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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Jovem que lê escreve melhor e articula melhor os pensamentos, e não está entre os mais de 500 mil que zeraram a redação no ENEM.

         Um grande desafio vivemos hoje: formar jovens leitores a partir da escola. Os caminhos são muitos e todos eles esbarram em um grande trabalho a ser feito: como cultivar nas crianças, adolescentes e jovens com os quais trabalhamos todos os dias, o hábito da leitura, levando em conta o perfil do estudante que temos, aquele que assobia e chupa cana ao mesmo tempo e que não desgruda do celular? Os verdadeiros cérebros de pipoca, como bem pontuou um grande neurologista. O celular conectado às redes sociais utilizado para amenidades e não como instrumento de busca de informações que possam vir a se tornar conhecimento se tornou um grande problema a ser enfrentado. O desafio é grande pois vivemos na sociedade da dispersão, onde todo o tempo o jovem vive o apelo para a conecção inútil e nunca para uma reflexão que possa chamá-lo à responsabilidade para com sua história e da sua comunidade. Nossa cidade nada oferece para a formação da juventude, o que ele tiver de ser e construir será a partir da sua família, da escola e da Igreja a qual participa. Votou se no Congresso o Estatuto da Juventude, mas não se vê ações direcionadas ao acolhimento das demandas juvenis.
          Ações são necessárias no interior da escola para construção do leitor. Imaginem visitar a Feira Internacional do Livro de Paraty, seria um momento educativo bastante significativo ouvir palestras e ter um contato direto com autores de grande relevância nacional e internacional. Mas isto é só um sonho. Por enquanto pensamos apenas que precisamos fazer algo no espaço da nossa escola, agir localmente e nos tornamos todos agentes de construção de leitores. É preciso formar com nosso trabalho uma legião de leitores. E para que isso aconteça precisamos de pais engajados, que consigam passar para seus filhos o amor pela leitura e pelos livros, que ao fim de um árduo dia de trabalho tirem um momento para lerem um livro com seus filhos. Seria interessante trocar momentos das novelas da globo, que provocam ainda mais dispersão, por um tempo de leitura com o filho. É na mais tenra idade que se desenvolve o hábito, o prazer pela leitura. O papel de todos nós profissionais da educação nesse quadro, igualmente é também fundamental. Precisamos ser leitores apaixonados para que possamos passar credibilidade nessa relação de afeto com o livro para os jovens com os quais convivemos na escola. Quanto já se escutou que professor não lê? Muito mesmo se ouve isto, e é indiscutível a importância do professor neste processo de desalienação da criança, do adolescente e do jovem para a conquista da leitura enquanto habito de vida. Ao analisarmos os resultados da redação do ENEM, onde mais de 500 mil estudante zeraram a redação, não sabemos com quantos aqui em nossa Carlos Chagas aconteceu este problema que revela claramente o baixo desempenho na leitura de toda esta geração da tecnologia. O que precisamos fazer, então, é transformar o nosso jovem, este que está conosco todos os dias dentro deste espaço escolar, que não sabe ler, que é semianalfabeto ou analfabeto funcional, em um grande leitor, como tarefa não apenas do professor de português, mas responsabilidade de todas as áreas, de todos os professores, porque sabemos que quem lê escreve melhor, articula melhor os pensamentos e terá melhores condições de entrar no mercado de trabalho; terá melhores condições de se tornar um cidadão ativo, fazer escolhas inteligentes para sua vida sem falar que se encontra apto a participar de forma mais efetiva da construção de uma cidade melhor. Nas férias escolares os estudantes poderiam, dentre tantas coisas que fazem tirar um tempinho para uma gostosa leitura, quem sabe poderia a partir de um livro iniciar um novo modo de sentir e ver o mundo e as coisas?                             por Deodato Gomes Costa.

          Os murais do Eu amo leitura são todos muito bacana e instigante. Organizamos este slides e compartilho com todos. Participe da nossa Enquete sobre leitura, ajude na reflexão deste tema de tamanha relevância, deixe o seu posicionamento abaixo:


terça-feira, 30 de dezembro de 2014

TEM SEMPRE ALGO A SER DITO NO TÉRMINO DE UM ANO E NO RECOMEÇO DE OUTRO! Um tempo de reflexão e de balanço de vida!...



  
         Tem sempre algo a ser dito no término de um ano e no recomeço de outro. O  ano de 2014 se encerra. Tudo valeu a pena neste ano que termina. Quantos horizontes foram abertos na vida de todos nós. Viajamos por tantos conhecimentos ensinados e aprendidos. Vibramos e nos alegramos com as vitórias de cada um que convive aqui nesta casa do saber. Transpomos montanhas enfrentamos problemas, vencemos tantos stress, choramos com tantos descaminhos e sorrimos também com muitos encontros. Alguns se despediram da gente, partiram, foram navegar em outro mar.  Outros voltarão em 2015. Trarão novas histórias para nos contar. Chegarão carregados de esperanças.  Por mais que não queiramos pensar, o fim de ano é sempre um momento de reflexão  e de  um balanço de vida. É um passar de vários trailers pela mente, mostrando nos tudo que vivemos. Nas turbinas desta vida, onde tudo passa muito rapidamente fica sempre a impressão de algo que não fizemos, do sonho adiado, do lamento pelo que se perdeu nos descaminhos.
    Venha 2015! Venha mesmo! Acende de novo em nós a esperança de um tempo melhor! O ano é novo e nova também devem ser as promessas! Estamos a mil anos luz da plenitude, mas não importa, não se pode deixar de sonhar! Não se pode deixar de planejar! Como podemos recomeçar um novo ano sem sonho? Olhar para trás,  não para lamentar o que não se fez, o que se perdeu, sob pena de se transformar em uma Estátua de Sal, como na história da esposa de Ló contada no capítulo 19 do livro de Gênesis, que reli hoje.
Estátua de Sal
A mágoa tomou conta do seu coração e ela estava cega para ver a grandeza do horizonte que se abria à sua frente, porque estava presa ao ontem.  Os Girassóis, esta magnífica  flor, segue sempre a luz sem se preocupar com a noite que ficou para trás. Quantas noites escuras onde não víamos caminhos neste 2014 vivemos? Mas quantas possibilidades também se abrem para 2015! Recomeçaremos! Fora o desânimo dos que acham que tudo será como sempre foi. Tudo é novo no olhar daquele que vê a vida com os olhos da esperança. Tudo é novo para aquele que tem um coração capaz de vibrar diante dos pequenos êxitos. Viveremos a sabedoria dos que experimentam o novo com alegria e acolhimento, porque não é apenas uma novidade passageira. Agradecer por tudo é preciso! Agradecemos por todos os meses e dias de 2014, por estes dias mais quentes de dezembro que nos prepara para 2015, pela poesia de um livro de poemas musicados que ganhei de presente do irmão Josino, pela luz do sol, pelos finais de semana, pelos dias de aula, pelo amanhecer, pelo entardecer, pelos problemas que tivemos e pela disposição de superá-los, pelas feridas e pelas cicatrizes. Pela vontade de pedir perdão à alguém que machuquei.

         2015 chega e trará suas próprias preocupações. Há muito que se fazer para que a educação seja melhor! Quem sabe em 2015 grande parte dos  sonhos, que  alimentam a nossa vida,  se tornarão realidade? 2015 vem renovar as nossas forças para que sejamos capazes de lutar pelos ideais que temos.  Quem sabe teremos mais fé, mais amor e o nosso céu estará mais estrelado nas noites de lua cheia. Quem sabe olharemos para trás, com gratidão para não nos transformarmos na estátua de sal? Quem sabe, seremos  como os girassóis que apesar de toda a escuridão da noite  busca sempre a luz de um amanhecer?
        Obrigado, Senhor! Graças, milhares de graças demos a Deus pelo  milagre que é viver. Com confiança, com determinação,  em 2015 prosseguiremos sonhando educação e realizando a busca de uma vida plena. 
                                                                           por Deodato Gomes Costa


Charge do Quino
                                                                              
       

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Assim ninguém vai falar que as luzes de Natal não foram acesas em Carlos Chagas neste 2014.

           Fiquei a pensar o que poderia meditar e escrever sobre o Natal aqui no Girassol. Não tem sequer uma luzinha de natal a piscar nas praças da nossa cidade. No dia 17, em pleno aniversário da polis, os citadinos encheram as lojas de Teófilo Otoni. Esta data não precisa do comércio nem de luzes,  para inebriar a todos pela nostalgia natalina. Porque o natal está muito além da tosca emoção provocada pelo piscar de luzes e do movimento comercial. Natal é em si mesmo sempre um clima mágico, um sentimento de encontro mesclado com um grande desejo de infinitude que invade o nosso coração neste tempo. Diante da magnitude do natal, resta apenas meditar a nossa pequenez e efemeridade da vida, bem como, buscar formas de renovar o nosso encanto pela vida. Os dias trazem tantas histórias e acontecimentos que passam completamente despercebidos por nós. A vida é um movimento, este eterno ir e vir das coisas onde vai se perdendo a qualidade interior de se encantar. Os olhos vão se cataratacizando, cegando a medida que tudo vai se tornando mais do mesmo. Acostumamos de tal forma com a rotina que automatizamos todos os afazeres, mesmo os que brotam do mais profundo de nosso ser, emerge da gente de forma maquinal. Os fatos cotidianos passam de tal forma por nos e não conseguimos ver a presença do amor, da solidariedade, da caridade em nada que nos cerca. Nem nos pequenos presentinhos que recebemos não achamos o encanto. Já nem nos alegramos mais com eles. Vira uma troca de falso sentimentalismos no amigo oculto. É bom demais ser lembrado por alguém. Sim, porque quando alguém lhe dá algo é porque sua importância para aquele é grande. Todos lugares: trabalho, casa, rua,  as praças da cidade,  como em  todo ou qualquer ambiente em que de alguma forma estamos inseridos, parecem estar na escuridão do natal e  foram se tornando muito formais. Parece que apenas estamos aqui,  passamos ali para atender uma necessidade daquele momento: de trabalhar para garantir a sobrevivência, de repor energia para retomar a lida, de comprar um objeto, tudo formalmente e usando só  metade de nós mesmos. Onde está o encanto da vida? É preciso o resgatá-lo, não somente no natal mas em todos os tempos. O encanto pela vida que nos faz sorrir felizes e fazer o ato mais burocrático da vida com o grande dom de servir. Sempre somos colocados diante de situações que são verdadeiros milagres e há uma necessidade de entendermos a vida como milagre para fazer permanecer a magia nas coisas findas. O maior poder, não é o poder político, é o poder do amor. Este sim é capaz de revolucionar os poderes letárgicos da cidade.
O amor tem poder transformador e faz acontecer a vida apesar de todos fatores adversos em ação. Uma criança que descobre a leitura, um jovem que se encanta com um livro, uma cura alcançada, um trabalho terminado, um presentinho recebido. Quanto amor escondido e relegado existe em tudo! A força do amor transformador faz milagres quando lança esperança para momentos tão difíceis na vida de todas as pessoas, onde parecia algo intransponível. A vida está plena de mistérios e nós estamos presos pelos limites estreitos demais destes ambientes e situações em que vivemos. É por isso que existe o Natal, para dar um sentido especial em nossa vida e para que possamos fazer prevalecer o clima natalino por toda a vida. Será que ainda podemos resgatar um olhar mais cuidadoso para todas as coisas que nos cercam e para a nossa própria vida? O menino Deus que nasce todo ano vem fazer este apelo. Nosso olhar busca o espetáculo e não enxerga os verdadeiros milagres. José Saramago em seu livro, Ensaio sobre a cegueira disse que “ o egoísmo pessoal, a falta de generosidade, as pequenas covardias do cotidiano, tudo isso contribui para essa perniciosa forma de cegueira mental, que consiste em estar no mundo e não ver o mundo, ou só ver dele o que em cada momento for suscetível de servir o nosso interesse”. O nosso dia a dia está repleto de milagres: uma sementinha que se transforma em árvore, uma flor, um pássaro, a terra, o mar, o sol, tudo constitue um milagre. Você já pensou no extraordinário milagre da vida em uma criança que nasce? Somos confrontados em todo o tempo com acontecimentos que guardam tanta simplicidade mas que são grande mistérios da vida. A cada um de nós é dado a oportunidade de olhar metafisicamente, como bem preconizou o Saramago, e fazer a experiência para além do nosso mesquinho interesse individual. Precisamos nos tornar agentes de milagres e nos colocar a serviço do acender das luzes do natal em tudo e em todos os cantos da cidade. Só esta luz é capaz de iluminar todos os bairros, ruas e casas da nossa cidade. Assim ninguém vai falar que as luzes de Natal não foram acesas em Carlos Chagas neste 2014. Tudo porque vamos nos conectar com o encantamento do maior acontecimento de todos os tempos: o nascimento de um Deus que quis experienciar a nossa fragilidade de ser humano. Esse é o milagre maior pelo qual somos todos corresponsáveis.
                                                                                          Boas Festas a todos e a todas!....
                                                                                                   por Deodato Gomes Costa
     Ofereço este lindo clipe de Natal, feito por mim mesmo, com alguns momentos da nossa escola, utilizando uma linda canção de Natal, para mais refletirmos.