Jornal O Globo de 19 de novembro de 2022- Sábado
Bullying
CAMPANHA CONTRA O BULLYING
sábado, 19 de novembro de 2022
terça-feira, 15 de novembro de 2022
PARAÍSO - apolínea animação!
Assisti a esta animação já há algum tempo e me encantei, tanto assim que cada vez que assisto novamente me emociono mais. Provoca em mim grandes reflexões. Sem um diálogo, só com imagens e som, é uma animação poderosa. Enche os olhos, é deslumbrante, muito mais que linda.
Vale a pena apresentá-la em qualquer reunião de trabalho! Serve também para reuniões pedagógicas porque promove boas discussões. Gera boas conversas.
Titulo Original: Paradise💗
Ano: 1985 (Melhor Curta nos festivais de Ottawa e Berlin)
Diretor: Ishu Patel
Personagens: Pássaro preto, pássaros coloridos, rei.
País: Canadá
Duração : 15 minutos
São 15 minutos de rara beleza.
Sinopse (Resumo da História do Filme):
Uma belíssima animação que conta a história de um palácio majestoso todo coberto de brilhantes onde moram um rei e uma ave. Aparentemente um lugar tão rico onde o rei sempre se mostrava alegre. Porém, quando uma ave negra que morava fora do castelo viu tamanha riqueza de cores, logo se encantou e sonhou ser ela o pássaro querido do castelo.
Assim ele buscou penas de outros pássaros e se fantasiou para dançar para o rei e o encantar. Porém logo a ave negra descobrirá que o castelo não é tão bom e que o paraíso fica em outro lugar. Um excelente momento de reflexão, sensivelmente inteligente, toca e emociona.
Já li que a psicanálise trabalha o fato do ser humano desejar o desejo do outro. A raiz de todos os nossos desejos é o desejo de ser reconhecido pelo Outro. Não estou aqui falando de necessidade, esta se encontra em outro lugar, fora do desejo. Se eu quero a coisa que o Outro quer isso significa que o que me atrai de fato não é a coisa em si, mas o olhar do Outro sobre a coisa. Ou seja: o que eu quero de verdade é o olhar desejante do Outro!
O Pássaro negro vivia esse dilema ético e faz de tudo para estar no lugar do outro. Assim como a lagarta quer se colocar na condição de borboleta, o Pássaro quis ser outro pássaro, para além dele mesmo. Mas a lagarta tem na sua natureza genética essa prerrogativa. O Pássaro negro desejava ser, a duras penas, o brilhante pássaro, e não ele mesmo. Queria fazer, na pele do outro, sua linda performance para o Rei. Não o bastava ser diverso, queria reluzir a luz da outra ave.
O sujeito desejante se sente assim, querendo ser o que não é, pois ser o que se é, é ser insuficiente. Aquele Pássaro, jamais seria o lindo pássaro que fazia as fascinantes exibições para o Rei. Tanto que, após grande momentos de solidão, acaba se descobrindo uma ave fake. Um leão não vai criar asas e voar, mas pode encontrar sua grandeza dentro daquilo que sua natureza o tornou e naquilo que seu ser próprio vir a ser, se tornar.
O lugar do outro, onde o Pássaro negro queria se colocar, ocultava em um intenso brilho o mais profundo exílio de uma sela, onde nem o pássaro reluzente desejava estar. Claro que a luminosidade do sol era mais viva que o aparente brilho interno do palácio.
Tentando se colocar em um lugar mais pleno e essencial, para onde a reflexão acerca dessa animação pode nos conduzir, concluo com esse axioma que me ocorreu aqui e que nem sei o autor:
"Quando reconhecemos o valor e o poder de quem somos e deixamos os julgamentos para trás, abrimos espaço para nossa essência viver de forma autêntica, livre e feliz."
Por Deodato Gomes
segunda-feira, 14 de novembro de 2022
Simplicidade
"Na simplicidade aprendemos que reconhecer um erro não nos diminui, mas nos engrandece, e que as pessoas não existem para nos admirar, mas para compartilhar conosco a beleza da existência".
Roberto Shinyashiki
quarta-feira, 2 de novembro de 2022
Ainda dá tempo de fechar o ano de 2022, com tudo que planejamos concluído!
Aproximando do final do ano e já é possível fazer uma avaliação daquilo que foi entregue e dos resultados da educação alcançados até aqui. Sabemos que um dos segredos da gestão do ensino público é planejar o dia a dia, já que cada profissional da educação, desde os técnicos da Secretaria de Educação, até os que estão na Escola, são responsáveis pelo gerenciamento de seu tempo. Este é o momento de relembrar os objetivos desenhados para o ano de 2022 e nos reorganizar, listando semana a semana, as principais ações que estão por serem concluídas e que ainda é possível e dá tempo colocar em prática. Sem deixar de lado as ações já planejadas para o final do ano:
- entrega de boletins finais,
- assembleia geral da comunidade para prestação de contas do ano de 2022,
- organização da cerimônia das turmas concluintes,
- acolhimento das novas matrículas,
- prestação de contas do PROGEFE etc...
- reunião módulo II,
- reunião de pais,
- reunião do colegiado escolar,
- tem o 20 de novembro ainda,
- tem ainda o 3 de dezembro como sábado letivo,
- o sistema de gestão-Sislame,
- os projetos educacionais todos: aprender valor, educação conectada, busca ativa etc...
No dia 16 de dezembro termina o ano letivo e temos portanto apenas 29 dias de aulas e até o momento, bastante para ser feito.
Finalizo esta reflexão com as sábias palavras do Cortella quando diz: "se eu podendo fazer o meu melhor, me contendo com o possível, eu caio num lugar perigoso chamado mediocridade"
Por Deodato Gomes
domingo, 30 de outubro de 2022
Acordei, acordai, irmãos meus!
Acordei para tirar a noite de meu país. Acordei para iluminar a vida de milhões que passam fome, de milhões que se desperdiçam por não serem cuidados, de milhões que adormecem sem esperança.
Acordei para abraçar o amor como movimento ético de transformação humana. Não quero um país para poucos. Quero um país para todos! Um país que não julgue o diferente, mas que abrace os diferentes e acredite na igualdade. Um país fraterno cujas armas sejam as mãos dadas e o conhecimento.
Acordei para desautorizar os que gritam palavras de ódio e os que zombam da dor do outro. E também os que se omitem. Irmãos meus de cada canto do Brasil, dos tantos brasis, merecem respeito.
Acordei para permitir que a luz da manhã banhe de esperança minha alma. Um novo tempo começa hoje. Com suas imperfeições, certamente, mas com os medos sendo demitidos pela coragem de jamais comungar com quem agride, com quem diminui, com quem violenta a alma humana.
Acordei sentindo o cheiro da floresta, que tanto quero proteger, porque é a casa da humanidade inteira. Acordei demitindo a mentira, o uso incorreto do Sagrado. Irmãos meus de religiões todas merecem o direito de liberdade, sem falsidade, sem inverdade.
Acordei abraçando a educação como a mais importante política pública, a que abre as portas para todas as outras, a que permite o direito das escolhas, a convivência digna, a construção de amanhãs. Acordei com a compaixão me explicando a dor de meus irmãos que não têm o que tenho, quando a saúde falha, quando o fosso da desigualdade abre mais cedo a porta da despedida da vida.
Acordei para um horizonte novo em que a alegria seja convidada a fazer parte. Ela só vem, quando é a paz a convidadora. E a paz é uma ação diária de compreensão da necessária convivência.
Acordei pintando na vida as palavras ética e estética. O bom e o belo. Das praias e das montanhas. Das grandes e das pequenas cidades. Do sertão e do serrado. Do sul, do nordeste, do sudeste, do norte e do centro-oeste. É o mesmo Brasil se vestindo de sotaques diferentes. Dos povos originários a todos os outros abraçados aqui por uma mãe natureza que nos oferece a abundância de clima, de água, de solo, de esperança de plantios bons.
Acordei para votar. Para votar sorrindo. Para votar agradecendo os meus irmãos de ontem que conquistaram a democracia. Acordei para dizer aos meus irmãos de amanhã que prosseguirei lutando para que ditadura nenhuma roube de nós o direito de prosseguirmos votando e decidindo, livremente, quem provisoriamente recebe de nós o mandato de governar. Governar é cuidar. É nisso que acredito desde que acordei.
É manhã de domingo. Um sol bonito se abre para dizer que o belo do horizonte pode ser belo no modo como tratamos uns aos outros. Como tratamos a nós mesmos, despedindo o que nos despede da nossa essência. Não é o ódio a matéria-prima que nos molda, é o amor. Forte e transformador, quando percebemos, quando autorizamos.
Que a harmonia da natureza possa viver dentro da gente, das gentes todas que se encontram nas calçadas, nas ruas, nas casas, nos campos e nas novas avenidas nascidas com as tecnologias. Do outro lado há sempre um humano como eu, que como eu sofre e como eu sorri.
Que a palavra respeito e a palavra amor sejam companheiras inseparáveis em nossa brava gente brasileira que nunca se negou a acordar.
Acordei.
Acordai, irmãos meus.
Não desperdicemos a liberdade para que ela nunca parta nos deixando partidos de arrependimentos.
Acordemos juntos o acordo de um tempo de paz.
Nasce, hoje, um novo país!
Gabriel Chalita
sábado, 29 de outubro de 2022
sexta-feira, 28 de outubro de 2022
O Que Está Escondido em sua Sombra? Você sabe quais são as suas sombras?
domingo, 29 de agosto de 2021
EXISTE UM SILÊNCIO REDENTOR QUE VOCÊ NÃO VIVE!...
"A mais bela viagem que podemos fazer
aqui na terra é aquela que se faz de um ao outro"
"Quem quer aquecer o mundo deve trazer dentro de si uma grande fornalha."
Silêncio Redentor
O ser humano não gosta de solidão e luta toda a vida para libertar-se dessa sombra incômoda, desconfortável.
Milhões de pessoas se encharcam de barulho, televisão e internet... para fugir da solidão.
Conectados com o mundo e os acontecimentos, sentimo-nos menos solitários e desamparados. Mais seguros e imbatíveis. Ilusoriamente.
Há uma solidão terapêutica benfeitora: a que nos faz mergulhar para dentro de nós mesmos, ao núcleo central de nossa identidade.
Enquanto muitos cidadãos fogem desse encontro frontal com seu eu profundo, os sábios na arte de viver amam o silêncio orante, redentor.
Diga-me quais os silêncios que você curte e as solidões que você cultiva. E eu saberei se você navega planícies ou escala montanhas...como santos, os maiores artistas na valorização do seu tempo-vida, a caminho da eternidade.
Pe. Roque Schbeider
domingo, 18 de julho de 2021
GOSTAR DO FILHO é uma palavra encantada! Leia!...
Gostar
do filho é saber-se ridículo no meio da mais completa grandeza. É ser piegas
tanto quanto profundo e conviver com o que se soube economizar do emprego com o
padrão vida. E descobrir-se mudando a cada dia, um reviver aprendido.
Gostar
do filho é perceber-se nada ante seu olhar implacável e sentir-se tudo ante sua
dependência. E babar retratinhos, depois de tê-los desdenhado nos outros. É
voltar a parques e circos sem precisar de desculpas, e fingindo que reclama do
"trabalhão que eles dão". Gostar do filho é reencontrar medos antigos
que ficaram sepultados na personalidade adulta. E aprender a calar pois chegará
o momento de dizer (nem sempre é na mesma hora). Gostar do filho é sobretudo
saber "não saber". Ou testar o que sabe, com modéstia e humildade.
E
incorporar o que não sabe sem inveja. É usar o que sabe com prudência. É
reformular a cada dia. É confirmar a cada instante. É tanto conhecer o que
muda, como o que não muda, e saber distinguir os dois na hora certa.
Gostar
do filho é sentir seu crescimento. Acompanhar seios, barbas, hormônios, fala,
baba, cheiros, pêlos, palavras, letras, cadernos calças, espasmos, choros, medos,
surfe, pelada, boneca, sexo, piriri, espanto, esbarro, radiografia, namorada,
astronomia, mesada, mulher, homem, tudo acompanhar no mais altruísta dos
egoísmos.
Gostar
do filho é permitir-lhe o vôo, no máximo ensinando-o a distinguir ninho de
arapuca. É amar a liberdade, mas ter medo da dele, permitindo-a. Gostar do
filho é desaprender a dormir para poder dormir em paz. É aprender a renunciar e
a agüentar. É redescobrir agasalhos, natais, escadas rolantes, selos, caixas de
fósforo, botão, prancha ou vestidinho. É conviver, roçar a pele, ficar todo
mole quando ganha um .abraço espontâneo depois de ter rejeitado tantos outros
lá fora. E ser cego e clarividente. Profeta e embotado. Sábio e burraldo.
Valente e covarde. Bobão e frio. Inseguro e protetor.
Mas
gostar do filho é sobretudo saber esperar. Não ter a pressa de aceitações,
entendimentos e devoluções à vista. E saber conquistar pelo menos uma lembrança
compreensiva, não importa quando venha, no fim dos tempos ou depois de amanhã.
Saber
esperar as quatro estações cuidando as podas, regas, adubos, como quem cumpre
um ritual, se possível cantando as canções da colheita, as que trazem a messe e
a esperança do fruto. Que virá. Carregado de sementes.
Por Artur da Távola
Retirado do Livro;
ANDRADE, Durval Ângelo e GONÇALVES, Ana Maria- Palavras Encantadas, 11ª edição. Belo Horizonte: Expressa, 2014 , p.175
quarta-feira, 30 de junho de 2021
História da Estátua das Crianças da Bomba Atômica
História da Estátua das Crianças da Bomba Atômica
História de Sadako Sassaki e da Estátua das Crianças da Bomba Atômica
Para conhecer a história e o significado da Estátua das Crianças da Bomba Atômica, primeiramente precisamos conhecer a história de Sadako Sasaki.
A estátua foi uma homenagem à ela e a todas as crianças inocentes que morreram covardemente por causa da guerra e da bomba atômica de Hiroshima e de Nagasaki. É uma história que nos toca o coração e que vale a pena conhecer!
História de Sadako Sasaki
Sadako Sasaki nasceu durante a Guerra do Pacífico (Segunda Guerra Mundial).
A família de Sadako possuiam uma Barbearia e quando sua filha nasceu, os Sasaki ainda não haviam escolhido um nome para ela.
Um dos clientes da barbearia, especialista em nomes que trazem sorte e saúde, sugeriu que colocassem o nome “Sadako”. Segundo ele, esse nome a faria crescer forte e saudável.
A Guerra muda a vida de todos
Conforme a guerra se arrastava, a vida das pessoas se tornavam mais dura. No ano em que Sadako nasceu, seu pai foi convocado para o exército. Ele foi designado para ser enfermeiro, afim de cuidar de soldados doentes ou feridos no Hospital do Exército em Hiroshima. Depois de sua partida, a mãe de Sadako chamou parentes para ajudá-la a manter a barbearia.
Família de Sadako (Foto Arquivo)
Pai Shigeo (à direita, em pé)
Mãe Fujiko (segurando Sadako no colo)
Avó Matsu (mãe de Shigeo, ao lado de Fujiko)
Masahiro, irmão de Sadako (2 anos, 3 ª à direita na frente)
06 de agosto de 1945
A primeira bomba atômica do mundo detonou no céu sobre Hiroshima.
Era uma manhã quente de verão e aviões americanos sobrevoavam a cidade.
De repente soaram sirenes para que as pessoas fugissem e se protegessem.
Sadako, sua avó, sua mãe e seu irmão Masahiro estavam tomando café da manhã juntos quando foram surpreendidos por um clarão ofuscante e logo em seguida, uma explosão estrondosa.
Nuvem Negra
As paredes da casa cairam. Sadako e os outros foram jogados ao chão. Masahiro e a avó ficaram feridos, mas, milagrosamente, Sadako e sua mãe saíram ilesas. De alguma forma, todos escaparam com vida e fugiram em direção ao rio. Ao longo do caminho, a avó de Sadako retornou para pegar algo na casa. Ela nunca mais foi vista.
Os incêndios foram acendendo aqui e ali. Alguém ajudou a família, colocando-os em um bote para salvá-los do fogo. Enquanto a família estava no barco, a chuva começou a cair.
A chuva deixou manchas negras sobre as roupas de Sadako. O desespero e a sede era tão grande, que as pessoas bebiam a água negra da chuva.
1949-1954
Apesar de ser uma sobrevivente da bomba atômica, Sadako era uma criança cheia de energia, saudável, que nunca perdeu um dia na escola primária. Ela era educada e cuidava dos seus irmãos com muita ternura. Ela adorava cantar e praticava esportes. Realmente Sadako era uma criança prodígio.
O Retorno da Paz
A guerra terminou. Gradualmente, os edifícios foram construídos e as pessoas voltaram para a cidade onde o rumor se espalhou de que “nada vai crescer por 75 anos.” A família Sasaki reabriu sua barbearia no centro de Hiroshima.
Logo, Mitsue, sua irmã mais nova nasceu. No ano seguinte, quando Sadako foi para o Ensino Médio, seu irmão mais novo Eiji nasceu. A família Sasaki tinha agora seis membros. Com os pais ocupados com a barbearia, manter a casa limpa e cuidar dos pequenos ficou aos comandos do filhos mais velhos, Sadako e Masahiro. Era normal as crianças ajudarem nas tarefas domésticas naqueles tempos.
Sadako se torna uma grande atleta!
Na escola, Sadako que era uma ótima aluna, passou a se destacar também nas corridas de revezamento com bastão.
Seu grupo não era um dos melhores na modalidade, porém após muitos treinos, Sadako se tornou a melhor do grupo e foi graças à sua determinação que seu grupo facilmente ultrapassou todas as outras classes e conseguiram a vitória tão desejada. Na foto ao lado está a equipe de Sadako (Ela é a do centro).
1955 – Sadako vai para o hospital.
Dez anos depois do bombardeio atômico, a vida voltou ao normal para a cidade de Hiroshima e seu povo. No entanto, logo depois de vencer o torneio de revezamento do seu grupo, houve sinais de que algo estava errado com Sadako. Ela pegou um resfriado e sentiu uma rigidez no pescoço. Quando o frio foi embora, a rigidez ficou. O rosto de Sadako ficou todo inchado.
Após passar por vários exames, o médico disse: “Sadako tem leucemia”. Ela tem um ano de vida no máximo. “ Sadako foi transferida para o Hospital da Cruz Vermelha de Hiroshima. Sabendo da notícia, os amigos Sadako do grupo de corrida, discutiram o que poderiam fazer para ajudar a Sadako. Eles decidiram se revezar para visitá-la no hospital.
Os grous trazem esperança a Sadako
Cerca de cinco meses depois de Sadako ser hospitalizada, sua companheira de quarto, com cinco anos de idade morreu de leucemia no hospital. “Eu me pergunto se eu vou morrer assim”, disse ela comovida.
Só então Sadako, se deu conta de que a leucemia era uma doença assustadora. Aos 12 anos, Sadako lutava contra o terror da morte.
Cerca de 1000 mil grous de papel feitos por estudantes do ensino médio de Nagoya, foram entregues aos pacientes no hospital. O quarto de Sadako, também, foi abrilhantado por centenas de dobraduras de celofane em muitas cores.
Foi assim que ela ouviu a lenda, “Se fizer mil grous de papel, seu desejo se tornará realidade”, Sadako encheu-se de esperança e começou a dobrar os grous e a cada um que ficava pronto, dizia a si mesma o seu desejo:
“Eu escreverei paz em suas asas e você voará o mundo inteiro”.
Essa foto foi tirada pouco antes da cerimônia de graduação da Escola. Sadako recebeu uma permissão especial para sair do hospital para assistir à festa de despedida da classe. Seus pais compraram este quimono com estampas de flor de cerejeira, quando ela entrou no hospital.
Sadako nunca falou sobre sua dor ou sofrimento. Ela simplesmente deixou suas orações para os origamis. Apesar de seus esforços, a doença progrediu. Ela começou a ter febres e o medo de morrer a impedia de dormir. Mesmo assim, ela continuou dobrando tsurus com fervor e esperança de sobreviver.
Sadako não resiste
Enfraquecida, Sadako não teve força para dobrar os mil pássaros.
Em 25 de Outubro de 1955, rodeada por sua família, ela montou seu último tsuru e dormiu placidamente pela última vez. Foi exatamente um ano depois que ela tinha vencido a corrida de revezamento. Seus colegas de classe dobraram os pássaros que faltavam para que fossem enterrados com ela. Ela tinha somente 12 anos.
Ano de 1956
A morte de Sadako foi um grande choque para os seus amigos. Muitos deles, como Sadako, tinham presenciado a bomba atômica. Eles estavam cheios de medo, arrependimento e um sentimento de desamparo.
O que podemos fazer?
Depois da morte de Sadako, seus colegas disseram uns aos outros:
“Vamos fazer algo para Sadako?”.
A culpa que eles sentiam por não terem sido capazes de impedir sua morte, deixou uma sensação dolorosa em seus corações. Alguém disse:
“Podemos construir um túmulo para ela? Se for perto, podemos visitá-lo todos os dias.”
Outro sugeriu:
“E se fizermos um monumento no Parque Memorial da Paz? Não apenas para Sadako, mas para todas as crianças que morreram por causa da bomba atômica?”
“Mas será que conseguiremos fazer algo assim?”
Os alunos estavam preocupados.
“Mas eu realmente quero fazer algo para Sadako”.
“Eu quero me livrar das bombas atômicas.”
Estas foram as emoções que moveram o grupo para tomar uma atitude.
Crianças de todo o Japão unidos pela causa
Os amigos de Sadako começaram um movimento para levantar fundos para o monumento. O apelo rendeu frutos que ninguém esperava. Mais de 3000 escolas de todo o Japão enviaram dinheiro e cartas, dizendo: “Por favor, use isso para ajudar a construir o monumento.”
Em janeiro de 1957, ficou oficialmente decidido a construção do Monumento da Paz às crianças no Parque Memorial da Paz no centro de Hiroshima.
A estátua de bronze possui nove metros, e tem a figura de uma menina segurando um grou gigante de papel. A estátua foi concluída no Dia das Crianças (05 de maio), em 1958, dois anos após a morte de Sadako Sasaki.
A inscrição gravada na pedra em frente ao monumento, diz:
Este é o nosso grito.
Esta é a nossa oração.
Para a construção da paz no mundo.
Esperança de Sadako Transportada ao Redor do Mundo
Mais de meio século se passou desde que Sadako perdeu sua vida aos 12 anos de idade. A história de Sadako tocou muitos corações. Cartas e tsurus do mundo inteiro continuam a ser enviados para o Monumento das Crianças da Bomba Atômica todos os anos.
Embora não tenha conseguido salvar sua própria vida com os mil grous de papel, sua história ainda pode salvar milhões de pessoas. Seus tsurus levantaram vôo de outra forma, servindo como símbolo do crescente movimento pela paz na Terra.
Vídeo com História de Sadako
sábado, 12 de junho de 2021
O CORAÇÃO, A RAZÃO E A PESSOA
O CORAÇÃO, A RAZÃO E A PESSOA
Maria Clara
Lucchetti Bingemer
O coração
na história da humanidade não é concebido apenas como o músculo que bombeia o
sangue através do corpo em movimentos sistólicos e diastólicos
incessantes. Não é apenas a sede das
emoções e sentimentos tão utilizados pela literatura romântica para expressar
aquilo que faz o coração dos apaixonados bater em diversos e variados ritmos e
tons.
A
simbologia do coração nas diversas religiões é muito rica. Demonstra que aquilo
que é nosso centro vital, situado em plena corporeidade nossa e quando sofre
qualquer fragilização põe em risco nossa vida, pode carregar um significado de
profunda riqueza espiritual, que vai além do biológico ou mesmo das diversas
paixões.
Na
mitologia greco-romana, base da cultura ocidental, o coração é símbolo do
nascimento, do princípio da vida. Isso se deve a Zeus, o deus mais poderoso do
Olimpo, que engole o coração ainda palpitante de Zagreu, gerando daí seu filho
Dionísio. Também no Antigo Egito, o Salão do Juízo correspondia ao local onde
eram pesados os corações dos mortos. E o órgão que bombeia a vida para toda
pessoa era visto e considerado como sede da sabedoria e da inteligência, sendo
associado à verdade e à justiça.
Também nas religiões orientais a simbologia do coração se faz
presente. Na Índia, se concebe que por assegurar a circulação do sangue e ser o
centro vital do ser humano, o coração é o símbolo da morada de Brama, a
divindade suprema do hinduísmo.
No Islã, o coração é
considerado o trono de Deus, a sede e morada da divindade. E quando aparece um
coração alado, aí se reconhece o símbolo do movimento islâmico Sufi, que
acredita que o coração se situa no movimento e no espaço entre o espírito e a
matéria, entre o corpo e a alma. Simboliza o amor de Deus, o centro espiritual
e emocional dos seres.
No Cristianismo, o coração é entendido como centro ou núcleo
do ser e dele se originam a oração, ou seja, o impulso da fé que leva ao
diálogo amoroso com Deus e também as ações e condutas morais. O coração é a
morada de Deus, onde habita seu Espírito que é o Único que pode sondá-lo e
conhecê-lo. É o lugar da decisão, no mais profundo das tendências humanas
psíquicas. É a sede da verdade, onde o
ser humano é chamado a escolher a vida ou a morte.
Como sede da personalidade moral, o coração é o lugar de onde
surgem os bons e os maus impulsos, que deverão ser discernidos para tomar as
decisões adequadas a uma vida plena e feliz. Porém, o ser humano, criado por
Deus, não é constituído apenas de coração.
Também a razão pela qual reflete, pondera, avalia, é elemento
fundamental e constitutivo de seu ser e de sua identidade.
O grande pensador francês Blaise Pascal refletiu muito sobre
o coração. Ainda que dotado de uma
inteligência brilhante, atraída pelo pensar e pela atividade intelectual,
valorizando portanto muito a razão,
Pascal desconfia da razão, apalpando e denunciando frequente e
fortemente seus limites. Ainda que defina o ser humano e sua dignidade em
conexão com a razão e o pensar, Pascal entende que o conhecimento da verdade
não pode ser atingido apenas pela razão que, para ele, anda junto com a fé e
reconhece o momento em que deve submeter-se. Apesar de afirmar que a substância
do ser humano é feita de uma aspiração e há no fundo de cada pessoa uma espécie
de presença divina que ultrapassa a natureza humana - precisamente o contato
com o infinito - afirma igualmente que
se Deus existe é incompreensível pela razão humana. É neste ponto que ele
afirma o conhecimento pelo coração. O coração, portanto, segundo o filósofo
francês, não é apenas sentimentalidade, mas sim o que constitui o ser humano
mais substancialmente, é sua natureza mais profunda. Ali é onde pode haver uma comunicação por
contato com Deus.
A frase mais conhecida de Pascal é: “ O coração tem razões
que a própria razão desconhece.” Assim, opondo-se ao racionalismo e ao
fideísmo, Pascal vai situar ao mesmo tempo a importância do coração na
concepção de ser humano e seus limites.
Pois, se reconhece a primordialidade do coração para um equilíbrio entre
o corpo e o espírito, Pascal também admite que excluir a razão é um excesso não
admissível, e tão reprovável quanto magnificar-lhe excessivamente a
importância.
Dois eventos nos chamam a atenção neste mês de junho. O primeiro é o Dia dos Namorados, quando os
corações apaixonados se declararão por enésima vez um ao outro e trocarão
presentes e afagos. Outra é a ênfase que
a espiritualidade cristã traz neste mês em torno do coração de Jesus. Aos
apaixonados de ontem, de hoje e de sempre o coração de Jesus, que pulsou e
bateu no peito do galileu que fez a história girar sobre seus gonzos mostra que
só se conhece bem - e portanto só se ama verdadeiramente - com o coração. Porém, é inadmissível que um verdadeiro amor
seja feito apenas de sentimentos que podem ser superficiais se não passam pela
reflexão e a ponderação da razão.
Maria Clara Bingemer, professora do Departamento de Teologia da PUC-Rio e autora de “Mística e Ascese: da tradição platônica à contemporaneidade” (Editora Vozes), entre outros livros.
Você é uma luz brilhante no Senhor!
Você é uma luz brilhante
no Senhor!
Assim como o sol, acorde
disposto a brilhar hoje. Levante-se com a força e o vigor que procedem do seu
Criador todo-poderoso! Ilumine todos à sua volta, mesmo aqueles que não
reconhecem o brilho de Cristo em você.
E, se alguma nuvem escura
tentar se impor diante de ti, nunca pare de brilhar e refletir o amor de Deus.
As tempestades vêm e vão, mas o sol nunca deixa de dar a sua luz e calor. Não
pela sua própria iniciativa, mas pela vontade de Deus, que o chamou para ser
luz! Pense nisso...
Vocês são a luz do mundo.
Não se pode esconder uma cidade situada no alto de um monte. Mateus 5:14
quinta-feira, 29 de abril de 2021
sábado, 10 de abril de 2021
O banco da alegria!...
Nascemos para a alegria. Para não nos machucarmos precisamos
preservar a todo custo o gosto bom de servir, de viver, de sorrir e de acolher.
Vamos trabalhar, vibrar e viver fazendo algo pelo nosso
semelhante e ajudando muito aqueles que mais precisam da gente. Não existe
mérito em fazer por quem já tem e é. O desafio é ajudar alguém que realmente
precisa.
Não podemos passar o resto de nossos dias lastimando uma
ilusão perdida, um sonho desfeito, uma expectativa frustrada, um projeto não
concluído. Não haveria frutos se as flores não caíssem. Olhos que choram veem
mais longe e bem mais profundamente.
A maldade é feia. O ódio rasteiro. A inveja e o desamor são
mesquinhos e nunca trazem o carimbo do Evangelho. Ser bom, prestimoso,
compreensivo, gentil e acolhedor é a melhor de todas as opções. A bondade
vivida é o único emprego de capital terreno que garante dividendos que só
multiplicam... no Banco da Alegria.
terça-feira, 13 de outubro de 2020
Sabe aquela ideia de olhar o copo com agua até a metade e se perguntar o que você vê: o copo meio cheio ou meio vazio?
A verdade é que ele está ao mesmo
tempo meio cheio e meio vazio. A vida é assim, tem essas duas partes, e ser
feliz é olhar para o que você tem e agradecer. Olhar para o que você pensa que
te falta e entender como você pode melhorar. As duas se complementam e são
importantes.
A parte que você pensa que te
falta, na verdade é fruto das suas expectativas, de como você queria que a vida
fosse. Você olha para o vazio e acha que o mundo não te deu o que você quer.
Essa é a raiz da ansiedade, da frustração, do ressentimento. Isso vai te
impedir de ser feliz, de enxergar a metade cheia, tudo o que a vida traz, tudo
o que você já conquistou e o que ainda vai conquistar. Olha amorosamente pra
você e para os que seguem com você nessa jornada, e vai entender que ainda pode muito avançar e construir, mas com positividade e com um imenso sentimento de gratidão.
Olhe a metade cheia, com um
sentimento de gratidão que vai te trazer paz e serenidade. Podemos ser mais
felizes todos os dias, independente do que nos acontece.
sexta-feira, 21 de agosto de 2020
Gabriel o Pensador - A Cura Tá No Coração. Feat. Cynthia Luz -Pequena Reflexão do Pe. Nelito Dornelas nesta intertextualidade.
Dar
sentido à vida
Pe. Nelito Dornelas
Diante
do momento presente de nossa história, das ameaças que nos atormentam e dos
ânimos acirrados, devemos fazer nossas as palavras do Patriarca Ortodoxo
Atenágoras:
Não tenho mais medo. A mais dura das guerras é a
guerra contra si mesmo. É preciso chegar a desarmar- se. Tenho lutado nesta
guerra durante anos. Foi terrível. Mas, hoje, estou desarmado. Não tenho mais medo de nada, porque
o amor lança fora o temor. Estou desarmado da vontade de ter razão,
de justificar-me, desqualificando os outros. Não estou mais
em guarda, na defensiva, ciumentamente crispado sobre minhas riquezas. Acolho e
partilho. Não estou mais particularmente voltado para minhas ideias e projetos.
Se alguém me apresenta outras melhores, ou simplesmente boas, aceito-as sem
mágoa. Renunciei ao comparativo. Aquilo que é bom, verdadeiro, real é
simplesmente melhor para mim. Por isso não tenho mais medo. Se estamos
desarmados, despojados, abertos ao Deus-homem que faz novas todas as coisas,
Ele apaga o passado ruim e nos traz um tempo novo onde tudo é possível.
O músico Gabriel O Pensador, após a
dura experiência da perda do pai, escreveu a música A cura tá no coração, visando arrecadar fundos para a campanha
HC Com Vida, com o intuito de fortalecer a luta contra
a covid- 19 do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina.
A letra, inspirada na oração de São Francisco de Assis, é uma auto crítica e uma chamada à reflexão sobre os nossos comportamentos antes da pandemia, em seus aspectos de “normalidade”. Ao mesmo tempo somos desafiados a uma nova postura de vida corresponsável pelo outro e consigo mesmo.
sábado, 20 de junho de 2020
Os Equívocos da Educação à Distância
O ensino remoto de emergência não poderia correr bem, nem em Portugal nem em parte nenhuma do mundo, por razões biológicas básicas: a atenção, a memória e a disciplina intelectual de uma criança têm limites que ninguém pode contornar.
O ensino remoto de emergência
Foi penoso notar no discurso do ministério e dos sindicatos a ilusão antiquíssima de que educar é transferir “conteúdos”, agitada desajeitadamente perante uma pandemia que impunha um ensaio geral para a educação do futuro.
É interessante observar que, sem que professores e alunos se tenham apercebido, as universidades portuguesas já recorrem, em larga medida, a uma forma degradada do modelo combinado.
A aprendizagem combinada
A educação à distância
Importa não esquecer que vivemos num mundo de presença e de distância. Quer queiramos, quer não, a distância faz parte das nossas vidas. Por isso, faz parte da educação. A aprendizagem à distância, com desafios e tempos moderados, está ao alcance de qualquer ser humano, mesmo muito jovem.