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sábado, 30 de novembro de 2019
COMO A IGREJA DEFINE CONVERSÃO ECOLÓGICA? O documento final do Sínodo Católico sobre a Amazônia no seu Capítulo IV define o que vem a ser os Novos Caminhos de Conversão Ecológica.
O IV Capítulo do Sínodo dos Bispos, no documento final, contempla Novos Caminhos de Conversão Ecológica. Ele detalha todos os aspectos que envolve esta conversão.
De acordo com o documento a Conversão Ecológica significa, tomar consciência de que somos filhos e filhas da terra. Somos parte da terra e ela é para nós como uma mãe, uma irmã, e como uma casa comum, na qual nós os humanos habitamos mas também a água, o solo , o ar a energia, os microrganismos os insetos, os pássaros, os mamíferos, os peixes. Enfim todos nós fazemos parte desta casa comum. E um dos grandes desafios que se coloca para a Amazônia e para o mundo é: que modelo de economia queremos? Até hoje o modelo de economia que predomina na Amazônia é o que vem de fora, é o modelo predatório. Este modelo vigente retira da floresta tudo que pode e deixa o resto. Destrói a floresta para plantar grãos, capim para o gado, e com o tempo o solo perde a sua capacidade de se renovar. Se explora com a mineração e com isso se polui o solo, a água, o ár, os peixes, as pessoas. O capítulo IV que trata da Conversão Ecológica tem um alerta. É preciso superar este modelo de extração, produção, consumo e descarte que ambientalmente é insustentável e que humanamente provoca uma concentração de rendas e aumento da pobreza. Esse é o grande desafio. Uma conversão ecológica comporta ao mesmo tempo um lado individual com a nossa forma de olhar, de contemplar os outros seres, não como coisas, mas como irmãos e irmãs nossas, como escreveu São Francisco no cântico do irmão sol. Tem uma perspectiva comunitária que são as práticas da nossa família na Igreja e tem uma dimensão política-institucional que é: que modelo de desenvolvimento é preciso buscar? A Igreja não tem respostas, tem só algumas orientações. Esta resposta tem que ser buscada junto com a sociedade civil, com os políticos, com os empresários, com os pequenos produtores e com todas as pessoas. Há uma atitude do ser humano de ser amigável, de superar esta visão voraz e predatória, e buscar modelos alternativos que sejam bem sucedidos com um novo paradigma de desenvolvimento sustentável. No caso da Amazônia, que articule a sabedoria dos nossos povos tradicionais: indígenas e caboclos com as novas tecnologias, com os novos saberes e com a ciência. Não se trata de escolher entre um e outro, mas de articular os dois de forma a juntar conhecimento científico com sabedoria. Essa conversão ecológica é ao mesmo tempo pessoal, comunitária e institucional e estrutural. O documento fala de buscar uma economia que seja solidária, sustentável, circular e ecológica. E já existem experiências bem sucedidas, elas precisam ser expandidas, elas precisam ser conhecidas. A Experiencia de Agroecologia é viável em uma nova economia. É possível, mas é preciso que se estimule essas experiências: cooperativas de produção com reservas extrativistas. Esse grande passo que necessita ser dado chama-se conversão. Tudo isso precisa ser conhecido porque toca no nosso estílo de vida, na nossa maneira de consumir, água, eletricidade, alimentos em nossa forma de lidar com o meio ambiente e com as pessoas. Você, eu e todas as pessoas somos convidados a trilhar novos caminhos de conversão ecológica.
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