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sexta-feira, 27 de outubro de 2017

EU SOU O TEMPO! JÁ ESTAMOS ÀS PORTAS DE 2018!...



Eu sou o tempo
Por Deodato Gomes Costa

Hoje me assustei — e não foi pouco. A propaganda volante da CDL desfilava em frente à minha casa, conduzindo um Papai Noel sorridente, acenando para os moradores como quem anuncia: É Natal outra vez!

Quase sem querer, cantarolei um trecho de uma velha canção natalina, dessas que a gente carrega no fundo da memória. E pensei o que todo mundo diz nessa época: o ano voou.

Fala a verdade... tem dias em que o tempo parece nos apertar num abraço sufocante de compromissos. A gente sente vontade de se libertar de tudo e apenas... viver. Viver o instante, o momento presente, sem pressa. Janeiro está logo ali, e, se tudo correr bem, estarei diante da banca para me qualificar no mestrado. Em julho, espero defender a dissertação. Esses marcos não saem da minha cabeça — o tempo nos cobra, e a vida exige que sejamos fortes o bastante para responder, no compasso das próprias responsabilidades.

Mas apesar da correria, a vida segue. E o Natal chega como esse marcador simbólico do tempo, esse ponto de virada onde olhamos para o que fomos e sonhamos com o que podemos ser. Tempo de refazer vidas, de agradecer pelo que se tem, se é, se foi e se conquistou.

O tempo, no entanto, é uma ilusão de ótica. Ele não termina. É movimento. E movimento é vida. A inércia — essa resistência aos novos desafios — é quem anuncia a morte silenciosa do espírito.

O vídeo do Itaú sobre o tempo, ainda hoje, ressoa como um poema moderno. Nele, o tempo ganha voz e nos chama para pensar menos no relógio e mais na vida. Porque o que fica não são os minutos contados, mas os momentos vividos.

Bauman já nos falava dos tempos líquidos. Relações frágeis, instáveis. Mas existe algo que resiste à liquidez: o gesto de acolhida. Uma palavra dita na hora certa, um abraço inesperado, um sorriso sem motivo. Coisas pequenas, mas imensas. Como aquela vez em que uma colega, em romaria a Bom Jesus da Lapa, me trouxe uma rapadura. Sim, uma simples rapadura. Mas cheia de significado: alguém lembrou de mim num momento tão seu. Isso vale um post inteiro: Rapaduras proporcionam alegria.

É isso: as marcas que deixamos precisam ser de acolhimento, de presença, de humanidade. Qual é a pegada que deixamos no tempo? Estamos plantando gratidão ou semeando a indiferença?

O tempo passa... E quando damos por nós, tudo já virou lembrança. A voz suave da atriz no vídeo nos embala como um mantra: “O segredo do tempo está nos momentos que ficam”. E ficam, porque foram vividos com verdade.

Não somos deuses. Envelhecemos. Cansamos. Duvidamos. Mas temos um dom: podemos agradecer. E o agradecimento é o gesto mais poderoso contra o esquecimento. “Em tudo, dai graças”, dizia São Paulo aos Tessalonicenses. E Jesus, em cada milagre, ensinava esse princípio com gestos: agradecer para vivificar, agradecer para curar.

Agradecer suaviza o peso do tempo. Porque o que realmente importa é o laço construído entre nós — o perdão, a presença, a comunhão. E é isso que sobrevive. É isso que resiste.

Deixo, por fim, uma imagem que não me sai da memória: o encontro de duas preciosidades humanas — Pe. Giovanne e Lula. Num instante simples, o tempo também parou para agradecer.



                              PARA ENCERRAR ESTE POST, deixo aqui este incrível momento entre duas preciosidades humanas: Pe. giovanne e Lula!...


          
  O tempo registrou algo deslumbrante esta semana em nosso Mucuri: o encontro de Lula e do Pe. Giovanne. Foi uma cena memorável, daquelas que se eternizam não pelas palavras ditas, mas pelo silêncio carregado de significados. O encontro entre duas grandiosidades humanas — um político e um padre — unidos pelo mesmo ideal: o serviço aos pobres. Pe. Giovanne e Lula, com mais de 80 e 70 anos, respectivamente, são a encarnação de décadas de utopias, lutas e entrega. A emoção daquele instante calou palavras e fez jorrar lágrimas. Como bem disse Sucupira: “Este é um momento histórico; talvez o ponto mais significativo da agenda de Lula em Teófilo Otoni.” Um encontro que não foi apenas de mãos, mas de trajetórias que se cruzam no mesmo caminho da justiça social e do amor pelos esquecidos.

Este é o Poema do Bradesco!

Eu sou o tempo
Você acha que eu passo rápido.
Que eu não volto.
Que eu não perdoo.
É verdade.
Mas agora eu estou aqui para a gente conversar com calma.
Você sempre pediu mais tempo e isso eu nunca pude dar.
Então, a humanidade criou este incrível mundo digital e você virou senhor de cada minuto.
Mas pelo que eu vejo,  o ano já está acabando e todos continuam correndo contra o relógio.
Por isso, eu gostaria de te dar um conselho.
Pense menos em mim e mais em você.
É perdendo tempo que se ganha a vida.
Neste ano, quanto tempo você passou com a sua família?
Dando beijos?
Jogando conversa fora com os amigos?
O segredo do tempo não está nas horas que passam.
Está nos momentos que ficam.
Porque são eles que vão contar a sua história.
Eu sei disso.
Eu sou o tempo.
  Por Deodato Gomes Costa

2 comentários:

  1. 2018 batendo forte na nossa porta!
    Uma semana ótima.

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  2. O tempo não espera...simplesmente passa.
    Então vamos viver da melhor forma possível.
    Aproveita-lo ao máximo.
    Boa semana.

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