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domingo, 14 de setembro de 2025

Educação e Transporte Escolar

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Educação e Transporte Escolar

No dia 11 de setembro, a equipe de gestores escolares de Carlos Chagas, acompanhada pelo Prefeito José Amadeu Nanayoski Tavares, pelo Presidente da Câmara Acácio Cheles, pelo vereador Lucão, por Ednalva Kretli, por mim, Deodato Gomes Costa, e pelo Deputado Estadual Gustavo Santana — que foi quem nos abriu as portas para esta agenda — esteve reunida com Lucas Figueiredo Nicolau, assessor da Secretaria de Governo do Estado (SEGOV).

A palavra inicial foi do Prefeito Nanayoski, que destacou com firmeza o compromisso da administração em garantir o direito dos estudantes de chegarem à escola, apesar dos altos custos do transporte escolar. Em seguida, cada participante fez questão de reforçar o peso desse desafio para um município de porte médio como Carlos Chagas.

Discutimos longamente os fatores que agravam a situação: o impacto do 6º horário e do tempo integral, os R$ 400 mil pagos mensalmente para manter as 32 rotas terceirizadas e 8 rotas próprias, além da desproporção gritante entre o que é realizado e o que é reconhecido pelo programa estadual Transcolar — que só cadastra 252 alunos, enquanto a Prefeitura transporta, na prática, mil estudantes diariamente.

O contraste é evidente: os gastos com transporte já superam os investimentos em alimentação escolar. Um paradoxo que ilustra bem o tamanho da responsabilidade assumida pelo município.

Saímos da Cidade Administrativa com uma promessa que nos dá novo fôlego: será agendada uma reunião remota com o Sr. Silas, autoridade responsável pelo tema, para aprofundarmos as discussões e buscarmos soluções concretas.

É assim, no passo firme das conversas e das articulações, que seguimos lutando para que cada aluno de Carlos Chagas continue a ter não apenas escola, mas também o caminho garantido até ela. 🚍📚

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Diretores Municipais visitam o Deputado Gustavo Santana na Assembleia Legislativa.

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Diretores Municipais visitam o Deputado Gustavo Santana na Assembleia Legislativa.

Na manhã do dia 11 de setembro de 2025, todos os Diretores das Escolas Municipais de Carlos Chagas, acompanhados do secretário de Educação, estiveram em visita oficial ao gabinete do Deputado Estadual Gustavo Santana, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A iniciativa foi incentivada pelo Prefeito José Amadeu Nanayoski Tavares, que tem defendido o fortalecimento da educação municipal e estimulado a busca de parcerias em prol dos estudantes. Nos acompanhou nesta visita também o nosso querido Rodrigo Tavares.

A recepção calorosa e atenciosa do deputado marcou o encontro. Reconhecido pela sua simpatia e proximidade com o municípios de Carlos Chagas, Gustavo Santana mais uma vez demonstrou disposição em apoiar as demandas de Carlos Chagas, cidade que ele sempre tem ajudado com dedicação e compromisso.

Durante a reunião, foi apresentado o Ofício nº 86/2025, que solicita recursos para equipar as escolas municipais com Laboratórios de Informática Móvel. O objetivo é garantir infraestrutura adequada para que alunos e professores tenham acesso a novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem, preparando a rede para os desafios da BNCC-Digital a partir de 2026.

As imagens registradas no encontro evidenciam o espírito de união dos diretores e a importância do diálogo entre município e Assembleia Legislativa para o avanço da educação local.

terça-feira, 9 de setembro de 2025

FEBRE DA MATEMÁTICA!


Febre de matemática

Mozart Neves Ramos
Titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira no Instituto de Estudos Avançados da USP de Ribeirão Preto

Fabiana Prianti
Head de Investimento Social Privado da BB Seguros

Nos últimos anos vem crescendo o caráter de urgência no que se refere ao aprendizado de matemática por parte dos estudantes da educação básica em nosso país. De cada 100 alunos que concluíam o ensino médio, apenas cinco aprendiam o que seria esperado pelo público de testes. Mundialmente, esse quadro foi destacado também em relatórios internacionais, como no Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciências (TIMSS, na sigla em inglês). Nas últimas edições, o Brasil superou apenas países da África do Sul e do Marrocos.

Não à toa, em 2020 foi lançado um novo Plano Nacional de Educação (PNE) 2024-2034 que deve trazer de forma explícita objetivos e estratégias para reverter esse quadro. Nesse sentido, o Instituto Ayrton Senna (IAS) e o Interdisciplinary Evidence Based Education Discussion (Iede) elaboraram um documento propondo que o PNE valorize o ensino e a aprendizagem da matemática. Na versão que se encontra em discussão no Congresso Nacional, percebe-se uma total falta de ênfase ao desafio da educação básica.

O Ministério da Educação (MEC) reconhece esse caráter de urgência, pois sabe que isso traz impactos no desenvolvimento social e econômico – que se traduz, entre outros aspectos, na redução do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Por isso, acaba de lançar o Compromisso Nacional da Matemática, em parceria com instituições e movimentos sociais que buscam promover um ensino de qualidade em todas as regiões do Brasil.

Para reforçar essa iniciativa, o país poderia se inspirar no modelo brasileiro de Olimpíadas de Matemática, em especial a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), coordenada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Trata-se de uma das maiores competições do mundo. Além disso, o trabalho desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) ao longo de décadas é outro exemplo de mobilização que precisa ser ampliado.

O grande desafio, no entanto, continua sendo a formação dos professores. Sem mudanças significativas nesse campo, dificilmente conseguiremos avançar. Se não mudarmos principalmente a formação inicial, não vamos ter êxito, e isso passa também pelas nossas universidades. É preciso compreender que não basta dominar os conteúdos, mas é essencial saber como ensiná-los. Em outros países, isso se passa pela formação pedagógica dos docentes, que começa dentro da sala de aula.

Nesse sentido, foi muito importante a parceria estabelecida entre o MEC e a Associação Brasileira de Avaliação Educacional (ABAVE), idealizadora da Higher Education Learning Assessment (HELA), voltada à avaliação da aprendizagem inicial dos futuros professores.

No âmbito da educação básica, algumas iniciativas se destacam, como as Escolas em Tempo Integral, que já demonstraram impacto positivo no aprendizado de matemática, e projetos apoiados pelo Instituto Ayrton Senna e pela BB Seguros, entre outros.

Ainda assim, o Brasil precisa ir além. A Coreia do Sul, por exemplo, estabeleceu o slogan “Febre da Matemática” como parte de sua mobilização nacional. Outras nações seguiram o mesmo caminho.

O Brasil poderia fazer algo semelhante, mobilizando toda a sociedade em torno desse grande desafio da matemática em nosso país.

domingo, 7 de setembro de 2025

Jorge Manzi – É um erro avaliar o professor apenas pelo desempenho dos alunos!

Jorge Manzi – É um erro avaliar o professor apenas pelo desempenho dos alunos
Referência em avaliação docente, o chileno Jorge Manzi afirma que excesso de controle no ensino retira oportunidade de aprendizado

ENTREVISTA – Isabella Palhares

São Paulo – Uma das maiores referências no mundo em avaliação docente, o chileno Jorge Manzi considera um erro políticas que associam a avaliação do trabalho do professor ao desempenho dos alunos. Ele foi um dos responsáveis por criar políticas de avaliação de professores no Chile, país que se tornou uma das maiores referências mundiais em experiências nesse campo.

Manzi liderou a comissão encarregada de formular o Sistema de Avaliação Docente, criado em 2003. O modelo foi usado como referência para o Programa de Valorização do Magistério (Prova Docente) do Brasil, criado em 2007.

Em agosto, ele lançou o livro “O Que Aprendemos com a Avaliação Docente no Chile”, que reúne mais de 20 anos de dados sobre as políticas no país. O material foi publicado com o apoio do Instituto Península e do Movimento Profissão Docente.

Nesta entrevista, Manzi defende que o acompanhamento do trabalho dos professores é fator fundamental para melhorar a qualidade da educação. Mas ressalta que a avaliação deve ser usada como ferramenta de aprendizagem e não como mecanismo de controle.

Ele também critica modelos que baseiam a avaliação do docente nos resultados das provas aplicadas aos alunos, como as avaliações externas. Para ele, esses sistemas tendem a incentivar que os professores ensinem apenas o que será cobrado nos exames, limitando a aprendizagem.

O especialista veio ao Brasil para participar de eventos e encontros com gestores públicos e especialistas em educação. Ele destacou o recente relatório do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, que determinou a substituição de docentes com baixo desempenho nas avaliações externas.

Manzi defende que indicadores de aprendizado dos alunos não são inúteis, mas sim limitados se usados isoladamente para avaliar professores. “Eles indicam o efeito de muitas outras variáveis, como o nível socioeconômico.”

Ele também enfatiza a necessidade de garantir que a avaliação não seja feita como forma de punição. “É um processo que deve ser entendido como oportunidade de aprendizado profissional.”

O professor critica ainda o excesso de controle dentro da sala de aula. “A docência é uma atividade muito complexa, que requer espaço de liberdade para que o professor possa criar. Se os professores se sentem muito controlados, isso pode tirar a oportunidade de aprendizado deles e dos alunos.”


Jorge Manzi, 68
É PhD em psicologia pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e professor titular na Escola de Psicologia da PUC do Chile. É diretor do Centro de Medição MIDE UC, que desenvolve instrumentos de medição educacional e realiza avaliações nacionais e programas de formação docente no Chile.


“Avaliar o professor apenas pelo desempenho dos alunos é um erro, porque o resultado reflete também o nível socioeconômico”

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Democracia, polarização e reformas: o que diz a The Economist sobre o Brasil!

📖 Leitura Recomendada

Vivemos tempos em que a informação é essencial para entendermos melhor o mundo ao nosso redor. A revista The Economist publicou uma análise sobre o atual cenário político brasileiro e suas implicações internacionais.

Mais do que tomar partido, o importante é estarmos atentos e bem-informados. Essa leitura nos ajuda a refletir sobre democracia, instituições e os desafios que enfrentamos como sociedade.

👉 Confira a reportagem completa a seguir e tire suas próprias conclusões.


IMAGINE UM PAÍS onde um presidente polarizador perdeu sua tentativa de reeleição e se recusou a aceitar o resultado. Ele declarou a votação fraudada e usou as redes sociais para incitar seus apoiadores a se rebelarem. Eles o fizeram aos milhares, atacando prédios do governo. Então, a insurreição fracassou, o ex-presidente enfrentou uma investigação criminal e os promotores o levaram a julgamento por planejar um golpe.

Isso soa como uma fantasia da esquerda americana. Na outra grande democracia do hemisfério, é realidade. Em 2 de setembro, o julgamento de Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil e o "Trump dos trópicos", começará no Supremo Tribunal Federal. As evidências parecem um flashback do passado turbulento do Brasil. Um ex-general de quatro estrelas conspirou para anular o resultado da eleição; assassinos planejaram assassinar o verdadeiro vencedor. Como nossa investigação sobre a trama explica , o golpe fracassou por incompetência e não por intenção.

 Bolsonaro e seus associados provavelmente serão considerados culpados. Isso torna o Brasil um caso de teste para a recuperação de países de uma febre populista. Na Polônia, dois anos após a saída do partido Lei e Justiça ( P i S ), uma coalizão liderada por Donald Tusk, um centrista, é limitada por um novo presidente do P i S. No Reino Unido, o Brexit agora é impopular, mas Nigel Farage, o político que o inspirou, lidera nas pesquisas. Nem mesmo o massacre do Hamas em 7 de outubro de 2023 conseguiu tirar Israel de suas amargas divisões.

Mas a comparação mais marcante do Brasil é com os Estados Unidos. Os dois países parecem estar trocando de lugar. Os EUA estão se tornando mais corruptos, protecionistas e autoritários — com Donald Trump esta semana mexendo com o Federal Reserve e ameaçando cidades controladas pelos democratas. Em contraste, mesmo com o governo Trump punindo o Brasil por processar Bolsonaro, o próprio país está determinado a salvaguardar e fortalecer sua democracia.

Um dos motivos pelos quais o Brasil promete ser diferente de outros países é que a memória da ditadura ainda está fresca. Ela restaurou a democracia em 1988. O Supremo Tribunal Federal, moldado pela "Constituição Cidadã" promulgada na época, ainda se vê como um baluarte contra o autoritarismo.

Além disso, a maioria dos brasileiros está de olhos abertos sobre o que Bolsonaro fez. A maioria acredita que ele tentou dar um golpe para se manter no poder. Governadores conservadores que disputam a eleição do próximo ano contra o presidente de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, precisam dos votos dos apoiadores de Bolsonaro para vencer. Mas até eles criticam seu estilo político.

Esse reconhecimento abriu a possibilidade de reformas. Como nosso briefing descreve, a maioria dos políticos brasileiros, tanto de esquerda quanto de direita, quer deixar para trás a loucura de Bolsonaro e sua polarização radical. Dos figurões empresariais em São Paulo aos políticos de Brasília, há um consenso surpreendente sobre uma agenda difícil, mas urgente, de mudança institucional.

Paradoxalmente, uma tarefa fundamental é controlar o Supremo Tribunal Federal, apesar de seu papel como guardião da democracia brasileira. Como árbitro de uma Constituição com 65.000 palavras, o tribunal supervisiona uma gama estonteante de regras, direitos e obrigações, desde política tributária até cultura e esportes. Grupos que vão de sindicatos a partidos políticos podem apresentar casos diretamente. Às vezes, os próprios juízes iniciam processos, incluindo um inquérito sobre ameaças online, alguns deles contra o próprio tribunal — tornando-o vítima, promotor e juiz. Para lidar com uma carga de trabalho de 114.000 decisões somente em 2024, a maioria das decisões vem de juízes individuais. Há amplo reconhecimento de que juízes não eleitos, com tanto poder, podem corroer a política, bem como salvá-la de golpes. Os próprios juízes veem o caso para mudança.

Consertar o tribunal será difícil, mas seu poder é apenas parte da bagagem constitucional que o Brasil carrega. O país também sofre de incontinência fiscal crônica, em particular isenções fiscais descontroladas e aumentos automáticos de gastos. Alguns desses fatores foram consagrados na Constituição de 1988 para coibir líderes autoritários em potencial. Outros são culpa do Congresso brasileiro, que assumiu o controle do orçamento federal e usa sua influência para financiar projetos pessoais. O efeito é a exclusão de investimentos e o enfraquecimento do crescimento.

Em teoria, isso aponta para um caminho a seguir. Bolsonaro deve ser julgado por seus crimes e punido se for considerado culpado. No ano que vem, a eleição deve ser disputada em torno das reformas mais amplas.

Na prática, nada disso será fácil. Um obstáculo é o Sr. Trump. Ele acusou o Supremo Tribunal Federal (STF) de uma "caça às bruxas" contra seu amigo e, no início de agosto, impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. O governo também impôs sanções Magnitsky — uma exclusão do sistema financeiro americano geralmente destinada a violadores de direitos humanos e cleptocratas — a Alexandre de Moraes, o juiz que lidera o caso Bolsonaro. Outras autoridades e políticos podem seguir o exemplo. Isso nos remete a uma era sombria e passada, em que os Estados Unidos habitualmente desestabilizavam os países latino-americanos.

Felizmente, a interferência do Sr. Trump provavelmente sairá pela culatra. Apenas 13% das exportações brasileiras vão para os Estados Unidos, e consistem principalmente de commodities, para as quais novos mercados podem ser encontrados. Os EUA já concederam inúmeras isenções. Até agora, os ataques do Sr. Trump apenas fortaleceram a posição de Lula nas pesquisas de opinião e lhe deram uma desculpa para qualquer notícia econômica ruim antes da próxima eleição, em outubro de 2026.

Os obstáculos internos à reforma são maiores. Mesmo que as elites queiram mudanças, o Brasil ainda é um país profundamente dividido. Bolsonaro tem apoiadores fanáticos que causarão problemas, especialmente se o tribunal impor uma sentença severa. Reformar o Supremo Tribunal Federal e a Constituição exige que grupos abram mão do poder em prol do bem comum. É natural que se apeguem ao que têm — mesmo que seja apenas porque não confiam em seus inimigos. Todos querem crescimento, mas, para obter mais crescimento, algumas pessoas terão que abrir mão de alguns privilégios.

As tensões serão, portanto, inevitáveis. Mas, ao contrário de seus pares nos Estados Unidos, muitos dos políticos tradicionais do Brasil, de todos os partidos, querem seguir as regras e progredir por meio de reformas. Essas são as marcas da maturidade política. Pelo menos temporariamente, o papel do adulto democrático do hemisfério ocidental se deslocou para o sul. 


Capa traz Bolsonaro como "Viking do Capitólio", pintado com as cores do Brasil. A ilustração faz alusão a Jacob Chansley, homem que virou símbolo da invasão ao Congresso americano, em 6 de janeiro de 2021, por apoiadores inconformados com a derrota de Donald Trump para Joe Biden nas eleições de 2020.

sábado, 26 de abril de 2025

Carlos Chagas e Ipanema: cidades unidas pela liderança de Nanayoski e Júlio!

Clique na imagem para ver as fotos da visita!

Na quarta-feira, 23, uma delegação de Carlos Chagas, sob solicitação do Prefeito Nanayoski, partiu ao amanhecer, às seis horas, rumo a uma experiência de intercâmbio administrativo em Ipanema, município do Vale do Rio Doce conhecido por sua natureza exuberante e espírito acolhedor. A equipe — composta pelo Prefeito Nanayoski, D. Áurea, o vereador Odeni,  Edinalva Kretli, Patrícia, Sr. Nicodemos, Reinam, o motorista Paulo e eu, Deodato — chegou por volta das 13h, prontos para um dia de grandes aprendizados.

Recebidos com simpatia no gabinete do Prefeito Júlio, pudemos conhecer de perto os investimentos que fazem de Ipanema um destaque regional, especialmente na área da educação e saúde. Logo no primeiro momento, participamos de uma reunião em que nos foi apresentado todo o processo de modernização das escolas municipais. Assistimos ainda a uma exposição detalhada sobre outros projetos estruturantes da gestão.

Visitamos, entre outras obras, a Escola Municipal Imaculada Conceição — uma verdadeira vitrine da educação pública de qualidade da cidade de Ipanema. Projetada por uma arquiteta e resultado do investimento do programa "Mãos Dadas", a escola impressiona pela estrutura completa: espaços equipados, ambientes acolhedores e modernos. Além disso, todas as escolas de Ipanema são beneficiadas com um projeto de energia solar, gerando economia e sustentabilidade para o setor educacional.

A visita também incluiu o Hospital Municipal, equipado com 47 leitos e atendimento de excelência, demonstrando que a gestão municipal prioriza o bem-estar de sua população em todas as frentes.

Embora tão diferentes em tamanho e perfil — Carlos Chagas, com seus amplos campos no Vale do Mucuri, e Ipanema, abraçada pela Mata Atlântica no Vale do Rio Doce —, as duas cidades compartilham agora um elo forte de irmandade, celebrado pelas amizades entre seus prefeitos, Nanayoski e Júlio, e o apoio constante do Deputado Gustavo Santana, querido em ambas as comunidades.

Em Ipanema, ainda tivemos a alegria de reencontrar Betânia, irmã da nossa colega Fernanda Lopes, que hoje atua com dedicação no CAPS do município.

Se o cansaço da longa estrada poderia ser motivo de queixa, foi prontamente superado pela riqueza da experiência vivida. Cada momento, cada explicação e cada sorriso compartilhado reafirmaram a importância da parceria e do diálogo entre municípios que sonham, cada um a seu modo, com uma educação, uma saúde e uma vida melhor para seus habitantes.

Ao final do dia, a hospitalidade de Ipanema se manifestou em toda sua plenitude: reunimo-nos na casa do Prefeito Júlio, num encontro de celebração e amizade, que ficará para sempre gravado em nossas memórias.

Nos despedimos com gratidão, certos de que novos horizontes se abriram a partir desta visita que selou, para além dos compromissos administrativos, um pacto de fraternidade entre dois municípios que aprenderam a se admirar.

Deodato Gomes Costa

@professordeodatogomes


segunda-feira, 7 de abril de 2025

Com a visita a Dr. Hélio, nosso Domingo ganhou sentido!

Com a visita a Dr. Hélio, nosso Domingo ganhou sentido!

Era domingo, 6 de abril, e o sol parecia mais leve sobre a Rua Frei Simeão. Eu(Deodato), Leilana, Dai, Terezinha e Zenilda combinamos algo simples, mas cheio de significado: visitar nosso vizinho, Dr. Hélio, que há dois meses sofreu um acidente.

Na nossa rua, ele sempre foi presença constante — caminhando com aquele jeito calmo, cumprimentando as pessoas com um sorriso fácil. Desde o ocorrido, sentimos a rua mais vazia. Nós os seus vizinhos sempre o vemos andando por ali,  e hoje é como um banco vazio na praça da amizade.

Hoje, vimos seus olhos brilharem de novo. A cirurgia no joelho passou, a fisioterapia segue firme. E D. Ana, sempre ali, guerreira silenciosa, não desgruda.

Dona Ana, que mulher forte! Seu olhar transbordava um misto de cuidado e serenidade, um porto seguro para o Dr. Hélio. A força que ela irradiava era palpável, um testemunho silencioso do amor que os une. Pensamos em como não deve ter sido fácil esses dois meses, a preocupação constante, as noites mal dormidas. Que Deus continue a lhe dar essa força admirável.

Saímos de lá com o coração aquecido. A pior parte já passou. Que Deus continue abençoando essa casa com cura, amor e fé.

A convivência entre vizinhos nos revela um presente valioso: a graça de ter amigos por perto, uma presença que se torna transformadora em nosso dia a dia.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Educação de Carlos Chagas recebe grande investimento para o Povoado de Francisco Sá!

Educação de Carlos Chagas recebe grande investimento para o Povoado de Francisco Sá

Carlos Chagas, 6 de fevereiro de 2025 — A Escola Municipal do Povoado de Francisco Sá comemora uma grande conquista para a comunidade escolar: a destinação de R$ 778.841,00 para a construção de uma quadra poliesportiva coberta. O investimento foi viabilizado pelo Deputado Estadual Gustavo Santana, atendendo a uma solicitação do Prefeito Nanayoski Tavares, que tem demonstrado forte compromisso com o desenvolvimento da educação no município.

A confirmação do recurso veio por meio de ofício oficial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, datado de 7 de janeiro de 2025, garantindo que a verba será utilizada para beneficiar diretamente os alunos e professores da instituição.

A Escola Municipal de Francisco Sá expressa agradecimento público ao prefeito e ao deputado pelo empenho e dedicação em atender essa demanda tão importante. “Essa conquista maravilhosa trará mais qualidade e incentivo às atividades esportivas e educacionais de nossos estudantes”, destacou a comunidade escolar.

A construção da quadra poliesportiva representa um marco para o distrito, promovendo melhoria na infraestrutura e fortalecendo as atividades físicas e recreativas para os alunos. A gestão municipal reforça que continuará buscando novos investimentos para ampliar as oportunidades e garantir um futuro melhor para a educação de Carlos Chagas.

📢 O FUTURO É AGORA!

Para mais informações sobre os investimentos na educação do município, acompanhe as redes oficiais da Prefeitura de Carlos Chagas.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Prefeito Nanayoski Tavares Asume Liderança do Consórcio Intermunicipal de Saúde(CISEVMJ)

Prefeito de Carlos Chagas Assume Presidência do CISEVMJ: Nova Gestão Promete Transparência e Expansão dos Serviços de Saúde

Nesta quarta-feira, o Prefeito de Carlos Chagas, Nanayoski Tavares, foi eleito presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde Entre os Vales do Mucuri e Jequitinhonha (CISEVMJ) para o período 2025-2026. A vitória foi garantida por uma diferença de três votos, com a chapa liderada por Nanayoski e integrada pelos prefeitos Fabrício, de Caraí, e Marconi, de Itaipé, conquistando 16 votos contra os 13 da chapa concorrente, formada pela prefeita Jane, de Pavão, e Normandes, de Novo Oriente.

O CISEVMJ, composto por 29 municípios, é uma referência em saúde de média complexidade na macrorregião, oferecendo serviços especializados, humanizados e alinhados aos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). A missão da instituição é clara: promover a saúde com qualidade, ética e compromisso, fortalecendo a integração entre municípios e Estado nos Vales do Mucuri e Jequitinhonha.

Durante a campanha, o prefeito Nanayoski Tavares apresentou propostas que enfatizam maior transparência na gestão, ampliação dos serviços prestados e a construção de uma nova sede para o consórcio. Sabemos que ele Assume este desafio com o compromisso de melhorar ainda mais o acesso e a qualidade dos serviços de saúde oferecidos à população da região. E que trabalhará para fortalecer o SUS e promover a saúde de forma humanizada, ética e eficiente.

Serviços de Excelência para a População

O CISEVMJ se destaca pela diversidade e qualidade dos serviços oferecidos, como:

  • Especialidades Médicas: Atendimento especializado com equipes altamente capacitadas em diversas áreas clínicas.
  • Exames e Procedimentos: Infraestrutura moderna para garantir diagnósticos precisos e tratamentos adequados.
  • Equipe Multiprofissional: Atendimento integral e humanizado, promovendo uma experiência diferenciada aos pacientes.
  • Ambulância: Apoio logístico para transferências e atendimento de excelência.
  • Hospedagem: Apoio a pacientes que necessitam de deslocamento para tratamentos complementares em Belo Horizonte.

Compromisso com os Vales do Mucuri e Jequitinhonha

Com valores como trabalho, ética, humanização e compromisso com a vida, o CISEVMJ busca ser um elo de desenvolvimento para a saúde entre os municípios e o Estado. A nova gestão pretende consolidar a visão do consórcio como uma instituição que promove atenção integral à saúde e que fortalece os laços regionais.

Para nós moradores de Carlos Chagas, o momento é de orgulho. É uma honra termos o prefeito Nanayoski à frente de um consórcio tão essencial. Desejamos sorte e sucesso nessa missão de promover saúde e bem-estar para nossa microrregião. 

A eleição de Nanayoski Tavares inicia uma nova fase para o CISEVMJ e os Vales do Mucuri e Jequitinhonha, com expectativa de fortalecer o consórcio como referência em saúde, garantindo acesso e qualidade.

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

APAE Carlos Chagas promove Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla!



A APAE Carlos Chagas realizará, de 21 a 28 de agosto, a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. O evento contará com uma programação diversificada, incluindo palestras, debates, atividades culturais e esportivas, além de ações de conscientização sobre os direitos das pessoas com deficiência.

A semana será aberta no dia 21 de agosto, quarta-feira, com uma rodada de pizza no Restaurante Sabor de Minas. No dia 22 de agosto, quinta-feira, haverá atividades internas, incluindo uma retrospectiva das ações realizadas pela APAE, um testemunho do locutor Netho Fernandes aos usuários da APAE, uma entrevista pela Rádio Pérola FM no espaço físico da APAE e uma avaliação interna dos serviços prestados pela instituição.

Na sexta-feira, dia 23 de agosto, será realizada uma campanha de venda de rifa de uma TV de 43 polegadas em prol da APAE. No domingo, dia 25 de agosto, haverá uma missa em ação de graças pela Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla na Igreja Matriz.

A semana será encerrada no dia 28 de agosto, quarta-feira, com uma apresentação da história do movimento apaeano (quem somos e o que fazemos) na Câmara Municipal.

A APAE Carlos Chagas convida a população a participar da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla e a conhecer mais sobre os direitos e as necessidades das pessoas com deficiência.

@professordeodatogomes


quinta-feira, 29 de junho de 2023

Governo lança programa Voa Brasil: passagens aéreas a R$ 200 sem limite de renda e benefícios para aposentados e servidores públicos. Tá no Globo de hoje dia 29-06-2023


 

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, disse nesta quinta-feira, ao Globo, que o programa Voa Brasil, que venderá passagens aéreas até R$ 200, não terá mais limite de renda. A única exigência será não ter voado nos últimos 12 meses.

Ele disse também que aposentados do INSS e funcionários públicos poderão acessar crédito consignado nos bancos públicos. Será permitido comprar quatro trechos por ano, no total de R$ 800.

- Qualquer pessoa que não tenha voado há 12 meses poderá se beneficiar. Aposentado e servidor público devem ter crédito consignado pelos bancos oficiais. Poderão comprar quatro passagens por ano no valor de até R$ 800 - disse o ministro ao Globo.

O ministro destacou que as companhias se comprometeram a vender passagens mais baratas em períodos de baixa temporada: entre março e junho e agosto e novembro. A previsão do governo é inaugurar o site do programa em agosto e posteriormente via aplicativo de celular para facilitar o acesso dos usuários.

Assim que a plataforma entrar em operação os interessados informam o CPF e terão a resposta automática se poderão comprar o bilhete pelo programa. Segundo o ministro, o sistema vai cruzar os dados para saber se o usuário voou nos últimos 12 meses, por qualquer companhia. Sendo autorizado, o passageiro será encaminhado aos sites das companhias aéreas.

O valor de até R$ 200 valerá para um trecho e o usuário poderá escolher apenas passagem de ida ou ida e volta por empresas diferentes. A oferta vai depender das empresas, do nível de ocupação dos voos. Pode ser que o usuário não consiga voar na data escolhida e tenha que viajar em outro dia.

- O tratamento será o mesmo que é dispensado atualmente a todos os usuários - disse o executivo de uma empresa a par das discussões.

Ele nega que a medida vai levar ao aumento de bilhetes para compensar o preço mais em conta porque o objetivo do programa e incluir na aviação civil pessoas que nunca voaram ou não voam com frequência.

- O objetivo é mais gente voando. Cerca de 21% dos assentos vão vazios em média dos voos, na baixa temporada - reforçou o ministro.

Segundo estimativa do Ministério o programa deve estimular a venda de 15 milhões de assentos.

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FONTE: O Globo

terça-feira, 31 de janeiro de 2023

MAIS UM FILHO DA TERRA OCUPANDO CARGO DE DESTAQUE EM MINAS- Confira


O tenente-coronel Welvisson Gomes Brandão é o novo assessor militar na Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais (AGE-MG). O oficial substituirá o tenente-coronel Élcio Machado, que, a pedido, foi para a reserva, após quase três décadas de serviços prestados à corporação e à população mineira.
A transmissão simbólica do cargo ocorreu nesta segunda-feira na AGE-MG. O advogado-geral do Estado, Sérgio Pessoa de Paula Castro, agradeceu o trabalho do tenente-coronel Machado e deu boas vindas ao tenente-coronel Welvisson, há 27 anos na Polícia Militar.
Os policiais militares lotados na AGE-MG integram a Assessoria de Relações Institucionais (Arins) da corporação.
O chefe da Assessoria de Relações Institucionais, coronel Fausto Machado de Oliveira, representando o comandante da PMMG, coronel Rodrigo Piassi do Nascimento, esteve na AGE para apresentar o novo assessor militar.
O oficial também agradeceu o empenho do tenente-coronel Machado à frente da unidade na AGE e parabenizou o tenente-coronel Welvisson pelo novo desafio.
No caso da Advocacia-Geral, a Arins também conta com o 3º sargento Arlensson Gomes de Andrade e o 3º sargento Roque Silva Neto.

sábado, 10 de dezembro de 2022

Morre o diretor escolar que teve 90% do corpo queimado em crime em Simonésia



SIMONÉSIA (MG) - Morreu na manhã deste sábado, 10/12, o diretor escolar Hudson Miguel de Vasconcelos, 48 anos. Ele sofreu queimaduras graves em cerca de 90% do corpo, num crime ocorrido no início da noite desta sexta-feira, 09/12, no Clube São Simão, em Simonésia. Ele era o diretor da escola estadual do distrito de São Simão do Rio Preto.

Segundo informações de testemunhas, Hudson e um grupo pessoas estavam no clube assistindo aos jogos da Copa do Mundo quando o suspeito se aproximou por trás carregando um vasilhame com gasolina. Ele jogou o líquido sobre o diretor e ateou fogo imediatamente. O autor fugiu a pé e continua sendo procurado pela Polícia Militar.

Populares arrancaram as roupas do diretor em chamas e debelaram o fogo. Ele foi socorrido ao posto de saúde de Simonésia e posteriormente transferido para o Hospital César Leite em Manhuaçu por uma unidade do SAMU.

Hudson não resistiu ás queimaduras e faleceu na manhã de sábado, 10/12.

O autor foi identificado. A PM foi acionada e busca informações que possam levar à localização dele.

           Cenas do momento do fato

FONTE: Portal do Caparaó

sábado, 29 de outubro de 2016

O servidor público, entre a vida e a greve!


por Justificando — publicado 28/10/2016 09h40, última modificação 28/10/2016 14h10
Na prática, o Supremo cassou o direito de paralisação do funcionalismo, deixando o País mais longe do projeto erguido em 1988
O Supremo Tribunal Federal, por maioria, decidiu que servidor público deve escolher entre a vida e a greve. Isso mesmo. Apesar de ser um direito constitucional de primeira grandeza, daqueles que faziam a Constituição brasileira ser reconhecida e festejada mundo afora, a greve deixou de existir.
A maioria do tribunal entendeu que o gestor público tem o dever de cortar o pagamento dos grevistas. Ou seja, se você entrar em greve, para protestar por melhores condições de trabalho, por igualdade de gênero, contra o arrocho, pela democracia, pela saúde, pela segurança, pela educação, ficará sem salário.
Não importa se a reivindicação é justa. Não importa se é um direito. Não importa se não é abusiva. Não importa.
Não deve mesmo importar aos ministros do Supremo Tribunal Federal e ao teto de vencimentos do funcionalismo público. Tampouco deve importar aos demais juízes, que ganham acima do teto.
Mas certamente importa aos professores, cujo piso salarial é de pouco mais de 2 mil reais que garantem a vida de sua família. Mas agora eles serão obrigados escolher entre a vida e a greve.
A decisão do Supremo Tribunal Federal parece ter sido feita por encomenda. A PEC 241, o desastre das políticas sociais brasileiras, certamente inviabilizará a continuidade de muitos programas e precarizará outros tantos.
Votada por um Congresso Nacional apodrecido e amparada por um governo cuja legitimidade não virá, a PEC 241 seria objeto de muitos protestos e greves: contra a PEC 241 por uma educação de qualidade; contra a PEC 241 por uma saúde pública universal. Contra a PEC 241 pela Constituição!
A situação que se desenha é, portanto, curiosa. Se protestar, o salário é cortado e a opção é entre a vida e a greve. Se não fizer protesto e a PEC 241 for aprovada, a escolha é entre a morte a greve.
Seria cômico se não fosse trágico. A única opção dada pelo tribunal para não cortar salários seria quando o poder público estivesse praticando ato ilegal, como atrasar pagamentos. Elementar. Se o servidor já não recebe o seu salário, e por isso entra em greve, não há o dever do gestor em descontar o pagamento.
Mas é só trágico. O mesmo Supremo Tribunal Federal que mudou seu paradigma para admitir o mandado de injunção na garantia do direito à greve, agora esvazia o direito constitucional.
Ninguém nega a necessidade de regulamentação, de acordos, de fiscalização. Todos sabemos que serviços públicos essenciais devem funcionar independentemente da greve. Ninguém ignora que possam existir oportunistas e abusos. Mas isso não é sinônimo de greve. Greve é sinônimo de direito. Invariavelmente, a greve é pelo direito de todos.
O tribunal parece mesmo achar que direito não é lá grande coisa. Estudamos – assim como os ministros de notável saber jurídico – que ter um direito é uma coisa importante, algo capaz de proteger contra abusos e violações. Um direito fundamental, então, é uma maravilha. Ele exige sempre mais, não pode ser abolido, não pode retroceder e coloca o sujeito (de direitos) em uma posição elevada. Mas não importa a teoria dos direitos fundamentais. Ela é só teoria. É só o direito.
A cada interpretação mal-ajambrada do Supremo ficamos mais distantes do projeto constitucional de 1988. Aquele da Constituição Cidadã, do Estado Social e Democrático de Direito, da solidariedade e da pluralidade. Hoje foi o direito a greve, logo depois da prisão em segunda instância, da violação de domicílio. Tudo indica que virá o fim da educação da qualidade e universal, da saúde pública integral, da demarcação das terras, da maioridade penal.
Estamos diante de um atentado à Constituição e quem o pratica é o seu guardião. Mas a Constituição não é do Supremo, é de todos nós. Pelo direito à greve, contra a PEC 241, pela vida da Constituição, resistiremos.
*Eloísa Machado de Almeida é professora e coordenadora da FGV Direito SP. Texto publicado originalmente no Justificando

registrado em: STF Direito à greve