Ouça a reportagem da rádio senado:
Foi
sancionada na tarde desta quinta-feira (11) pelo presidente Michel Temer a lei
que institui a Identificação Civil Nacional (ICN). Criada com o
objetivo de unificar os cerca de 20 documentos de identificação usados no
Brasil e para dificultar a falsificação que, anualmente, gera prejuízos de R$
60 bilhões, a lei não substitui apenas passaporte e Carteira Nacional de
Habilitação pelo novo documento.
A
Justiça Eleitoral organizará uma base de dados nacional com informações de
identificação de todos os cidadãos, para uso de todos os órgãos governamentais.
O Plenário do Senado aprovou o projeto que deu origem à lei (PLC
19/2017), há exatamente um mês, no dia 11 de abril. O relator da matéria na
Casa foi o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).
—
A grande vantagem dessa proposta é criar um único e grande cadastro nacional
relativo a todos os cidadãos brasileiros, com dados oriundos da própria Justiça
Eleitoral, inclusive biométricos, e de outros registros e cadastros que temos
no Brasil, como o da Receita Federal e dos estados — disse o relator, lembrando
que país tem dimensões continentais e que até hoje cada estado tem seu próprio banco
de dados, com seus registros do chamado RG, que é a carteira de identidade.
Anastasia
avalia que a medida facilitará as relações entre o poder público e os cidadãos.
Para o senador, a identificação de cada pessoa com um número único poderá
coibir falsificações e permitir um acesso mais rápido e mais direto dos
brasileiros aos benefícios a que têm direito.
Além
de foto, esse documento único conterá dados do cadastro biométrico que está
sendo organizado pela Justiça Eleitoral por meio dos registros feitos para o
título de eleitor. Não será necessária a troca imediata do documento que ainda
estiver válido. Entre os vetos ao
projeto, está o da parte que garantia a gratuidade da nova identificação.
Também
foi vetado o artigo que dava à Casa da Moeda a exclusividade para a implantação
e fornecimento do documento. De acordo com informações da Agência Brasil, um
dos entusiastas do projeto é o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Guilherme Afif Domingues. Ele explica que
com a nova documentação será possível amenizar os prejuízos causados no país
por conta de fraudes por dupla, tripla ou falsidade de identificação.
—
A tendência é unificar, a partir de mais um número, que englobará os demais
referentes aos outros documentos. As pessoas vão entender que este número será
o mais confiável para a identificação do cidadão — disse Afif Domingos.
Primeiramente,
será feito um cadastro central e, só depois, ao longo do tempo, a unificação do
número. A previsão inicial é de conclusão do cadastro entre os anos de 2020 e
2021.
Com
informações da Agência Brasil
Agência
Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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