Nunca estas palavras foram tão importantes para a humanidade
quanto nesta pandemia do novo coronavírus. A esperança de que tenhamos empatia
para com as populações mais vulneráveis de nosso Brasil.
Este mês de maio vai ser muito duro para o Brasil, e temos
problemas espetaculares para encarar. São milhões de irmãos brasileiros que
vivem em moradias precárias, sem saneamento e água potável. São milhões de
nossos irmãos precisando de alimento porque perderam a capacidade de gerar
renda, e uma grande maioria que depende do SUS como a única chance de
tratamento para essa terrível doença.
Assim, vamos ter responsabilidade civil e não sair às ruas para
aglomerações desnecessárias. Que os governos federal, estaduais e municipais deem
condições para o isolamento social provendo renda, alimentos e tratamentos de
saúde dignos e suficientes para população. Às vezes, atitudes simples fazem a
maior diferença, como dar o auxílio de R$ 600, em vez de três parcelas, em uma
única vez, evitando as aglomerações tão perigosas justamente na fase mais ativa
da transmissão do coronavírus.
Temos uma nova esperança de tratamento, conhecido desde 1918 para
viroses respiratórias, que é a transfusão de plasma de pessoas que já tiveram a
doença e estão com quantidades de anticorpos na corrente sanguínea suficientes
para inativar, “matar” os vírus. Essa terapia de plasma imune já foi utilizada
na gripe espanhola com sucesso, na epidemia de H1N1 de 2009 e também em outras
viroses hemorrágicas, como o Junin, na Argentina.
A China, os Estados Unidos e a Europa estão utilizando essa
terapia intensamente nesta pandemia, e os dados preliminares vindos da China
indicam que o tratamento com plasma imune pode dar certo em pessoas com falta
de ar antes de serem entubadas.
Para aplicarmos esse tipo de terapia, teremos que localizar os
indivíduos que tiveram Covid-19 e já se encontram bem, com mais de 15 dias
desde o início da doença. Teremos que ter a solidariedade dessas pessoas nessa
situação para que se apresentem aos bancos de sangue para avaliação de sua
produção de anticorpos e doação de seu plasma. Esse procedimento de doação é
seguro, e o volume tirado de plasma não causa mal algum ao doador.
Enfim, como dito no anúncio dos Médicos Sem Fronteiras, “podemos
ser violentos, insensíveis, cruéis, egoístas e indiferentes, mas só quem pode
salvar a vida de um ser humano é outro ser humano”. Então, vamos nos colocar no
lugar dos outros e cooperar.
Podemos ser insensíveis, cruéis, egoístas e indiferentes, mas só
quem pode salvar a vida de um ser humano é outro ser humano.
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