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domingo, 26 de março de 2017

Ângela, os fogões de lenha podem desaparecer, mas a amizade não! Obrigado pela gostosa presença! Uma mestra na cozinha é sempre multiplicadora de sabores, de esperanças, de sonhos e de amanhãs! É você!...

 Um reencontro de amigos é como um trinado de pássaros, a professora Jane disse isto em um poema,  mexem com as saudades,  remexem baús repletos de vivências que recontadas agora, têm  sabor  e se torna ingrediente do próprio pão que Ângela fazia ali.  


O poeta e cantador Josino Medina no seu Receita de Pão Caseiro, fala da necessidade de alma e prosa para preparar o pão. Em Ângela  alma e prosa são ingredientes que não faltam enquanto tece as histórias da existência ao amassar do pão.  


Há pedra na vida...
Mas há conquistas e afetos nas amizades.
O bom mesmo da vida é saber que quando se encontram, na hora de fazer o pão, ele ganha mais sabor.
E fazem pão sim mas celebram também um viva a amizade!


Os afetos cotidianos de uma amizade, esquecidos na distância...
A prosa desinteressada que se instalou na chegada .
O exercício de tecer um alimento gostoso, trazem sabor e alegria à vida.

E ali, na prosa e no pão gostoso, feito no encontro de amigos é que se encontra também vários enredos para viver. 


E quem vem de fora saboreia...gosta... se alegra... e entra no jogo de afazeres de sabor.
Parece que muito do que se perdeu da distância  retornou ali, naquele encontro simples e rico do sabor de  cotidiano.

Antônia Vitória e Jovana saborearam do segredo do fazer pão com prosa. Pão  gostoso feito com ingredientes de simplicidade,  de existência, de consideração, de poesia que se eternizam na emoção destas fotos.



A recompensa... é a pura alegria pelo outro que te saboreou e do sabor que sentiste do outro. Comer do alimento que o outro fez, temperado ali mesmo com as histórias e com a vida de quem fez, é se alimentar da dimensão mais sublime de uma pessoa: sua alma.



Fazer receitas gostosas é como o brincar de uma criança, é combinar e testar sabores, experimentar misturas,  e tornar muito gostosa a vida que se vive.

É encher-se de encantamentos a quem se submete à prova e se surpreende com a delícia do que se fez.
  


A vida pode ser muito saborosa se escolhermos o outro como tempero. O outro é sempre as nossas ervas finas, o sabor mais gostoso, o principal ingrediente que transforma os pratos mais comuns, em inéditos com surpreendentes sabores, repletos de  aromas, cores novas e de amor. 
Que sentido tem um solitário em uma mesa bem farta!
A vida poderia ser sempre assim, uma comida gostosa que alguém amigo fez pra mim...e ainda a  gente senta junto pra comer.


Obrigado Ângela,  pelo prazer do pão gostoso, do tererê na madrugada e da sua presença. Chuva de pétalas de rosas para você,  que faz a vida ser gostosa e cheia de receitas de encantamentos que podem nos levar ao encontro de onde está um pouco da luz da felicidade. 

   
Um encontro é sempre um acender de memórias, alimentadas pelo fogo da lembrança, você não poderia deixar de falar dele: Madinho. Um cara que sempre nos comunicou da existência de outros mundos muito mais plenos.
Se Deus fez este mundo tão belo assim, porque ele é tão cheio de pecado e morte?  Imagine então Ângela,  o esplendor sem fim que Madinho encontrou ao desembarcar no Paraíso!...
O Céu é uma morada permanente... não é Carlos Chagas onde ele nasceu, precisa-se fazer muito por esta cidade para que as pessoas vivam melhor aqui, nem Medianeira para onde mudou e encontrou oportunidades, nem os Estados Unidos, muito menos Portugal onde trabalhou, é um lugar onde ele desfez suas malas de vez para  ficar para sempre... E conhecendo um pouco deste homem afetuoso,  sabendo que ele já era do mundo para onde viajou, penso que deve ter achado incrível, dormir aqui para todos que o amava, e ter  acordado no Céu, e simplesmente ver que chegou em sua casa!



A morte enriquece a vida... de quem partiu e de quem ainda está por aqui. Porque no final mesmo, todos nós estaremos agasalhados é na eternidade. 
Deus oculta da gente a felicidade da morte para que possamos suportar a vida. Ficamos tristes e choramos muito, quando pedaços de nossas vidas se vão,  porque achamos que a morte é um mergulho no infinito do escuro.
                         

         De tudo que se disse, concluo: "quero o amanhecer dos encontros sem abrir mão do entardecer das nossas almas", de preferência tomando tererê na madrugada, comendo pão com poesia feito por Ângela e curtindo magnifícas histórias contadas por ela mesma enquanto faz o pão.   E pode deixar-se chegar pouco a pouco no modo poético quintaniano, um céu que vai entardecendo e a gente nem ficar sabendo que é o fim.                                                                                  Por Deodato Gomes