Calendário Afrocentrado de 2025 Inspira Planejamento Escolar e Reflexão no Ano Letivo

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Divulgamos aqui em nosso Blog o Calendário Afrocentrado da Consciência Negra. Este material, cuidadosamente elaborado, integra datas históricas e celebrações culturais afrodescendentes, promovendo o reconhecimento e a valorização da diversidade no ambiente escolar ao longo de todo o ano.

O calendário apresenta eventos significativos, como o Nascimento de Nzinga Mbande, rainha que resistiu à colonização, celebrado em 31 de janeiro, e o Dia Internacional da Luta Contra a Discriminação Racial, em 21 de março. Além disso, destaca figuras icônicas como Jaqueline Goes de Jesus, cientista que sequenciou o genoma do coronavírus, e Luís Gama, jornalista e ativista abolicionista.

As sugestões pedagógicas do calendário incluem abordagens interdisciplinares que conectam História, Língua Portuguesa, Geografia e Ciências, proporcionando aos professores ferramentas para incorporar a temática afrocentrada de forma dinâmica e envolvente nas aulas. As datas servem como ponto de partida para debates sobre resistência, justiça social, racismo e a construção de uma sociedade mais inclusiva.

Com este calendário, as escolas podem reafirmar seu compromisso com a promoção da equidade racial e a formação cidadã dos alunos.📍 Professores e estudantes estão convidados a transformar cada aula em um espaço de reflexão e celebração da riqueza da cultura afro-brasileira!

Para mais informações e acesso ao calendário digital, confira o QR Code disponível no material.

FONTE: Nova Escola

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ENEM 2024: A Valorização da Herança Africana nas Escolas por Meio da Arte Urbana. Texto motivador VI.

 O Texto VI nos apresenta uma imagem que revela um aspecto crucial do tema da redação do ENEM 2024: Desafios para a valorização da herança africana no Brasil. Na foto, vemos estudantes de uma escola pública admirando um grafite de Zumbi dos Palmares, um símbolo de resistência negra, na Pedra do Sal, um local histórico do Rio de Janeiro que possui uma profunda conexão com a cultura afro-brasileira.

Essa atividade escolar demonstra uma importante estratégia para enfrentar o desafio de valorização da herança africana, ao conectar os jovens diretamente com elementos culturais e históricos que representam a luta e a resistência do povo negro no Brasil. O grafite de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares e ícone da resistência contra a escravidão, é uma forma de trazer à tona memórias que muitas vezes são marginalizadas ou pouco exploradas nos currículos escolares tradicionais. Ao contemplarem essa representação artística em um local historicamente significativo, os alunos têm a oportunidade de reconhecer e valorizar as contribuições africanas na formação do país.

No entanto, essa iniciativa pontual também nos lembra dos obstáculos que ainda enfrentamos na valorização contínua e abrangente da herança africana. Muitas escolas, sobretudo em regiões menos urbanas, ainda carecem de acesso a esse tipo de conteúdo, e nem sempre existe o incentivo para que alunos conheçam esses pontos culturais e históricos. A valorização da herança africana requer mais do que eventos isolados; ela demanda uma política educacional sólida que integre esses conteúdos de forma sistemática, garantindo que todos os estudantes brasileiros tenham contato com a riqueza cultural afro-brasileira.

Ao promover esse tipo de experiência, estamos não apenas homenageando figuras como Zumbi, mas também criando uma educação que valoriza a diversidade e combate o racismo estrutural, que ainda permeia a sociedade brasileira. A inclusão de atividades como essa nos currículos escolares, que unem história, arte e cultura, é essencial para que os jovens compreendam a importância da resistência negra na construção de um Brasil mais justo e igualitário.

ENEM 2024: A Importância da História Afro-Brasileira na Formação de uma Educação Inclusiva. Texto IV.

 

O Texto IV traz uma reflexão fundamental sobre a presença da história e cultura afro-brasileira nas escolas. A narrativa da ex-aluna que, hoje, é professora, revela uma triste realidade: durante muito tempo, a história negra nas escolas brasileiras foi tratada de forma limitada e até preconceituosa, resumida exclusivamente ao período da escravidão. Esse recorte estreito contribuiu para um sentimento de vergonha e invisibilização entre os estudantes negros, que não se viam representados além de um passado de sofrimento.

Contudo, o relato traz também uma perspectiva de mudança. A professora destaca o orgulho em proporcionar aos seus alunos uma experiência diferente da que viveu, introduzindo a literatura infantil com protagonistas negros e valorizando elementos identitários, como o cabelo crespo. Essa transformação é uma resposta à necessidade de se construir uma educação mais inclusiva e representativa, que não apenas conte a história do povo negro através da dor, mas também celebre suas conquistas, resistências e figuras históricas de destaque, como Luiz Gama e Carolina Maria de Jesus.

Esse avanço demonstra o impacto positivo das Leis 10.639/03 e 11.645/08, que tornam obrigatória a inclusão da história e cultura afro-brasileira e indígena no currículo escolar. Embora ainda enfrentemos desafios, iniciativas como a da professora mostram que é possível transformar a sala de aula em um espaço de reconhecimento e valorização da diversidade. Ao promover uma educação que respeita e representa as diferentes etnias, estamos não só combatendo o racismo estrutural, mas também formando cidadãos mais conscientes e orgulhosos de suas origens.

A inclusão da história e cultura afro-brasileira nas escolas é um passo essencial para uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos os alunos possam ver-se refletidos e valorizados na educação que recebem.

A sabedoria ancestral africana no ENEM 2024. Texto motivador III

 

Olhar para trás para seguir em frente: a sabedoria ancestral africana na redação do ENEM

"QUANDO NÃO SOUBERES PARA ONDE IR, OLHA PARA TRÁS E SAIBA PELO MENOS DE ONDE VENS."  (Provérbio africano)

(PAULINO, R. Ainda a lamentar. In: GONÇALVES, A. M. Um defeito de cor: romance. Rio de Janeiro: Record, 2024 (adaptado).)

O terceiro texto motivador da redação do ENEM 2024 nos traz um provérbio africano que convida à reflexão sobre a importância de conhecer e valorizar nossas raízes.

A imagem que acompanha o provérbio é igualmente poderosa: uma figura negra, curvada sob o peso de um fardo, puxa uma carroça que parece conter elementos da cultura africana. Essa imagem evoca a história de luta e resistência do povo africano, que mesmo diante das adversidades, manteve viva sua cultura e identidade.

O provérbio e a imagem se complementam, transmitindo a mensagem de que, para construirmos um futuro sólido e promissor, é fundamental conhecermos nosso passado e honrarmos nossa ancestralidade. No contexto do tema da redação, essa mensagem nos leva a questionar como o Brasil tem lidado com sua herança africana.

Será que temos olhado para trás com o devido respeito e reconhecimento? Será que estamos valorizando a riqueza e a diversidade da cultura afro-brasileira em sua plenitude?

O texto III nos desafia a buscar respostas para essas perguntas e a construir um futuro em que a herança africana seja celebrada como parte fundamental da identidade brasileira.

ENEM 2024: quando o folclore limita a riqueza da herança africana. Texto motivador II

A armadilha do folclore: quando a cultura é reduzida a estereótipos

"As culturas africanas e afro-brasileiras foram relegadas ao campo do folclore com o propósito de confiná-las ao gueto fossilizado da memória. Folclorizar, nesse caso, é reduzir uma cultura a um conjunto de representações estereotipadas, via de regra, alheias ao contexto que produziu essa cultura."   

(OLIVEIRA, E. D. A epistemologia da ancestralidade. Entrelugares: revista de sociopoética e abordagens afins, 2009.)

O segundo texto motivador da redação do ENEM 2024 aprofunda a discussão sobre os desafios para a valorização da herança africana no Brasil, trazendo uma crítica contundente à "folclorização" dessa cultura.

O autor argumenta que a redução das culturas africanas e afro-brasileiras ao folclore serve para limitar sua importância e complexidade, aprisionando-as em estereótipos que muitas vezes distorcem sua verdadeira essência.

Em outras palavras, o folclore, quando utilizado de forma superficial e descontextualizada, pode se tornar uma armadilha que impede a compreensão profunda e a valorização genuína da riqueza cultural afro-brasileira.

Ao invés de celebrar a diversidade e a dinâmica das culturas africanas, a folclorização as "congela" em um passado distante, ignorando suas transformações e influências ao longo do tempo. Essa visão limitada contribui para a perpetuação de preconceitos e impede o reconhecimento da herança africana como um elemento vivo e fundamental da identidade brasileira.

O texto II, portanto, nos instiga a questionar como a cultura afro-brasileira tem sido representada e valorizada em nossa sociedade. É preciso ir além dos estereótipos e buscar uma compreensão mais profunda e contextualizada dessa rica herança cultural.

ENEM 2024: um convite à reflexão sobre a herança africana no Brasil-Texto motivador 1.

 

Herança: um legado que transcende gerações

"Herança - o legado de crenças, conhecimentos, técnicas, costumes, tradições, transmitido por um grupo social de geração para geração; cultura."

(HOUAISS, A.; VILLAR, M. S. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009 (adaptado)

Este foi o primeiro texto motivador da prova de redação do ENEM 2024, e já nos convida a uma profunda reflexão sobre o tema proposto: "Desafios para a valorização da herança africana no Brasil".

A definição de "herança" apresentada por Houaiss é ampla e abrangente, englobando não apenas bens materiais, mas também um conjunto de valores, saberes e práticas que moldam a identidade de um povo. No contexto da temática da redação, essa definição nos leva a pensar sobre a riqueza e a diversidade da herança africana, que se manifesta em diferentes aspectos da cultura brasileira, como a música, a dança, a culinária, a religião e a língua.

O texto I, portanto, serve como ponto de partida para que os candidatos explorem os desafios de reconhecer, preservar e valorizar essa herança, que muitas vezes foi negligenciada ou silenciada ao longo da história do Brasil.

Quais são os obstáculos que impedem a plena valorização da herança africana no país? Como podemos superar esses desafios e construir uma sociedade mais justa e inclusiva, que reconheça e celebre a contribuição fundamental da cultura africana para a nossa identidade?

A partir dessa definição inicial de "herança", o ENEM 2024 convida os estudantes a um debate crucial para a construção de um futuro mais consciente e igualitário.

Samba da Mangueira de 2019 foi texto motivador para o tema da Redação 2024 do ENEM!

O samba-enredo "História pra Ninar Gente Grande", da Estação Primeira de Mangueira, foi o texto motivador V da proposta de redação do ENEM 2024, que teve como tema "Desafios para a valorização da herança africana no Brasil".

A letra do samba, com forte apelo à ancestralidade e à história do Brasil, convida a uma profunda reflexão sobre a construção da identidade nacional e o papel da cultura afro-brasileira nesse processo.  Através de versos marcantes, a Mangueira questiona a narrativa tradicional da história,  dando voz aos heróis "de barracões" e  ressaltando a importância de figuras como Dandara, Zumbi,  e Marielle Franco,  símbolos de resistência e luta por justiça social.

O samba-enredo  destaca a riqueza da herança africana na formação da cultura brasileira,  evidenciando a contribuição de negros e indígenas na música, na dança, na culinária e em diversas outras manifestações culturais.  Ao mesmo tempo,  denuncia a violência, a discriminação e a invisibilização  que marcaram a trajetória desses povos no Brasil,  conclamando a uma mudança de postura e a uma valorização efetiva da herança africana.

A escolha desse texto como motivador para a redação do ENEM é  significativa, pois coloca em evidência a importância da arte e da cultura na  discussão de temas sociais relevantes.  A música, como forma de expressão popular,  tem o poder de sensibilizar,  mobilizar e  promover a  reflexão crítica,  elementos essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Brasil celebra a história e cultura afro-brasileira com novo feriado nacional!

Carlos Chagas, 22 de Dezembro de 2023 – Em um movimento histórico, o Brasil reconheceu o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra como feriado nacional. A Lei Nº 14.759, sancionada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 21 de dezembro de 2023, oficializa o dia 20 de novembro como uma data de celebração e reflexão em todo o território nacional.

Este marco legislativo representa um avanço significativo no reconhecimento e valorização da cultura e história afro-brasileira. Zumbi dos Palmares, uma figura emblemática na luta contra a escravidão no Brasil colonial, é homenageado neste dia, simbolizando a resistência e a luta do povo negro pela liberdade e igualdade.

A decisão foi recebida com entusiasmo por educadores e ativistas dos direitos civis em todo o país. Em Carlos Chagas, Minas Gerais, a comunidade educacional, liderada por gestores e professores, já planeja incorporar atividades educativas e culturais em torno desta data. "Este feriado não é apenas um dia de descanso, mas uma oportunidade de educar e refletir sobre a rica história e contribuição do povo afro-brasileiro para a nossa sociedade", afirma Deodato, um dirigente municipal da educação.

A lei também é vista como um passo importante na luta contra o racismo e a discriminação no Brasil. Anielle Francisco da Silva, uma das vozes influentes na formulação da lei, destaca que "reconhecer oficialmente este dia é reconhecer a importância da luta contra a desigualdade racial e a necessidade de construir uma sociedade mais justa e inclusiva".

Escolas em todo o Brasil, especialmente na rede municipal de Carlos Chagas, estão se preparando para integrar o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra em seus currículos e atividades escolares, promovendo uma maior conscientização e apreciação da diversidade cultural brasileira.

Este feriado nacional abre novas portas para o diálogo e a educação sobre questões raciais no Brasil, marcando um passo significativo na jornada do país em direção à igualdade e ao respeito mútuo.

Na Educação, o mês de novembro é um período propício para aprofundarmos reflexões sobre a diversidade racial e seu impacto no ambiente escolar. O respeito às diferenças é um valor fundamental e um dos pilares que sustentam o processo educativo.

É um momento para valorizar e reconhecer a riqueza da cultura afro-brasileira, sem perder de vista as cicatrizes históricas da escravidão e as contínuas manifestações de racismo.

Convidamos a comunidade escolar a participar de atividades que comemoram o Dia Nacional da Consciência Negra em suas respectivas Escola, promovendo o conhecimento e a celebração da herança afro-brasileira.

Professor Deodato Gomes

Celebrando a herança e a luta afro-brasileira: o significado da Lei Nº 12.519 e o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

A Lei Nº 12.519, de 10 de novembro de 2011, é um marco legal na história do Brasil, pois estabelece oficialmente o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, proporcionando uma base formal para a celebração e reflexão acerca das questões raciais no país. Esta legislação não apenas reconhece a importância histórica de Zumbi dos Palmares, como também eleva a consciência sobre as desigualdades e desafios enfrentados pela comunidade negra ao longo dos séculos. Além disso, a lei tem um papel educativo, incentivando as escolas e instituições a promoverem atividades que visem ao entendimento e valorização da herança cultural afro-brasileira. Ao ser promulgada, esta lei fortaleceu o movimento negro e proporcionou um reconhecimento mais amplo da luta contra a discriminação e o preconceito racial, impulsionando o país em direção a um futuro mais inclusivo e igualitário.

Esta data não foi escolhida ao acaso: marca o dia da morte de Zumbi, ocorrida em 1695, e simboliza a resistência negra contra a escravidão e a opressão. A celebração tem como objetivo promover uma reflexão sobre a importância da cultura e da população afro-brasileira na construção da sociedade nacional, e sobre o racismo que ainda precisa ser combatido.

O reconhecimento de tal data é um passo importante na luta por igualdade racial e social, incentivando a educação e a cultura como pilares para a construção de uma sociedade mais justa. A lei reforça o compromisso do país com a valorização e o respeito à diversidade cultural e é um convite à sociedade para uma profunda reflexão sobre a história e as contribuições da população negra no Brasil.

Como sua escola está integrando a história de Zumbi dos Palmares e a celebração da Consciência Negra no currículo educacional de Minas Gerais?

 Quais atividades sua escola planejou para ensinar e celebrar o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra com os alunos?

Deixe aí nos comentários sua resposta.

Professor Deodato Gomes 

Educação tem papel importante na desconstrução do racismo, ensina Mandela. Acesse aqui atividades a serem aplicadas na sua turma, que reforçam a construção do acolhimento, da empatia e da identidade negra.

Queria lembrar neste 20 de novembro o grande ensinamento de Nelson Mandela:

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem, ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar". 

Atividades:

https://drive.google.com/file/d/1cbo2mxpebP3pcX66E0hRt2Sc6e00pQbk/view

Por este posicionamento percebemos a importância do papel da Educação para a construção de uma sociedade onde exista a igualdade racial. Tá muito além de uma posição moral, individual. O problema do racismo no Brasil é estrutural. A falta de acolhimento,  empatia e a violência de que são vítimas muitas crianças e jovens devido a sua cor tem implicações diretas nos resultados educacionais. 

Hoje é dia de lembrar do 20 de novembro, Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Celebramos e relembramos a luta dos negros contra a opressão no Brasil. Na rede municipal de ensino de Carlos Chagas esta é uma data, sobretudo, de resistência e também estratégica para apresentar as ações realizadas durante todo o ano letivo para a construção de escolas antirracistas. O cumprimento da Lei 10.639/03 é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. E neste sentido, as escolas têm papel crucial na luta pela igualdade racial.

                        Por Deodato Gomes 

DIA NACIONAL DA CONSCIÊNIA NEGRA COM MUITAS ATIVIDADES PARA APLICAR NA SUA TURMA.

O Dia Nacional da Consciência Negra homenageia e resgata as raízes do povo afro-brasileiro e é comemorado no Brasil no dia 20 de novembro. Esta data foi restabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003, porque coincide com o dia 20 de novembro de 1695, dia da morte de Zumbi dos Palmares, grande líder da resistência negra e da luta pela liberdade, autor da célebre frase: “Nascer negro é conseqüência, ser negro é consciência”.

Acesse atividades voltadas para o tema da consciência negra nesse link:

https://drive.google.com/file/d/1cbo2mxpebP3pcX66E0hRt2Sc6e00pQbk/view?usp=sharing

Não podemos deixar de fora também este dia importante do calendário escolar. Um dia dedicado de modo especial à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira e sobre a influência do povo africano na formação cultural do nosso país. 

Buscando valorizar a cultura afro-brasileira, não podemos deixar de  comemorar essa data nas nossas escolas.

São várias as formas de trabalhar este tema. Podemos fazer rodas de conversas com os alunos e discutir os temas da: autoestima e o senso de valorização pessoal, evitando o desenvolvimento do auto preconceito, que faz com que muitos se sintam inferiores perante a sociedade. Um outro assunto quente é sobre a inserção do negro no mercado de trabalho, a questão das cotas, o preconceito racial e a questão da diferenciação salarial.

DANDARA DOS PALMARES: O MAIOR ATO DE RESISTÊNCIA CONTRA O REGIME ESCRAVOCRATA Esposa de Zumbi dos Palmares é esquecida na História, mas teve um papel tão importante quanto o líder do quilombo

Zumbi dos Palmares é certamente a liderança negra mais citada nos livros tradicionais de história. Mas tão relevante quanto ele na defesa do Quilombo dos Palmares foi sua companheira, Dandara, que além de dominar técnicas de capoeira, participava ativamente na elaboração de estratégias de resistência do quilombo.

As pesquisas realizadas até hoje levam os historiadores a crer que ela nasceu no Brasil e chegou a Palmares ainda na infância, tendo se juntado, ainda menina, a grupos de luta contra o sistema escravocrata.

Além de plantar e trabalhar na produção de farinha, Dandara também aprendeu a caçar. Para defender o quilombo, pegava em armas liderando forças femininas e masculinas que atuavam na defesa do quilombo contra os ataques portugueses.

Com Zumbi dos Palmares teve três filhos. sua vida ainda é envolta de mistérios e especulações, nem seu rosto é conhecido.

Dandara teve um fim trágico e honrado: em 6 fevereiro de 1694 ela se jogou de uma pedreira ao abismo, uma decisão extrema para não se entregar às forças militares que subjugaram o quilombo e voltar para a escravidão.

Em Palmares, localizado na Serra da Barriga, em Pernambuco, chegaram a viver 30 mil pessoas distribuídas em aldeias. Sua existência ainda hoje é vista como o maior ato de resistência contra o regime escravocrata.

FONTE: Aventura na História

O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA É UM DIA DE TODOS NÓS ● LEANDRO KARNAL

O mês de novembro é também o mês da Consciência Negra.  O dia 20 de novembro lembra a morte de Zumbi dos Palmares, líder de um dos maiores movimentos de resistência à escravidão. Palmares foi atacada por um bandeirante de São Paulo*, contratado pela elite açucareira do nordeste que via lá em Alagoas,  uma resistência tão grande e tão numerosa,  que podia colocar em risco todo o sistema escravista, sob o qual estava assentada a produção brasileira. Durante algum tempo, algumas pessoas quiseram lembrar como o dia da libertação dos negros, o dia 13 de maio de 1888, porque  a 13 de maio de  1888 Princesa Isabel, assinou num domingo a Lei Áurea, que abolia definitivamente a escravidão no Brasil. Essa memória da Princesa Isabel, muito reforçada antes, convive hoje com a memória que é de Zumbi dos Palmares, que foi o último grande líder dos quilombolas de Palmares. O último grande líder da resistência, que existia por todo o Brasil. Lembrando que em pleno Leblon no Rio de Janeiro, havia um quilombo. Aqui em São Paulo havia dezenas de Quilombos. Mas Palmares se torna um símbolo da resistência a:  tornar um ser humano coisa,  a tirar a força da sua comunidade na África, atravessar o oceano em condições desumanas, matá-lo no trabalho e pior de tudo, após todo esse processo de desumanização, transformá-lo numa memória que deva ser apagada, numa estética que deva ser negada e a negação da violência sob a qual nós baseamos a nossa história, que é a violência da escravidão. O dia de Zumbi, o dia da Consciência Negra é um dia de todos nós brasileiros para  que a gente continue refletindo  sobre a herança de termos sido um país escravista por 388 anos e um país racista por 516.

*Em 1694, o Quilombo dos Palmares foi destruído. Mesmo conhecendo muito bem as matas da região onde estava escondido, Zumbi foi capturado pelas forças de Domingos Jorge Velho e morto em 20 de novembro de 1695.

OS IDEAIS DE ZUMBI CONTINUAM VIVOS. É possível ou não reparar os males deixados à população negra por anos e anos de trabalho escravo?

Nos engenhos de açúcar,  nas lavouras de café ou na mineração, o serviço pesado estava nas mãos de escravos. Este vídeo traça o longo e difícil caminho do cativeiro à abolição, a luta pela liberdade, as formas de alforria, os principais abolicionistas. Ainda analisa uma polêmica: é possível ou não reparar os males deixados à população negra por anos e anos de trabalho escravo?