conseguir máscaras. Acho que as máscaras protetoras fornecidas na Ásia a toda a população contribuíram decisivamente para conter a epidemia.
Os coreanos usam máscaras protetoras antivírus até mesmo nos locais de trabalho. Até os políticos fazem suas aparições públicas somente com máscaras protetoras. O presidente coreano também a usa para dar o exemplo, incluindo em suas entrevistas coletivas. Na Coreia quem não a usa é repreendido. Na Europa, pelo contrário, frequentemente se diz que não servem para muita coisa, o que é um absurdo. Por que então os médicos usam as máscaras protetoras? Mas é preciso trocar de máscara frequentemente, porque quando umedecem perdem sua função filtradora. Os coreanos, entretanto, já desenvolveram uma “máscara ao coronavírus” feita de nanofiltros que podem ser lavados. O que se diz é que podem proteger as pessoas do vírus durante um mês. Na verdade, é uma solução muito boa enquanto não existem vacinas e medicamentos


Na Europa, pelo contrário, até mesmo os médicos precisam viajar à Rússia para consegui-las. Macron mandou confiscar máscaras para distribui-las entre os funcionários da área de saúde. Mas o que acabaram recebendo foram máscaras normais sem filtro com a indicação de que bastariam para proteger do coronavírus, o que é uma mentira. A Europa está fracassando. De que adianta fechar lojas e restaurantes se as pessoas continuam se aglomerando no metrô e no ônibus durante as horas de pico? Como guardar a distância necessária assim? Até nos supermercados é quase impossível. Em uma situação como essa, as máscaras protetoras realmente salvariam vidas humanas. Está surgindo uma sociedade de duas classes. Quem tem carro próprio se expõe a menos riscos. As máscaras normais também seriam de muita utilidade se os infectados as usassem, porque dessa maneira não propagariam o vírus.
Nos países europeus quase ninguém usa máscara. Há alguns que as usam, mas são asiáticos. Meus conterrâneos residentes na Europa se queixam de que são olhados com estranheza quando as usam. Por trás disso há uma diferença cultural. Na Europa impera um individualismo que traz atrelado o costume de andar com o rosto descoberto. Os únicos que estão mascarados são os criminosos. Mas agora, vendo imagens da Coreia, me acostumei tanto a ver pessoas mascaradas que o rosto descoberto de meus concidadãos europeus me parece quase obsceno. Eu também gostaria de usar máscara protetora, mas aqui já não existem.

No passado, a fabricação de máscara, da mesma forma que tantos outros produtos, foi externalizada à China. Por isso agora não se conseguem máscaras na Europa. Os Estados asiáticos estão tentando prover toda a população com máscaras protetoras. Na China, quando também começaram a escassear, fábricas chegaram a ser reequipadas para produzir máscaras. Na Europa nem mesmo os funcionários da área de saúde as conseguem. Enquanto as pessoas continuarem se aglomerando nos ônibus e metrôs para ir ao trabalho sem máscaras protetoras, a proibição de sair de casa logicamente não adiantará muito. Como é possível guardar a distância necessária nos ônibus e no metrô nos horários de pico? E uma lição que deveríamos tirar da pandemia deveria ser a conveniência de voltar a trazer à Europa a produção de determinados produtos, como máscaras protetoras, remédios e produtos farmacêuticos.
Apesar de todo o risco, que não deve ser minimizado, o pânico desatado pela pandemia de coronavírus é desproporcional. Nem mesmo a “gripe espanhola”, que foi muito mais letal, teve efeitos tão devastadores sobre a economia. A que isso se deve na realidade? Por que o mundo reage com um pânico tão desmesurado a um vírus? Emmanuel Macron fala até de guerra e do inimigo invisível que precisamos derrotar. Estamos diante de um retorno do inimigo? A gripe espanhola se desencadeou em plena Primeira Guerra Mundial. Naquele momento todo o mundo estava cercado de inimigos. Ninguém teria associado a epidemia com uma guerra e um inimigo. Mas hoje vivemos em uma sociedade totalmente diferente.
Na verdade, vivemos durante muito tempo sem inimigos. A Guerra Fria terminou há muito tempo. Ultimamente até o terrorismo islâmico parecia ter se deslocado a áreas distantes. Há exatamente dez anos afirmei em meu ensaio Sociedade do Cansaço a tese de que vivemos em uma época em que o paradigma imunológico perdeu sua vigência, baseada na negatividade do inimigo. Como nos tempos da Guerra Fria, a sociedade organizada imunologicamente se caracteriza por viver cercada de fronteiras e de cercas, que impedem a circulação acelerada de mercadorias e de capital. A globalização suprime todos esses limites imunitários para dar caminho livre ao capital. Até mesmo a promiscuidade e a permissividade generalizadas, que hoje se propagam por todos os âmbitos vitais, eliminam a negatividade do desconhecido e do inimigo. Os perigos não espreitam hoje da negatividade do inimigo, e sim do excesso de positividade, que se expressa como excesso de rendimento, excesso de produção e excesso de comunicação. A negatividade do inimigo não tem lugar em nossa sociedade ilimitadamente permissiva. A repressão aos cuidados de outros abre espaço à depressão, a exploração por outros abre espaço à autoexploração voluntária e à auto-otimização. Na sociedade do rendimento se guerreia sobretudo contra si mesmo.

Limites imunológicos e fechamento de fronteiras

Pois bem, em meio a essa sociedade tão enfraquecida imunologicamente pelo capitalismo global o vírus irrompe de supetão. Em pânico, voltamos a erguer limites imunológicos e fechar fronteiras. O inimigo voltou. Já não guerreamos contra nós mesmos. E sim contra o inimigo invisível que vem de fora. O pânico desmedido causado pelo vírus é uma reação imunitária social, e até global, ao novo inimigo. A reação imunitária é tão violenta porque vivemos durante muito tempo em uma sociedade sem inimigos, em uma sociedade da positividade, e agora o vírus é visto como um terror permanente.

Mas há outro motivo para o tremendo pânico. Novamente tem a ver com a digitalização. A digitalização elimina a realidade, a realidade é experimentada graças à resistência que oferece, e que também pode ser dolorosa. A digitalização, toda a cultura do “like”, suprime a negatividade da resistência. E na época pós-fática das fake news e dos deepfakes surge uma apatia à realidade. Dessa forma, aqui é um vírus real e não um vírus de computador, e que causa uma comoção. A realidade, a resistência, volta a se fazer notar no formato de um vírus inimigo. A violenta e exagerada reação de pânico ao vírus se explica em função dessa comoção pela realidade.

A reação de pânico dos mercados financeiros à epidemia é, além disso, a expressão daquele pânico que já é inerente a eles. As convulsões extremas na economia mundial fazem com que essa seja muito vulnerável. Apesar da curva constantemente crescente do índice das Bolsas, a arriscada política monetária dos bancos emissores gerou nos últimos anos um pânico reprimido que estava aguardando a explosão. Provavelmente o vírus não é mais do que a gota que transbordou o copo. O que se reflete no pânico do mercado financeiro não é tanto o medo ao vírus quanto o medo a si mesmo. O crash poderia ter ocorrido também sem o vírus. Talvez o vírus seja somente o prelúdio de um crash muito maior.
Žižek afirma que o vírus deu um golpe mortal no capitalismo, e evoca um comunismo obscuro. Acredita até mesmo que o vírus poderia derrubar o regime chinês. Žižek se engana. Nada disso acontecerá. A China poderá agora vender seu Estado policial digital como um modelo de sucesso contra a pandemia. A China exibirá a superioridade de seu sistema ainda mais orgulhosamente. E após a pandemia, o capitalismo continuará com ainda mais pujança. E os turistas continuarão pisoteando o planeta. O vírus não pode substituir a razão. É possível que chegue até ao Ocidente o Estado policial digital ao estilo chinês. Como já disse Naomi Klein, a comoção é um momento propício que permite estabelecer um novo sistema de Governo. Também a instauração do neoliberalismo veio precedida frequentemente de crises que causaram comoções. É o que aconteceu na Coreia e na Grécia. Espero que após a comoção causada por esse vírus não chegue à Europa um regime policial digital como o chinês. Se isso ocorrer, como teme Giorgio Agamben, o estado de exceção passaria a ser a situação normal. O vírus, então, teria conseguido o que nem mesmo o terrorismo islâmico conseguiu totalmente.
O vírus não vencerá o capitalismo. A revolução viral não chegará a ocorrer. Nenhum vírus é capaz de fazer a revolução. O vírus nos isola e individualiza. Não gera nenhum sentimento coletivo forte. De alguma maneira, cada um se preocupa somente por sua própria sobrevivência. A solidariedade que consiste em guardar distâncias mútuas não é uma solidariedade que permite sonhar com uma sociedade diferente, mais pacífica, mais justa. Não podemos deixar a revolução nas mãos do vírus. Precisamos acreditar que após o vírus virá uma revolução humana. Somos NÓS, PESSOAS dotadas de RAZÃO, que precisamos repensar e restringir radicalmente o capitalismo destrutivo, e nossa ilimitada e destrutiva mobilidade, para nos salvar, para salvar o clima e nosso belo planeta.

Byung-Chul Han é um filósofo e ensaísta sul-coreano que dá aulas na Universidade de Artes de Berlim. Autor, entre outras obras, de ‘Sociedade do Cansaço’, publicou há um ano ‘Loa a la tierra’, na editora Herder.