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quinta-feira, 7 de maio de 2020

NASCER DO BARRO A ARTE LIBERTADORA DE NASSER GAZEL - ESTRÉIA DIA 08 DE MAIO DE 20 ÀS 22:00 HORAS. VAMOS CONFERIR.




Convidamos a todos a assistirem ao lançamento do documentário que aborda a vida e a produção do artista plástico Nasser Gazel de Ataléia. O artista se projeta a partir do  Vale do Mucuri e tem inserção internacional com obras espalhadas por todo o mundo. Neste documentário tem se a participação de várias pessoas de Carlos Chagas que reconhecem a qualidade da arte de Nasser  e dos estudantes da Escola João Beraldo, que tiveram a oportunidade de vivenciar uma oficina minstrada pelo mesmo. A oficina foi aplicada  com muito sucesso junto aos estudantes e esta foi inserida no registro. O documentário chamado de:   NASCER DO BARRO-A ARTE LIBERTADORA DE NASSER GAZEL, faz uma imersão no universo criativo do artista de forma intensa e encantadora revelando aspectos importantes da criação bem como a percepção das pessoas acerca do seu fazer artítisco. A produtora do documentário, utilizando do gênero cinematográfico apresentou de forma linda e sedutora a subjetividade da arte em Nasser, tendo o viés didático como metodologia, conclue que nem o próprio Nasser  tem a dimensão e a grandeza da  sua produção artística. 
O título tem um sentido místico e faz referência, de forma muito justa, ao mito das nossas origens “Pulvis est et in pulvis reverters”- Somos pó e a ele voltaremos, uma vez que se trata de objetos culturais criados a partir do barro,  perfeitamente coerente com a expressão libertária do ser humano diante das muitas submissões históricas e dos contextos opressores em que as subjetividades se constituem. Enaltecemos aqui o trabalho criterioso e acurado da Sulze, uma produtora visionária, acolhedora do fazer artístico culturalmente periférico, responsável direta pelo projeto que soube muito bem captar e expressar tanto a grandeza quanto  a simplicidade do artista. Vale a pena conferir este magnífico tributo a Nasser, um artista marcado pela cultura popular do Mucuri .
                    Por Deodato Gomes

sábado, 28 de dezembro de 2019

Uma das obras mais debatidas em 2019, mais de 100 anos após Duchamp expor um mictório: uma banana presa à parede de uma galeria que foi vendida por US$ 120 mil e em seguida comida. A pergunta que a professora Edina fez na disciplina de arte, para nós no mestrado, continua viva: “mas isso é arte?”. Ou ainda: “se eu fizer igual, também sou artista?”. Esta pergunta não cala desde Duchamp.

Respondam a esta pergunta: É arte? A obra “Comediante”, do italiano Maurizio Cattelan, exposta na Art Basel Miami, antes de ser devorada pelo artista David Datuna

Teve Tarsila no Masp e DaVinci no Louvre. No dinâmico e imprevisível mundo das artes, porém, outro assunto deu o que falar este ano: uma banana presa à uma parede com fita adesiva. Intitulada “Comediante”, a obra do italiano Maurizio Cattelan causou furor na maior feira de arte das Américas, a Art Basel Miami, onde foi vendida por US$ 120 mil e, em 7 de dezembro, devorada. O “lanche” foi uma performance de David Datuna, que a chamou de “Hungry artist” (“Artista faminto”). A banana artística (que vinha com certificado de autenticidade e instruções para trocar a fruta a cada dez dias) viralizou. 
No dia 11, em Miami, zeladores com bananas presas ao peito protestaram contra seus baixos salários. “O que precisamos fazer, colar bananas no corpo?”, dizia um dos cartazes. No Twitter, a Nokia postou a foto de um celular amarelo preso à parede com fita prateada e provocou: “Bananas são deliciosas, mas podem fazer ligações? Isso sim é uma obra de arte!” Será? 
Desde que Marcel Duchamp tentou expor um urinol (“A fonte”) num museu em 1917, a mesma pergunta ressurge periodicamente: “mas isso é arte?”. Ou ainda: “se eu fizer igual, também sou artista?”. — Provavelmente, não — responde Daniel Rangel, crítico de arte e curador de exposições. — A banana de Cattelan parece brincadeira, mas é uma provocação séria. É arte porque esse gesto duchampiano ocorreu dentro de um contexto, uma feira do setor, e questionou o próprio “sistema da arte”. “Sistema da arte” é um conceito do filósofo americano Arthur Dando.
Em 1964, quando Andy Warhol pôs numa galeria réplicas em madeira de caixas de um produto de limpeza, Danto decretou “o fim da arte”. Detalhe: ele não disse que as caixas não eram arte. Seu ponto era que não havia mais critérios estéticos para determinar o que era. Warhol sacou isso antes de muitos —aliás, pôs uma banana na icônica capa do disco “Velvet Underground & Nico”. A legitimação, argumentou Danto, passou a depender do tal “sistema da arte”, no qual críticos, galeristas e colecionadores definem o valor, inclusive monetário, de uma obra.

Os visitantes do museu Solomon R. Guggenheim, em Nova York, podem usar uma privada feita com ouro de 18 quilates instalada em um dos banheiros do local. A peça foi batizada de “América” e é de autoria do artista italiano Maurizio Cattelan, descrito, no site do museu, como “um dos maiores provocadores do mundo das artes.


É por isso que “Comediante” e obras como “Bandeira branca”, de Nuno Ramos, que expôs urubus vivos na Bienal de São Paulo em 2010, são arte. 
Urubus confinados na instalação 'Bandeira branca', de Nuno Ramos, montanda no prédio da Bienal deSão Paulo em 2010 (Foto: Daigo Oliva/G1)

Diferentemente do celular citado no início do texto, são trabalhos de nomes legitimados pelo “sistema da arte”. O sistema, claro, vive sendo questionado pelos próprios artistas. Antes de dar uma banana para a Art Basel, Cattelan já era um notório provocador. Em 2016, expôs uma privada de ouro maciço no banheiro do Guggenheim, em Nova York, para ser usada pelos visitantes. Diz o museu que 100 mil pessoas “interagiram” com a obra, chamada “América”. Estimada em US$ 6 milhões, ela foi roubada do Palácio Blenheim, na Inglaterra, onde estava temporariamente exposta, em setembro deste ano.

O vaso sanitário "America" feito em ouro 18 quilates e obra do artista Maurizio Cattelan, foi exposto no museu Guggenheim, em Nova York. Foto: William Edwards/AFP.

Se o mictório de Duchamp questionava o que era arte, a privada de Cattelan pergunta o que é ser artista. Até onde vai a necessidade de manter boas relações com galeristas, a imprensa, o “sistema da arte”? Aliás, quais os critérios desse sistema? Fernanda Feitosa, criadora da feira SP-Arte, a maior da América Latina, diz que essas indagações têm mais peso quando feitas em um evento onde obras são negociadas. E não estranha que, mais de um século após “A fonte”, a pergunta “o que é arte?” ainda renda debates: — Essa discussão sempre será atual. O que não era arte no passado pode ser hoje. Os valores da sociedade mudam constantemente.

Marcel Duchamp expôs um mictório (“A fonte”) num museu em 1917, a mesma pergunta ressurge periodicamente: “mas isso é arte?”. Ou ainda: “se eu fizer igual, também sou artista?”.

FONTE: O Globo de 28-12-2019

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Escola João Beraldo promove oficina com o artista plástico Nasser Gazel e encanta seus estudantes que participam de documentário sobre o mesmo.. Ao final da postagem veja o álbum com as criações dos alunos.


Desenvolvemos junto aos nossos estudantes o Projeto denominado Barro Bom envolvendo arte e educação,  com técnicas consolidadas pelo artista plástico Nasser Gazel e aplicadas aqui de uma forma eficiente e que trouxe excelentes resultados. Nossos estudantes, que vivem na sociedade da dispersão adoraram, porque o trabalho de Nasser é rico em vivências e oportuniza grandes momentos de reflexão e crescimento pessoal. 

Ele trouxe o processo técnico entremeado com  simplicidade e sabedoria de vida que foi fruindo nas criações e modelagens que  envolveu e encantou profundamente os jovens estudantes. Enquanto vai concebendo e plasmando uma peça no barro ele criava também uma narrativa,  uma história com conexões infinitamente ricas. Tudo isto com estudantes pouco afeitos a refletir, sujeitos passivos de um celular repleto de fakenews.  Muito bem norteado por Nasser o estudante ia refazendo caminhos, projetando sonhos e delineando seus projetos de vida ao mesmo tempo que ia externalizando ideias no barro. Disse a eles que depois desta importante vivência, jamais  seriam os mesmos estudantes. Ali foi amplamente se articulado uma subjetividade jovem que a meu ver se tornou um divisor de água naquelas histórias de vida, vítimas de uma sociedade que provoca a inquietude e tira os jovens do seu eixo e não os leva à perceber o mundo em que se encontram inserido.  Vimos muitos deles esquecidos a contemplar a própria criação, e ela refletiu muito das incertezas do nosso tempo. 
  Nasser, que tem obras no mundo inteiro apresentou vários dos seus trabalhos para os estudantes, proporcionando um sentimento mais pleno de vida e conexões com outros mundos que sua arte pode permitir. A documentarista Suze que veio de Belo Horizonte registrar a oficina para incluir no documentário, afirma que Nasser não tem noção do seu tamanho, com a qual concordo plenamente. 
Nossa aluna Millena Oliveira, se referindo ao momento que ela vivenciou com o trabalho, disse: "Foram dias  inesquecíveis". A escola não sabe o que fazer com a arte porque ela está projetada para além dos quadrinhos tão definidos da escola e porque são infinitas as possibilidades de articulação com este saber elevado.  A arte na escola é preciso, porque um saber escolar, uma sala de aula, um ensino todo repleto de marcações limitadoras, não basta. A arte torna se assim um chamado para infinitos mundos muito além das paredes de uma sala de aula. O que a gente acaba encontrando nela é a gente mesmo. Muito grato a este artista popular tão profundo, que trouxe esta riqueza para nossos estudantes e que apenas sua presença já ensina. Sua sintonia é com outros mundos, outras idéias, outros silêncios e outros barulhos, delicadamente fundamentados nos valores mais sublimes e imensamente capazes de despertar para as mais incríveis emoções humanas.  
As peças produzidas serão queimadas na casa do Professor João Vovô, o qual nós agradecemos por esta importante ajuda.

Que satisfação  para todos nós poder participar de um documentário sobre o artista. Para este fim 
recebemos Sulze, uma mecenas da arte, que veio de Belo Horizonte com a missão de integrar nossa oficina ao filme sobre Nasser,  esse grande artista popular.  Que maravilha que nossa escola pode contribuir para este documentário e ter nossos estudantes participando de trabalho de tão grande relevancia. Segundo Sulze, nem o artista Nasser, sabe a dimensão do seu trabalho. Tão intenso, tão imenso no entanto simples como o próprio barro que modela.  Durante a oficina recebemos a visita dela que também é uma artista, a Vereadora Cibelle Viana que disse: "E a Escola Dr. João Beraldo recebe o grande ceramista Nasser Gazel com o Projeto Barro Bom. Parabéns aos envolvidos e, especialmente ao diretor Deodato Gomes Costa Gomes pela visão de resgate de técnicas."

Sobre a oficina Nasser se pronunciou assim: Mais uma experiência fantástica, ministrar uma Oficina de Arte Educação na E.E Dr João Beraldo em Carlos Chagas MG! Parabéns Deodato, Terezinha, Marielle, Deborah,aos alunos participantes, Wilton Rodrigues, as cantineiras pela mágica culinária aos funcionários pelo carinho,a produção do nosso documentário(Suzelita Meirelles e Bolão). Gratidão!!!
Agradecemos a Professora Deborah e Marielle pela coordenação dos trabalhos junto aos alunos.  Estou feliz demais com este trabalho, que frutificará no coração dos estudantes. 
                  Por Deodato Gomes

Clique aqui para acessar o álbum completo com as obras dos estudantes.