Mergulhar na Gratidão
Por Deodato Gomes Costa
No ano de 2017, completaram-se vinte anos desde que Jacques Cousteau, o grande oceanógrafo e poeta dos mares, lançou âncora nos oceanos da eternidade. Em uma de suas entrevistas mais tocantes, Cousteau confidenciou que, em sonhos, costumava voar — uma tentativa de se distanciar da realidade dura e desigual da Terra. Mas tudo mudou quando começou a mergulhar. “Quando mergulhamos, sentimo-nos como anjos”, dizia. “Libertamo-nos do nosso peso.” A água se tornava seu paraíso. Fora dela, confessava, era infeliz.
Cousteau nos ensina que há formas de voo mais profundas do que as asas. O mergulho — esse gesto de entrega ao invisível — também pode acontecer na alma. Que as 52 semanas de gratidão tenham sido, para todos nós, um mergulho assim: sem pressa, sem escafandro, apenas com o coração aberto.
O movimento terminou. É verdade que não participei de todas as postagens, nem li cada linha dos colegas de jornada. Os compromissos, esses rios que nos arrastam, não permitiram. Mas valeu. Valeu muito. Valeu cada reflexão, cada partilha, cada fragmento de vida derramado em palavras, fotos e memórias. Foi um garimpo precioso de sentimentos — e, entre todos, a gratidão brilhou mais do que o ouro.
A gratidão, essa irmã próxima do amor, nos humaniza. Ela nos lembra que tudo é dom. Tudo é graça. E como o leproso curado que volta a Jesus para agradecer, retornamos, ao final dessas 52 semanas, para reconhecer o milagre da vida — e agradecer.
Se não fossem os registros, as lembranças talvez se perdessem como conchas levadas pela maré. Mas ficaram. Ficaram nos textos, nas imagens, nos gestos. Ficaram como testemunho de que, mesmo frágeis, buscamos o infinito.
Porque, no fundo, todos nós somos o leproso que retorna. Todos queremos agradecer por sermos curados — não só da doença, mas da indiferença, da pressa, da solidão. E ao fazermos isso, reconhecemos o poder da gratuidade, do cuidado, da ternura que nos une.
Cousteau se sentia infeliz fora d’água. Nós, fora da gratidão, também sentimos esse vazio. Que em 2018 possamos mergulhar mais fundo. Que a gratidão nos conduza, como correnteza mansa, rumo a uma vida mais leve, mais fraterna, mais plena.
Porque agradecer é mais do que um gesto: é um milagre. É o sonho da paz se fazendo realidade no silêncio de um coração que sabe dizer: obrigado.
Um 2018 lindo!
ResponderExcluirUm momento de reflexão sobre a delícia de viver. Amei Deo
ResponderExcluirAmigo Deodato,
ResponderExcluirEu amei o blog da sua escola, parabéns, você é gestor um espetacular, tenho certeza que depois desse mestrado, só Deus para te segurar. Você é a esperança dessa comunidade escolar amigo, continue lutando por esses estudantes, um dia verás que valeu a pena.
Fica com Deus!!!
Amigo Deodato,
ResponderExcluirEu amei o blog da sua escola, parabéns, você é gestor um espetacular, tenho certeza que depois desse mestrado, só Deus para te segurar. Você é a esperança dessa comunidade escolar amigo, continue lutando por esses estudantes, um dia verás que valeu a pena.
Fica com Deus!!!
Amigo Deodato,
ResponderExcluirEu amei o blog da sua escola, parabéns, você é gestor um espetacular, tenho certeza que depois desse mestrado, só Deus para te segurar. Você é a esperança dessa comunidade escolar amigo, continue lutando por esses estudantes, um dia verás que valeu a pena.
Fica com Deus!!!