Hoje visitamos os Marques, uma “comunidade remanescente de quilombo” localizada em nossa Carlos Chagas. Todas as pessoas da nossa cidade precisam tomar conhecimento deste povo negro que se estabeleceu e fez história em nossa cidade. Tivemos oportunidade de saber de todo o processo de negociação envolvendo a comunidade, o Ministério Público e a Empresa Queiroz Galvão, que construiu a Pequena Central Hidrelétrica – (PCH) no rio Mucuri. Esta construção atingiu parte das terras e da cultura dos Marques. Povo, que saindo de Jequitionha seguindo o Rio Mucuri veio se apossar de terras em nosso município há anos atrás. A história desta comunidade é de muita luta, desde a chegada de seus fundadores, a ligação com a terra, a luta para conquistá-la e mantê-la até enfim o reconhecimento e status de comunidade quilombola e a garantia do direito sobre o território. Foi um momento de grande aprendizagem e mergulho na cultura popular desse povo negro. Confiram todos os momentos nas fotos abaixo.
Quilombolas é designação comum aos escravos refugiados em quilombos, ou descendentes de escravos negros cujos antepassados no período da escravidão fugiram dos engenhos de cana-de-açúcar, fazendas e pequenas propriedades onde executavam diversos trabalhos braçais para formar pequenos vilarejos chamados de quilombos. Mais de duas mil comunidades quilombolas espalhadas pelo território brasileiro mantêm-se vivas e atuantes, lutando pelo direito de propriedade de suas terras consagrado pela Constituição Federal desde 1988. O termo quilombola vem do tupi-guarani cañybó e significa «aquele que foge muito».
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