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sábado, 21 de janeiro de 2023

Da identidade à Diversidade. Precisamos saber lidar com a diversidade na adolescência.

Lembrei das nossas aulas de psicologia da adolescência. O livro era de capa verde e todos os professores que formaram na década de 80-90 na Fenord vivenciaram uma reflexão sobre essa fase do desenvolvimento humano, que é bem específica e conflituosa. Alguém lembra o nome da professora? Me lembro do rosto dela mas esqueci o nome. Ninguém pode condenar um adolescente só porque nos decepcionou aqui e agora nesse momento, o nosso olhar de pai, de mãe, de professor ou de adulto em geral, tem que ser um olhar mais amplo,  no horizonte do tempo de amadurecimento do jovem. Há uma necessidade de entender que é alguém vivendo um processo de formação. Tem que ser um notar pleno de humanidade. Basta mirar a nossa própria adolescência para acendermos a compreensão e a empatia para com eles e elas. É falar e pensar como Jesus:

"Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela". João 8,7

Notável alguns  Professores(a), viver a interseção de ter experimentado sua própria fase como adolescente, como pai ou mãe, e como professor(a) de adolescentes. Tem bagagem prática para entender os conflitos que um adolescente vivencia nesta fase evolutiva da vida. É muita riqueza que precisa ser considerada no relacionamento com os teens, como se fala em inglês. A empatia e o fazer pedagógico de um Professor(a) que tem filhos nessa estação da vida devem emergir dessa importante experiência. 

Certa vez convidei a Psicóloga Rita Medrado, que por sinal tem um excelente trabalho junto às crianças da rede municipal de ensino de nossa cidade,  para nos ajudar a refletir sobre o "ser adolescente", em uma época que os professores estavam reclamando bastante dos adolescentes da nossa Escola e ela fez uma fala, a partir de um espelho de comportamentos. Qual era o comportamento do professor na Escola, enquanto era adolescente? Meio que fazendo um reflexo do passado, rendeu bastante depoimentos, sendo quase que uma terapia de grupo aqueles depoimentos no coletivo. 

O livro que estudamos na Fenord, consegui encontrar em PDF e continua atualíssimo:

Psicologia da Adolescência.

Imagino que a adolescência é como um passeio numa montanha-russa cheio de intensas emoções! Só imagino porque nunca nem cheguei perto de uma. Um dia ele ou ela está bem-humorado(a), em outro zangado(a), às vezes com vontade de chorar sem motivo aparente, às vezes, louco(a) para estar perto de todos os seus amigos(a) ou de ficar sozinho(a) no quarto e ouvir aquela música especial que incrivelmente diz tudo o que ele ou ela pensa ou sente. Todos esses momentos parecem necessários para  se conhecerem melhor e tentar responder aquelas perguntas que por vezes tomam os adolescentes de assalto: Mas afinal quem sou eu? Sou normal mesmo? Para onde vou? Qual é o meu lugar nesse mundo? Mas basta olhar pra gente mesmo e vê que é um filme muito conflituoso que se repete nos adolescentes de hoje. 

A busca por essas respostas é importante para pensar na identidade, naquilo que o adolescente gosta ou não, quer ou não quer para sua vida e seu futuro. Nesse processo de construção, ele também pode se ver contestando algumas regras e imposições tanto da sua família quanto da sociedade em que vive. Ele pode se perguntar, por exemplo: Por que meus pais acham que já sou adulto para arrumar a casa, mas não para sair e voltar de madrugada? Ou então: Por que meus pais não mostram confiança quando peço para dormir na casa de um colega? Tudo isso  consome o adolescente e pode até  fazê-lo perder o sono ou brigar com os seus pais. Quem nunca passou por isso? Basta a gente enquanto professor olhar para a nossa vida que vamos encontrar todos esses fatos.

O mais desafiante nessa busca de se conhecer é perceber o jeito de cada um e descobrir as características que o fazem se diferenciar dos outros, como: a cor dos seus cabelos, o seu biotipo, as roupas que usa, as opiniões sobre o mundo. A identidade se relaciona com tudo que você descobre, aprende e se apropria ao longo do seu desenvolvimento: sua história de vida, suas facilidades, suas limitações, seus hábitos culturais, gostos, modos de fazer e viver. Eh! Quanta gente diferente ao nosso redor!

Existem os negros, os brancos, os homens, as mulheres, os rockeiros, os sambistas, os católicos, os evangélicos, os baianos, os paulistanos, as pessoas portadoras de deficiências físicas, visuais, mentais. Somos infinitos! No entanto, quando entramos em contato com essa diversidade que compõe o mundo, é triste notar que alguns preconceitos se instalam em nossa cultura expressos, por exemplo, em frases-feitas como: “que roupa de baiano” – ao referir que a roupa é feia; “parece serviço de preto” – quando uma tarefa é feita de qualquer jeito; “acidente no trânsito, mulher no volante” – passando-nos a ideia que as mulheres não são tão boas no volante quanto os homens, ou “inteligente assim, só podia ser japonês”-restringindo a personalidade a uma só característica.

Diante de tantas frases preconceituosas, é fundamental se perguntar: o que faz as pessoas verem nas diferenças individuais, um motivo para desrespeitar o outro? Entrar em contato com algo muito diferente de si pode incomodar e às vezes até assustar. Aliás, poderíamos dizer que muitas vezes, aquilo que nos causa repulsa vem de uma incapacidade de reconhecermos em nós mesmos sentimentos parecidos, por exemplo: alguém odeia os gordos porque tem raiva por eles se darem o direito de comer tudo o que querem, como a pessoa gostaria de se dar.

Ou então: uma menina não gosta das meninas que se permitem namorar com muitos meninos, chamando-as de “galinhas”, justamente porque o que ela mais gostaria é também poder namorar bastante. Portanto, uma das dimensões que podem levar a ter atitudes preconceituosas é o desconhecimento de si mesmo e a inveja do outro.

Contudo, existem outras dimensões socioculturais que também estão ligadas às questões do preconceito. Os negros, por exemplo, foram historicamente tratados com grande desigualdade em relação aos brancos, como no caso da África do Sul, onde entre os anos de 1948 e 1994, existiu um regime de segregação racial, no qual brancos e negros não usufruíam dos mesmos direitos, não podendo conviver em certos lugares públicos. Como esse, há diversos outros exemplos, como nos casos de judeus na Alemanha, muçulmanos na Europa, entre outros, nos quais a humanidade tratou e tem tratado as diferenças físicas e culturais como motivo de discriminação, controle e exploração.

Enfim, como você deve ter percebido, essa questão da identidade: quem sou eu? Tem estreita relação com a questão da diversidade – quem e como é o outro?

Diversidade essa que, em muitos momentos, pode ser difícil de conviver e tolerar, mas que é, também, a riqueza de um povo. Via de regra, valorizar a diversidade, respeitar o outro e tolerar as diferenças são atitudes construtivas e fundamentais para a vida em sociedade. “Não fazer com o outro aquilo que você não gostaria que fizessem com você” é uma ideia simples, mas que pode ajudar bastante no momento de perceber os limites necessários para uma relação respeitosa entre as pessoas.

O artigo tratou da temática da diversidade à identidade, nele você pode refletir no que você é igual e diferente dos outros, qual é a melhor maneira de a gente se respeitar e aprender a respeitar os demais. A isso dá-se o nome de tolerância, algo que todos precisamos cultivar.

Agora realize as atividades sugeridas para mergulhar na sua identidade. DIVIRTA-SE!

1)-Minhas características pessoais. Liste dez características pessoais que você identifica em você:

2)-Após listar as suas características pessoais reflita e busque responder às questões:

A)-O que você pode fazer em relação às características que, ao seu ver, lhe trazem dificuldades? Existe alguma maneira de lidar com elas?

B)-Quais são as características que facilitam sua vida? O que você pode fazer para cultivá-las?

3)-Diversidade: o que é isso?

O contexto da sociedade contemporânea mergulhado na globalização econômica, no fluxo comunicativo e interação contínua tem traçado mudanças profundas nas visões sobre a própria sociedade. O tema diversidade e a forma complexa que este conceito tem se desenvolvido é fruto do contexto no qual ele se encontra inserido, de mudanças constantes e de uma valorização e percepção das grandes diferenças sejam sociais, políticas, culturais, sexuais, étnicas entre outros.

A definição de diversidade pode ser entendida como o conjunto de diferenças e valores compartilhados pelos seres humanos na vida social. Este conceito está intimamente ligado aos conceitos de pluralidade, multiplicidade, diferentes modos de percepção e abordagem, heterogeneidade e variedade.

Nessa perspectiva pertencer a um grupo é, em geral, reconfortante, pois compartilhamos coisas com outras pessoas. Contudo, muitas vezes nossas características pessoais destoam, divergem ou entram em conflito com o grupo.

Agora pense nas suas relações estabelecidas com sua família, no seu bairro e na escola e descreva alguma situação na qual uma característica pessoal gerou um conflito. E em seguida crie duas sugestões para resolver esse conflito.

Segue um exemplo: “Uma pessoa idosa que não foi bem atendida de forma preferencial em um supermercado.”

Assista ao vídeo a seguir de um Jovem estudante do Japão:

Os jovens são iguais no mundo inteiro, mesmo numa cultura tão diferente como é a do Japão. Ele tem uma identidade essencial e bem padrão, seja no Brasil, no Japão ou na China. A diversidade aparece somente nas características pessoais, por isso a importância do ensino do respeito  ao diferente, que deve ser levado muito a sério no Japão, imagino. Tem zoeira tem, mas qual o jovem que não gosta de zoar? Gostei demais. Assisti o vídeo com curiosidade para ver como um jovem comporta nas Escolas japonesas. A gente vê a satisfação dos jovens de estarem ali naquele ambiente. Muito interessante é o fato da obrigação em arrumar a sala de aula. Quisera os nossos jovens brasileiros tivessem uma escola tão boa como esta e pudessem conviver em uma escola tão enriquecedora como esse vídeo mostrou  que é a Escola japonesa. Quando alcançaremos esse padrão. As gerações de jovens se perdem a cada década no Brasil e  são perdidas para as organizações criminosas paralelas ao Estado.  Quem sabe este jovem quer conversar um pouco com os estudantes daqui da nossa cidade, contando um pouco como é sua Escola e sua vida lá? Seria um baita de um incentivo para nossos jovens levarem a sério seus estudos.