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domingo, 15 de maio de 2022

Crise ambiental: preparar as novas gerações para as mudanças no planeta

 



Nos últimos 200 anos, a humanidade transformou o mundo de muitas formas. Muitas vezes para melhor, no entanto, nem sempre essas transformações deixam um legado de benefícios para o futuro. As indústrias, os motores, navios, caminhões, aviões e tudo o que ajudou a tornar a vida mais confortável também deixam um rastro de destruição, principalmente no meio ambiente. Problemas que já afetam o presente e que prometem ser ainda mais graves no futuro.

Há muita diversidade na poluição que a sociedade industrial está deixando sobre a Terra. Algumas das externalidades mais graves são as provocadas pelas alterações no clima do planeta. Dois dos principais causadores dessas mudanças, o CO2 e o metano, permanecem na atmosfera respectivamente 800 anos e 100 anos. Ou seja, o problema vai cair no colo de pessoas que, ou são ainda muito jovens, ou ainda nem nasceram.

Como fazer para preparar essas pessoas do futuro para enfrentar a herança maldita que estamos deixando? Apesar da complexidade da questão, a resposta é relativamente simples: envolvendo os sistemas de educação para ajudar na construção de habilidades profissionais que hoje são campo de especialistas. No futuro, qualquer profissional deve entender qual a relação entre sua atividade e a mitigação de problemas climáticos e suas consequências.

Desde os anos 60/70, cientistas e ativistas ambientais alertam sobre a existência das mudanças climáticas e seus impactos.  Uma das primeiras reações foi a assinatura do Protocolo de Quioto, em 1997, quando 141 representantes de 175 países se comprometeram em reduzir suas emissões de carbono. O Protocolo do Quioto entrou em vigor em 2004, quando foi assinado pela Rússia. Com isso se completou um grupo de países responsáveis por mais da metade das emissões globais de CO2.

Até aquele momento o importante era conseguir a conscientização de cientistas e governantes sobre os perigos das mudanças climáticas a longo prazo. O mundo deveria manter o clima com aumento médio de até 1,5 Cº sobre as temperaturas médias anteriores à Revolução Industrial do século 19. Mais do que isso significa transformações no clima global, com mais furacões e tufões, mais chuvas concentradas, mais secas prolongadas e mais perdas de vidas, aumento dos fluxos de refugiados expulsos de suas terras por causa das secas e enchentes.

O alerta, 20 anos depois, não é mais sobre o futuro, explica o pesquisador e ativista Carlos Ritll, que durante mais de seis anos foi secretário executivo do Observatório do Clima no Brasil.

Carlos cita os recentes eventos extremos com tempestades e inundações, na Bahia, em Minas Gerais e na região serrana do Rio de Janeiro como exemplos de que não se trata mais de eventos futuros, mas sim de uma emergência climática imediata. A esses eventos podem-se alinhar ainda as severas secas no Rio Grande do Sul, que vêm piorando ano a ano e o aumento de queimadas por todo o país, em especial em regiões do Pantanal e da Amazônia.

Durante muito tempo negacionistas do clima afirmaram que a humanidade não é parte do problema climático e mesmo depois de 26 COPs (conferências internacionais) sobre o tema ainda há quem diga isso. Segundo Rittl “a questão não é mais se as alterações no clima são causadas pelas atividades humanas ou não, esse é um debate superado”. Para ele o importante é que os países, governos locais e as sociedades ao redor do mundo se preparem para enfrentar os eventos extremos e sigam eliminando o uso intensivo de combustíveis fósseis e outras atividades que despejam gases estufa na atmosfera.

Esse é um compromisso intergeracional, que deve ser assumido pela geração presente, mas que impõe deveres para as próximas gerações, que hoje estão nos bancos escolares.

O deputado Carlos Veras, do PT de Pernambuco, apresentou no final de 2021 um projeto de lei que inclui o tema mudanças climáticas nos currículos escolares através da alteração na lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, que passaria a vigorar com a seguinte redação: “Conteúdos relativos aos direitos humanos, às mudanças climáticas e à prevenção de todas as formas de violência contra a criança, o adolescente e a mulher serão incluídos, como temas transversais, nos currículos com a produção e distribuição de material didático adequado a cada nível de ensino”.

Essa mudança na lei, que ainda não foi aprovada na Câmara dos Deputados, pode oferecer a base legal para que o Ministério da Educação passe a criar os instrumentos necessários para preparar as escolas e os professores nessa abordagem interdisciplinar.  Mas, aqui, vale lembrar que os outros itens constantes no parágrafo citado da LDB, apesar de já constarem da lei, ainda patinam em sua oferta universal aos estudantes.

A educadora ambiental Mônica Pilz Borba, fundadora do Instituto 5 Elementos, em São Paulo, concorda com essa linha de ação. Para ela a educação ambiental deve ser muito mais abrangente e trabalhar o conhecimento sobre os limites do planeta de forma transversal nos processos de educação. “É preciso mostrar que há uma relação entre os limites do planeta e todos os temas do conhecimento”, explica.

E aponta a urgência de preparar as novas gerações para que atuem de forma efetiva na solução dos problemas ambientais presentes em todos os biomas terrestres.

Mônica defende que também devemos oferecer instrumentos e conhecimentos que permitam que os adultos de amanhã saibam o que estarão enfrentando e tenham uma visão multidisciplinar dos problemas.

A educadora, que já foi gestora da UMAPAZ – Universidade Aberta do Meio Ambiente, ligada à prefeitura de São Paulo, acredita que as organizações da sociedade civil que já atuam com a pauta ambiental e da educação ambiental podem ter um papel importante na criação de materiais e na capacitação de professores para ampliar a oferta dos conhecimentos necessários para levar essa pauta às salas de aulas das diversas séries. “Há muito conhecimento espalhado entre organizações sociais, academia e professores, é preciso sistematizar a oferta dessas informações para torná-las acessíveis aos planos de aulas”, explica.

O professor Pedro Jacobi, titular da Faculdade de Educação da USP e professor do Procam – Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental, também da USP, reforça que o problema climático não será resolvido em pouco tempo ou pela atual geração de adultos. Para ele, compreender que essa é uma responsabilidade intergeracional é fundamental para o enfrentamento da emergência climática a longo prazo. “Precisamos preparar os jovens para que se tornem adultos e profissionais conscientes de que o problema existe e precisa ser enfrentado em múltiplas frentes”, diz. Isso significa que profissionais de todas as áreas do conhecimento têm de atuar na adaptação e enfrentamento da crise climática.

Especialistas concordam que o sistema educacional tem um papel estruturante no combate a longo prazo das mudanças climáticas e no enfrentamento de suas consequências.

Jacobi já escreveu vários artigos sobre a necessidade de se abordar problemas ambientais e climáticos nas séries dos ensinos fundamental e médio e, para isso, reforça que é necessário apoiar os professores com materiais didáticos e conteúdos que ajudem a construir os novos conhecimentos necessários nas salas de aula. “A formação dos docentes deve ser continuada, assim como o avanço dos conhecimentos sobre os problemas climáticos e ambientais”, diz. Ele reforça a importância do jornalismo na qualificação do diálogo multidisciplinar necessário para que o conhecimento em sala de aula tenha um caráter transversal e não fique restrito a uma caixinha de “educação ambiental”.

O que são as mudanças climáticas

O clima na Terra sempre passou por mudanças. A diferença agora é que essas mudanças estão muito aceleradas e os cientistas acreditam que as atividades humanas, principalmente o uso de combustíveis fósseis como o carvão mineral e o petróleo, estão no centro do problema.  A queima desses combustíveis emite CO2 na atmosfera, o que forma uma espécie de cobertor de gases na atmosfera, impedindo que o excesso de calor se dissipe no espaço.

O desmatamento de florestas também pode liberar dióxido de carbono. Aterros para lixo são uma das principais fontes de emissões de metano, outro gás que provoca o efeito estufa. Energia, indústria, transporte, edificações, agricultura e uso da terra estão entre os principais causadores das mudanças climáticas. No entanto, estas são as atividades que oferecem conforto à nossa moderna civilização tecnológica.

Em um relatório da ONU de 2018, milhares de cientistas e analistas de governos, reunidos em um painel internacional, concordaram que limitar o aumento da temperatura global a não mais que 1,5 °C ajudaria a sociedade a evitar os piores impactos climáticos e a manter um clima habitável. No caminho atual é possível chegar a um aumento médio da temperatura de 4,4 Cº, o que seria uma catástrofe em termos de enchentes, furacões, secas e elevação do nível do mar.

Para conseguir mudar o cenário futuro é importante que os conhecimentos específicos sobre as mudanças climáticas sejam apresentados aos estudantes de forma objetiva e criando condições para que possam atuar na profissão que escolham no futuro.

*Dal Marcondes é jornalista especializado em meio ambiente e desenvolvimento sustentável há 27 anos.

REVISTA DA EDUCAÇÃO

sábado, 30 de novembro de 2019

COMO A IGREJA DEFINE CONVERSÃO ECOLÓGICA? O documento final do Sínodo Católico sobre a Amazônia no seu Capítulo IV define o que vem a ser os Novos Caminhos de Conversão Ecológica.


O IV Capítulo do Sínodo dos Bispos, no documento final, contempla Novos  Caminhos de Conversão Ecológica. 

Ele detalha todos os aspectos que envolve esta conversão.


De acordo com o documento a Conversão Ecológica significa,  tomar consciência de que somos filhos  e filhas da terra. Somos parte da terra e ela é para nós  como uma mãe, uma irmã,  e como uma casa comum, na qual nós  os humanos habitamos mas também  a água,  o solo ,  o ar a energia, os  microrganismos os insetos, os pássaros, os mamíferos, os peixes. Enfim todos nós fazemos parte desta casa comum. E um dos grandes desafios que se coloca para a Amazônia e para o mundo é: que modelo de economia queremos? Até hoje o modelo de economia que predomina na Amazônia é o que vem de fora, é o modelo predatório. Este modelo vigente retira da floresta tudo que pode e deixa o resto. Destrói a floresta para plantar grãos, capim para o gado, e com o tempo  o solo perde a sua capacidade de se renovar. Se explora com a mineração e com isso se polui o solo, a água, o ár, os peixes, as pessoas.  O capítulo IV que trata da Conversão Ecológica tem um alerta. É preciso superar este modelo de extração, produção, consumo e descarte que ambientalmente é insustentável e que humanamente  provoca uma concentração de rendas e aumento  da pobreza. Esse é o grande desafio. Uma conversão ecológica  comporta ao mesmo tempo um lado individual com a nossa forma de olhar,  de contemplar os outros seres,   não como coisas,  mas como irmãos e irmãs nossas, como escreveu São Francisco no cântico do irmão sol.  Tem uma perspectiva comunitária que são as práticas da nossa família na Igreja e tem uma dimensão política-institucional que é: que modelo de desenvolvimento é preciso buscar? A Igreja não tem respostas, tem só  algumas orientações. Esta resposta tem que ser buscada junto com a sociedade civil,  com os políticos, com os empresários, com os pequenos produtores e com todas as pessoas. Há uma atitude do ser humano de ser amigável, de superar esta visão voraz e predatória, e buscar modelos alternativos que sejam bem sucedidos com um novo paradigma de desenvolvimento sustentável.  No caso da Amazônia, que articule a sabedoria dos nossos  povos tradicionais: indígenas e caboclos com as novas  tecnologias, com os novos saberes e com a ciência.  Não se trata de  escolher entre um e outro,  mas de articular os dois de forma a juntar conhecimento científico com sabedoria. Essa conversão ecológica é ao mesmo tempo pessoal,  comunitária e institucional e estrutural.  O documento fala de buscar uma economia que seja solidária, sustentável, circular  e ecológica.   E já existem  experiências  bem sucedidas, elas precisam ser expandidas, elas  precisam ser conhecidas. A Experiencia de Agroecologia é viável em uma nova economia. É possível, mas é preciso que se estimule essas experiências: cooperativas de produção  com reservas extrativistas. Esse grande passo que necessita ser dado chama-se conversão.  Tudo isso precisa ser conhecido porque toca no nosso estílo de vida, na nossa maneira de consumir, água, eletricidade, alimentos em nossa forma de lidar com o meio ambiente e com as pessoas.  Você, eu e todas as pessoas somos convidados a trilhar novos caminhos  de conversão ecológica.

domingo, 24 de novembro de 2019

Vice-Diretora da Escola João Beraldo discute o conceito de empreendedorismo, no Seminário Estudantil sobre Mudanças Climática e Empreendedorismo.


Precisamos compreender e conscientizar as pessoas que "empreendedorismo" não é só ensinar montar vendas e sim buscar propostas e ações para transformar o mundo. Ontem foi mais uma ação de empreendedorismo da escola João Beraldo que na verdade já vem acontecendo há mais de 10 anos quando teve o primeiro projeto de salvar o rio Urucu. Depois tivemos conferências sobre o meio ambiente e lembro-me que em uma delas foram distribuídas mudas de árvores, depois teve a revitalização das nascentes dos rios no distrito de Epaminondas Otoni. Ontem tivemos o seminário sobre o "Aquecimento global". Então nossa escola não parou. Continuemos a defender esta tese para salvar Carlos chagas que politicamente parece não ter se preocupado ainda com esta calamidade.
        Por Juelice Coutinho - Vice-Diretora

sábado, 23 de novembro de 2019

Estudantes da Escola João Beraldo fazem palestras em Seminário de Estudantes: Mudanças Climáticas e Empreendedorismo.


Clique na imagem para acessar o álbum

Foi realizado nesta sexta feira o Seminário Estudantil,  Mudanças Climáticas e Empreendedorismo. Os alunos buscaram explicar como todos nós podemos nos tornar ecologicamente responsáveis e preservar a nossa casa maior que é o Planeta Terra. No Seminário, feito exclusivamente pelos estudantes, foram apresentadas várias lições de como se pode superar os desafios do aquecimento global.


De acordo com os estudantes, palestrantes no seminário,  todos os cidadãos do Planeta têm a responsabilidade de se sensibilizar com este desafio, de acompanhar o debate, de se manter informado, de se preparar psicologicamente para mudanças e  de pressionar as autoridades a estabelecer linhas políticas mais ativas no que diz respeito a emergência planetária. 

Os palestrantes exploraram todos os aspectos que envolvem as mudanças climáticas.

Os adolescentes podem se tornar nos verdadeiros guardiões do planeta, não é só o diagnóstico de ameaça da vida no Planeta que pesa sobre eles, a solução também virão pelas mãos das novas gerações. 
 Greta Thumberg foi lembrada no Seminário como a grande liderança dos adolescentes que convocam a todos para o protesto  em que se exige dos presidentes dos países compromisso com a redução da emissão dos  gases de efeito estufa na atmosfera.

Vejam como foi o pronunciamento do estudante do 1º ano A Matutino - Daniel.



Vejam como foi o pronunciamento da estudante do 9º ano - Maria Virgínia.

domingo, 17 de novembro de 2019

Entenda as queimadas na Amazônia

AMAZÔNIA EM CHAMAS - Entenda o que aconteceu.

Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável - ODS-13


Objetivo 13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos (*).

13.1 Reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados ao clima e às catástrofes naturais em todos os países.

13.2 Integrar medidas da mudança do clima nas políticas, estratégias e planejamentos nacionais.

13.3 Melhorar a educação, aumentar a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce da mudança do clima.

13.a Implementar o compromisso assumido pelos países desenvolvidos partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima [UNFCCC] para a meta de mobilizar conjuntamente US$ 100 bilhões por ano a partir de 2020, de todas as fontes, para atender às necessidades dos países em desenvolvimento, no contexto das ações de mitigação significativas e transparência na implementação; e operacionalizar plenamente o Fundo Verde para o Clima por meio de sua capitalização o mais cedo possível.

13.b Promover mecanismos para a criação de capacidades para o planejamento relacionado à mudança do clima e à gestão eficaz, nos países menos desenvolvidos, inclusive com foco em mulheres, jovens, comunidades locais e marginalizadas.

 (*) Reconhecendo que a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima [UNFCCC] é o fórum internacional intergovernamental primário para negociar a resposta global à mudança do clima.


segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Seminário Estudantil - Mudanças Climáticas e Empreendedorismo - Sexta Feira dia 22 de novembro de 2019


As apresentações do Seminário serão feitas exclusivamente pelos próprios estudantes que já  estão refletindo sobre o problema do aquecimento global junto às aulas de geografia. Enquanto as questões ambientais se tornam mais urgentes, quem quer empreender  deve se esforçar para entender como a demanda dos consumidores, o acesso mais restrito aos recursos naturais e os altos custos de matéria-prima influenciarão qualquer negócio. 
Os estudantes vão mostrar que quem quiser empreender precisa se antecipar, buscando meios de economizar energia e aumentar os lucros. Eles estão estudando sobre isto. Vão mostrar que existe um grande espaço de criação empreendedora em relação a produtos "verdes" com possibilidades de novos mercados em que todos os setores da economia podem se beneficiar. 
Este seminário vai ajudar os estudantes a compreender melhor as questões relativas ao meio ambiente e à mudança climática que geram consequências econômicas, como os gases de efeito estufa e o comercio de emissões de carbono. 
Eles vão discorrer sobre vários subtemas apresentando os desafios do aquecimento global. Estão organizando suas apresentações tendo como base o autor Nick Dallas, Ph.D. que tem uma análise competente da complexidade da mudança climática.


quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Mudanças Climáticas e as cidades - Programa Le Monde Diplomatique Brasil...


Estamos vivendo uma crise ambiental com repercussão climática considerável em todo o mundo. Mas como isso tem afetado quem vive nas cidades? Atualmente, a maior parte da população do Brasil vive em ambientes urbanos e sofre com a escassez de recursos hídricos, temperaturas extremas e outras alterações no clima que acarretam em dificuldades para a população das grandes cidades. Para debater essas e outras consequências, o programa Le Monde Diplomatique Brasil na TV convida Henrique Frota, coordenador-executivo do Instituto Pólis, e Francisco Comaru, da Universidade Federal do ABC.

domingo, 22 de setembro de 2019

Estamos acompanhando esta adolescente que é uma excelente referência para os adolescentes.“Nós faremos eles nos ouvirem”, diz Greta Thunberg no Battery Park em Nova York diante de uma multidão de jovens.




“Isso é somente o começo”, discursou a ativista sueca Greta Thunberg para uma multidão em Nova York hoje no Battery Park. As manifestações que levaram jovens de todo o mundo às ruas foram lideradas e inspiradas no movimento Fridays For Future, que começou com a greve escolar de Greta no parlamento sueco.

A missão era se fazer ouvir às lideranças políticas, e não houve momento mais oportuno que a Cúpula do Clima da ONU para fazer a ideia ecoar para diversos países. Foram 4 milhões de pessoas de 163 países, conforme Greta apontou em suas redes sociais.

Confira abaixo um trecho de seu discurso em Nova York:

“De onde eu venho, as coisas são bem diferentes daqui, mas quando o assunto é emergência climática e as pessoas no poder, é igual. Na verdade, em todos os lugares em que eu estive, a situação é mais ou menos mesma. As pessoas no poder, suas lindas palavras, são as mesmas. O número de políticos e celebridades querendo tirar selfies, são os mesmos.

As promessas vazias são as mesmas. As mentiras são as mesmas, e a inação é a mesma. Não encontrei ninguém, que esteja no poder, que ouse dizer como [a situação] realmente é, porque não importa onde você está, até esse fardo eles deixam pra gente. Nós, adolescentes, nós, crianças. Nesta segunda-feira, líderes mundiais estarão reunidos aqui, em Nova York, para o “United Nations Climate Action Summit”. Os olhos do mundo estarão voltados para eles. Eles têm a chance de provar que eles também estão unidos pela ciência. Eles têm a chance de tomar a liderança para provar que realmente nos ouvem. Vocês acham que eles nos ouvem?
Nós faremos eles nos ouvirem! Porque isso é somente o começo. A mudança está vindo, eles gostando ou não.
Obrigada, novamente, a todos que estão aqui, todos que vieram.”
Fonte: Mídia Ninja

Shadia Fayne woods/Survival agency media