Eros Jannuzi imortaliza com sua canção a estrada de Ferro Baiminas, fator fundamental da economia do nosso Vale no final do século xix e meados do xx. A morte planejada desta estrada em detalhes pelo governo militar, serviu aos interesses do capitalismo internacional. Apostar no avanço das rodovias e na acumulação da mais valia para as empresas automobilísticas, implicava no fim desta poética estrada, que deixou a população do vale desamparada.
Os sonhos e esperanças de muita gente foram embora com sua última viagem em maio de 1966. Inaugurada em 1881 tinha uma extensão de 578 quilômetros ligando Araçuaí a Ponta de Areia. A linda canção em que o poeta popular nos reporta a esta saudade é ao mesmo tempo um apelo veemente à preservação dos objetos culturais remanescentes e históricos que restaram do patrimônio desta estrada.
O pesquisador Jaime Gomes, disse: “Um trem passou em minha vida” e hoje, alinhado a este pensar é que se tem a certeza de que esta estrada está eternizada e marcada a ferro na alma de todas as gerações deste sofrido vale. É forte a lembrança e enseja muitas história de um tempo em que o Vale do Mucuri tinha uma ferrovia que agora se imortaliza nos versos do Januzzi e na saudade da vivência de um tempo que foi muito bonito.
Deodato Gomes
Bem legal é esta reportagem.
Deodato Gomes
Bem legal é esta reportagem.
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