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quinta-feira, 26 de junho de 2025

Palavras do Leo Tavares! - Quando o futuro bate à porta e não é atendido!

Te falo com o meu coração. Hoje foi um dia triste. Muito. 

Perder na politica é chato, sempre tem aquela resenha. Mas nós já estamos acostumados com isso. Já ganhamos e perdemos várias vezes. Faz parte. 

Mas quem perdeu hoje foi nossa cidade. E vou te falar o porque:

Se contarmos nos ultimos 5 anos, em nossa gestão, todos os recursos de deputados que foram colocados em nosso município, não chega a metade que esse projeto traria para nossa cidade. 

Estavam previstos 25 milhoes em obras, equipamentos e melhorias para nossa educação. Dentre esses recursos, uma creche, novinha, a ser construida para atender as mães e pais que precisam e querem trabalhar e nao tem onde deixar seus filhos. 

Uma nova escola modelo, padrao ouro, para nossos alunos do ensino basico, ultimas series. 

Hoje o municpio ja tem diversas parcerias com a rede estadual, sem receber os recursos, retirando da rede municipal. Como por exemplo, no transporte escolar. Esse projeto iria regulamentar essa situação. 

Quando falamos que o Futuro é Agora, não se faz futuro sem educação. Era justamente isso que buscávamos. 

Mas a politica tem dessas coisas. 

Sigamos em frente, cabeça erguida. Nos desculpe, por nao ter conseguido esse grande feito para Carlos Chagas. 

Mas nao temos medo, nem falta de coragem. Vamos continuar brigando por aquilo que acreditamos!

Deus abençoe a todos nos!

Leonardo Tavares

O silêncio entre um voto e outro!

 O silêncio entre um voto e outro

Na manhã de hoje, 26 de junho de 2025, as paredes da Câmara Municipal de Carlos Chagas pareciam guardar mais do que ecos. Guardavam expectativas. Na pauta, o Projeto de Lei nº 021/2025 — uma proposta que não era apenas técnica, jurídica ou administrativa. Era, sobretudo, um convite à ousadia: assumir integralmente a educação dos anos finais do Ensino Fundamental, acolhendo os filhos da cidade com os braços de sua própria Rede Municipal.

O projeto, proposto pelo Executivo, previa a adesão ao programa estadual “Mãos Dadas” e a municipalização de escolas como a Estadual Professora Antônia Bernardo e a Estadual Olga Prates, além da responsabilidade sobre estudantes de outras unidades da rede estadual. A intenção era clara: tornar a gestão mais próxima, mais sensível e mais comprometida com as especificidades da realidade local.

Mais do que prédios e turmas, falava-se em investir R$ 25 milhões diretamente na educação municipal — na compra de equipamentos, na renovação da frota escolar, na construção de uma nova creche e de uma escola-modelo. Sonhava-se com bibliotecas cheias, computadores acessíveis, paredes reformadas e servidores mais valorizados.

Mas, após discursos contidos e olhares cruzados, vieram os números frios da votação: 7 votos contra, 3 a favor.

No instante seguinte, o silêncio não foi só dos microfones. Foi o silêncio da dúvida, o silêncio da prudência, o silêncio do receio. Cada voto contrário tinha sua razão — política, orçamentária, ideológica — e todo posicionamento merece respeito. Afinal, a democracia também se constrói com desacordos.

Contudo, algo pairava no ar: o futuro. A Rede Municipal já atende 329 alunos do 6º ao 9º ano. Com o projeto, seriam mais 564, totalizando 893 estudantes que poderiam caminhar sob uma mesma gestão, com um planejamento mais coeso, mais integrado.

Seria este o momento ideal? A proposta estava madura o suficiente? Ou teria faltado diálogo, escuta, coragem?

Não há respostas fáceis. A educação, esse terreno de sementes e colheitas demoradas, nem sempre oferece resultados imediatos. Mas ensina. Ensina que cada decisão — inclusive a de recusar um passo ousado — constrói caminhos. E que o compromisso com a escola, com os alunos e com os professores precisa continuar, ainda que por trilhas diferentes.

A memória de hoje não tem final feliz nem triste. Tem um ponto e vírgula. Porque a história da educação de Carlos Chagas continua sendo escrita — entre os corredores da Câmara, as salas de aula e os sonhos de cada professor, cada criança e adolescente que, todos os dias, abre um caderno esperando que o amanhã seja melhor do que o hoje.

Câmara Municipal de Carlos Chagas Rejeita Projeto de Municipalização de Escolas Estaduais!

Câmara Municipal de Carlos Chagas Rejeita Projeto de Municipalização de Escolas Estaduais.

Carlos Chagas, 26 de junho de 2025 — Em sessão extraordinária realizada nesta quinta-feira (26), a Câmara Municipal de Carlos Chagas rejeitou o Projeto de Lei nº 021/2025, de autoria do Executivo Municipal, que autorizava a adesão ao Projeto Mãos Dadas, do Governo de Minas Gerais. A proposta foi derrotada por 7 votos contrários e apenas 3 favoráveis.

O projeto previa a municipalização dos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), da parte que atualmente ainda se encontra sob responsabilidade da Rede Estadual, e contemplava inicialmente a absorção dos estudantes matriculados nas seguintes escolas:

  • Escola Estadual Professora Antônia Bernardo Rodrigues

  • Escola Estadual Olga Prates

Além dessas, a proposta também abrangia estudantes do 6º ao 9º ano matriculados em outras unidades estaduais do município, mesmo sem a cessão imediata dos prédios escolares.

Justificativa do Executivo

Segundo a justificativa apresentada, a medida baseava-se no art. 211 da Constituição Federal, que define a atuação prioritária dos municípios no ensino fundamental. A adesão ao Projeto Mãos Dadas permitiria à Rede Municipal assumir integralmente essa etapa da educação básica, consolidando a responsabilidade constitucional e ampliando a capacidade de gestão local.

Entre os principais benefícios anunciados estavam:

  • Um investimento estimado de R$ 25 milhões, a ser repassado pelo Estado para:

    • Aquisição de mobiliário e equipamentos escolares (R$ 2,5 milhões);

    • Tecnologia e informática (R$ 2,75 milhões);

    • Renovação da frota de transporte escolar (R$ 7,25 milhões);

    • Obras de reforma, ampliação e construção de escolas (R$ 12,5 milhões), incluindo uma nova creche e uma escola-modelo para os anos finais.

A proposta também assegurava o repasse de recursos do FUNDEB, Salário-Educação, PDDE e PNAE, bem como a cessão de servidores estaduais, equipamentos e imóveis escolares.

Cenário Atual e Capacidade de Atendimento

Atualmente, a Rede Municipal de Carlos Chagas já atende 329 estudantes do Ensino Fundamental II, distribuídos em 17 turmas, o que representa cerca de 37% da demanda total do município. Os demais 564 alunos (63%) estão matriculados em quatro escolas estaduais.

A estrutura municipal já conta com políticas como autonomia financeira escolar, reforço escolar, entrega de kits e uniformes, formação continuada de profissionais e educação integral em duas unidades.

Com a rejeição do projeto, a municipalização dos anos finais do Ensino Fundamental fica encerrada. 

A votação mobilizou educadores, gestores escolares e a comunidade local, evidenciando o impacto e a complexidade da proposta. Enquanto o debate técnico se pauta na melhoria das condições educacionais e na maior proximidade da gestão com a realidade escolar, o resultado da votação demonstra que ainda há muito desconhecimento e divergências quanto ao momento e às garantias envolvidas no processo de descentralização.