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domingo, 15 de dezembro de 2024

Luzia Assis Lorentz-uma Gestora que marcou a Educação de Carlos Chagas!


Resolvi reproduzir aqui uma entrevista especial com Luzia Assis Lorentz, ex-diretora da Escola Estadual Geraldo de Souza Norte, que esteve à frente da instituição entre 1977 e 1984.  A entrevista foi publicada na Revista Literária produzida pela Escola. 

A conversa revela a trajetória de uma gestora dedicada, marcada por momentos históricos, desafios e projetos que transformaram a convivência escolar e deixaram um legado inesquecível para a educação em Carlos Chagas.  

A trajetória de Luzia Assis Lorentz, ex-diretora da Escola Estadual Geraldo de Souza Norte, é um exemplo inspirador de dedicação, disciplina e empatia. Sua gestão foi marcada por desafios superados com firmeza e humanidade, deixando um legado que permanece vivo na memória da comunidade escolar.  

Durante a entrevista, Luzia compartilhou momentos significativos, como a criação do Movimento Anti-Violência (MAV) e o evento Gincanorte, que uniram a escola e demonstraram o poder do trabalho coletivo. Com sabedoria e discernimento, ela soube transformar a convivência escolar, promovendo o respeito, a participação comunitária e o compromisso com a qualidade educacional.  

Luzia relembra a família Geraldo de Souza Norte como um "aconchego", o lugar onde foi acolhida pela cidade de Carlos Chagas e reconhecida pelo seu trabalho. Ao refletir sobre o futuro, ela alerta para os desafios da educação contemporânea, como a perda de valores e a desvalorização do ensino, um tema que exige nossa atenção e reflexão.  

A frase que ela escolheu para definir a escola, "Reflexo de uma educação de qualidade", sintetiza com perfeição o impacto de sua gestão. Mais do que uma instituição de ensino, a Escola Estadual Geraldo de Souza Norte representa a força da educação como instrumento de transformação social e desenvolvimento.  

Essa entrevista é uma homenagem à trajetória de Luzia de Assis Lorentz e ao seu compromisso com a educação. Que seu exemplo inspire gestores, educadores e a comunidade escolar a continuarem lutando por uma educação de qualidade e humanizada.  

📚✨ Depois de ler a entrevista, se você foi estudante ou professor da época em que ela estava à frente da Escola, deixe nos comentários suas lembranças ou mensagens de carinho para a ex-Diretora Luzia Assis Lorentz !

ENTREVISTA com o ex

Luzia de Assis Loretz
Ex-diretora: 1977 a 1984

Como você descreveria a experiência de ter sido diretora da Escola Estadual Geraldo de Souza Norte?
Gratidão por fazer parte dessa história. Foi uma experiência única e gratificante, pois o universo da educação é multifacetado e sabemos que a educação é trabalho de soma; é união de esforços.

Como era sua relação com os alunos e professores?
A relação entre mim x alunos e professores era harmoniosa porque respeitava os direitos de quem cumpria os seus deveres. “Às vezes diziam que eu era meio general!”

Qual a diferença dos desafios vivenciados na educação no início de sua carreira e dos de hoje em dia no seu ponto de vista?
Antes a competência de educação era delegada totalmente para a escola e hoje a participação dos pais é mais efetiva.

Se você fosse diretora atualmente, faria alguma coisa diferente do que fez na época?
Não, pois, tentei fazer o melhor colocando o “coração” e a “razão” em todas as minhas atitudes e ações principalmente praticando a empatia.

Qual conselho daria para a atual gestora da escola?
Com a projeção que o Souza Norte tem hoje na comunidade, a gestora está trilhando no caminho certo.

O que mais te traz satisfação ao olhar para sua trajetória como diretora da Geraldo de Souza Norte?
A ciência do dever cumprido e o reconhecimento de pais e alunos.

O que te motivou a querer ser gestora da Geraldo de Souza Norte?
Foi, uma questão de oportunidade. Na época eu era recém-casada e fui morar em Carlos Chagas porque meu marido era funcionário do Banco do Brasil e eu era funcionária pública com dois cargos efetivos de professora pelo estado de Minas Gerais; a indicação do então prefeito se adequou à minha situação funcional.

Pode compartilhar uma decisão difícil que teve que tomar e o que aprendeu com essa experiência?
Sem querer ser vitimista, mas a intromissão da política na educação é uma situação nefasta que acaba maculando o sistema educacional.

O que você imagina para o futuro da escola ou da educação em geral?
Um enorme desafio, pois, os valores e crenças estão se perdendo e o principal da educação é cada vez mais desvalorizado.

Qual foi um momento mais marcante sendo diretora da Geraldo de Souza Norte que você sempre lembrará?
Foram 2 momentos:
1 – A “gincanorte” porque no primeiro momento uniu a escola como um todo e após o resultado houve uma divisão na escola, criando um clima difícil de se contornar: vencedor x vencidos.

2 – O MAV (Movimento Anti-Violência), sob a criação da professora Elza Maria Coelho Cotrim, que abriu os portões da escola para reivindicarmos a paz pelas ruas de Carlos Chagas. Foi um movimento lindo e gigante.

Como essa experiência de liderar uma escola mudou sua vida pessoal e profissional?
Ser diretora me trouxe sabedoria e discernimento para tratar o outro, para lidar com a diferenças individuais, a ser mais tolerante e menos imediatista, enfim, a ser mais humana.

O que foi a família Geraldo de Souza Norte para você?
Foi “aconchego” por ter chegado em uma cidade desconhecida e logo receber o carinho e o reconhecimento de toda a comunidade escolar e carloschaguense.

Defina Geraldo de Souza Norte em uma frase.
“Reflexo de uma educação de qualidade”.

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