A ferrovia Bahia-Minas, que foi extinta em 1966 está para voltar. O anúncio foi feito pelo historiador e professor Fernando Cabral. Fernando está fazendo vistorias e mapeamento da região para saber onde a ferrovia irá passar.
Teófilo Otoni será um entroncamento, mas a ferrovia não passará dentro da cidade, como no século passado. “É preciso entender que a cidade mudou. O trânsito hoje em Teófilo Otoni é caótico, imagine se tivesse uma ferrovia? Iria piorar”, brincou.
Segundo o professor, a ferrovia deverá passar aproximadamente 20 KM de Teófilo Otoni, para não prejudicar o urbanismo. A ferrovia chegará até o porto de Caravelas, na Bahia.
A expectativa é que o rota da Bahia-Minas seja reconfigurada pensando na topografia da região. Cidades como Poté, Nanuque e Carlos Chagas estão na esperança de receber os trilhos.
O lançamento da pedra fundamental da ferrovia vai acontecer nos próximos meses em Caravelas. A obra terá um investimento de 20 bilhões de reais, que partirá da iniciativa privada.
A ferrovia será usada para escoamento de comodity como a madeira e o lítio.
Outro ponto forte é o turismo, que poderá ser aquecido ainda mais com a possibilidade de inclusão de ônibus sobre os trilhos.
A reconstrução da ferrovia será um projeto de longo prazo, devido sua extensão e alto custo.
Ponta de Areia, ponto final.
Da Bahia-Minas, estrada natural.
Que ligava Minas ao porto, ao mar.
Caminho de ferro mandaram arrancar.
Velho maquinista com seu boné.
Lembra o povo alegre que vinha cortejar.
Maria fumaça não canta mais.
Para moças, flores, janelas e quintais.
Na praça vazia um grito, um ai.
Casas esquecidas, viúvas nos portais.
Fernando Brant e Milton Nascimento. Ano: 1975.
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