Bullying

terça-feira, 23 de junho de 2020

PUBLICAÇÃO DO HORÁRIO POR TURMA DA ESCOLA JOÃO BERALDO - Clique na imagem a seguir e veja o horário da sua turma.


NAS AULAS REMOTAS A SALA DA CASA DO ESTUDANTE SE TORNA  SUA SALA DE AULA
Neste momento delicado da pandemia da covid-19, a Escola Estadual Dr. João Beraldo tem desenvolvido ações para a manutenção das aulas, sempre atento às orientações da Secretaria de Estado da Educação no encaminhamento das aulas remotas e  da preservação da saúde e da vida de todos.
Ao longo deste período é natural que muitas dúvidas e incertezas surjam, e a Escola João Beraldo vem trabalhando junto com seu corpo pedagógico-técnico-administrativo, para que os alunos continuem seus estudos, sanem suas dúvidas e entregue as atividades do PET prontas aos seus professores em dia. Elas são atividades importantes porque vão garantir a carga horária necessária para a promoção escolar neste ano de 2020. 
Neste momento, em que as aulas estão sendo realizadas em ambiente virtual, com amplo uso do Google Classroom, em que estamos todos: Direção, corpo docente e pedagógico em constantes reuniões virtuais,  ter o apoio e a dedicação dos alunos de transformar a sala de sua casa na sua sala de aula, e busque ter efetiva participação nas aulas, e dos professores no empenho para trabalhar  os conteúdos, e atender os estudantes, está fazendo toda a diferença!

Os alunos têm, agora, aulas remotas diárias, com os seus mesmos professores e os conteúdos específicos. A disponibilidade dos professores, respeitando os horários usuais das turmas, visa sanar dúvidas e dificuldades que possam surgir.

Para nossos alunos, as aulas e atividades permanecem em seu formato original: instrução com acompanhamento dos professores, conteúdos, atividades, vídeos gravados e disponibilizados no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) do Google Classroom. Desta forma, o aluno pode realizar seus estudos com segurança e sem ansiedade. 

Todas as aulas no ambiente virtual estão organizadas e postadas para que o aprendizado dos alunos,  não pare!

Sabemos que são tempos de incertezas para todos e, por isso, o esforço da Escola João Beraldo para garantir as aulas a cada um de seus alunos tem sido ainda mais efetivo. O Diretor, a Supervisora e os professores seguem à disposição dos alunos, bem como os atendimentos nos canais digitais.

A comunidade escolar, têm mostrado garra e determinação, e estamos orgulhosos, apesar de toda a dificuldade. Essa fase vai passar e, quando passar, estaremos mais unidos e  fortes!

domingo, 21 de junho de 2020

Próxima semana de exibição do “Se Liga na Educação” será de acolhimento e auxiliará estudantes na transição para o PET Vol II Professores estarão dando dicas para que os alunos façam uma transição tranquila do primeiro para o segundo volume do Plano de Estudo Tutorado (PET), que estará disponível a partir de segunda-feira (22/6)

De segunda a sexta-feira (22 a 26/6), o programa Se Liga na Educação, que é uma das ferramentas complementares ao Plano de Estudo Tutorado (PET), transmitirá a semana de acolhimento do ciclo II do Regime de Estudo não Presencial. Será uma semana inteira dedicada a esclarecer as principais dúvidas dos estudantes e fixar os conteúdos do primeiro volume do PET. Com isso, os estudantes estarão mais preparados para o segundo volume do Plano de Estudo Tutorado.
“Atentos ao desenvolvimento das habilidades propostas em cada teleaula os nossos professores selecionaram atividades e conteúdos dos PETs que normalmente os estudantes apresentariam mais dificuldades, para a partir daí se dedicarem na resolução desses exercícios com maior profundidade, teremos vários desafios que poderão ser resolvidos junto com os estudantes, além de dicas para uma tranquila transição para o PET Vol II. Será uma semana de acolhimento das dúvidas e preparação para o novo ciclo”, destaca a subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica, Geniana Faria.
Após a semana dedicada à transição para o PET Vol.II, no dia 29 de junho, as teleaulas do “Se Liga na Educação” já serão totalmente relacionadas ao segundo volume do PET.
A programação completa do “Se Liga na Educação” pode ser acessada no site estudeemcasa.educacao.mg.gov.br.
Parceria com a ALMG vai levar o "Se Liga na Educação" para mais cerca de 80 municípios
A partir da assinatura de um termo de cooperação técnica entre o Governo de Minas e a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o programa Se Liga na Educação vai chegar a mais cerca de 80 municípios mineiros. As teleaulas serão transmitidas pela TV Assembleia, o que beneficiará aproximadamente 200 mil alunos da rede estadual.
A transmissão terá início na próxima segunda-feira (22/6) e acontecerá da seguinte maneira:
De segunda a sexta-feira
Das 7h às 9h – conteúdos voltados para o ensino fundamental

Das 19h30 às 22h30 – conteúdos voltados para o ensino médio

Por questões técnicas, a transmissão feita pela TV ALMG, em relação a que é realizada pela Rede Minas, contará com uma semana de diferença, ou seja, na próxima segunda-feira, os estudantes assistirão na TV Assembleia à programação que foi transmitida pela Rede Minas no dia 15/6.

FONTE-Site da SEEmg

Se Liga na Educação - Semana 6 - 22/06 - 26/06 -Envie as dúvidas, relacionadas aos conteúdos das aulas, de segunda à sexta, no horário 11:15 a 12:30 através do WhatsApp, no número (31) 98295-2794 ou ligue para (31) 3254-3009.


A SUPERVISORA GIVANILMA CONVERSA COM OS ESTUDANTES

NOS TRILHOS DA BAIMINAS (Carlos Lucena) - Estrada de Ferro Bahia e Minas - Os "Baiminas". Homenagem do cantor e compositor mineiro, Carlos Lucena à E.F.B.M e aos "Baiminas". A antiga ferrovia que teve seu marco inicial em 1881(Ponta de Areia, Caravelas-BA), foi extinta em 1966.

sábado, 20 de junho de 2020

Lista com 110 opções de cursos online e GRATUITOS para aproveitar o tempo e aprender muito durante o isolamento social. Ótima sugestão para cumprir HORA ATIVIDADE.



Uma lista com 110 opções de cursos online e GRATUITOS para aproveitarmos o tempo e aprender muito durante o isolamento social.

As vagas são ilimitadas e as inscrições podem ser feitas até 30/06 
💻 Escolha o seu curso, inscreva-se e comece a estudar agora em https://moodle.ifrs.edu.br/ 

Os Equívocos da Educação à Distância


Os Equívocos da Educação à Distância



12 min read
A pandemia trouxe a educação à distância para as nossas casas. De um dia para outro, toda a gente passou a falar de educação à distância.  A expressão, que já era controversa no contexto profissional onde era usada, explodiu subitamente, num fogo de artifício de interpretações coloridas e ilusórias que lhe destruíram de vez o significado. Quando hoje se discute a educação à distância a expressão já não quer dizer nada.
A ironia desta efervescência é que a dicotomia entre mundo presencial e mundo online é hoje um falso problema. Os dois mundos já não têm fronteiras. Raras são hoje as atividades individuais e sociais que prescindem das tecnologias digitais, do uso dos telemóveis, da comunicação na Net ou do acesso a repositórios na “nuvem”, onde, de resto, já se encontra armazenada a maior parte dos nossos dados.
Curiosamente, vários comentadores dos media, justamente frustrados com as restrições que a pandemia lhes impôs, passaram a reclamar, não contra a pandemia ou as restrições, mas contra a linha-de-vida que os manteve ligados ao mundo nesse período: o online. Paradoxalmente, foi online que as reclamações contra o online foram mais lidas e foi aí que foram partilhadas e aclamadas. Sem online, teriam sido gotas de água no oceano.
Sentindo que este tipo de contradição, entre o ser-e-não-ser, estar-e-não-estar, dificulta a construção serena do futuro, que nos explodirá nas mãos sob formas indesejáveis se não cuidarmos de o criar com inteligência, a Comissão Europeia lançou, há meia dúzia de anos, o projeto Onlife Manifesto, onde defendeu que assumamos o fim da distinção entre mundos online e offline e reconheçamos que vivemos uma nova ordem social, económica, política e ética no seio da qual esse tipo de distinção não tem sentido. O projeto, liderado por Luciano Floridi, professor de filosofia e ética da informação da Universidade de Oxford, deu origem a um interessante volume de reflexões publicado pela editora Springer em 2015.
O ensino remoto de emergência não poderia correr bem, nem em Portugal nem em parte nenhuma do mundo, por razões biológicas básicas: a atenção, a memória e a disciplina intelectual de uma criança têm limites que ninguém pode contornar.
Sendo este o mundo alargado que aguarda os jovens das nossas escolas, seria absurdo dividi-lo entre presencial e online. O desafio da educação não é dividir, mas unir, superando as desigualdades sociais que esse alargamento está a gerar sob os nossos olhos. Poderá a escola superar tais desigualdades sem se prolongar harmoniosamente para a dimensão online? Acreditará a escola que lhe bastará “explicar”, por palavras ou imagens, sem integração cultural plena, o que é viver e vingar num mundo misto de presença e distância? Irá a escola fazer como o professor de música que acreditava que se “explicasse” a uma criança onde calcar as cordas teria criado uma violinista de talento?
Se quisermos construir uma educação que tire partido da dimensão de distância, teremos de compreender, em vez de confundir, a distância de que estamos a falar. Faz sentido, nesse contexto, analisar o que se passou nestes últimos tempos de “ensino remoto de emergência” e compará-lo com as formas de aprendizagem regulares e consolidadas onde o fator distância está presente.


O ensino remoto de emergência

O ensino remoto de emergência não poderia correr bem, nem em Portugal nem em parte nenhuma do mundo, por razões biológicas básicas: a atenção, a memória e a disciplina intelectual de uma criança têm limites que ninguém pode contornar. Só por distração se poderia acreditar que o ensino remoto de emergência iria “cumprir os programas”, sobretudo com as crianças mais novas.  Acresce que a autonomia para a aprendizagem da maioria das crianças portuguesas, que não é incentivada nem pelas escolas nem pelas famílias, as colocava em desvantagem para uma modalidade de aprendizagem que assenta, acima de tudo, na autonomia.


Além disso, e embora já houvesse em Portugal, graças à livre iniciativa de alguns professores, escolas com experiência nas práticas e tecnologias da aprendizagem à distância, a maior parte das escolas e dos professores não possuía nem experiência nem tecnologias para as pôr em prática. Nessas circunstâncias, a função primordial do ensino remoto de emergência não poderia ser fazer cumprir programas, sobretudo pelos mais jovens, mas manter as crianças funcionais para a aprendizagem e intelectualmente ativas durante os meses em que se sabia que não iriam à escola — um objetivo nobre, meritório e imensamente trabalhoso.
Nestas condições, se não considerarmos, por momentos, a resposta pronta das escolas e dos professores mais experientes, a transição para o ensino remoto foi uma caótica reprodução por videoconferência do modelo presencial, com os defeitos que lhe são próprios, agora acentuados pelo recurso improvisado às tecnologias. Quanto aos alunos mais desfavorecidos, foi claro que ficaram ainda pior. Alguns deles, três meses volvidos sobre o início do processo, ainda nem tinham aparecido. 
Foi penoso notar no discurso do ministério e dos sindicatos a ilusão antiquíssima de que educar é transferir “conteúdos”, agitada desajeitadamente perante uma pandemia que impunha um ensaio geral para a educação do futuro.
Nos balanços de fim de ano a que agora assistimos, proliferaram as opiniões dos críticos habituais, que, apesar das suas eternas certezas, foram incapazes, na altura própria, de contribuir com as suas sugestões para a resolução do problema. Foi evidente que o Ministério da Educação não esteve à altura do desafio. Também foi notório o eclipse dos sindicatos no período de emergência. Aliás, foi penoso notar no discurso do ministério e dos sindicatos a ilusão antiquíssima  de que educar é transferir “conteúdos”, agitada desajeitadamente perante uma pandemia que impunha um ensaio geral para a educação do futuro.
Estranhamente, nenhum dos críticos parece ter notado a faceta invulgar e magnífica deste ensino remoto de emergência, que talvez tenha colocado Portugal na linha da frente internacional da capacidade de resposta ao fecho das escolas: a ação dos professores. Em vez de baixarem os braços, como seria de esperar perante a debilidade da ação ministerial, os professores começaram de imediato a discutir soluções nas redes sociais. Em 14 de Março, dia seguinte ao fecho das escolas, criaram no Facebook, por sua livre iniciativa, o grupo “E-learning – Apoio”, dedicado à ajuda entre professores. Três meses depois, esse mesmo grupo registava quase 30 mil membros e uma atividade intensiva e ininterrupta de entreajuda entre professores.
Quantos países poderão gabar-se de que um terço dos seus professores, totalizando dezenas de milhares, se auto-organizaram espontaneamente num grupo de ajuda recíproca que se transformou num exercício gigantesco de formação mútua em exercício? Quanto valerá essa formação, face a uma formação em sala? Que implicações terá tido para a construção de uma cultura coletiva de resiliência perante as dificuldades da docência? Valerá a pena recordar, por contraste, que em abril passado Andreas Schleicher, diretor de educação da OCDE, referindo-se às tentativas do governo espanhol para lançar o ensino remoto, lamentava, numa entrevista ao El País, a falta de colaboração mútua e partilha de soluções por parte dos professores espanhóis.
É interessante observar que, sem que professores e alunos se tenham apercebido, as universidades portuguesas já recorrem, em larga medida, a uma forma degradada do modelo combinado. 
Em 2008, dois professores canadianos da universidade de Athabasca, George Siemens e Stephen Downes, lançaram um curso à distância que se tornou mundialmente célebre porque mobilizou 2200 pessoas para um projeto coletivo de aprendizagem sem conteúdos. Neste curso, que os seus criadores viriam a teorizar em torno do conceito de aprendizagem conectivista, aprendia-se, não organizando conteúdos, mas debatendo e resolvendo as dificuldades que cada um colocava ao coletivo. Valeria a pena estudar agora, comparativamente, a experiência deste grupo português de 30 mil professores, com quase quinze vezes mais participantes.


A aprendizagem combinada

A aprendizagem combinada (blended learning), ou aprendizagem mista, procura conciliar o melhor da aprendizagem presencial com o melhor da aprendizagem à distância. Oferece, por isso, um contexto favorável à compreensão dos paradigmas do prolongamento da educação presencial para a distância. É interessante observar que, sem que professores e alunos se tenham apercebido, as universidades portuguesas já recorrem, em larga medida, a uma forma degradada do modelo combinado. 
Quando, já há mais de duas décadas, as universidades portuguesas começaram a instalar plataformas de gestão de conteúdos e a colocar online os materiais dos cursos, muitos dos alunos, cansados de sessões monótonas e com qualidade pedagógica duvidosa, em salas desconfortáveis e a abarrotar, passaram a faltar às aulas teóricas, preferindo trabalhar sobre os materiais online e restringir a sua presença às aulas práticas e laboratoriais onde a sua participação ativa era indispensável. O problema é que os professores continuaram a conceber os cursos para uso presencial, com deficiências que nunca seriam aceitáveis num modelo combinado. O que é estranho é que, sendo o fenómeno reconhecido há mais de uma década, não seja adoptado o novo modelo, eliminando o hibridismo vigente.


No modelo combinado, todos os materiais pedagógicos (textos, slides, vídeos, podcasts, simulações) são colocados online e as sessões presenciais, embora usadas por vezes para apresentações magistrais, são normalmente reservadas para trabalhos laboratoriais e de grupo, que procuram tirar partido da riqueza social da aprendizagem presencial. A avaliação dos alunos também tende a ser conduzida presencialmente, por um lado para evitar as dificuldades da identificação da autoria, por outro para capitalizar nos benefícios pedagógicos do debate com professores e colegas.  Apesar deste caráter predominantemente presencial, a avaliação pode ser muito enriquecida com a dimensão online, nomeadamente por permitir a avaliação anónima pelos pares em trabalhos escritos, projetos e portfólios.
Este modelo presta-se a muitas variantes. No exemplo anterior, a componente de presença é dominante, mas pode acontecer o contrário. Em muitos cursos de formação e mestrado, a maior parte do trabalho decorre online: no primeiro dia as atividades são presenciais, de apresentação, socialização e construção do espírito do curso; o último dia é ocupado com uma conferência de encerramento na qual os formandos apresentam e defendem presencialmente os seus trabalhos. Entre o primeiro e o último dia, os trabalhos decorrem em períodos à distância, relativamente extensos, intercalados com sessões presenciais de um dia ou de algumas horas destinadas a consolidar a aprendizagem e reforçar a componente social.


A educação à distância

Partindo do modelo de aprendizagem combinada, é agora possível caracterizar a educação à distância como sendo idêntica, mas sem a componente presencial.  A grande diferença está em que a educação à distância reinventou os seus modelos pedagógicos, libertando-os dos entraves da presença e tirando pleno partido da ligação em rede, da colaboração e da aprendizagem em comunidade.  Esta reinvenção, que se renova em permanência, assenta num corpo dinâmico de teoria e prática em domínios tão diversos como as ciências da educação, sociologia, filosofia, comunicação, multimédia, estatística, computação, ciências dos dados e inteligência artificial e exige infra-estruturas e equipas cuja elevada complexidade e sofisticação se aproximam das das indústrias cinematográfica e dos videojogos.
Importa não esquecer que vivemos num mundo de presença e de distância. Quer queiramos, quer não, a distância faz parte das nossas vidas. Por isso, faz parte da educação.  A aprendizagem à distância, com desafios e tempos moderados, está ao alcance de qualquer ser humano, mesmo muito jovem.
Deste modo, só por desconhecimento se pode recear, como parece acontecer com a nossa comunicação social, que as universidades e escolas venham a transformar-se em instituições de educação à distância.  Primeiro, porque a educação exclusivamente à distância só resulta para adultos ou quase adultos com elevados graus de autonomia e disciplina. Segundo, porque os graus de conhecimentos, sofisticação tecnológica e tempo necessários à concepção de soluções autênticas de educação à distância estão largamente ausentes das nossas universidades e escolas.  As universidades e escolas poderão e deverão desenvolver iniciativas de educação à distância que as prolonguem para o espaço online, mas seria absurdo transformá-las em instituições de educação à distância. Tanto mais absurdo quanto mais real se torna nos nossos tempos a necessidade de bons professores: como alertava John Neisbitt, “high tech calls for high touch” (“quanto mais sofisticada é a tecnologia, mais necessário é o calor humano”).
Dito isto, importa não esquecer que vivemos num mundo de presença e de distância. Quer queiramos, quer não, a distância faz parte das nossas vidas. Por isso, faz parte da educação.  A aprendizagem à distância, com desafios e tempos moderados, está ao alcance de qualquer ser humano, mesmo muito jovem. Grande parte da aprendizagem dos nossos dias e, sobretudo, da aprendizagem do futuro só poderá ser encontrada à distância. O “espaço das aprendizagens”, nestes nossos tempos, será cada vez mais um espaço à distância, para quem as recebe e para quem as oferece. Uma universidade e uma escola que não sejam capazes de se prolongar para a distância não pertencerão, certamente, aos nossos tempos. 

A culpa não é do online Contradições na educação evidenciadas pela crise atual José Moran

Contradições na educação evidenciadas pela crise atual
José Moran
Educador e designer de ecossistemas inovadores na Educação

Tenho participado de discussões e ouvido críticas ao ambiente online como espaço inadequado para ensinar e aprender. Muitos professores estão estressados e muitos estudantes continuam insatisfeitos. Há uma nostalgia – em muitos - pela volta para o espaço seguro da sala de aula que garante a aprendizagem plena, enquanto que online seria um espaço precário, incompleto, provisório.

O problema não está em aprendermos ou não em plataformas online. O que está revelando este período é que a maior parte das escolas vem ensinando de uma forma inadequada, muito conteudista, dependente do professor, com pouco envolvimento, participação e criatividade dos estudantes.

O problema não está no online; está na falta de autonomia na formação de cada estudante, na deficiência de domínio das competências básicas (saber pesquisar, analisar, avaliar...) e também na gestão paternalística das aulas, da forma de ensinar: Tudo é dado pronto, como receita fechada, prato feito, com pouca autonomia, participação e envolvimento dos aprendizes.

O online não é solução nem problema, é um ambiente que permite tanto a transmissão como a experimentação, com algumas adaptações. Escolas e universidades que estimulam o protagonismo do aluno, que trabalham com desafios se adaptaram rapidamente ao online, incentivando o aluno-pesquisador, a personalização, atividades em grupo. Mas professores que privilegiam a transmissão de conteúdo, tornam o processo cansativo, insuportável e pouco produtivo para todos.  

O problema não está no online, está em privilegiar a transmissão de informações longas, quando é possível combinar informações curtas, atraentes com desafios, projetos, criatividade.  Escolas e docentes que vinham trabalhando com desafios, experimentação e projetos no presencial tem encontrado plataformas e aplicativos digitais que combinam os itinerários pessoais (com flexibilidade de tempos e escolhas), as atividades diversificadas em grupo e as de compartilhamento síncrono entre todos.

Encontramos também problemas no online. Os laboratórios virtuais 3-D e com realidade aumentada trazem soluções muito poderosas para simulação, imersão, aprendizagem compartilhada a distância, a um custo baixo, mas que precisam ser complementadas com experimentações de campo, com contato físico em muitos campos profissionais para uma efetiva calibração do desenvolvimento de cada um.  Não basta realizar somente exercícios em simuladores de voos; o estudante precisa também de voos reais com instrutores.

Por outro lado, este período longo de ida forçada para o digital revelou que podemos aprender e ensinar de forma muito ativa, diversificada, personalizada, misturada.  As crianças precisam conviver juntas, com tutoria próxima. Mas quem já tem um domínio básico da língua, da escrita, da linguagem dos números e computacional pode aprender com um design curricular mais flexível, personalizado, que equilibre as diversas formas de presença física e digital;  espaços, tempos e múltiplas formas de aprender e de avaliação para desenvolver as competências necessárias hoje como autonomia, colaboração, resiliência e criatividade.

Este período escancarou também a extrema desigualdade de acesso ao digital e de condições de estudo e pesquisa na maioria das residências. Reforçou a necessidade de termos uma política pública que agilize a infraestrutura digital nas escolas, a formação docente em competências digitais e que o acesso individual e familiar à Internet seja considerado um direito fundamental do século XXI como ter água, esgoto e energia. Ensinar e aprender hoje sem o digital é privar os estudantes de oportunidades ricas para vivenciar dimensões importantes para sua vida pessoal, profissional e social.

É urgente agora o compartilhamento e análise de como integrar todos os ambientes, estratégias de ensino e aprendizagem de forma otimizada em cada etapa da aprendizagem e de acordo com as necessidades de cada um, de cada escola, região. O digital não é uma panaceia, mas um componente fundamental da vida moderna, que afeta todas as dimensões da nossa existência (trabalho remoto, compras online, inserção em redes e comunidades de interesse e de práticas...).

São muitos os desafios na educação, em ambientes presenciais e digitais, num cenário tão complexo e carregado de incertezas.  É prioritário dar ênfase e vivenciar valores humanos fundamentais.  Educadores, gestores, estudantes e famílias precisam insistir em construir relações inclusivas, de afeto, de conhecimento, abertas ao diálogo, a partir de questões reais, de experimentação, pesquisa, de projetos socialmente relevantes onde os estudantes sejam protagonistas e utilizem todos os meios e tecnologias possíveis.

Temos que rever o currículo neste período, com maior autonomia docente e intenso compartilhamento de experiências, dificuldades, formas de engajar os estudantes através das diversas plataformas e aplicativos digitais, mas também da criatividade em chegar aos mais carentes com roteiros ativos e criativos impressos, sonoros e audiovisuais adequados para cada necessidade.

Num horizonte de crises em todos os campos, que tendem a se agravar, é de capital importância que educadores e gestores sejam os impulsionadores da esperança, de valores humanos, de caminhos que inspirem projetos relevantes. Todo o conteúdo precisa ser relevante, ligado à vida, trabalhado em relação estreita com atividades criativas e empreendedoras. Vai ficando cada vez mais evidente que podemos aprender de múltiplas formas, em todos os espaços e em tempos diferentes.

Precisamos avançar rapidamente no redesenho de projetos educacionais que sejam flexíveis, de qualidade, de custo menor e de resultados mais rápidos e ágeis. Ao mesmo tempo que fazemos as mudanças possíveis agora, neste período de transição, é importante definir um projeto estratégico de transformação no médio prazo das escolas e instituições de ensino superior para que realmente sejam modernas, atraentes, envolvente e relevantes nos próximos anos.

Conviver com harmonia - uma pequena reflexão para este dia 20 de junho, início do inverno de 2020


sexta-feira, 19 de junho de 2020

Sugestão de atividade com o Boletim Epidemiológico coronavírus. - Ao usar a atividade utilizar o Boletim do dia, que não faz diferença;


Observação: não faz diferença em trocar pelo boletim do dia.

ATIVIDADE ESCOLAR
Lendo e interpretando o Boletim Diário Epidemiológico
1)-Podemos dizer que quanto ao gênero textual o Boletim Epidemiológico coronavírus de Carlos Chagas é um
(   )-Texto poético
(   )-Texto romantico
(   )-Texto informativo
(   )-Texto crônica
(   )-Cardápio da covid-19

2)-Marque a alternativa correta sobre o objetivo da emissão  do BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO   CORONAVÍRUS  de Carlos Chagas.
(   )- Alertar a população para o uso de máscara como único fator de proteção contra o COVID-19
 (   )-Apresentar numa linguagem científica as informações sobre o COVID-19 para a população
(   )-Manter  exclusivamente às autoridades locais bem informadas sobre os casos de COVID-19 na cidade
(   )-Manter a população da cidade informada sobre os casos de COVID-19.
(   )-Proporcionar informações com o objetivo de incentivar a população a higienizar as mãos.

3)-Relacione o conceito com a palavra:
( 1  )- INTERNADOS CONFIRMADOS   
(  2 )- POSITIVO/CONFIRMADOS
( 3  )- SUSPEITOS   
( 4  )- DESCARTADOS
( 5  )- INTERNADOS COM SUSPEITA  
(  6 )- NOTIFICADOS   
( 7  )- CURADOS  

(   )-Paciente que testou positivo para COVID-19 e após 14 dias não voltou apresentar sintomas. Mesmo depois de restabelecidos permanece no boletim como caso positivo.
(   )-Paciente testado positivo para COVID-19 que apresentou agravamento no seu estado clínico.
(   )-São os casos que estão sendo monitorados e em isolamento com ou sem coleta de amostras  para exame- PCR com os sintomas.
(   )-Amostras com resultado negativo para COVID-19.
(   )-Os números indicam a quantidade de todas as pessoas que apresentaram sintomas  de COVID-19 que estão sendo monitorados pelas equipes de saúde local.
(   )-Amostras com resultado positivo para COVID-19.
(   )-Paciente  que aguarda o resultado do exame de COVID-19 e apresentou agravamento em seu estado clínico

4)-Leia a manifestação de um internauta de nome Delamare Coutinho Ruas  no facebook a respeito do último boletim Coronavírus de Carlos Chagas.

"Com o aumentos dos casos e a possibilidade da contaminação comunitária é TEMPOS DE UNIÃO DE ESFORÇOS.Com 105 notificados e 18 positivos é necessário mais ação. Olhar para cada semelhante neste momento e ver em que podemos ser útil e fazermos nossa parte! Seja emprestando um livro para leitura, orientando mais pessoas e,  quem puder, auxilie com algum recurso, fazendo o controle social permanente,  pois ao final todos serão beneficiados com a "volta da normalidade" o mais breve possível!" 
Responda:
1)-Que tipo de contaminação o internauta prevê para a cidade?
2)-Pesquise na internet como funciona este tipo de contaminação?
3) O que sugere o internauta para este novo momento da Pandemia na       cidade


5)-O BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO é um texto informativo. Marque FALSO ou VERDADEIRO para as características desse  gênero textual conforme for o caso:
a)    (   )-O autor de um texto informativo é um transmissor que se preocupa em relatar informações da maneira mais objetiva e verossímil.
b)   (   )-O texto informativo utiliza da linguagem poética e literária.
c)    (   )-Além de apresentar dados e referências, no texto informativo,  não há interferência de subjetividade,  sendo ele  isento de sentimentos, sensações, apreciações do autor ou opiniões.

6)-Marque todas as alternativas corretas, quanto as características de um Texto Informativo:
a)    (   )- Há interferência de subjetividade
b)   (   )- É  isento de sentimentos, sensações, apreciações do autor ou opiniões.
c)    (   )- Apresenta dados que o tornam mais credível.
d)   (   )- Uma notícia de Jornal é um exemplo interessante de  texto informativo
e)    (   )- Um romance é um bom exemplo de um texto informativo
f)     (   )- O Boletim da Coronavírus não é um texto informativo.
g)    (   )- Tem como objetivo principal transmitir informação sobre algo, estando isento de duplas interpretações.
h) (   )- Usa uma linguagem clara e direta.
                                     Criação de Deodato Gomes Costa

A fé como alicerce - Uma pequena reflexão para o dia 19 de Junho de 2020.


quarta-feira, 17 de junho de 2020

PANDEMIA A máscara caiu Por Patricia Rocco - Jornal O Globo


O uso das máscaras nas ruas foi iniciado na pandemia da gripe espanhola em 1918, que se disseminou por todo o mundo, matando cerca de 50 milhões de pessoas (5% da população global de então).
Apesar do nome gripe espanhola, a doença se iniciou no Kansas, nos EUA. Esse nome foi dado porque, durante a 1ª Guerra Mundial, a Espanha foi o único país a se manter neutro em relação à imprensa e às notícias sobre a doença. As informações dos 8 milhões de infectados pela “fiebre de los tres días” eram repassadas à população espanhola. No entanto, os outros países bloqueavam notícias que pudessem desfavorecer as tropas que lutavam na guerra.
Será correto omitir as notícias? Será que a população necessita estar desinformada, ou levada a acreditar que tudo está bem, que sairemos do isolamento social e que todos estaremos protegidos? A máscara caiu e ficou a tristeza por termos acreditado que alguém estivesse nos protegendo.
Nesse momento, a sociedade tem que acreditar na ciência. Sei que é difícil pensar em isolamento social quando se tem fome. Entretanto, é difícil pensar no não isolamento social quando, ao nosso lado, nos deparamos com a morte de um ente querido. São mais de 40 mil mortos no Brasil.
Onde está a mudança de inflexão da curva do número de óbitos para se determinar a abertura, já que essa curva segue crescendo exponencialmente? Será esse o momento? Será que a máscara nos protegerá? A crise é global, todos estamos vulneráveis.
O uso da máscara é recomendado sempre, seja em pacientes que apresentam sintomas respiratórios, profissionais de saúde, bem como em todos os indivíduos que necessitam sair de casa, já que pacientes assintomáticos ou pré-sintomáticos podem ser potenciais contaminantes. É fundamental seguir boas práticas de uso, remoção e descarte da máscara. Não é incomum a máscara estar abaixo do nariz, sem cobrir boca e queixo, ser feita com pano fino, estar rasgada, invertida (a borda rígida deve estar adaptada ao nariz) e utilizada durante semanas sem higienização, aumentando risco de contaminação do indivíduo e dele para outras pessoas.
Assim, tudo parece muito confuso, momento errado para a abertura e uso errado de um importante aliado na proteção pessoal, a máscara.
Realmente, o Brasil é um país de dimensão continental que apresenta áreas onde essa abertura lenta e gradual pode ocorrer, porém, definitivamente, não é o caso de algumas grandes cidades como o Rio de Janeiro.
Fiquem atentos, essa pandemia é a pior de todas. A ciência deve restabelecer sua posição, orientando seus dirigentes, mostrar as descobertas e erros do presente para programar o futuro. Não arrisque sua vida.
Depois de três meses de isolamento social, a ideia de abertura, de poder sair de casa, levar os filhos à escola, ir ao shopping, por vezes suplanta o medo do contágio. Lembre-se, segundo Voltaire, a esperança é um alimento da nossa alma, ao qual se mistura sempre o veneno do medo.

COVID-19 O que dizem os testes de anticorpos? Por Natalia Pasternak


Testes sorológicos para Covid-19 detectam não a presença do vírus no corpo humano, mas a reação do organismo à presença do vírus. Por isso, são inadequados para diagnosticar a doença: a reação vai persistir mesmo depois de o vírus já ter sido eliminado.

Tratar o teste sorológico como diagnóstico é apenas um dos erros de tabelas que têm se disseminado nas redes sociais nas últimas semanas, quase como memes, causando muita confusão. Essas tabelas oferecem explicações equivocadas sobre os tipos de anticorpos (IgM e IgG) detectados nos testes, e as várias combinações deles. Ignore o que essas imagens dizem, caso receba alguma. Para saber qual a leitura correta do exame de anticorpos, siga este artigo.

Quando temos contato com o vírus, mesmo sem apresentar sintomas, o sistema imune reage. Em geral, produz primeiro o IgM, após aproximadamente duas semanas da infecção. Assim, podemos dizer que, se o exame foi positivo para IgM, a infecção foi recente. Muitas tabelas apontam o IgM como sinal de infecção ativa, mas não podemos afirmar isso. Pode ser que a infecção ainda esteja ativa, e pode ser que a pessoa já esteja completamente recuperada. Não dá para saber. A única maneira de medir infecção ativa é detectar a presença do vírus. E isso o teste de anticorpo não faz, ele é apenas um retrato do passado.

Com o tempo, o IgM vai sendo substituído por outro anticorpo, o IgG. Portanto, se aparecer o IgG positivo, isso indica que um bom tempo já passou desde a infecção, provavelmente mais do que três semanas. O IgG pode ser sinal de imunidade permanente contra o novo coronavírus, mas não conhecemos a doença bem o suficiente para afirmar isso com alguma certeza, ainda.

Se a pessoa é negativa para IgM e IgG, isso apenas indica que ela não tem anticorpos. Pode ser porque nunca teve contato com o vírus, ou porque está com o vírus naquele momento, mas ainda não deu tempo de produzir anticorpos (lembre-se de que eles levam semanas para aparecer). Ou seja, um resultado negativo de anticorpos pode acontecer em uma pessoa que está infectada e transmitindo!


Em resumo, um teste positivo de anticorpo não significa presença da doença, porque o vírus já pode ter ido embora. Um resultado negativo não significa ausência da doença, porque o vírus pode estar lá e o anticorpo ainda não ter chegado.

A Organização Mundial da Saúde, o Center for Disease Control dos EUA, e a Anvisa aqui não recomendam o uso de testes sorológicos para diagnóstico. Já o Ministério da Saúde admite o uso, mas com as seguintes ressalvas: “resultados negativos não excluem a infecção por Sars-Co-V2, e resultados positivos não podem ser usados como evidência absoluta de Sars-CoV2”. É algo como dizer, não confie nos resultados — negativos ou positivos — mas, se quiser, pode usar assim mesmo. Mais ou menos como a decisão do Conselho Federal de Medicina de autorizar, mas não recomendar, o uso de medicamentos sem comprovação. Quem não entender pode perguntar para o ministro da Saúde, assim que tivermos um.

PANDEMIA Números e vidas (são) incompatíveis Por Margareth Dalcolmo 16/06/2020 - Jornal O Globo


Está claro que a redução sustentada nos números de casos e mortes obtida em países europeus não se deveu a uma desconhecida imunidade comunitária ou de rebanho alcançada nesse período — e sim às variadas formas aplicadas de distanciamento social, de testagem massivas ou de medidas de excelência no controle e na assistência hospitalar. Qualquer artifício ou precipitação, mesmo reconhecendo o desgaste de pessoas individualmente ou nas famílias pelos meses passados em isolamento, não justificaria medidas de flexibilização que rigorosamente não obedeçam aos indicadores de taxa de ocupação de leitos, taxa de transmissibilidade ou RT abaixo de 1,0 e um sistema de saúde capaz de testar grandes grupos de comunidades.
No Brasil, após pouco mais de três meses de epidemia, há que se reconhecer o aprendizado tardio com os países que nos antecederam, de par com números, taxas, indicadores, quase à exaustão, e tóxicos, porque nem sempre claros, contraditórios a depender da fonte, porém todos reiteradamente reveladores do inédito e gravíssimo desafio sanitário, social e econômico. Entre o que já se demonstrou nos estudos sorológicos brasileiros, encontra-se uma substantiva proporção de aumento de infectados entre os testados, a permitir conjecturar, além de uma eventual imunidade cruzada com outros coronavírus, dado à redução do número de suscetíveis presumido, se seria realmente necessário, entre nós, uma imunidade comunitária de 60%, como a que deriva da aplicação de vacinas, ou se poderia ser menor.  
Conceitos epidemiológicos e clínicos precisam cada vez mais ser explicitados para a sociedade civil de modo a não deixar dúvidas: nem todas as formas de disseminação do SARS-CoV2 estão esclarecidas ainda, porém se sabe que assintomáticos, ou o conjunto desses com pré-sintomáticos, podem sim transmitir o vírus, de uma pessoa a outra ou mais, o que mantém atual e recomendável o uso de máscaras como barreira mecânica e proteção de contatos, além de cuidados de higiene. Sabemos por outro lado que a incidência de assintomáticos comparada com sintomáticos carece ainda de determinação, o que poderá ser elucidado com os estudos seriados do próprio comportamento do vírus, testes sorológicos e rastreamento de contatos.
No luto que ora vivemos, em total empatia com famílias e profissionais da saúde, lembramos que a compaixão é a chave mestra de toda a consciência. De todas as grandes epidemias, que acompanham a evolução no planeta nos dois últimos milênios, brotou o melhor da criatividade humana, em todos os domínios. Em meio a tantas angústias sobre o nosso lugar no mundo e futuro, uma certeza: mais do que um sentido intuitivo em relação à ciência como algo abstrato, mudanças de qualidade marcam a disseminação do conhecimento e sobretudo as formas de colaboração entre setores público e privado.  
A Arte da Guerra, clássico de Sun Tzu, do grande século IV AC, escrito numa China em plena efervescência cultural e comercial vai muito além de ser um tratado de estratégia, e é uma lição de sabedoria, atemporal, de arte de viver e filosofia da existência, seguindo a concisão dos grandes textos clássicos. Entre outras ensina  que sem inteligência e bondade é impossível recrutar e dirigir bons seguidores. Muitos outros textos ao longo dos séculos consideraram semelhantes máximas como “um príncipe esclarecido utiliza seus exércitos para eliminar os males que afligem o reino e beneficia o povo com paz e confiança”. Que assim fosse.