No ano de 2017 fez 20 anos que o grande oceanógrafo
Jacques Cousteau foi navegar nos oceanos da eternidade. Em uma entrevista ele disse que costumava sonhar que estava voando e que isto era uma tentativa de se
afastar da realidade tão desigual da terra. De acordo com ele, quando começou a mergulhar, parou de sonhar porque o mergulho era uma sensação intensa e fabulosa, uma experiência incrível. Palavras dele: "quando mergulhamos, sentímo-nos como se fóssemos anjos. Libertamo-nos do nosso peso". Dizia que era infeliz fora d’água que quando mergulhava era como se tivesse
entrado no Paraíso.
Reprodução KIDS DISCOVER |
Que o mergulho nos posts das 52 semanas de gratidão tenha deixado um ensinamento para os autores e leitores dos mesmos. Jamais esqueçamos de fazer o que nós mesmos ensinamos. A exemplo de Cousteau, que todos possam neste 2018 fazer um mergulho nas águas oceânicas da gratidão e voltar à tona sempre com muitos agradecimentos pela vida.
O movimento da gratidão...terminou. Não participei de todas, não li e nem comentei todas as postagens dos colegas de blog, premido pelos compromissos, mas sinto que valeu a pena! Valeu muito viver estes momentos de reflexão dos mais variados tipos. Momentos vivenciados e retratados aqui, que foram compartilhados com todos durante o ano de 2017. Apresentamos um pouco das nossas experiências e crenças. O sentimento maior, apenas menor que o amor, foi garimpado em pequenas e grandes expressões inspiradas pelo reconhecimento de que tudo é dádiva. É infinito o poder da gratidão a Deus, colocada no coração limitado do ser humano. Ela fortalece a humanidade em nós, e nos torna muito apaixonados pela vida, que recebemos todos os dias. Não tem como não fazer como o leproso curado por Jesus que retorna para demonstrar e reconhecer sua cura. As 52 semanas foram a tradução em sentimentos de gratidão, de experiências edificadoras expressadas em fotos, textos e momentos, que se não fossem os registros não passariam agora apenas de nossas memorias solitárias, guardadas em cada um de nós. Era o leproso curado comparecendo para retribuir o gesto, as palavras...
A gratidão promove um mergulho na confiança em nós mesmos e no outro que nos faz ser o que somos. Solitários não somos, não fazemos, não podemos e não vivemos. Foi muito o recebido e muito retornado em forma de lindos e poéticos agradecimentos. Foram muitos posts que comprovam a fé na vida, a esperança de futuro e a certeza de que vale sempre buscar o infinito na fragilidade das coisas. Vale sempre o profundo, o permanente e o amor.
Somos todos o leproso que Jesus curou. Aquele que retornou para agradecer e reconhecer o poder de se fazer solidário a alguém da forma mais gratuita e divina. Todos sonhamos com o fim da fome e a instauração da Paz no mundo, aquilo que sempre fazia de Cousteau um infeliz fora d'água. Por muitas vezes nos desanimamos diante do poder do mal. Pratiquemos a gratidão porque ela é capaz de aquebrantar a frieza do homem diante do sofrimento do seu semelhante.
A
gratidão pode realizar milagres e fazer valer o sonho de fraternidade existente
no coração humano. A vida é uma dádiva e 2018 pode ser ainda de maior mergulho
na gratidão!
Deodato Gomes