Há imagens que não precisam de moldura, pois já nascem obras de arte. Assim são as duas cenas que hoje compartilho neste espaço, como fragmentos de vida que se transformam em poesia visual.
Na primeira, uma bicicleta amarela repousa em meio ao verde. No cesto improvisado, flores lilases transbordam em delicadeza, como se o próprio campo tivesse decidido florescer sobre rodas. Ali, em meio ao riso espontâneo, quem pedala não apenas conduz uma bicicleta, mas carrega também a leveza de uma alegria rara — aquela que nasce do cotidiano simples, sem artifícios. É o instante em que o humano se funde ao espetáculo da natureza, lembrando-nos que a beleza não está nos excessos, mas nos pequenos detalhes que colorem os dias.
Na segunda cena, o tempo parece ter desacelerado. Cores vivas pintam casinhas alinhadas — azul, amarelo, vermelho, verde — como se fossem pinceladas de uma infância guardada em algum lugar da memória. À frente delas, um banco de madeira acolhe a pausa e o descanso. Ali, sentado, o olhar repousa sobre a vida como quem contempla um velho álbum de fotografias: memórias de vilarejos tranquilos, de ruas que guardam histórias, de portas que se abrem para simplicidade.
Essas imagens, mais que fotografias, são convites à reflexão. Elas nos lembram que a verdadeira riqueza está no encontro entre o homem e a paisagem, entre o riso e o silêncio, entre a cor e a lembrança. São testemunhos de que o viver simples é, por si só, uma forma de arte.
✨ Que nunca nos falte o olhar capaz de enxergar poesia naquilo que o mundo chama apenas de cotidiano.
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