Ainda Estou Aqui: Uma Obra-Prima que Emociona e Faz Refletir
Ontem, dia 10 de março de 2025, embarcamos em uma experiência inesquecível. Saímos de Carlos Chagas às 16h45 rumo ao Cine Teca, em Teófilo Otoni, para assistir ao tão comentado Ainda Estou Aqui, de Walter Salles. Agradeço ao meu sobrinho Vinícius por nos arranjar o carro e a Paulo, que dirigiu com paciência. Na companhia de Terezinha, Lucília e Leilana, chegamos um poucos minutos atrasados, e o filme já havia começado. Mas, desde os primeiros momentos, fomos tomados por uma avalanche de emoções.
Ainda Estou Aqui é mais do que um filme; é um retrato vivo da história, um mergulho na memória de um Brasil marcado pela dor e pela resistência. Baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, o longa nos apresenta a história de Rubens (Selton Mello), Eunice (Fernanda Torres) e seus filhos, uma família que vivia com tranquilidade até a brutalidade do regime militar interromper sua paz. O desaparecimento de Rubens transforma a vida de Eunice e de seus filhos, e sua luta incansável por justiça e dignidade nos faz refletir sobre coragem, perdas e memória.
A cada cena, sentíamos um nó na garganta. A fotografia e a trilha sonora nos transportavam diretamente para aquele período sombrio da nossa história. As roupas, os diálogos, os silêncios… tudo era intenso, real. Eunice, interpretada com maestria por Fernanda Torres, se agiganta na tela. Sua força e resiliência ecoam até os dias de hoje. Não à toa, Ainda Estou Aqui se tornou o primeiro filme brasileiro a vencer o Oscar de Melhor Filme Internacional. Um reconhecimento merecido para uma obra que fala tanto sobre quem fomos e quem ainda somos.
Saímos do cinema em silêncio, cada um absorvendo o impacto dessa história. Talvez tenha sido o peso da verdade, talvez o retrato de uma família como a nossa, com seus laços e fragilidades, que nos fez sentir tão próximos daquela narrativa. Foi uma experiência que nos atravessou, nos marcou.
Se há um filme que precisa ser visto, discutido e sentido, é este. Recomendo especialmente aos professores, que levem essa obra para as salas de aula, promovendo reflexões entre os alunos do 9º ano e do Ensino Médio. O filme ficará em cartaz no Cine Teca até amanhã, dia 12 de março, e chega ao Globoplay em 6 de abril. Não deixem essa história passar despercebida.
Deodato Gomes Costa
@professordeodatogomes