O Jejum, uma prática profundamente enraizada na tradição católica, vai além da mera abstinência alimentar. É um gesto de espiritualidade e fé, que Jesus Cristo nos ensina a realizar não para exibição de piedade, mas como expressão de alegria interior e purificação. O jejum verdadeiro não visa a autopromoção diante dos outros, mas sim a solidariedade e o compartilhamento com aqueles em necessidade, refletindo a beleza do gesto de partilha.
Esta prática não se limita apenas à dimensão física, mas estende-se a um jejum mais amplo e significativo: o jejum do pecado e das atitudes que nos afastam de Deus e dos irmãos. O profeta Isaías nos lembra que o jejum desejado por Deus é aquele que promove justiça, partilha e acolhimento, especialmente aos mais pobres e marginalizados.
A Penitência, por sua vez, convida-nos a uma conversão contínua, a um esforço consciente para nos afastarmos do pecado e nos aproximarmos de Deus e do próximo. Ela se manifesta em ações concretas de cuidado com o meio ambiente, paciência no trânsito, e uma atitude de não julgamento, promovendo a paz e a concórdia.
A Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, é um tempo privilegiado para aprofundarmos essas práticas. Não é um tempo de tristeza, mas de alegria espiritual, de crescimento na amizade com Jesus e, consequentemente, com todos os nossos irmãos e irmãs. É um convite a viver mais intensamente o amor e a solidariedade, reconhecendo que, através do encontro e do serviço ao outro, caminhamos juntos para o céu.
Portanto, caros irmãos e irmãs, que este tempo quaresmal seja uma oportunidade para redescobrirmos o valor do jejum, da penitência e da oração, como meios de nos aproximarmos de Deus e de vivermos mais plenamente o Evangelho. Que possamos, através de nossos gestos de amor e solidariedade, antecipar o Reino de Deus aqui na terra, um Reino de justiça, paz e alegria no Espírito Santo.
Como o jejum e a penitência durante a Quaresma pode impactar sua vida espiritual?
#JejumComPropósitoEFé
