Há uma epidemia de notícias falsas e elas
estão tendo muita influência entre as crianças, adolescentes e jovens. Se antes
os boatos e as meias-verdades se restringiam a veículos sensacionalistas, hoje
elas dominam a internet.
Nascidas em sites especializados em
criar os factoides, elas chegam ao público pelas redes sociais. As fofocas e
rumores fazem parte da história. O que mudou é a forma como são difundidos.
Elas aparecem misturados aos fatos verdadeiros ou descontextualizados.
Como educar adolescentes,
jovens e crianças para certificar a confiabilidade de uma informação recebida
pela internet?
É preciso ensinar a separar o joio do trigo estimulando a capacidade
de análise dos estudantes.
O caminho
para chegar à verdade é desconfiar do que se lê e até da própria opinião.
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DICAS PARA SE CHEGAR À VERDADE
Como
atestar a veracidade de uma informação?
1. Questione a origem da notícia
Ao encarar uma mensagem compartilhada
nas redes sociais, a primeira pergunta que o leitor deve se fazer é: qual o
interesse de quem compartilhou essa informação? Uma pesquisa americana mostrou
que jovens de 15 a 27 anos tendem a acreditar em notícias claramente
equivocadas quando elas atestam algo em que eles já acreditam.
Constatar o viés de quem divulgou a informação não é atestado da mentira, mas pode ser um alerta.
Constatar o viés de quem divulgou a informação não é atestado da mentira, mas pode ser um alerta.
2. Desconfie dos autores
Muitas notícias falsas são divulgadas em
sites feitos para se parecer com portais já consagrados. Por isso, abrir um
link antes de compartilhá-lo é fundamental. Preste bastante atenção ao veículo
que publicou a informação e, caso você não o reconheça, procure checar se
jornais e sites tradicionais também divulgaram o mesmo dado. Também vale
observar outras notícias do mesmo veículo e ver se todas apresentam tendência
semelhante.
3. Leia mais do que apenas a
notícia
Boa parte das informações equivocadas
são notícias verdadeiras, mas compartilhadas fora de contexto. Nesses casos, um
detalhe pode fazer toda a diferença: checar informações como a data e o local
de publicação do texto pode impedir você de espalhar por aí uma informação que
já foi desmentida ou que poderia ser lida de uma maneira diferente, dependendo
do período em que foi publicada.
4. Analise o texto com cuidado
Aspectos do próprio texto também são
importantes. Vale se questionar: isso é uma notícia, uma análise ou um texto
opinativo? O autor se posiciona quanto ao assunto? Os dois lados foram ouvidos?
As fontes da informação dada são claras? Quem pode se beneficiar com a
divulgação dessa informação? Levar todos esses fatores em conta durante a
leitura ajuda a assumir uma postura mais crítica sobre os fatos que são
descritos no texto.
5. Considere os riscos antes de
compartilhar
Espalhar uma informação é algo sério.
Por isso, é importante refletir sobre os motivos e as consequências do
compartilhamento de uma notícia: ela é relevante para outras pessoas? Quais
interesses estarei defendendo com esse compartilhamento? E, acima de tudo,
tenho confiança de que essa informação é verdadeira? Se a resposta à última
pergunta for não, é melhor não compartilhar.
Texto Adaptado por Deodato da Revista Nova Escola - Ano 32 Nº 301 Abril de 2017.
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