Resenha Crítica: "O TikTok e a Guerra Fria Tech entre EUA e China" - Revista Superinteressante
Hoje, tive a oportunidade de ler uma reportagem fascinante na Revista Superinteressante do mês de Abril de 2024. Intitulada "O TikTok e a guerra fria tech entre EUA e China" e escrita por Bruno Carbinatto, a matéria despertou tanto meu interesse que resolvi escrever esta resenha crítica para compartilhar minhas reflexões com vocês, leitores do meu blog.
A reportagem aborda a tentativa dos Estados Unidos de banir o TikTok, um aplicativo de vídeos curtos que se tornou o mais baixado do mundo em 2022. Essa medida, apoiada por uma ampla maioria bipartidária (Democratas e Republicanos) no Congresso dos Estados Unidos, revela um consenso político raro nos EUA, mas contrasta com a opinião pública, onde apenas 31% apoiam a proibição total da rede social.
Carbinatto detalha as preocupações dos congressistas americanos, que veem o TikTok como uma ameaça à segurança nacional, devido à possibilidade de espionagem e disseminação de desinformação pelo governo chinês. Embora essas preocupações sejam plausíveis, o autor destaca que não há provas concretas de que os dados dos usuários americanos sejam compartilhados com o Partido Comunista Chinês. A empresa ByteDance, dona do TikTok, nega essas acusações e afirma que os dados são armazenados nos EUA, com backup em Singapura, sob supervisão da Oracle.
Um dos aspectos mais interessantes da reportagem é a análise geopolítica que contextualiza o conflito entre EUA e China como uma nova guerra fria tecnológica. A disputa se intensificou nos últimos anos, abrangendo mercados como carros elétricos, smartphones, 5G e, mais recentemente, chips. O banimento do TikTok, segundo Carbinatto, é menos uma medida regulatória eficaz e mais uma mensagem política para a China.
A reportagem também critica a solução simplista de proibir o TikTok, sugerindo que uma regulamentação mais abrangente das redes sociais seria uma resposta mais racional. Carbinatto menciona o caso da Cambridge Analytica para ilustrar como a coleta de dados pode ser problemática, independentemente da nacionalidade da empresa. Ele argumenta que todos os aplicativos deveriam ser obrigados a ter políticas de privacidade transparentes e rigorosas.
A resistência cultural nos EUA a uma maior intervenção governamental nas empresas privadas é outro ponto relevante discutido na matéria. Apesar de 72% dos americanos desejarem mais regulamentação sobre o uso de seus dados, a aprovação de um marco regulatório enfrenta fortes obstáculos políticos.
Em suma, a reportagem de Bruno Carbinatto oferece uma análise profunda e equilibrada sobre a tentativa de banimento do TikTok nos EUA. Ele nos convida a refletir sobre as complexas interações entre tecnologia, política e privacidade, e a necessidade urgente de uma discussão mais informada sobre a regulamentação das redes sociais. Recomendo a leitura completa da reportagem, que digitalizei da minha assinatura e deixo o link aqui para quem quiser conferir:
https://drive.google.com/file/d/1C6fRWl8sr5-1BPXjkcr8KXsnnbYTpkYX/view?usp=sharing
Fonte: CARBINATTO, Bruno. O TikTok e a guerra fria tech entre EUA e China. Revista Superinteressante, São Paulo, p. 8-9, abr. 2024. Penso que dê para acessar pelo site da revista também: Disponível em: <<https://super.abril.com.br/tecnologia/o-tiktok-e-a-guerra-fria-tech-entre-eua-e-china/>>. Acesso em: 18 maio 2024.
Professor Deodato Gomes
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