Reflexão: Educação e o Imobilismo de um País que Espera Milagres
A canção “As Coisas Não Caem do Céu”, de Leoni, é um espelho incômodo da nossa sociedade — e, ao mesmo tempo, um grito de alerta para o que vivemos também na educação brasileira. A letra questiona a passividade, o hábito de reclamar sem agir, de culpar “os outros” por tudo que não vai bem, enquanto continuamos confortavelmente imóveis, esperando que alguém resolva o que é, na verdade, responsabilidade de todos.
O Brasil continua emperrado em velhos problemas educacionais: desigualdade, evasão, falta de investimento, desvalorização docente. E por quê? Porque muitos ainda acreditam, no fundo, que “as coisas vão melhorar sozinhas”, que um salvador virá — de cima, de Brasília, do exterior — para consertar o que há décadas precisa de nossa coragem coletiva. Mas como diz a canção: “as coisas não caem do céu”.
A transformação da educação exige mais do que críticas em redes sociais ou discursos inflamados. Exige participação ativa, arregaçar as mangas, defender a escola pública como espaço de transformação social.
Por que ainda esperamos, se sabemos que esperar não basta?
A verdadeira mudança virá quando cada cidadão se sentir parte do processo. Quando entendermos que um país só se move quando sua educação se torna prioridade — não só no discurso, mas na ação. Porque educação de verdade não cai do céu. Se constrói. Juntos.
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