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sábado, 11 de janeiro de 2025

Fichamento do artigo "Gestão Escolar: Pela Superação da Polarização Administrativa de Viés Autoritário"

Fichamento do artigo "Gestão Escolar: Pela Superação da Polarização Administrativa de Viés Autoritário" de Celso Vasconcellos, com uma abordagem crítica e reflexiva.


Referência Bibliográfica

VASCONCELLOS, Celso dos S. Gestão Escolar: Pela Superação da Polarização Administrativa de Viés Autoritário. In: Gestão da Sala de Aula. São Paulo: Libertad, 2016.


Fichamento Crítico

Tema Central:
A necessidade de superar a polarização administrativa de viés autoritário na gestão escolar, promovendo práticas que articulem dimensões pedagógicas, administrativas e comunitárias, e que fortaleçam a gestão democrática e humanizadora.


1. Principais Ideias do Texto

1.1. Complexidade da Gestão Escolar Contemporânea

  • A gestão escolar enfrenta desafios multifacetados que exigem equilíbrio entre o pedagógico e o administrativo, em meio a um cenário de precarização estrutural, cobranças externas e fragmentação organizacional.
  • Vasconcellos critica o modelo tradicional de "administração escolar" de cunho burocrático e técnico, propondo a adoção de uma gestão que valorize a intencionalidade pedagógica (p. 3-5).

1.2. Polarização Administrativa e Afastamento do Pedagógico

  • O autor identifica o “nó górdio” da gestão escolar: o foco excessivo no administrativo, que distancia os gestores do eixo essencial da escola – o pedagógico.
  • “O gestor deve ser a face explícita do Projeto Político-Pedagógico, articulando operacionalidade e direcionalidade ética” (VASCONCELLOS, 2016, p. 5).

1.3. Exercício Autoritário do Poder

  • A gestão autoritária é frequentemente resultado da falta de tradição democrática nas escolas e de uma cultura de centralização do poder.
  • “O poder, se mal exercido, reduz a liberdade e a potência dos educadores, fragilizando o trabalho coletivo e as relações interpessoais” (VASCONCELLOS, 2016, p. 6).

1.4. Humanização do Processo de Gestão

  • A gestão deve ser compreendida como um processo de humanização. O diálogo, a liberdade e o trabalho coletivo são centrais para a superação de práticas autoritárias.
  • O autor reforça a relevância da participação ativa dos gestores nos espaços pedagógicos, como reuniões de equipe e planejamento coletivo (p. 7-9).

1.5. Caminhos para a Gestão Democrática

  • A construção de um Projeto Político-Pedagógico efetivo como referência prática no cotidiano escolar.
  • A valorização do trabalho coletivo e a participação dos gestores na rotina pedagógica.
  • O fortalecimento de mediações democráticas, como conselhos escolares e diálogo com representantes de classe (p. 9-11).

2. Reflexão Crítica

O texto destaca o papel central da gestão escolar como mediadora entre as demandas pedagógicas e administrativas. Vasconcellos promove uma visão progressista de gestão, ao enfatizar a necessidade de práticas democráticas para o fortalecimento das comunidades escolares.
Como mestrando em Gestão Escolar, interpreto que o autor desafia o modelo tradicional de gestão como mera administração técnica e burocrática. Ele nos convida a refletir sobre o gestor como um agente educador e facilitador, cujo foco deve estar na transformação social e pedagógica.

No entanto, o texto apresenta algumas lacunas. Embora as estratégias apresentadas sejam consistentes, há pouca ênfase na formação continuada do gestor para lidar com os desafios do século XXI, como a inclusão tecnológica e as novas dinâmicas de ensino híbrido. Também seria relevante explorar mais profundamente como as políticas públicas podem contribuir para superar a precarização da infraestrutura escolar, um ponto que frequentemente sobrecarrega o gestor.


3. Citações Selecionadas

  1. “O gestor, ao se distanciar do pedagógico, tende a se isolar em práticas autoritárias, dificultando o diálogo e a construção coletiva” (VASCONCELLOS, 2016, p. 5).
  2. “A gestão democrática é o caminho para tirar o gestor do lugar viciado de centralização autoritária e reaproximá-lo das práticas educativas” (VASCONCELLOS, 2016, p. 8).
  3. “Educar é humanizar, e o papel da gestão escolar é criar as condições necessárias para que isso aconteça” (VASCONCELLOS, 2016, p. 7).

4. Conclusão

O artigo de Vasconcellos apresenta uma reflexão imprescindível para a gestão escolar contemporânea. Ele reforça que o equilíbrio entre as dimensões administrativa, pedagógica e comunitária é a chave para promover uma educação de qualidade. Para o mestrando em Gestão Escolar, o texto é uma base sólida para pensar a gestão como prática transformadora, ainda que exija complementações para enfrentar os desafios contemporâneos.


Este fichamento não apenas resume o texto, mas também contextualiza as reflexões do autor na prática de gestão escolar, com um olhar crítico e acadêmico.

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

FICHAMENTO: Um raciocínio absurdo-2-Os muros absurdos!

Referência:

CAMUS, Albert. O mito de Sísifo. Tradução de Ari Roitman e Paulina Watch. 1. ed. Rio de Janeiro: Record, 2019. Disponível em: <file:///C:/Users/Usuario/Desktop/O%20MITO%20DE%20S%C3%8DSIFO-ALBERT%20CAMUS/O%20mito%20de%20Si%CC%81sifo%20-%20Albert%20Camus.pdf>. Acesso em: 30 dez. 2024.

1 – Os muros absurdos

Resumo:

Neste capítulo, Albert Camus explora a experiência do absurdo, definida como o confronto entre o desejo humano por sentido e a irracionalidade do mundo. O autor descreve como o sentimento do absurdo surge de forma súbita e transformadora, quando as rotinas e cenários familiares perdem seu significado. Ele ilustra esse sentimento como um "despertar" que confronta o homem com a densidade estranha do mundo e a inutilidade dos esforços humanos frente à morte. Para Camus, o absurdo não está em nenhum dos elementos separados (o homem ou o mundo), mas na sua interação e confronto.

Citações principais:

1. “O absurdo nasce desse confronto entre o apelo humano e o silêncio irracional do mundo.” (CAMUS, 2019, p. 46).  

2. “Um belo dia, surge o ‘por quê’ e tudo começa a entrar numa lassidão tingida de assombro.” (CAMUS, 2019, p. 47).  

3. “No fundo de toda beleza jaz algo de desumano [...] o mundo nos escapa porque volta a ser ele mesmo.” (CAMUS, 2019, p. 48).

Comentários:

Camus utiliza exemplos cotidianos para evidenciar como o sentimento do absurdo pode emergir em qualquer momento, desde uma rotina repetitiva até uma percepção súbita da densidade do mundo. Ele descreve a busca humana por significado como algo inerentemente frustrado, mas sugere que o reconhecimento do absurdo pode ser um ponto de partida para viver plenamente, em vez de uma conclusão desesperadora.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

FICHAMENTO: Um raciocínio absurdo-1-O absurdo e o suicídio

Referência:

CAMUS, Albert. O mito de Sísifo. Tradução de Ari Roitman e Paulina Watch. 1. ed. Rio de Janeiro: Record, 2019. Disponível em: <file:///C:/Users/Usuario/Desktop/O%20MITO%20DE%20S%C3%8DSIFO-ALBERT%20CAMUS/O%20mito%20de%20Si%CC%81sifo%20-%20Albert%20Camus.pdf>. Acesso em: 30 dez. 2024.

1. O absurdo e o suicídio

Resumo:

Albert Camus estabelece que o suicídio é a questão filosófica mais importante, pois julgar se a vida vale ou não a pena ser vivida é o cerne de toda a filosofia. Ele argumenta que o absurdo surge da desconexão entre o desejo humano de encontrar sentido e o silêncio do universo. Este confronto leva o homem a questionar se deve continuar vivendo ou buscar soluções radicais, como o suicídio. Camus enfatiza que este dilema não deve ser abordado com metafísica ou crenças, mas através da análise do "absurdo" como ponto de partida para uma reflexão existencial. O suicídio é descrito como uma confissão de que a vida perdeu seu valor ou sentido, mas a decisão de viver ou morrer precisa ser avaliada em relação à aceitação ou negação do absurdo.

Citações principais:

1. “Só existe um problema filosófico realmente sério: o suicídio.” (CAMUS, 2019, p. 12)  

2. “Matar-se, em certo sentido, é confessar. Confessar que fomos superados pela vida ou que não a entendemos.” (CAMUS, 2019, p. 15)  

3. “O absurdo nasce desse confronto entre o apelo humano e o silêncio irracional do mundo.” (CAMUS, 2019, p. 18)

Comentários:

Camus apresenta uma abordagem inovadora ao deslocar o absurdo de uma conclusão para um ponto de partida. Sua análise é fundamentada na observação das experiências humanas cotidianas e nos paradoxos da existência. A obra convida o leitor a explorar o significado do absurdo como condição inerente à vida e a considerar se o suicídio é uma solução válida ou uma fuga do confronto com a realidade.

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Fichamento: Envelhecimento e linguagem: algumas reflexões sobre aspectos cognitivos na velhice

 Fichamento: Envelhecimento e linguagem: algumas reflexões sobre aspectos cognitivos na velhice

Referência completa:

GAMBURGO, Lilian Juana Levenbach de; MONTEIRO, Maria Inês Bacellar. Envelhecimento e linguagem: algumas reflexões sobre aspectos cognitivos na velhice. Revista Kairós, São Paulo, v. 10, n. 1, p. 35-49, jun. 2007.

1. Tema do artigo:

O impacto do envelhecimento nas capacidades cognitivas, com foco na linguagem, a partir de narrativas e interações sociais.

2. Ideias centrais:

    O declínio cognitivo relacionado ao envelhecimento não é unicamente biológico, mas depende do convívio social e das oportunidades vividas ao longo da vida (p. 35).

    A memória e a atenção são as capacidades cognitivas mais afetadas com o envelhecimento, mas o grau de perda varia amplamente entre indivíduos (p. 40).

    A linguagem é central no processo de memória, sendo tanto um meio de reconstrução de lembranças quanto de produção de novas significações sociais e pessoais (p. 39).

3. Trechos relevantes:

    “Envelhecer é, ao largo das naturais mudanças físicas e sensoriais, também um processo de crescimento” (p. 47).

    “O discurso constitui lembranças e esquecimentos, organiza recordações e se torna um locus da memória partilhada” (p. 39).

    "As habilidades cognitivas são influenciadas por idade, escolaridade, saúde e contextos sociais e culturais" (p. 40).

4. Método:

    Entrevistas com seis idosos, utilizando narrativas de vida para compreender a linguagem no contexto do envelhecimento (p. 38).

5. Conclusões:

    O convívio social e o estímulo intelectual são fundamentais para preservar as capacidades cognitivas (p. 47).

   A linguagem permanece como elemento essencial para a constituição do sujeito, mesmo em fases avançadas da vida (p. 47).

6. Reflexão crítica:

O artigo desmistifica estereótipos sobre a velhice, mostrando que o declínio cognitivo é multifacetado e altamente influenciado por fatores externos. Ele enfatiza o potencial de crescimento e adaptação dos idosos, desde que inseridos em ambientes socialmente estimulantes.

Este fichamento resume os principais pontos do artigo, que pode ser utilizado como base para estudos sobre envelhecimento, cognição e práticas educativas voltadas para a terceira idade.


segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Fichamento do Capítulo 2: "Bahia, uma Província Rebelde"

Fichamento do Capítulo 2: "Bahia, uma Província Rebelde"

Referência Bibliográfica:

REIS, João José. A Revolta dos Malês. 1ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

Resumo:

O capítulo destaca o papel central da escravidão como base econômica e social na Bahia do início do século XIX. A província era marcada pela intensa importação de escravizados africanos, necessários para sustentar uma economia de monocultura voltada para a exportação, especialmente de açúcar, algodão, fumo e cacau. Esse cenário criou uma hierarquia racial rigidamente estruturada, na qual os negros ocupavam as posições mais exploradas e espoliadas (REIS, 2003, p. 30).

A sociedade escravista baiana era complexa e conflituosa, caracterizada pela concentração de renda e pela institucionalização de desigualdades raciais. Entretanto, os negros não aceitaram passivamente essa condição. Inspirados por eventos como a Revolta de Búzios (1798), os libertos e escravizados participaram ativamente de movimentos antilusos, motins militares e revoltas federalistas, revelando um grau significativo de organização e consciência política (REIS, 2003, p. 33).

Os ciclos de revoltas escravas entre 1807 e 1835 representaram um esforço ousado de subverter a essência da exploração econômica baseada na escravidão. Apesar de muitas dessas revoltas não passarem da fase conspiratória, elas demonstraram a resistência e a "tradição de audácia" que permeava as relações escravistas na Bahia (REIS, 2003, p. 35).

Citações Relevantes:

1. "A escravidão era o principal negócio e fonte de renda da província da Bahia no começo do século XIX." (REIS, 2003, p. 30)

2. "Menosprezar a condição subalternizada do negro na produção da sociedade escravista é negar a dinâmica conflituosa dessa estrutura." (REIS, 2003, p. 31)

3. "A Bahia, desde o final do século XVIII, teve entre os negros – como classe mais espoliada – atentos leitores da conjuntura política." (REIS, 2003, p. 33)

4. "Embora algumas dessas revoltas não tenham passado da fase da conspiração [...] elas ousaram subverter a essência da exploração econômica baseada na formação de uma casta de trabalhadores negros escravizados." (REIS, 2003, p. 34)

5. "Essa insubmissão permanente criou uma tradição de audácia que impregnava as relações escravistas da Bahia nesse período." (REIS, 2003, p. 35)

Comentários:

O capítulo oferece uma análise detalhada da sociedade escravista baiana, enfatizando a interseção entre economia, raça e resistência. A obra de João José Reis não apenas expõe a complexidade das relações escravistas, mas também valoriza os movimentos de resistência como um elemento central da história baiana. Os eventos narrados ilustram a capacidade de articulação política dos negros, mesmo em um cenário de extrema opressão.

Palavras-chave:

Escravidão; resistência; Bahia; hierarquia racial; monocultura; movimentos antilusos; revoltas escravas.

Fichamento do Capítulo 3: "Olhe-se no Espelho"- Livro: você vale mais do que pensa!

Fichamento do Capítulo 3: "Olhe-se no Espelho"

Referência Bibliográfica:

VALLÉS, Carlos G. Você pode mais do que pensa. Tradução de Lúcia M. Endlich Orth. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2009.

Resumo:

O capítulo 3 explora a relação entre a dignidade humana, a autoestima e a origem divina do ser humano. Vallés enfatiza que a nossa criação à imagem de Deus (Gn 1,27) e o sopro divino que nos deu vida (Gn 2,7) nos conferem uma identidade única e inigualável. Segundo o autor, a apreciação de si mesmo é, na verdade, uma forma de adoração ao Criador, pois desvalorizar a obra seria menosprezar o artista (VALLÉS, 2009, p. 18).

A singularidade de cada pessoa é destacada como um elemento essencial da dignidade humana. Nem mesmo gêmeos idênticos são exatamente iguais, o que reforça a importância de valorizar nossas particularidades. A aceitação das próprias características físicas e mentais, incluindo as imperfeições, é essencial para desenvolver uma autoestima saudável (VALLÉS, 2009, p. 19-20).

Vallés critica atitudes que desvalorizam o corpo e a aparência, destacando que o cuidado pessoal deve ser entendido como um gesto de respeito à obra de Deus. O autor cita exemplos históricos e literários, como o Rabi Eleazar Ben Simon, para ilustrar a necessidade de reconhecimento da dignidade humana em sua totalidade, mesmo diante de limitações ou diferenças físicas (VALLÉS, 2009, p. 24-25).

Além disso, o capítulo inclui histórias inspiradoras, como a da Dra. Jerri Nielsen, que lidou com a perda de cabelo durante um tratamento de quimioterapia, mas conseguiu transformar a experiência em um momento de resiliência e superação (VALLÉS, 2009, p. 22-23).

Por fim, o autor conclui que a autoestima está fundamentada na fé e na certeza de que somos obras das mãos de Deus, merecendo cuidado, apreço e respeito tanto de nós mesmos quanto do Criador (Sl 100,3; Is 43,4).

Citações Relevantes:

1. "A autoestima vem a ser adoração do Criador. Virtude das virtudes." (VALLÉS, 2009, p. 18)

2. "Menosprezar a obra é menosprezar o artista." (VALLÉS, 2009, p. 18)

3. "Gostas de ti diante do espelho? [...] Saber olhar nossa própria imagem com naturalidade, com carinho, com alegria e com humor." (VALLÉS, 2009, p. 19)

4. "O descuido e o desleixo na aparência externa podem [...] ser indicação e efeito de falta de apreço de si mesmo." (VALLÉS, 2009, p. 20)

5. "Nós precisamos nos aceitar tal como somos, sempre com o interesse de avançar e melhorar." (VALLÉS, 2009, p. 23)

Comentários:

O capítulo apresenta uma reflexão profunda sobre o valor do ser humano e a relação intrínseca entre autoestima e espiritualidade. A abordagem de Vallés oferece uma visão equilibrada, combinando argumentos teológicos com exemplos cotidianos, tornando o tema acessível e prático. Suas histórias e referências bíblicas enriquecem a narrativa, trazendo um convite claro à aceitação pessoal e ao cuidado do corpo como extensão da dignidade divina.

Palavras-chave:

Autoestima; dignidade; espiritualidade; cuidado pessoal; aceitação; singularidade.

domingo, 24 de novembro de 2024

Fichamento do Livro: Você pode mais do que pensa.Capítulo 2: "Deixe-se Amar!"

Fichamento do Capítulo 2: "Deixe-se Amar!"

Referência Bibliográfica:

VALLÉS, Carlos G. Você pode mais do que pensa. Tradução de Lúcia M. Endlich Orth. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2009.

Resumo:

O capítulo 2 do livro "Você pode mais do que pensa" aborda a importância do amor próprio como base para a autoestima. O autor argumenta que o amor a si mesmo é um mandamento implícito no primeiro mandamento da Lei de Deus ("Amarás a Deus"), sendo a base para amar o próximo e a Deus.

Vallés destaca que o amor próprio tem sido erroneamente associado a egoísmo e individualismo, levando à falta de ênfase nesse aspecto fundamental do desenvolvimento humano. Ele defende a necessidade de resgatar o conceito de amor próprio e reconhecê-lo como essencial para alcançar a autoestima.

O autor enfatiza que a amizade é o caminho real para a autoestima, pois o amor mútuo e o apoio dos amigos nos fazem sentir amados e valorizados. A amizade genuína nos ajuda a crescer em apreço e afeto por nós mesmos.

Vallés também nos convida a expressar nosso amor pelos amigos, verbalizando-o ou demonstrando-o por meio de ações e palavras de apoio. Ele destaca que o pedido "Reza por mim" pode ser interpretado como uma forma delicada de expressar a necessidade de amor e apoio.

Citações:

"Amar a Deus, ao próximo e a nós mesmos: os três amores vão juntos ou, melhor, são um só amor em suas três dimensões." (VALLÉS, 2009, p. 13)

"A autoestima é mandamento da Lei de Deus." (VALLÉS, 2009, p. 14)

"A genuína amizade é o caminho real para a autoestima." (VALLÉS, 2009, p. 15)

"Deixar-se amar é a arte da vida." (VALLÉS, 2009, p. 15)

"A autoestima não cai do céu, ou melhor, ela vem, sim, do céu, da fé no que somos e da esperança do que podemos ser. Mas não vem só por sua conta, nós temos de desejá-la, procurá-la, merecê-la, consegui-la." (VALLÉS, 2009, p. 15)

Comentários:

O capítulo apresenta uma perspectiva interessante sobre a importância do amor próprio e da amizade na construção da autoestima. O autor utiliza uma linguagem clara e acessível, com exemplos e argumentos que facilitam a compreensão do tema. A obra contribui para a reflexão sobre como cultivar o amor próprio e desenvolver relações saudáveis, que promovam o bem-estar emocional e espiritual.

Palavras-chave: Amor próprio, autoestima, amizade, Deus, mandamento.



quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Fichamento da Obra: Malês 1835: Negra Utopia Autor: Fábio Nogueira Capítulo 1: O Haiti é aqui (pp. 21-26)

Fichamento da Obra: Malês 1835: Negra Utopia

Autor: Fábio Nogueira

Capítulo 1: O Haiti é aqui (pp. 21-26)

Tipo de Fichamento: Crítico

1. Introdução:

Nogueira (2019) inicia o capítulo traçando um paralelo entre a Revolta dos Malês e a Revolução Haitiana, ambas inspiradas por ideais de liberdade e  resistência à opressão. O autor destaca a influência da Revolução Haitiana nos movimentos de resistência à escravidão no Brasil do século XIX, enfatizando a diversidade cultural e a busca por autonomia presente nesses movimentos.

2.  O Haiti é aqui:

"Havia se passado algumas décadas, mas os rumores da rebelião negra que libertou o Haiti do domínio francês (1791-1804), derrotando as tropas de Napoleão, ainda repercutiam fundo no Brasil escravista do século XIX." (NOGUEIRA, 2019, p. 23)

O autor argumenta que a Revolução Haitiana serviu como um exemplo inspirador para os escravizados e libertos no Brasil, mostrando que a luta contra a escravidão era possível e que a liberdade poderia ser conquistada.

3. Quilombo dos Palmares e a resistência negra:

Nogueira (2019) destaca a importância do Quilombo dos Palmares como símbolo da resistência negra à escravidão no Brasil, evidenciando a capacidade de organização e luta dos africanos escravizados.

"O Quilombo dos Palmares [...] aproveitando-se da relativa desorganização do aparato colonial português ante a ocupação holandesa. Quilombo, palavra de origem banto, após um percurso particular característico a todo e qualquer movimento de caráter popular em nosso país, passou ao nosso léxico como sinônimo de rebeldia." (NOGUEIRA, 2019, p. 24)

4.  A Revolta dos Malês:

O autor contextualiza a Revolta dos Malês,  ressaltando seu caráter singular como um levante urbano de negros escravizados e libertos que buscavam  liberdade religiosa e o fim da escravidão.

"A Revolta dos Malês é o mais importante levante urbano de negros do país e, portanto, um dos principais momentos da resistência negra contra o escravismo." (NOGUEIRA, 2019, p. 25)   

5.  Análise crítica:

Nogueira (2019) apresenta uma análise crítica da historiografia tradicional sobre a Revolta dos Malês,  questionando a visão que a considera um evento isolado e sem conexão com outros movimentos de resistência. Ele defende a importância de se estudar a revolta em seu contexto histórico,  compreendendo as motivações,  as estratégias e o legado dos africanos escravizados que lutaram por liberdade.

6. Citações relevantes:

"A luta dos negros contra a escravidão ocorreu num contexto multicultural em que as diferenças étnicas, linguísticas e religiosas foram colocando sinais profundos na história da luta de classes em nosso país." (NOGUEIRA, 2019, p. 24)

"A resistência ao escravismo, como muito bem apontou Clóvis Moura, não foi algo episódico, mas uma condição permanente." (NOGUEIRA, 2019, p. 24)

"Eram pessoas que carregavam em suas mentes e corações as experiências de viver em um continente rico e próspero, que começava a ser devastado por guerras e conflitos para atender aos interesses das elites locais e coloniais." (NOGUEIRA, 2019, p. 26)   

7.  Considerações:

O capítulo "O Haiti é aqui" apresenta uma introdução instigante à Revolta dos Malês, contextualizando-a  no  cenário da resistência negra à escravidão no Brasil do século XIX. Nogueira (2019)  destaca a influência da Revolução Haitiana e a importância de se estudar a revolta em sua complexidade,  reconhecendo as  motivações,  as  estratégias e o legado dos africanos escravizados que lutaram por liberdade. A obra  contribui para uma compreensão mais profunda da história da luta contra a escravidão no Brasil e  convida à reflexão sobre a persistência do racismo e da desigualdade social em nossa sociedade.

8.  Questões para aprofundamento:

Como a Revolução Haitiana influenciou outros movimentos de resistência à escravidão nas Américas?

Quais as principais diferenças e semelhanças entre a Revolta dos Malês e outros levantes de escravizados no Brasil?

Como a historiografia tem abordado a Revolta dos Malês ao longo do tempo?

Qual o legado da Revolta dos Malês para a luta contra o racismo e a desigualdade social no Brasil contemporâneo?

Acesse o livro gratuitamente aqui: https://www.informativogirassol.blog.br/2024/11/livro-gratuito-sobre-revolta-dos-males.html

Nogueira, Fábio Malês 1835 : negra utopia / Fábio Nogueira. -- São Paulo : Fundação Lauro Campos e Marielle Franco, 2019. -- (Coleção rebeliões populares ; 1)

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Fichamento: Pequeno Prícipe-SAINT-EXUPÉRY

1. Referência Bibliográfica:

SAINT-EXUPÉRY, Antoine de. O Pequeno Príncipe. Rio de Janeiro: Agir, 2015.

2. Resumo:

A obra, escrita em 1942 pelo autor francês Antoine de Saint-Exupéry, narra a história de um aviador que, após uma pane no deserto do Saara, encontra um pequeno príncipe vindo de outro planeta. Através das conversas com o príncipe, o aviador redescobre a importância da amizade, do amor e da simplicidade, confrontando a visão pragmática e superficial dos adultos. O príncipe, em sua jornada, visita diferentes planetas, cada um habitado por um personagem que representa características e vícios da sociedade, como a vaidade, a ganância e o autoritarismo.

3. Citações:

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 56)

"O essencial é invisível para os olhos." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 57)

"Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 57)

"Todas as pessoas grandes foram um dia crianças (mas poucas se lembram disso)." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 3)

"É preciso que a gente se conforme em arrancar regularmente os baobás logo que se distinguem das roseiras, com as quais muito se parecem quando pequenos." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 16)   

"É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 64)

"As pessoas grandes nunca compreendem nada sozinhas, e é cansativo, para as crianças, estar toda hora explicando." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 9)

"O que torna o deserto belo é que ele esconde um poço em algum lugar..." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 68)

"Tu te tornas responsável para sempre por aquilo que cativas." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 72)

"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 83)

"As pessoas grandes adoram os números." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 20)

"Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 89)

"Você é responsável por sua rosa..." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 91)

"O amor não consiste em olhar um para o outro, mas em olhar juntos na mesma direção." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 93)

"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 83)

"É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 64)

"A gente só conhece bem as coisas que cativou." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 72)

"O que embeleza o deserto é que ele esconde um poço em algum lugar..." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 68)

"Quando a gente ama, é preciso estar sempre pronto a perdoar." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 93)

4. Palavras-chave:

Pequeno Príncipe, amizade, amor, infância, adultos, responsabilidade, essencial, baobás, rosa, raposa.

5. Conclusões:

"O Pequeno Príncipe" é uma obra atemporal que convida à reflexão sobre a vida, os valores e a importância de preservar a criança interior. Através de uma linguagem poética e personagens marcantes, o autor transmite mensagens profundas sobre a amizade, o amor e a busca pela felicidade. O livro é um clássico da literatura infantojuvenil, mas sua leitura é enriquecedora para todas as idades, pois nos faz repensar nossas prioridades e a forma como enxergamos o mundo.

Observações:

Este fichamento foi feito com base na edição de 2015 da Editora Agir. A quantidade de citações e conclusões pode variar de acordo com a necessidade. É importante sempre consultar as normas da ABNT para garantir a formatação correta do fichamento.

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Fichamento do Livro: Você pode mais do que pensa. 1º Capítulo: "Como Vender um Burro"

Autoestima, autoconhecimento,  autovalorização reflexiva e encorajadora.

Fichamento do 1º Capítulo: "Como Vender um Burro"

Referência Bibliográfica:

Vallés, Carlos G. Você pode mais do que pensa; tradução de Lúcia M. Endlich Orth – Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

Ideias Principais:

O capítulo aborda a importância da autoestima para o desenvolvimento pessoal e social do indivíduo.

A autoestima é fundamental para que o indivíduo possa desenvolver suas qualidades e aproveitar as oportunidades da vida.

O autor defende que a autoestima deve ser trabalhada de forma profissional e com base em uma concepção de mundo que dê suporte a essa prática.

O autor argumenta que a visão religiosa de mundo pode oferecer uma base sólida para a autoestima, mas reconhece que algumas interpretações tradicionais podem ser contrárias a uma visão otimista da pessoa humana.

O capítulo utiliza parábolas e contos para ilustrar a importância da autoestima e do autoconhecimento.

Conclusões do Autor:

A autoestima é essencial para o bem-estar e o desenvolvimento humano.

A prática da autoestima deve ser fundamentada em uma teoria sólida e em uma visão de mundo que valorize a pessoa humana.

A visão religiosa de mundo pode ser um suporte importante para a autoestima, mas é preciso ter cuidado com interpretações que rebaixam a dignidade humana.

Metodologia:

O autor utiliza uma linguagem clara e acessível, com exemplos e ilustrações que facilitam a compreensão do tema.

O capítulo combina reflexões teóricas com contos e parábolas, o que torna a leitura mais agradável e dinâmica.

O autor apresenta uma visão equilibrada sobre o tema da autoestima, reconhecendo tanto os benefícios quanto os desafios de uma abordagem religiosa.

Observações:

O capítulo é uma introdução ao tema da autoestima e serve como ponto de partida para os demais capítulos do livro.

O autor deixa claro que o objetivo do livro é oferecer uma visão otimista e esperançosa sobre o potencial humano.

O capítulo é rico em referências a outras obras e autores, o que demonstra a erudição do autor e aprofunda a discussão sobre o tema.

Citações:

"A autoestima está na moda. Ou, dito com mais seriedade, a dignidade da pessoa humana, percebida e apreciada por ela mesma, está sendo reconhecida e fomentada como a base de seu bem-estar e de seu pleno desenvolvimento pessoal e de suas relações com a sociedade." (VALLÉS, 2009, p. 1)

"Se eu mesmo falo mal de minha mercadoria, como posso vendê-la no mercado?" (VALLÉS, 2009, p. 1)

"Não é a mesma coisa a autoestima de quem se considera um mero acidente do acaso e a de quem se sabe e se sente filho de Deus." (VALLÉS, 2009, p. 3)

"A glória de Deus é a vida do ser humano." (VALLÉS, 2009, p. 3)

"Você vale mais do que pensa, e o descobre ao vivo quando vê o que vale aos olhos de quem o fez e o que pensa de você quem o pôs na vida com sonhos de glória." (VALLÉS, 2009, p. 3)

Referência completa:

VALLÉS, Carlos G. Você pode mais do que pensa; tradução de Lúcia M. Endlich Orth – Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

domingo, 20 de outubro de 2024

Fichamento - Capítulo 1: "A Escola como Ambiente Humano e Lugar de Humanização"


Fichamento - Capítulo 1: "A Escola como Ambiente Humano e Lugar de Humanização"

Referência:

Charlot, Bernard. Educação ou Barbárie. São Paulo: Cortez, 2020.

Tema Central:

Este capítulo discute a escola como um ambiente humano e como um lugar de humanização, destacando o papel fundamental da educação na construção da dignidade humana e no desenvolvimento do ser humano.

1. Escola como Lugar Humano:

- A escola é comparada a outros espaços sociais (família, ruas, lojas), onde o respeito à dignidade humana é primordial.

- Tratamento humano envolve o respeito à dignidade de todos os envolvidos, sejam alunos, professores ou funcionários.

- O autor problematiza a noção de "amor" na escola, preferindo o conceito de "simpatia antropológica", que remete ao respeito básico entre seres humanos.

- Na perspectiva de aprendizado, a escola humana é aquela que respeita a "equação pedagógica fundamental": Aprender = Atividade Intelectual + Sentido + Prazer. Ou seja, a aprendizagem deve fazer sentido para o aluno e gerar prazer.

2. Escola como Lugar de Humanização:

- A escola é um espaço único para a humanização, onde o ser humano, embora já nasça "hominizado" (membro da espécie Sapiens), precisa ser "humanizado" através da educação.

- O processo educativo insere o indivíduo no patrimônio cultural acumulado pela humanidade, transcendendo espaço e tempo.

- A escola permite o acesso a conhecimentos e mediações técnicas, simbólicas e sociais, essenciais para a participação no mundo humano.

- Charlot argumenta que a educação é uma barreira contra a barbárie, que se caracteriza pela recusa em reconhecer a humanidade do outro.

- A escola tem o dever de preparar os jovens para os desafios do futuro, incluindo questões ecológicas, tecnológicas e sociais, e deve se opor à ciberbarbárie e ao negacionismo.

Conclusão:

O autor conclui que, para ser um verdadeiro lugar de humanização, a escola deve romper com o modelo que apenas visa preparar para o mercado de trabalho, e deve promover uma "Nova Utopia Antropológica" que inspire os jovens a se envolverem na aventura humana e intelectual.

Citações Relevantes:

- "Aprender = Atividade Intelectual + Sentido + Prazer".

- "A educação é humanização, enquanto a barbárie é a recusa de reconhecer o outro como sendo plenamente humano."

Reflexão Crítica:

Charlot apresenta uma crítica ao modelo educacional atual, que se preocupa mais em formar trabalhadores do que em formar seres humanos. Ele propõe uma reflexão profunda sobre a missão da escola, que deve ser vista não apenas como um espaço de aprendizado técnico, mas como um ambiente para o desenvolvimento integral do ser humano.

Acesse o artigo do Charlot que foi fichado aqui:https://drive.google.com/file/d/1lSN4qOAgV4I3tSrfze0n8QfTVpnQdUoD/view?usp=sharing