O Adeus à Eudália Barbosa Cunha.
Hoje, ao tocar a pasta funcional de Eudália Barbosa Cunha, para buscar informações e redigir esta história, um turbilhão de emoções me invadiu. Eudália, nascida em um vibrante junho de 1942, partiu em 21 de novembro de 2023, deixando um vazio imensurável nos corações de quem um dia a conheceu. As festas juninas do seu aniversário, tão amadas, realizadas na data de seu nascimento, agora vai carregar um doce e melancólico sabor de memória.
Eudália, a educadora incansável, iniciou sua jornada em 1960, dedicando-se à arte de ensinar até sua 1ª aposentadoria como professora em 1989. Mas como Supervisora Educacional, especialmente entre 1997 e 2008, também deixou marcas permanentes, atuando com uma paixão e comprometimento que poucos possuem. Nas escolas Luíza Gomes Negrão, Aymar Westin Nobre e João Beraldo, seu nome tornou-se sinônimo de dedicação e excelência.
Ao completar 80 anos, em 2022, Eudália foi homenageada pelos profissionais da Escola Aymar, um reconhecimento mais do que merecido por sua entrega abnegada àquela instituição. Mas Eudália era mais do que uma educadora; ela era uma tecelã de relações humanas, uma empreendedora de encontros.
Ela criou o grupo das Pastorinhas, onde a música e a amizade se entrelaçavam em harmonia. Foi uma das fundadoras do grupo das DIVAS, um refúgio de conversas, risadas e apoio mútuo para mulheres como Eliete, Tânia Dantas, Doralice, Aldeir, Olga, Solange, Neusa, Edna Eugênio, Heloísa, Arusia, Silvia e Nilda. E, claro, o grupo do Bordado "Mãos de Ouro", onde cada ponto era um gesto de carinho e criatividade no grupo de amigas.
Dona Rosenda, uma de suas amigas mais próximas, lembra com carinho como uma simples caminhada se transformou em uma amizade para a vida toda. Eudália também era uma força ativa na Pastoral do Batismo e do Dízimo, sempre pronta a acolher e incluir todos em sua roda de amigas.
Eudália era uma mulher de fé, e sua crença era um pilar em sua vida. "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá". Jo 11,25 Essas palavras, agora, ressoam com um significado ainda mais profundo, lembrando-nos de que, embora Eudália tenha partido, seu espírito e ensinamentos continuam vivos em todos que vivenciou com elas tantos momentos criativos e signficativos.
Eudália era uma mulher extraordinária, uma alma generosa e uma profissional sem igual. Sua partida deixa um vazio imenso, reconhecido até no Decreto de luto oficial nº 150/2023 do prefeito, que ressalta sua contribuição significativa para a sociedade.
Hoje, enquanto olhamos para trás, vemos o rastro luminoso que ela deixou - um legado de amor, educação e convivência humana. Eudália nos ensinou que uma grande alma nunca morre. Ela continua a viver em cada encontro que promoveu, em cada vida que tocou e agregou em seus grupos e nos movimentos da Igreja.
As amigas do grupo das DIVAS, do Bordado "Mãos de Ouro", das Pastorinhas e até aquelas da Festa de São Torquato em Francisco Sá, hoje podem falar de uma verdadeira saudade. Saudade de Eudália, alguém que sabia, como ninguém, a arte de fazer encontros, de tecer laços, de criar uma reunião de amigas, para fortalecer amizades.
Eudália Barbosa Cunha, sua luz brilhará eternamente no coração de quem te conheceu. Descanse em paz, querida amiga e mestra. Sua história e seu legado serão eternamente lembrados e celebrados.
Partiu para o céu, deixando para trás não apenas uma família composta por filhos amorosos e um esposo dedicado, mas também uma verdadeira legião de amigos, cujas vidas ela tocou profundamente com sua presença carinhosa e seu espírito generoso.
Professor Deodato Gomes