Um momento de grande reflexão e crescimento foi vivenciado na nossa Semana Escola em Movimento, na Escola João Beraldo no último dia 23 de setembro, sábado, quando assistimos a entrevista com o intelectual e escritor Professor Clovís Barros Filho. Na entrevista o professor nos fez pensar sobre o relação trabalho e felicidade. Segundo este autor, não podemos ser felizes apenas nos feriados e finais de semana, quando se está fora do ambiente de trabalho. Não se pode ir para o trabalho como um animal que está indo para o matadouro. O trabalho envolve uma das dimensões mais sublimes do ser humano: a sua realização. A felicidade não está no depois, no futuro ela precisa ser encontrada no presente, no instante mesmo em que estamos trabalhando. A energia vital, a alegria está também nas metas alcançadas, e atendimento entusiasmado daqueles que estão sob a responsabilidade de quem trabalha dando o melhor de si. O escritor ainda é mais enfatico quando pontua que o famoso "happy hour" acaba que uma forma de escape daqueles que não estão felizes com o que fazem para quem ele aconselha a mudar de profissão.
Veja o vídeo que assistimos e que deu uma conversa muito bacana entre a gente.
Vejam alguns pensamentos do Professor Clóvis de Barros filho.
O amor não se ganha só com um Eu Te Amo, e sim com atitudes, respeito e carinho.
Clóvis de Barros Filho
Amor pode ser desejo. Quando estamos apaixonados. Gostaríamos que a vítima da nossa paixão permanecesse ao nosso lado todo o tempo. Como não dá, pensamos nela sem parar. Amamos o que desejamos, quando desejamos, enquanto desejarmos. E podemos desejar quase tudo. Desde uma pessoa até uma groselha bem gelada. Para desejar, basta não ter. Sempre que desejamos, é porque algo nos falta. Desejamos o que não temos, o que não somos, o que não podemos fazer. Assim, o desejo é sempre pelo que faz falta. E o amor, também.
Ou você ama e deseja o que não tem, ou tem, mas aí, sem desejo, sem amor. Paradoxo platônico da existência. Ora, se a felicidade para você e para mim implica ter o que se quer ter, então, o amor não será feliz nunca. Aragon é poeta. Não há amor feliz para ele. Eu sou professor de Ética na Comunicação, ou seja, um pobre desgraçado na definição afetiva daquele filósofo e do Estado que me paga.
Mas Platão e seus tristes seguidores não têm sempre razão. Porque amor pode ser também alegria. É o que nos propõe Aristóteles, seu mais conhecido aluno. E alegria é diferente de desejo. Porque sempre acontece no encontro, na presença. O mundo alegra quando está bem diante de você. Não é como o objeto do desejo, confinado nos seus devaneios. O amor aristotélico é pelo mundo como ele é. Não pelo mundo como gostaríamos que fosse.
Seja um pouco mais afetivo e um pouco menos racional.
Clóvis de Barros Filho
É que eu adoro o que eu digo. É impressionante como eu me encanto com o que o eu mesmo falo, é impressionante o quanto eu entendo quando eu mesmo explico. Porque tem gente que condena, as pessoas consideram isso arrogância. Mas pare para pensar: Se você vai ter que conviver com você mesmo até o fim, se você vai ter que se aguentar até o fim, se você vai ser espectador de você mesmo até o fim, é melhor que se encante com o que faz.
Clóvis de Barros Filho
A vida é uma sequência de encontros inéditos com o mundo, e portanto ela não se deixa traduzir em fórmulas de nenhuma espécie.
Clóvis de Barros Filho
Você sabe que encontrou a felicidade quando vive um momento que não quer que acabe.
Clóvis de Barros Filho
De qualquer forma, você continuará assim. Vivendo como dá. E enquanto der. Procurando esticar o encontro que alegra e abreviar o que entristece. E a vida que vale a pena? Só pode ser uma. A sua. Esta mesma que você está vivendo desde que nasceu. Mas com tudo. Seus encontros, certamente. Mas também seus sonhos, suas ilusões, seus medos e esperanças e, por que não, suas filosofias também.
Clóvis de Barros Filho
O que há de mais essencial em nós é nossa energia vital, tanto é assim que, quando ela acaba, é porque a vida acabou também. Tal como uma estrela, que brilha enquanto tem energia. Você também é assim, uma estrela. Não vira estrela depois que morre, é estrela agora, em vida.
Clóvis de Barros Filho
A vergonha é um tipo particular de tristeza, você se apequena, você se acanha, você brocha, mas tem uma causa particular. Vergonha é uma tristeza específica, é uma tristeza que tem como causa você mesmo, uma tristeza que tem como causa um atributo flagrado por você em você mesmo. A vergonha, portanto, é uma tristeza que não sai da primeira pessoa: é você que observa você, que vê o que você fez, que não gosta do que vê, que não gosta do que fez, aí você se acanha. Você, causa da própria tristeza. Você, criatura envergonhada. Aí eu te pergunto: o que poderia querer dizer alguém sem vergonha?
Clóvis de Barros Filho
Tudo o que eu percebo no mundo, percebo em mim. Isto nada mais é do que o meu corpo afetado pelo mundo.
Clóvis de Barros Filho
Muitos teóricos buscam ininterruptamente esmiuçar a felicidade, porém, dizer a si mesmo - sou feliz! Seria facilmente constatado como utópico.
Não existe uma vida que seja 100% feliz, o que existe, são momentos felizes.
E quando estou ao seu lado posso dizer - sou feliz! No momento que saio da sua presença, a felicidade não se encontra mais.
Porque um instante de vida feliz é um instante de felicidade, que você torce para não acabar tão rápido. Um instante de vida feliz é um instante que você agarra, que você lamente que tenha acabado, que você articula para repetir o mais rápido possível.
E o que eu posso desejar, é que seja o seu caso ao meu lado, que quando pensarmos que existirá um fim, por que só podemos lamentar o que em um momento tenha sido bom pra nós.
E que se a vida foi e está sendo boa quando estamos juntos, significa que a felicidade tão perseguida está instaurada em cada momento, e esses momentos devem serem lutados conservados e para que não ecoam pelas mãos.
Os afetos lembram mais um instrumento de corada, por exemplo uma harpa, do que um instrumento de sopro uma corneta, em uma harpa a corda vibra por muito mais tempo do que o dedilhar que lhe deu causa, na corneta o som sai rigorosamente ao mesmo tempo do sopro que lhe deu causa.
Os afetos são assim, como harpa, vibram muito mais tempo, e que nossos momentos sejam como o dedilhar e que nossa harpa não pare de vibrar, para que quando você me encontrar venha vibrando de calor e alegria, porque minha corda por você não parará de vibrar tão cedo.
Não existe uma vida que seja 100% feliz, o que existe, são momentos felizes.
E quando estou ao seu lado posso dizer - sou feliz! No momento que saio da sua presença, a felicidade não se encontra mais.
Porque um instante de vida feliz é um instante de felicidade, que você torce para não acabar tão rápido. Um instante de vida feliz é um instante que você agarra, que você lamente que tenha acabado, que você articula para repetir o mais rápido possível.
E o que eu posso desejar, é que seja o seu caso ao meu lado, que quando pensarmos que existirá um fim, por que só podemos lamentar o que em um momento tenha sido bom pra nós.
E que se a vida foi e está sendo boa quando estamos juntos, significa que a felicidade tão perseguida está instaurada em cada momento, e esses momentos devem serem lutados conservados e para que não ecoam pelas mãos.
Os afetos lembram mais um instrumento de corada, por exemplo uma harpa, do que um instrumento de sopro uma corneta, em uma harpa a corda vibra por muito mais tempo do que o dedilhar que lhe deu causa, na corneta o som sai rigorosamente ao mesmo tempo do sopro que lhe deu causa.
Os afetos são assim, como harpa, vibram muito mais tempo, e que nossos momentos sejam como o dedilhar e que nossa harpa não pare de vibrar, para que quando você me encontrar venha vibrando de calor e alegria, porque minha corda por você não parará de vibrar tão cedo.
Clóvis de Barros Filho
O universo é uma zona infinita, povoado por energia em trânsito. Logo a vida boa é com energia, com potência de agir. Alegria...
Clóvis de Barros Filho
O mundo te respeitará na exata proporção que você não tiver medo dele. Por que tudo é só uma relação de forças...
Clóvis de Barros Filho
Felicidade é a pretensão ilusória de converter um instante de alegria em eternidade.
Clóvis de Barros Filho
"O gênio é alguém que rearticula de maneira mais criativa que os outros, uma polifonia discursiva à disposição."