Homenageamos aqui a mulher educadora, neste dia Internacional da Mulher, desta amada escola João Beraldo. Incansável, laboriosa, persistente e ousada, assim é a mulher professora. A Professora João Beraldense, é aquela que, como diz Cora Coralina em seus versos, que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores. A educação tem um corpo feminino. Por isso mesmo fecundo de amor. Está depositada nas mãos da mulher educadora a grande missão de cuidar. Cuidar de pedras brutas informes, são crianças, adolescentes e jovens de todos os jeitos e formas colocados sob o seu servir.
Ela vai na perseverança, superando os percalços, nunca deixa de acreditar no jovem, mesmo quando vem a decepção, porque seu cuidar está além dos pequenos momentos. Muitas vezes, solitária, o sentido de impotência lhe sobressalta e a pequenez se agiganta em seu ser, perante a força sedutora do mundo frente ao seu aluno. Respira fundo, se aquieta, seu coração e se arma da palavra. Nunca pára, caminhando vai sempre tecendo personalidades que recebe, emoldurando caráter, construindo grandes belezas em dimensões jamais vistas, até que, aquele ser sob seu cuidado, por suas próprias asas levanta um vôo para além de tudo que aprendeu, deixando para tráz a sua criadora. A Educação não seria educação se seu corpo não fosse o de uma mulher que sabe acolher em seu ventre sagrado de amor tantas sementes diferentes para que possa frutificar pessoas melhores. Como poderia haver o cuidar se o corpo da educação não fosse o da mulher que se entrega ao trabalho desgastante de colocar no coração de um jovem o encanto, o desejo de ser, e as possibilidades de encontrar um caminho? Tudo expressa uma caridade maior, visível apenas para aqueles que não só vêem, mas reparam como muito bem mostrou em seu livro José Saramago. “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”.
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