Bullying

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segunda-feira, 6 de maio de 2019

Equilíbrio e sensibilidade: assim é uma pessoa altamente sensível Entre 15% e 20% da população tem esse perfil. Embora o rótulo soe estranho, não é nenhum transtorno

Entre 15% e 20% da população tem esse perfil. Embora o rótulo soe estranho, não é nenhum transtorno.
Quais características determinam uma pessoa altamente sensível? 
O psicoterapeuta Leo Fraiman fala sobre as características de pessoas altamente sensíveis, um traço de personalidade encontrado em até 20% da população. 



Há alguns anos Antonio Alcón se deparou com um artigo sobre as pessoas altamente sensíveis, com as quais se sentiu identificado, e isso o motivou a pesquisar mais sobre o assunto. Essas pessoas percebem e administram mais informações, o que as leva a viver os estímulos de modo mais intenso.
Isso tem vantagens: as Pessoas Altamente Sensíveis (PAS) têm consciência de detalhes muito sutis em seu entorno. Também são reflexivas, intuitivas, criativas, empáticas e cuidadosas. Mas essa característica, como qualquer outra, também têm seus inconvenientes: essas pessoas podem ser muito precavidas e voltadas demais para seu interior. Às vezes se sentem sobrecarregadas e exaustas pela intensa atividade ao estarem, por exemplo com muita gente em ambientes muito barulhentos.
Graças a este processo de busca de informações, Alcón, 38 anos, natural de Jerez (sul da Espanha) e residente em Madri, sentiu “serenidade”, conta ao EL PAÍS por telefone. “Entendi muitas coisas que se passavam comigo e aprendi a administrá-las.”

Um traço normal (e frequente)

Embora o rótulo soe estranho, ser altamente sensível não é nenhum transtorno. E é mais comum do que parece. Como escreve Elaine Aron em Use a Sensibilidade a Seu Favor – Pessoas Altamente Sensíveis, publicado em 1996, trata-se de algo normal, “uma característica basicamente neutra”. Ente 15% e 20% da população é altamente sensível, em diferentes graus, e outros 22%, moderadamente sensíveis. (Se você quiser uma orientação sobre se está ou não neste grupo, pode fazer este teste da própria Aron).
Aron foi a psicóloga que deu nome a esta característica e que popularizou. (Aliás, seu marido é Arthur Aron, também psicólogo e autor do experimento das 36 perguntas para se apaixonar).

Apesar de esse traço ser associado com frequência com outros, como a introversão e a timidez, Manuela Pérez, presidenta da Associação Espanhola de Profissionais da Alta Sensibilidade, afirma que eles “têm semelhanças, mas são diferentes entre si”, a ponto de 30% das PAS serem extrovertidas.

Uma das coisas que de fato essas três características compartilham é que tendem a ser vistas de forma negativa em nossa sociedade, como se se tratasse de defeitos. São valorizadas as pessoas extrovertidas, sociáveis e despreocupadas, o que é muito bom, mas não se vê com tão bons olhos quem se mostra mais sensível ou precisa de tempo para fica sozinho, atitudes que costumam ser vistas como se eles tivessem que se “curar”.

Como escreve Aron, “existe essa pressão para fazer o que todos fazem, para serem normais, manter as aparências, fazer amigos, satisfazer as expectativas de todos...”, que se nota especialmente na adolescência e juventude.
Alcón explica que sentiu essa pressão com frequência, já que vivemos em uma cultura “muito extrovertida. Somos da rua e de nos expor”. Isto não é nada ruim, mas faz com que as PAS tenham a sensação de “estar indo contra a corrente porque não gostam do que todo mundo gosta e parece que a cultura não os aceita. Em resumo, “você não consegue se encaixar, por mais que tente”.

Conhecer os limites

Tudo isso não elimina o fato de que as Pessoas Altamente Sensíveis têm de aprender mais sobre si mesmas “e aplicar técnicas ou processos que nos ajudem a conseguir uma melhor adaptação ao entorno ou tirar o melhor proveito desta característica. Algumas têm a ver com a reformulação de crenças e outras com o autocuidado, administração de limites ou a comunicação”, comenta Pérez.

Ou seja, do mesmo modo que uma pessoa muito sociável também precisa aprender a estar só, uma PAS tem que buscar o ponto médio entre se forçar demais no mundo exterior (assumindo muitas responsabilidades, por exemplo) e se manter longe demais no seu interior. Isso significa que às vezes tem de se protege demais, “quando na realidade o que deseja é estar fora, no mundo”, como escreve Aron. A psicóloga acrescenta que “talvez o mais difícil de tudo seja decidir até onde se proteger, até onde se forçar”, sem deixar de valorizar uma característica que “proporciona muitas coisas de que os demais carecem”.

Por exemplo, Alcón conta que há sábados em que gosta de ficar em casa com um livro e outros em que sai com os amigos, mas conhecendo seus limites: “Talvez eu chegue um pouco mais tarde e saia antes”, conta. “Trata-se de encontrar o equilíbrio” e favorecer “um entorno de conforto em que você possa ser você mesmo”.

Outra opção que Alcón tem é se encontrar também com outras PAS. No início de fevereiro de 2015 organizou a Associação de Alta Sensibilidade de Madri, com o objetivo de conhecer mais pessoas sensíveis. Fez uma convocação na página MeetUp para um primeiro café e achava “que apareceriam três ou quatro”. Vieram 40. “Não sabia onde colocar tanta gente.”

Com esse grupo, explica, foram criados “espaços de encontro”. Organizam desde cafés temáticos a piqueniques e excursões, que também convocam em seu grupo do Facebook, que conta com mais de 2000 membros. Tentam reunir-se em espaços tranquilos, “que nos permitam escutar um ao outro” e, sobretudo, compartilhar experiências. Não só como PAS, claro: “Temos vivências e modos de ser muito diferentes”, por isso também há grupos específicos para famílias, pessoas LGBT+, maiores de 50 anos... Já realizaram mais de 100 encontros. “Ficamos pelo que nos une e compartilhamos o que nos diferencia.”

HOMENS E MULHERES ALTAMENTE SENSÍVEIS

Uma amostra interessante de como a cultura molda nossa visão sobre a sensibilidade está em um dado que Aron expõe em seu livro: os porcentuais de homens e mulheres PAS são similares. Mas a psicóloga diz que “a cultura determina diferenças”, principalmente porque (ainda) meninos e meninas tendem a ser tratados de forma diferente no que se refere a sua sensibilidade.

No caso dos meninos a tendência é reprimir essa sensibilidade, enquanto no das meninas ela é potencializada e podem chegar a ser superprotegidas. Esse preconceito cultural se mantém na idade adulta, escreve Elaine Aron. De fato, Manuela Pérez, presidenta da Associação Espanhola de Profissionais da Alta Sensibilidade, explica que em consulta recebe “homens com evidente dificuldade de mostrar essa sensibilidade ou expressar as emoções relacionadas com ela, como o choro ou o medo”.Para Pérez, a visão social da sensibilidade está mudando: “A cada dia há mostras de como a sensibilidade está sendo vivida e percebida como uma fortaleza de enorme utilidade”, tanto pessoalmente como no âmbito do trabalho, onde “estão surgindo novos modelos de liderança focados na empatia e na colaboração”.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Calendário da Gentileza Dezembro-2018 - Gentileza gera gentileza… e bons relacionamentos.

Quem nunca ouviu, leu ou escreveu a assertiva “Gentileza gera gentileza e a gente ainda acrescenta, e bons relacionamentos”?  

Esse dito, com ares de profecia, ressalta a necessidade de manter vivo um comportamento que fica cada vez diminuto, mas que sem ele torna-se muito difícil convivermos bem uns com os outros.
Um detalhe é que esta frase é mais comumente interpretada como sendo sobre comportamentos adotados na rua. E vez ou outra, alguém pinta um muro com ela.
Mas é preciso levá-la para casa, para a escola. Praticar gentilezas em domicílio e no ambiente escolar também faz parte desse apelo e é tão (ou mais) importante quanto fazê-lo na rua.
É mesmo uma verdade que ser gentil no trânsito, no comércio, no trabalho, na escola ou mesmo nas redes sociais é um desafio constante e por vezes exige o máximo do autocontrole de alguém.
Não é tão fácil ser gentil, sobretudo quando não se recebe o mesmo tratamento. Imaginem a relação professor e aluno que não é feita de gentilezas, se torna o que?
Também não é fácil manter-se gentil no dia a dia de nossas casas e das escolas.  Por mais que gostemos das pessoas mais próximas e dos alunos e os alunos gostem da gente bem como entre colegas, nem todo dia é um bom dia. Quando o cansaço se abate sobre nós; em uma aula e que temos ainda mais aulas, quando o barulho e a bagunça toma conta de nossa aula, quando, ao retornar para casa, ao invés do descanso encontramos outros afazeres e problemas a resolver; quando o silêncio do quarto é quebrado pelo barulho nas casas vizinhas; quando o despertador nos acorda de um sono tranquilo e nos chama para um dia cheio de tarefas; quando as outras pessoas se acham no direito de bisbilhotar nossos assuntos particulares. E mais gente, e quando qualquer chateação nos aborrece na escola em que trabalhamos?
É exatamente nesses momentos críticos que tendemos a descontar em quem nos apareça primeiro. Algumas das vítimas acabam sendo as pessoas a quem mais amamos, numa controvérsia que gera muitos conflitos em nossas relações.
Torna-se um desafio reparar na refeição preparada sobre a mesa, e agradecer o esforço de quem se dedicou tanto; perceber que um aluno ou um colega não teve uma boa noite de sono ou não está em um bom momento no trabalho e se dispor a algum gesto que possa melhorar esse quadro;  levar um copo de água para alguém, molhar as plantinhas de alguém, refazer a cama; fazer um elogio; dizer palavras doces quando se está cuspindo marimbondo.
Quanta dificuldade encontramos em manter-nos atentos a esses detalhes e fazer disso uma oportunidade de melhorar o dia de alguém!
Talvez, o melhor seja encararmos as pequenas gentilezas como remédio para amenizar as amarguras deste mundo hostil; ao praticá-las estaremos fazendo dele um lugar mais acolhedor e humano.
Alguém que tenha por hábito tratar bem os de casa, mais facilmente tratará bem todos que encontrarem em uma escola e os outros que cruzarem pelo seu dia, e quem foi bem tratado terá mais chances de fazer o mesmo, fazendo girar o maravilhoso círculo da convivência pacífica.
Gandhi ensinou que “a gentileza não diminui com o uso. Ela retorna multiplicada.” Portanto, não precisamos economizar! Podemos continuar cumprimentando os outros, abrindo portas, cedendo cadeiras e fazendo todo tipo de bondade que uma pessoa gentil é capaz de fazer.
A gentileza possui uma espécie de encantamento que faz os relacionamentos tornarem-se agradáveis e muito, muito mais duradouros.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Conheça o “Amor” - o nome da escultura do ucraniano Alexander Milov.


“A escultura ‘AMOR’ demonstra um conflito entre duas pessoas, bem como a expressão exterior e interior da natureza humana. As figuras dos protagonistas são feitas na forma de gaiolas de metal grandes. Suas naturezas interiores estão representadas sob a forma de crianças transparentes, que estão tentando reconectar-se pelas mãos através da grade. As crianças na obra  simboliza a pureza e sinceridade que une as pessoas e nos dá a chance de reconciliar quando um tempo escuro chega”. — Alexander Milov explicando sua obra para o Festival Burning Man 2015.


Alexander Milov - Artista Ucraniano

Precisamos acessar essa natureza interna para destravar os conflitos da nossa sociedade, mas primeiro devemos entender os nossos próprios, pois somos parte inseparável dela.


Sejamos novamente crianças, com sua inocência e sinceridade para nos conectarmos com o que realmente importa, que é a nossa trajetória nesse mundo e nossa conexão interpessoal.

O desentendimento, preconceito, raiva e ódio são amarras da mente que nos impedem de seguir o caminho.

Firme a sua presença no agora e transforme aos poucos a realidade que não gosta. Não tente modificar o outro antes de entender e desatar os conflitos que carrega em si próprio.


Felicidade é a maior busca humana e ela não tem nada a ver com a matéria. Tem a ver com a travessia ou o processo, muito mais do que com o destino ou a vitória. Tem a ver com pessoas e as experiências acumuladas durante todo o trajeto.

Fonte: Via Medium

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Quem é o sujeito oculto da Educação? O SUJEITO OCULTO DA EDUCAÇÃO, uma reflexão para reunião de professores.



O SUJEITO OCULTO é ponto gramatical importante nas aulas de Língua Portuguesa. Quem não se lembra da aula da professora de língua portuguesa explicando esta porção de gramática.  Hoje a gente sabe que não é só uma lição de gramática. O sujeito oculto ´da nossa língua  é também uma ferramenta para entender o mundo.  É fundamental mais do que nunca hoje, procurar os sujeitos ocultos que se escondem.

Em EDUCAÇÃO, o sujeito oculto é feminino e se chama CONFIANÇA. Ela é fundamental em todas as relações escolares.
É ela quem dá sustentação nos maus momentos.
É ela quem faz um bom trabalho avançar.
É a certeza de que o colega age na melhor das intenções.
É a crença de que um erro é só um erro. Por mais grave que seja, não é um capítulo de conspiração.


Quando a gente tem confiança, se sente confortável para ir mais longe, se sente cheio de vida para construir o que nós, coletivamente, planejamos e concordamos em fazer.

Falando desta forma poética e bonita,  parece até que somos ingênuos, No meio educacional aparecem muitas histórias de mentira e deslealdade.  Muitas dessas história mostram como um bom trabalho pode ser corroído por uma série de ações e palavras desastradas e desastrosas.

Educação é assim, por mais contraproducente que possa parecer, precisamos acreditar. Você não vê de imediato os frutos do seu suado trabalho. Acreditar no trabalho que você faz, ter fé no seu aluno, nos seus colegas é um grande exercício de confiança. Acreditar de forma crítica e pensante, claro, mas é preciso acreditar.

Nelson Rodrigues disse que: “sem confiança não se toma nem um sorvete”, quanto mais construir uma boa aula, um bom clima de trabalho, quanto mais ainda auxiliar estudantes em fase tão conflituosa da vida,  a se desenvolverem, a se fortalecerem nos valores nesta sociedade da descrença e da desconfiança generalizada.

Certo é gente que tudo deve partir do princípio de que todos nós: alunos, educadores, cantineiras, gestor, supervisor, estamos comprometidos com o crescimento  uns dos outros.
Na prática sabemos que não é fácil fazer educação embasada no princípio do comprometimento com o outro, mas é fundamental. Educação se faz com confiança, firmeza, planejamento e muito trabalho.
Como podemos levantar pela manhã para vir à escola, chegar aqui com o pensamento de que tudo que estamos fazendo não serve para nada, que não estamos felizes e que tudo mesmo em nosso trabalho com educação não passa de um grande peso na nossa vida.
Mais do que nunca temos que reafirmar o valor da CONFIANÇA,  principalmente quando mais vimos crescer na sociedade a DESCRENÇA GENERALIZADA. Enfim:
A CONFIANÇA VAI  MUITAS VEZES NOS MACHUCAR , MAS SÓ ELA VAI NOS FAZER AVANÇAR.
Texto adaptado para Reunião Pedagógica por Deodato Gomes

BEGUOCI, Leandro. O fim da desconfiança. Nova Escola. Ano 32. nº 311, Abril 2018

quarta-feira, 4 de abril de 2018

REFLEXÃO PARA REUNIÃO: Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.


A dimensão da existência humana vai muito além daquilo que podemos sentir ou mensurar, tampouco compreender. Não é  à toa que Drummond nos diz que no seu coração sequer cabem as suas dores. A nossa finitude e incapacidade para entender aquilo que acontece, na maior parte das vezes, nos paralisa e nos coloca diante do traço trágico que nos forma, como se não houvesse saída, ou não houvesse tempo o suficiente para que possamos chorar nossas lágrimas.
Quando estamos dentro do furacão ou diante das tantas travessias a que temos que passar, tendemos a esquecer que a vida também é constituída por transições, ciclos, mudanças a que temos que passar a fim de que possamos crescer e tornar-se algo mais próximo daquilo que realmente somos. São as longas e silenciosas metamorfoses da vida, como falou Rubem Alves, e sem as quais continuamos a ser lagartas ou borboletas sempre com as mesmas cores.
Evidentemente, até pela nossa condição humana de finitude e, consequentemente, incapacidade de apreender tudo aquilo que nos forma (interna e externamente), sentimos enorme dificuldade em passar por esses momentos, o que em alguns casos pode ser até mais desesperador, com o desenvolvimento de problemas graves, como a ansiedade e a depressão.
No entanto, é preciso que busquemos perceber que grandes coisas surgem de momentos de conflito e que se estamos sob a ação de um tempo que não conseguimos controlar, não há como lutar contra ele, tentando se apegar a momentos que já não existem ou forçosamente querendo chegar a lugares futuros. É necessário aprender a conviver com esse tempo, sabendo que as quedas fazem parte da vida, assim como as transformações que delas decorrem.
Dito de outro modo, precisamos – como versa o poema da Cecília Meireles – aprender com a primavera a deixar-nos cortar para que possamos voltar sempre inteiros, já que, ainda que não percebamos, sempre há galhos que precisam ser podados ou retirados para que novos ramos possam crescer. É como na estória do Pequeno Príncipe, em que a rosa diz para o principezinho que precisa suportar duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.
A bem da verdade, sabemos o quanto é difícil suportar essas “larvas”, afinal, somos tão pequenos diante da imensidão do universo. Entretanto, é nesse mesmo universo que habitamos, onde a dor e o sofrimento se fazem presentes, que também se esconde a inexplicável poesia da vida, a que encontramos se soubermos olhar. Sendo assim, em cada travessia que fazemos se esconde uma transformação, pois para cada coisa que morre, há sempre outra que nasce, já que “devemos morrer para uma vida, antes que possamos entrar em outra”.
Dessa forma, somos como rios que vão fluindo, reconstruindo-nos de modo diferente a cada tempestade que nos abate, pois somos seres transitórios e é nessa transitoriedade que nos encontramos. Por isso, lembrando mais uma vez Cecília – “A vida só é possível reinventada” – para que a cada estação possamos experimentar o vento com um novo gosto e lavar nossa alma com uma nova luz.