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sábado, 22 de maio de 2021

VAMOS CONSEGUIR LIGAR OS PONTOS A TEMPO? É o que pergunta Greta Thunberg?

 

 

Dados apresentados:

·       Até 75% de todas as novas doenças vêm de outros animais.

·       83% das terras agrícolas do mundo são utilizadas para alimentar gado

·       O gado fornece apenas 18% das nossas calorias e 37% das proteínas

·       A área para produção de carne e laticínios equivale à área das Américas do Norte e do Sul juntas

·       Adotar dieta à base de plantas pouparia até 8 bilhões de toneladas de CO2 por ano.

·       Todos os anos matamos cerca de 60 bilhões de animais

·       Mais de 70% dos animais do mundo vivem em fazendas industriais. Nos EUA, chega a 99%


quarta-feira, 1 de abril de 2020

Livro sobre Greta Thunberg é um chamado para salvar o planeta

“Ninguém é pequeno demais para fazer a diferença” conta a história da jovem sueca que virou referência mundial na luta pela preservação ambiental.

Com apenas quinze anos, ela iniciou um movimento de greves de estudantes contra mudanças climáticas, impressionou autoridades políticas, foi eleita como personalidade do ano pela Revista Time e indicada ao Prêmio Nobel, em 2019. Sim, estamos falando da jovem ativista sueca, Greta Thunberg, que virou uma referência mundial na luta pela preservação ambiental e ganhou livro infantil inspirado em seus discursos mais famosos. “Ninguém é pequeno demais para fazer a diferença”, escrito e ilustrado por Jeanette Winter, foi recém-lançado no Brasil pela Companhia das Letrinhas.

O livro, que é indicado para crianças a partir de quatro anos, foi publicado originalmente pela editora estadunidense Beach Lane Books, em setembro de 2019. Ele conta a história de como iniciaram as preocupações de Greta em relação ao meio ambiente e reúne frases ditas por ela durante os principais fóruns e conferências internacionais pelo clima.

 “Ninguém é pequeno demais para fazer a diferença” aponta como uma simples abordagem na escola pode inspirar grandes ações. Isto é, foram discussões sobre aquecimento global, derretimento das calotas polares e ameaças à vida no planeta, em sala de aula, que deixaram a menina com uma pulga atrás da orelha: o que fazer para mudar esse cenário?

Não demorou muito para que ela decidisse faltar às aulas todas as sextas-feiras para se dirigir ao Parlamento sueco, no centro de Estocolmo, com sua plaquinha: Skolstrejk for Klimatet, greve escolar pelo clima. Em poucos meses, essa atitude se transformaria no símbolo do movimento juvenil de luta pela mudança climática. “Ela esperava que aqueles que faziam as leis o vissem”, relata a obra.

Nas páginas do livro, a menina atravessa um rápido percurso entre a vida tranquila que levava em sua cidade, onde se sentia invisível, para ganhar destaque no mundo inteiro. Quase dois anos depois, Greta Thunberg, com 17 anos, segue deixando a vergonha de lado para ser porta voz de uma geração em conversas sobre como salvar o planeta.

 “Não quero que tenham esperança. Quero que entrem em pânico. Quero que sintam o medo que eu sinto todos os dias… Quero que ajam como se sua casa estivesse pegando fogo.Porque ela está.” (Greta Thunberg)

No livro, a frase que dá nome à publicação ficou famosa durante uma entrevista concedida por Greta na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP24), que aconteceu em dezembro de 2018, em Katowice, Polônia. Na ocasião, a jovem questionou o modo de vida de uma pequena parcela da população e pediu justiça climática. “Nossa Biosfera está sendo sacrificada para que pessoas de países ricos, como o meu (Suécia) vivam no luxo. É o sofrimento de muitos que pagam o luxo de alguns”, afirmou.


terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Recebida como estrela, Greta exorta líderes globais a 'ouvirem a ciência' Ativista sueca falou em Davos ao lado de três jovens que se dedicam à causa ambiental


A sessão foi curta, mas disputada. Greta Thunberg, a adolescente sueca que se tornou a paladino do combate à mudança climática, falou ao lado de outros jovens a uma pequena plateia em Davos, no encontro anual do Fórum Econômico Mundial nos Alpes Suíços, sobre a urgência de se conter e mitigar o aquecimento global.
Embora não fale ainda no palco principal, normalmente reservado a chefes de Estado e governo ou líderes globais que se tornaram referência pop em seus campos, Greta foi recebida neste ano como estrela do evento. No painel feito pelo Fórum para celebrar seus 50 anos, é Greta quem simboliza a edição de 2020.
A ativista falou ao lado de outros três jovens que têm se dedicado a chamar a atenção para problemas ambientais —a canadense Autumn Peltier, 13, o porto-riquenho Salvador Gomes Colón e Natasha Mwansa, da Zâmbia—, e se recusou de desviar de sua mensagem central para o Fórum: de que é preciso parar de falar de aquecimento global com base em opiniões e se ater a fatos comprovados pela ciência.
“Não sou eu que reclamo de não ser ouvida, estou sendo ouvida o tempo todo. Mas em geral a ciência e a voz das pessoas mais jovens não estão no centro da conversa", disse ela ao ser instada pelo moderador a responder se o mundo estava ouvindo os mais jovens, como ela. 
“Trata-se de nós e das futuras gerações, e, claro, como podemos ser afetados hoje, mas sobretudo se trata de trazer a ciência para o centro da conversa.”





A mais jovem do quarteto, Peltier exortou o público do fórum a desencorajar detratores online —os “haters”. “Por favor, antes de nos dizer coisas horríveis nas redes sociais, pense que somos adolescentes e só estamos tentando fazer uma coisa boa.”
Alvo frequente da turba virtual e também de críticas de líderes políticos menos comprometidos com sua causa, Greta preferiu usar seu tempo para ler uma mensagem previamente escrita, em vez de responder como lidava como os “haters”. 
“Esses números [sobre emissões de gases-estufa e aquecimento] que estou citando não são a opinião de ninguém nem política, são o melhor que temos em ciência a esse respeito. Países ricos têm de zerar suas emissões e ajudar os pobres a fazerem-no.”
A preservação do ambiente e sobretudo a ação humana no aquecimento global —bem como a ação necessária para mitigar seus efeitos— são o principal tema do Fórum neste ano. O tópico também surgiu no discurso de abertura do fundador da entidade e criador do encontro, Klaus Schwab, e nas palavras da presidente do conselho federal da Suíça, Simonetta Sommaruga. A líder de turno do principal órgão Executivo suíço falou de um mundo “pegando fogo”, citando as recentes queimadas na Amazônia e os incêndios na Austrália, e ressaltou que o tempo para impedir uma deterioração do quadro se esgota.
Schwab, por sua vez, pediu mais cooperação internacional, porque a tarefa exige mais de um só país ou uma só empresa lidando com o problema. 


“O mundo está em estado de emergência. Não queremos continuar a desintegração política e econômica contínua. Não queremos chegar a um ponto irreversível na mudança climática. Não queremos que as próximas gerações estejam em um mundo ainda menos habitável”, afirmou ao inaugurar o evento.
Diversas das sessões do fórum são dedicadas a negócios mais verdes e à participação das empresas para que se cumpra o que está no Acordo de Paris sobre o Clima —a manutenção do aquecimento do planeta em no máximo 1,5°C neste século.
O Brasil é alvo de algumas. No entanto, o presidente Jair Bolsonaro neste ano não compareceu ao evento nem mandou seu ministro do Ambiente, Ricardo Salles. Quem acompanha a delegação encabeçada pelos ministros Paulo Guedes (Economia) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde) para tratar do assunto é o cientista Carlos Nobre, que estuda clima e já integrou o principal painel da ONU para o tema.
Luciana CoelhoAlexa Salomão
FONTE: Folha de São Paulo de 21-01-2020


domingo, 29 de dezembro de 2019

Os filhos do mundo - Martha Medeiros


Foi aparecer Greta Thunberg, e achei que mataríamos saudade do consenso-lembra consenso? Difícil imaginar divergências a respeito de uma adolescente que um dia saiu de casa com um cartaz nas mãos e se plantou na frente do parlamento sueco para protestar contra o pouco caso com o meio ambiente. Ela poderia estar num shopping consumindo hambúrgueres e sapatos, poderia estar grudada num smartphone baixando aplicativos bobinhos, poderia estar acampando na frente de um estádio para assistir a algum ídolo teen, e nunca teríamos ouvido falar dela, assim como o mundo nunca ouviu falar de nossos filhos. Mas fez barulho e foi eleita a personalidade do ano. Não é bacana?

Defender o meio ambiente não é uma atitude de esquerda ou de direita. Envolve todos os seres humanos, incluindo os tios fascistas, as primas comunistas, os bichos, as plantas — o planeta inteiro se beneficiaria caso os grandes líderes mundiais parassem de pensar só em lucro e tomassem medidas preventivas para deter o aquecimento global e suas consequências. Separar o lixo seco do lixo orgânico é importante, mas não basta. Deixar o carro na garagem e caminhar cinco quarteirões? Ajuda, mas o que ajuda mesmo é não pegar no pé de quem está fazendo muito mais do que nós.

Dizem que Greta é chata. Não sei, nunca escutei a menina por mais de um minuto, quem assistiu a seus discursos completos é que pode dizer. Mas, ainda assim, creio que chato é ficar ilhado sobre um bloco de gelo derretendo, ursos polares que o digam. Ou ter a casa invadida por enchentes. Ou ter que sair à rua usando uma máscara tapando nariz e boca. Devo estar sendo chata também, desculpe aí.

Enfim, não entendo a razão de Greta ser tão ofendida. Que ela incomode alguns industriais e políticos, é compreensível, já que reivindica medidas que envolvem dinheiro e poder, mas por que haveríamos de ficar contra ela, se ela age por nós? Não age? Tem “alguém” por trás? O Soros, o Papa, o Lula, a Damares, o pessoal do Porta dos Fundos? E daí? A causa é boa. E mesmo que não se acredite em aquecimento global, mesmo que se pense que é paranoia e que o mundo está em perfeitas condições de uso, mal não faz uma garota gastar seu tempo e sua juventude em algo que acredita. Não foi a primeira nem será a última a se sobressair clamando por conscientização — se ela está certa ou errada, o tempo dirá. Esse mesmo tempo que nos levará à extinção em breve, mas que poderia ser mais seguro para nossos descendentes, pelos quais somos responsáveis. Portanto, se não existe mais consenso sobre nada, que ao menos escolhamos melhor nossos inimigos em 2020. Greta, obrigada.

O PLANETA INTEIRO SE BENEFICIARIA CASO OS GRANDES LÍDERES MUNDIAIS PARASSEM DE PENSAR SÓ EM LUCRO E TOMASSEM MEDIDAS PREVENTIVAS PARA DETER O AQUECIMENTO GLOBAL

MARTHA MEDEIROS
O Globo 29 de dezembro de  2019
marthamedeiros@terra.com.br

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

A INCANSÁVEL GUERREIRA CONTRA AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS.


No dia 23 de setembro, Greta Thunberg encerrava seu discurso de não mais de 500 palavras diante do plenário das Nações Unidas. Nas arquibancadas, líderes mundiais observavam a menina de apenas 16 anos que se tornou o maior ícone da luta contra as mudanças climáticas. —"Eles estão fracassando conosco. Mas os jovens estão começando a entender sua traição. Os olhos de todas as gerações futuras estão sobre vocês. Não vamos deixá-los continuar com isso. Bem aqui, agora, é onde traçamos a linha. O mundo está acordando. E a mudança está chegando, gostem ou não" — afirmou Greta. 
Sua determinação chamou a atenção para as mudanças climáticas, uma conquista de dimensões planetárias que fez com que Greta fosse escolhida “Personagem Mundial 2019” pelo Grupo de Diários América (GDA), uma aliança de 11 jornais da América Latina, da qual O GLOBO faz parte. 
Um ano antes, em 20 de agosto de 2018, a mesma adolescente decidiu não ir à escola para se sentar do lado de fora do Parlamento sueco e protestar contra o que considerava o pouco progresso na redução da emissão de carbono em seu país. Com uma placa que dizia Skolstrejk för klimatet (“Greve pelo clima”), essa garota pequena, de rosto sério e diagnosticada com síndrome de Asperger enfrentou um assunto que muitos cientistas e ativistas haviam notado, mas poucos estavam dispostos a propor soluções. Foi tal o impacto que, duas semanas depois, ela fez seu primeiro discurso em público, algo que surpreendeu até seus pais, já que ela sofre de mutismo seletivo, o que não a impediu de se apresentar em 2019 em frente ao Fórum de Davos, em uma comissão do Senado dos EUA, no plenário da ONU e na COP 25, em Madri. Nascida na Suécia, em 3 de janeiro de 2003, filha da soprano Malena Ernman e do ator e escritor Svante Thunberg, desde pequena Greta era uma menina introvertida. Aos 8 anos, viu um documentário sobre mudanças climáticas e ficou tão chocada que isso causou uma profunda depressão. — "Eu penso demais. Algumas pessoas podem deixar as coisas acontecerem, mas eu não, especialmente se há algo que me preocupa ou me deixa triste" —disse ao jornal inglês The Guardian. 
Para Eloisa Silva, consultora de sustentabilidade e membro da rede de Iniciativa de Jovens Líderes das Américas, “o ‘fenômeno Greta’ é uma combinação de um momento histórico, em que o status quo está sendo questionado em todas as esferas, e vozes fortes surgem com o movimento feminista”. — Greta, sendo uma dessas vozes, pede mudanças claras e apela à ética das autoridades. Ela não tem medo, nem outra agenda além de representar o movimento social —disse.

FENÔMENO 

Sua determinação levou milhões de pessoas às ruas para se juntar à Sexta-feira pelo Futuro, enquanto outras aderiram ao flygskam ou “vergonha de voar”, que busca que as pessoas passem a usar meios de transporte menos poluentes. Ainda que tenham existido ativistas de peso que alertaram sobre as mudanças climáticas, o grande salto de Greta está na maneira como fala, e que muitos atribuem ao fato de ter Asperger, o que faz com que não se distraia com os interesses sociais próprios da idade. Não foram poucas as vozes que a atacaram. Em julho, a Opep a declarou “a maior ameaça” à indústria de combustíveis fósseis, enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, tuitou sarcasticamente que “ela parece ser uma garota muito feliz” e Jair Bolsonaro a chamou de “pirralha”. No primeiro, ela considerou a crítica como “um elogio”, enquanto as palavras de Trump e de Bolsonaro se tornaram sua biografia no Twitter.

domingo, 22 de setembro de 2019

Estamos acompanhando esta adolescente que é uma excelente referência para os adolescentes.“Nós faremos eles nos ouvirem”, diz Greta Thunberg no Battery Park em Nova York diante de uma multidão de jovens.




“Isso é somente o começo”, discursou a ativista sueca Greta Thunberg para uma multidão em Nova York hoje no Battery Park. As manifestações que levaram jovens de todo o mundo às ruas foram lideradas e inspiradas no movimento Fridays For Future, que começou com a greve escolar de Greta no parlamento sueco.

A missão era se fazer ouvir às lideranças políticas, e não houve momento mais oportuno que a Cúpula do Clima da ONU para fazer a ideia ecoar para diversos países. Foram 4 milhões de pessoas de 163 países, conforme Greta apontou em suas redes sociais.

Confira abaixo um trecho de seu discurso em Nova York:

“De onde eu venho, as coisas são bem diferentes daqui, mas quando o assunto é emergência climática e as pessoas no poder, é igual. Na verdade, em todos os lugares em que eu estive, a situação é mais ou menos mesma. As pessoas no poder, suas lindas palavras, são as mesmas. O número de políticos e celebridades querendo tirar selfies, são os mesmos.

As promessas vazias são as mesmas. As mentiras são as mesmas, e a inação é a mesma. Não encontrei ninguém, que esteja no poder, que ouse dizer como [a situação] realmente é, porque não importa onde você está, até esse fardo eles deixam pra gente. Nós, adolescentes, nós, crianças. Nesta segunda-feira, líderes mundiais estarão reunidos aqui, em Nova York, para o “United Nations Climate Action Summit”. Os olhos do mundo estarão voltados para eles. Eles têm a chance de provar que eles também estão unidos pela ciência. Eles têm a chance de tomar a liderança para provar que realmente nos ouvem. Vocês acham que eles nos ouvem?
Nós faremos eles nos ouvirem! Porque isso é somente o começo. A mudança está vindo, eles gostando ou não.
Obrigada, novamente, a todos que estão aqui, todos que vieram.”
Fonte: Mídia Ninja

Shadia Fayne woods/Survival agency media