A Morte da Sabedoria e o Triunfo do Superficial: uma reflexão necessária para tempos apressados!
Vivemos um tempo de paradoxos. Estamos mais conectados do que nunca, mas também mais distraídos, mais ansiosos, mais sozinhos. A era digital nos deu o milagre da informação instantânea, mas também nos afogou em ruídos, pressas e superficialidades. Em vez de buscarmos sentido, mergulhamos em entretenimento. Em vez de refletirmos, performamos. Em vez de cultivarmos sabedoria, celebramos a distração.
O vídeo “Por que o Mundo Moderno Glorifica a Estupidez – A Morte da Sabedoria” oferece um diagnóstico corajoso desse cenário. Ele revela como a cultura do espetáculo, já prevista por Guy Debord¹, transformou a vida numa vitrine onde tudo é aparência, onde o valor do conteúdo importa menos do que a estética da entrega.
A glorificação do banal, dos conteúdos vazios e dos influenciadores que nada dizem, é um sintoma profundo: é a dor emocional de uma sociedade que perdeu suas âncoras simbólicas — a religião, a política ética, a ciência com propósito — e tenta se anestesiar com dopamina digital. A distração virou remédio; o vazio, refúgio.
Na educação pública, esse fenômeno nos atinge diretamente. Quando nossos estudantes consomem conteúdos fúteis e celebram valores invertidos, perdem, muitas vezes, a capacidade de pensar criticamente, de discernir o justo, de resistir à manipulação. E nós, educadores, precisamos fazer mais do que ensinar: precisamos despertar. Ensinar não apenas a ler palavras, mas a decifrar o mundo. Ensinar a desconfiar dos slogans fáceis, das promessas instantâneas e dos ídolos de plástico.
Pensar, hoje, é um ato político. Recusar o espetáculo e escolher a profundidade é um gesto de resistência. Recuperar o silêncio, o tempo lento da leitura, o desconforto do pensamento, é salvar nossa humanidade da diluição. Porque no fim das contas, como bem conclui o vídeo, “o que nos salva não é o que nos distrai, é o que nos transforma”.
A pergunta que deixo a você, leitor do meu blog: qual foi a última vez que algo realmente profundo te fez parar e pensar?