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sábado, 17 de agosto de 2024

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL 3/3

A terceira e última postagem da Independência do Brasil, como ilustrado no mapa conceitual, enfoca o reconhecimento internacional e as consequências políticas da emancipação.

Após a proclamação da independência em 1822, o Brasil enfrentou uma série de desafios para obter o reconhecimento de outras nações. Conflitos armados entre forças portuguesas e brasileiras continuaram até que Portugal reconhecesse oficialmente a independência em 29 de agosto de 1825, após o pagamento de uma indenização 💰.

Esse período foi marcado por intensas disputas políticas, tensões locais e influências externas, mas culminou na formação de um novo país, que se tornou um império sob a liderança de Dom Pedro I 👑. A independência do Brasil, portanto, não foi apenas um ato isolado, mas o início de uma nova fase na história brasileira, moldando o desenvolvimento político, social e econômico do país nas décadas e séculos seguintes 📜.

Este terceiro momento explicativo evidencia a complexidade do processo de independência e a importância do reconhecimento internacional para a consolidação do Brasil como nação soberana. Com isso, o país iniciou sua trajetória como uma entidade independente no cenário global, enfrentando novos desafios e oportunidades.

@professordeodatogomes

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL 2/3


A segunda postagem sobre a Independência do Brasil, conforme ilustrado no organizador gráfico, destaca as tensões locais e políticas que antecederam a ruptura definitiva com Portugal 🇵🇹.

A presença da corte portuguesa no Brasil gerou descontentamentos entre os interesses locais e as decisões da Coroa. Enquanto parte da elite brasileira via com bons olhos a modernização e o aumento do comércio trazidos pela corte, outra parcela desejava maior autonomia política e econômica 📊.

Com o retorno de Dom João VI a Portugal em 1821, seu filho, Dom Pedro, foi deixado como príncipe regente no Brasil. Isso intensificou os conflitos, pois os setores mais conservadores em Portugal pressionavam por uma centralização do poder, em contrapartida aos desejos de autonomia dos brasileiros 🏛️.

A situação culminou no famoso "Grito do Ipiranga" em 7 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo. Neste momento decisivo, Dom Pedro I proclamou a independência do Brasil, afirmando que o país não seria mais submisso a Portugal ✊.

Este segundo momento evidencia a crescente insatisfação e os eventos que levaram Dom Pedro a tomar a decisão histórica de romper com a metrópole, pavimentando o caminho para a independência definitiva.


INDEPENDÊNCIA DO BRASIL 1/3

O mapa mental sobre a Independência do Brasil destaca o primeiro momento desse processo histórico, que culminou na emancipação política do país em 7 de setembro de 1822. Esse evento marcou o fim do domínio colonial português e o início da construção de uma nação independente.

Para compreender esse momento histórico, o mapa aponta a importância de analisar mudanças políticas e econômicas que ocorreram no período. A presença da corte portuguesa no Brasil, desde 1808, foi um fator crucial, pois possibilitou a abertura dos portos ao comércio internacional, atraindo investimentos estrangeiros e promovendo o desenvolvimento de infraestrutura, além de incentivar o surgimento de instituições culturais e científicas 📚.

Outro ponto relevante foi a elevação do Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves em 1815, o que simbolizou um status igual ao de Portugal. Esse movimento político e econômico preparou o terreno para que, poucos anos depois, D. Pedro I proclamasse a independência, consolidando a ruptura definitiva com a metrópole ✊.

Este mapa mental é uma excelente ferramenta para visualizar os fatores que influenciaram a independência do Brasil, permitindo uma compreensão mais ampla e integrada do contexto histórico que levou à formação do Brasil como nação soberana.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Grupos com interesses políticos e comerciais rejeitaram a Independência do Brasil Não houve unanimidade na separação entre Brasil e Portugal, como mostra pesquisa desenvolvida na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP

 A Independência do Brasil foi proclamada em 1822. A cisão entre o País e a antiga metrópole, Portugal, não resultou somente de uma disputa entre brasileiros e portugueses. É o que mostra a pesquisa Política e negócios para o Império Português no contexto da Independência: a trajetória de vida e os projetos políticos de Joaquim José da Silva Maia, 1776-1831, tese de doutorado que tem previsão de ser defendida no segundo semestre de 2023

O estudo foi desenvolvido por Walquiria Tofanelli na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, em São Paulo, por meio do Programa de Pós-Graduação em História. A pesquisa explica, a partir da trajetória do negociante Joaquim José da Silva Maia, os interesses comerciais e políticos por trás do conflito da Independência. 

Em conversa com o Ciclo22, a pesquisadora explicou como a trajetória do personagem se relaciona aos interesses dos grupos contrários à separação entre Brasil e Portugal, e como essa percepção ajuda a refletir sobre a historiografia nacional.

Impacto nos negócios

Nascido na cidade do Porto, em Portugal, Joaquim José da Silva Maia (1776-1831) foi vereador na província da Bahia e negociante. Além de manter relações comerciais que ligavam os territórios do Brasil, Portugal e África, ele foi autor de diversos periódicos. Por meio dessas publicações ele relatava seus projetos para o comércio, planos que se chocavam com os ideais de independência que circulavam no Rio de Janeiro, então capital da corte.

Segundo Walquíria, a posição pró-independência da capital impulsionou a criação de mitos na historiografia, como o de que havia um sentimento nacional a favor da separação da metrópole, o que não corresponde à realidade.

Fora do Rio de Janeiro, comerciantes de outras províncias do País temiam que a cisão entre os territórios atrapalhasse os negócios já consolidados. “O grande medo dele e desse grupo com a separação era o seguinte: como ficaria esse comércio que existia entre Portugal, Brasil e África”, destaca Walquiria. 

Essa percepção sobre os diferentes tipos de posição com relação à Independência traz discussões sobre a historiografia brasileira, defende a pesquisadora. Ajuda a identificar, por exemplo, que a separação de Portugal resultou de diversas disputas políticas. “Desfaz a ideia de que a Independência foi um processo pacífico, de que ela foi um grande acordo entre os grupos interessados e D. Pedro, com uma certa continuidade, como se não tivesse sido uma revolução”, afirma.

Rearranjo do mercado

Mesmo contrário à Independência, Silva Maia era crítico à suscetibilidade do mercado global e por isso defendia a criação de um plano de produção e sustentação dentro da própria província da Bahia. “A ideia era que ela fosse autossuficiente e não dependesse tanto, por exemplo, de mercadorias importadas da Inglaterra.”

Tal posição ajuda a explicar por que o negociante era favorável ao sistema político monárquico constitucional representativo. A ideia era construir uma monarquia regulamentada por meio de uma constituinte convocada em Lisboa, Portugal. 

Era um projeto relativamente ousado, defende a pesquisadora, pois se adotado, o sistema abriria brechas para uma maior regulação das decisões tomadas pela corte. “Claro que não era uma abertura completa, nem todos poderiam votar. Você precisaria ter uma certa renda para poder escolher os deputados. No entanto, isso não deixa de ser revolucionário porque ampliaria a participação política”, disse Walquiria.

Com a concretização da Independência, e a frustração dos grupos que se opunham a ela, Silva Maia voltou para sua cidade natal, Porto, em 1823. Três anos depois, com a morte de D. João VI de Portugal, foram reacendidas as discussões sobre a relação entre os territórios brasileiro e português, momento no qual o personagem reconheceu, de fato, a separação política entre os países e passou a propor um rearranjo do mercado. 

Mapa da Província da Bahia, em meados de 1800: Silva Maia defendia criação de um plano de produção dentro da província - Foto: Arquivo Nacional

“Ele vai assumir que a Independência do Brasil aconteceu, mas vai defender que deveriam ser mantidas relações vantajosas e bilaterais entre os territórios”, afirmou a pesquisadora, ressaltando que a posição do negociante representa as ideias defendidas pelos grupos que, assim como ele, eram contrários à Independência. 

Perseguido politicamente após a ascensão ao trono por D. Miguel em Portugal, e a política que se instaurou contra os grupos constitucionais no país, Silva Maia voltou para o Brasil, onde permaneceu até sua morte, em 1831.

A pesquisa e a pesquisadora

Walquiria Tofanelli é historiadora. Sua pesquisa, realizada com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), se baseia em diferentes tipos de fontes. As principais foram os periódicos escritos por Silva Maia, como, por exemplo, o Semanário Cívico da Bahia.

A pesquisadora também se baseou em documentos de instituições brasileiras, como a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM) da USP, em São Paulo, e instituições portuguesas, além de materiais compartilhados por colegas pesquisadores.

Walquiria relatou quão provocador foi relacionar a trajetória de Silva Maia aos grupos contrários à cisão entre Brasil e Portugal. “Foi um desafio traçar essa perspectiva, pois são projetos pouco estudados na historiografia. Quase não há investigação sobre os personagens que não queriam a independência, como esse personagem”, afirmou.

Fonte: Jornal da USP

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL- qualquer pessoa é capaz de entender este movimento da nossa História. Aproprie dos personagens e da trama conhecendo o fato em si sem grande análises. Entenda, é muito simples e importante compreender a história do seu país.

A independência do Brasil em 07 de setembro de 1822 é o resultado de uma série de mudanças que a antiga colônia lusitana enfrentou a partir da chegada da corte portuguesa no Brasil em 1808. 

A Revolução do Porto provocou o retorno de D.João VI à Portugal que começou a fazer uma série de exigências ao Brasil.


Ficou no Brasil o filho de D. João VI, Pedro de Alcântara como Príncipe Regente. 

As cortes portuguesas tinha uma clara intenção de recolonizar o Brasil e adotou várias medidas:

  • envio de mais tropas portuguesas para o Brasil;
  • transferência de instituições do Rio para Lisboa;
  • e a exigência do retorno do Príncipe Regente, D. Pedro I, (aqui foi onde mais o bicho pegou):

Quando tomaram conhecimento das medidas estabelecidas pela corte portuguesa o Partido Brasileiro (PB), formado de um setor urbano e uma elite rural, se concentrou em garantir a permanência de D. Pedro I e em organizar uma forte resistência às propostas de uma nova constituição portuguesa.


O Partido Brasileiro(PB), organizou então uma Petição com 8 mil assinaturas de brasileiros e portugueses erradicados no Brasil, com o objetivo de pressionar D. Pedro I a ficar no Brasil. Este episódio acabou levando ao DIA DO FICO em 09 de Janeiro de 1822.



D. Pedro I anunciou sua permanência no Brasil. Em maio de 1822, estabeleceu que ordem vinda de Portugal só teria validade na colônia por meio da aprovação de D. Pedro I.

Em 7 de setembro de 1822, entre uma vigem do Rio de Janeiro e São Paulo, às margens do Rio Ipiranga,  D. Pedro I recebeu os últimos despachos de Portugal que revogava seus decretos e acusava seus ministros de traição, além de exigir novamente sua volta imediata para Portugal.



Em reação às cortes portuguesas, D. Pedro I optou pela ruptura definitiva, proclamando a Independência do Brasil.

                                                                Por Deodato Gomes