Bullying

sábado, 25 de julho de 2015

O ÚLTIMO ADEUS DE GRACINHA NOGUEIRA, grande educadora de várias gerações da nossa Carlos Chagas, encerra tempo de peregrinação na terra.

Sob a Luz da Graça Eterna

O mistério da morte permanece como um enigma que ultrapassa nossa razão. Nenhuma palavra humana é capaz de decifrá-lo por completo. Quando a morte chega de modo tão súbito e inesperado, tudo se torna ainda mais difícil de aceitar — a mente se recusa, o coração se espanta, e a alma, atônita, busca refúgio na fé. É nesse silêncio de incredulidade que nos unimos hoje, movidos por uma dor comum e por uma profunda compaixão, para oferecer nossos sentimentos à família de Gracinha, educadora querida que marcou tantas vidas com ternura e sabedoria.

A ausência dela nos atravessa com um vazio que nenhuma explicação preenche. É como se o tempo parasse por um instante, permitindo-nos apenas sentir a imensidão da perda. No entanto, o amor — esse que Gracinha tão bem soube cultivar — continua a pulsar em nós, como uma chama que resiste ao vento da saudade.

Gracinha, ou Tia Gracinha, como era chamada com carinho por seus alunos, trazia em seu próprio nome o dom que melhor expressava sua essência: a graça. Havia em seu olhar uma alegria mansa, em seu sorriso uma paz contagiante, e em seus gestos, a leveza de quem sabia transformar o cotidiano em aprendizado e comunhão. Na Escola João Beraldo, ela não apenas ensinou — ela iluminou. Compartilhou histórias, viagens, risos e reflexões que se tornaram sementes de amor e conhecimento no coração de todos que a conheceram.

A vida, em sua sabedoria divina, nos recorda que o fim é também um novo começo. Há um tempo para semear e outro para recolher os frutos. Gracinha concluiu sua jornada terrena, mas não sua missão — porque quem educa, ama e semeia o bem jamais parte por inteiro. Vive em cada lembrança, em cada gesto inspirado, em cada alma que ajudou a despertar.

A fé nos consola: a morte não é o ponto final, mas uma vírgula no texto eterno de Deus. Acreditamos na Ressurreição, na promessa do reencontro e na vida que não se extingue, apenas se transforma.

Hoje, cremos que Gracinha realizou sua última e mais luminosa viagem — aquela que conduz ao colo do Criador. Foi chamada ao Paraíso, para viver na plenitude do Amor Eterno, onde já não há lágrimas nem despedidas.
E se é verdade que para onde vamos é também de onde viemos, talvez ela nunca tenha realmente partido — apenas voltou à casa do Pai, envolta pela claridade da Sua Graça.

Que o Senhor a receba com ternura infinita e que a luz que agora a envolve continue a iluminar nossos caminhos, sustentando-nos com a esperança que vence o tempo e com a fé que transforma a saudade em oração.                                                                  Por Deodato Gomes

2 comentários:

Unknown disse...

Fiquei super chateada com a notícia, fez parte do meu aprendizado, para sempre em nossos corações!

juelice disse...

Sem dúvida uma grande perda para todos, pois por onde passava irradiava luz....