Bullying

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Recebida como estrela, Greta exorta líderes globais a 'ouvirem a ciência' Ativista sueca falou em Davos ao lado de três jovens que se dedicam à causa ambiental


A sessão foi curta, mas disputada. Greta Thunberg, a adolescente sueca que se tornou a paladino do combate à mudança climática, falou ao lado de outros jovens a uma pequena plateia em Davos, no encontro anual do Fórum Econômico Mundial nos Alpes Suíços, sobre a urgência de se conter e mitigar o aquecimento global.
Embora não fale ainda no palco principal, normalmente reservado a chefes de Estado e governo ou líderes globais que se tornaram referência pop em seus campos, Greta foi recebida neste ano como estrela do evento. No painel feito pelo Fórum para celebrar seus 50 anos, é Greta quem simboliza a edição de 2020.
A ativista falou ao lado de outros três jovens que têm se dedicado a chamar a atenção para problemas ambientais —a canadense Autumn Peltier, 13, o porto-riquenho Salvador Gomes Colón e Natasha Mwansa, da Zâmbia—, e se recusou de desviar de sua mensagem central para o Fórum: de que é preciso parar de falar de aquecimento global com base em opiniões e se ater a fatos comprovados pela ciência.
“Não sou eu que reclamo de não ser ouvida, estou sendo ouvida o tempo todo. Mas em geral a ciência e a voz das pessoas mais jovens não estão no centro da conversa", disse ela ao ser instada pelo moderador a responder se o mundo estava ouvindo os mais jovens, como ela. 
“Trata-se de nós e das futuras gerações, e, claro, como podemos ser afetados hoje, mas sobretudo se trata de trazer a ciência para o centro da conversa.”





A mais jovem do quarteto, Peltier exortou o público do fórum a desencorajar detratores online —os “haters”. “Por favor, antes de nos dizer coisas horríveis nas redes sociais, pense que somos adolescentes e só estamos tentando fazer uma coisa boa.”
Alvo frequente da turba virtual e também de críticas de líderes políticos menos comprometidos com sua causa, Greta preferiu usar seu tempo para ler uma mensagem previamente escrita, em vez de responder como lidava como os “haters”. 
“Esses números [sobre emissões de gases-estufa e aquecimento] que estou citando não são a opinião de ninguém nem política, são o melhor que temos em ciência a esse respeito. Países ricos têm de zerar suas emissões e ajudar os pobres a fazerem-no.”
A preservação do ambiente e sobretudo a ação humana no aquecimento global —bem como a ação necessária para mitigar seus efeitos— são o principal tema do Fórum neste ano. O tópico também surgiu no discurso de abertura do fundador da entidade e criador do encontro, Klaus Schwab, e nas palavras da presidente do conselho federal da Suíça, Simonetta Sommaruga. A líder de turno do principal órgão Executivo suíço falou de um mundo “pegando fogo”, citando as recentes queimadas na Amazônia e os incêndios na Austrália, e ressaltou que o tempo para impedir uma deterioração do quadro se esgota.
Schwab, por sua vez, pediu mais cooperação internacional, porque a tarefa exige mais de um só país ou uma só empresa lidando com o problema. 


“O mundo está em estado de emergência. Não queremos continuar a desintegração política e econômica contínua. Não queremos chegar a um ponto irreversível na mudança climática. Não queremos que as próximas gerações estejam em um mundo ainda menos habitável”, afirmou ao inaugurar o evento.
Diversas das sessões do fórum são dedicadas a negócios mais verdes e à participação das empresas para que se cumpra o que está no Acordo de Paris sobre o Clima —a manutenção do aquecimento do planeta em no máximo 1,5°C neste século.
O Brasil é alvo de algumas. No entanto, o presidente Jair Bolsonaro neste ano não compareceu ao evento nem mandou seu ministro do Ambiente, Ricardo Salles. Quem acompanha a delegação encabeçada pelos ministros Paulo Guedes (Economia) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde) para tratar do assunto é o cientista Carlos Nobre, que estuda clima e já integrou o principal painel da ONU para o tema.
Luciana CoelhoAlexa Salomão
FONTE: Folha de São Paulo de 21-01-2020


5 atitudes para aumentar sua autoestima


Como podemos aumentar nossa autoestima? Quando a autoestima de uma pessoa é baixa, ela tende a diminuir seus objetivos de vida e acredita que nunca será capaz de transformar seus sonhos em realidade.
No entanto, isso não é verdade. A autoestima é o grau de satisfação pessoal que temos sobre nós mesmos e varia de acordo com os aspectos de nossa vida em que focamos. Quando temos uma visão objetiva de nós mesmos, nossa autoestima estará em um nível apropriado. É algo em que cada um de nós precisa trabalhar. 

Estas são as 5 atitudes que podem nos ajudar a aumentar sua autoestima.
É importante que nos conheçamos para que possamos entender se nossas expectativas são realistas. Se eu quero ser campeão da Fórmula 1, mas nem sei dirigir, minhas expectativas não são realistas e me sinto frustrado continuamente.
Essa frustração desaparecerá no dia em que eu reconhecer que não sou um piloto excepcional. Isso não significa desistir de metas mais adequadas. Por exemplo, posso estabelecer o objetivo de aprender a dirigir, o que seria um primeiro passo concreto.


Não podemos deixar que outras pessoas decidam por nós. Devemos ser aqueles que tomam decisões sobre nossas próprias vidas; aqueles que, no final, cometem erros ou atingem o alvo. Se não exercitarmos nossa liberdade, a vida nos arrastará para lugares a que talvez não desejamos ir.
Nossa autoestima melhora quando assumimos o controle de nossa própria vida e desenvolvemos um senso de protagonismo em relação ao nosso próprio futuro. Não podemos controlar tudo o que acontece conosco, mas podemos decidir, acima de tudo, que tipo de pessoa queremos ser.

Todos nós precisamos ser respeitados pelos outros: por nosso marido ou esposa, namorados ou namoradas, amigos, chefe ou funcionários, colegas… O respeito e a apreciação nos ajudam a crescer em autoestima.
Quando alguém não nos respeita, é um relacionamento prejudicial e precisamos tomar medidas para mudar a situação. Se não melhorar, precisamos nos distanciar dessa pessoa. O respeito deve sempre seguir as duas direções: de pais para filhos e vice-versa, por exemplo.

 Sentir-se amado nos dá asas para nos tornarmos a melhor versão de nós mesmos. Procure aqueles que o amam sem outra intenção senão amá-lo e querer o seu bem. Nossa família deve ser o primeiro lugar em que procuramos e encontramos esse tipo de amor desinteressado, embora idealmente devamos também encontrá-lo em amizades verdadeiras em muitos ambientes diferentes.

A memória desempenha um papel importante na autoestima. É útil se criarmos e revisitarmos memórias de experiências positivas de várias áreas de nossas vidas: vida familiar, hobbies e esportes, nossa vida profissional, nossos anos na escola, etc. Olhar para as orações que foram respondidas e as bênçãos que recebemos de Deus, mesmo em meio a provações e dificuldades, pode nos ajudar a ver como Deus nos ama e nos acompanha.
Todas as nossas boas experiências ao longo de nossas vidas fazem parte de nosso caminho e são um terreno sólido para nos ajudar a seguir em frente. Crie e mantenha boas lembranças!

Por fim, nossa autoestima deve estar enraizada em nossa dignidade como parte especial da criação de Deus: filhos de Deus a quem Ele amou tanto que enviou seu Filho para nos salvar. Ele nos deu nossos talentos e nosso potencial. Ele nos deu nossa liberdade e ordenou que a usássemos para escolher o que é certo. Nós merecemos respeito porque somos feitos à Sua imagem e semelhança. Ele nos ensinou que nos ama e quer que nos amemos como Ele nos amou. Estar ciente dessas verdades profundas deve nos ajudar a crescer em auto-estima.

sábado, 18 de janeiro de 2020

Do Jornal O Globo de hoje(18-01-2020)- Romper a bolha - de Frei Beto


Não guardo a menor saudade do ano que passou. Ano de diatribes governamentais, mentiras oficiais, renúncia à soberania nacional. Carrego, contudo, muitas perguntas. Como explicar a inércia de um povo vilipendiado a cada dia em seus direitos? Onde e quando nos roubaram a voz e a vez? Por que a nossa indignação não se traduz em protesto coletivo?
Há uma profunda ferida na triste alma do Brasil. Perdemos o senso de humor (alguém conhece uma piada nova?), e ainda que uma sátira ouse romper as trevas, ela é recebida com coquetéis Molotov e o silêncio cúmplice das autoridades.

Por que esse grito parado no ar? Parece que tudo está em suspenso: a democracia, os direitos humanos, a liberdade. Eis o teatro macabro no qual cotidianamente se desenrola a tragédia cujos atores e atrizes riem de si mesmos, enquanto a plateia, atônita, não sabe como estancar o sangue das vítimas de tantos sacrifícios ou repartir o pão para aplacar o sofrimento dos famintos. As ruas de meu país se tornaram intransitáveis. Os carros se assemelham a feras ensandecidas, convencidas de que a estridência de suas buzinas tem o poder de abrir caminho a ferro e fogo. Nas calçadas, reduzidas a sarjetas, corpos maltrapilhos, abatidos por álcool e drogas, retratam a ontológica injustiça do sistema que nos engloba. Ocorre que a maioria, encurvada pela desesperança, enxerga árvores sem perceber a floresta. A ideia de sistema soa demasiadamente abstrata. É dor sem causa, borboleta sem lagarta, luz sem sol. E o que ressoa aos ouvidos é a narrativa do poder, à qual se agarra como o ébrio à sua garrafa. O espectro do desemprego pobretariza multidões, que aceitam menores salários e menos direitos, e neutraliza os que se uberizam ou mendigam uma ocupação.

Os que percebem que os primeiros ratos mortos são prenúncios de peste permanecem exilados em suas bolhas solipsistas, onde privatizam a indignação e o protesto. Adianta? Duvido, porque adulteraram a linguagem e baniram a verdade de seu lar, filha das núpcias indeléveis entre a inteligência e o real. Agora ela vaga pelos buracos negros da insensatez, enquanto muitos tentam se proteger enclausurados no dialeto de sua tribo virtual, sem que a tribo vizinha consiga decifrar ferocidades semânticas. Na cidade de surdos, uivam nas janelas sem que ninguém dê importância. Você fala em flores, eles entendem feras; fala em amar, eles entendem armar; fala em cultura, eles entendem censura.

Não nos resta outra saída senão deixar de ser prisioneiros virtuais, romper a bolha e dar as mãos a todos que estão dispostos a avançar sobre ruas para repletar avenidas. E não basta clamar “Ele não”. Aos protestos devem se sobrepor propostas. Eis o único modo de evitar que os fantasmas do medo se reencarnem na figura anômala do terror. Navegar é preciso! Mas na direção contrária à de Ulisses. E deixar que a tripulação fique de ouvidos e olhos abertos para descobrir que as sereias não passam de monstros necrófilos cujos urros pretendem nos ensurdecer e cegar para não descobrirmos que a rota traçada por eles nos conduzem às profundezas do Hades. Na segunda metade da década de 1970, assentei-me em uma favela capixaba. Fui ao norte do estado visitar o que restava da antiga Vila de Itaúnas. Nos vinte anos anteriores a ação predatória da cobiça antiambientalista havia destruído a vegetação que detinha o avanço da areia da praia sobre a vila. Todas as manhãs, as mulheres varriam a areia acumulada no vão das portas, soprada pela força do vento. No dia seguinte, mais areia e o trabalho insano de tentar contê-la. Até que as dunas cobriram por completo a vila. Restou apenas o cume da torre da igreja. Como ingênuos habitantes de Itaúnas, temos varrido a soleira da porta sem ainda nos convencer de que somente ações mais determinantes serão capazes de conter o dilúvio.

Reportagem do Globo de hoje(18-01-2020) - Enem: Notas têm queda em 4 das 5 áreas avaliadas no exame nacional

Das cinco áreas avaliadas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2019, a nota média dos participantes diminuiu em quatro na comparação com a prova aplicada em 2018. Apenas na Redação houve uma elevação. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério da Educação (MEC). Numa escala que vai até 1.000, Redação subiu de 522,8 para 592,9; Matemática caiu de 535,5 para 523,1; Ciência Humanas foi de 569,2 para 508; Linguagens, de 526,9 para 520,9; e Ciências da Natureza, de 493,8 para 477,8.

As notas individuais, que já podem ser consultadas no site do Enem, são usadas pelos candidatos em programas que garantem acesso a cursos superiores em instituições públicas e privadas, a exemplo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que terá inscrições abertas a partir da próxima terça-feira. Segundo o MEC, a taxa de participação do exame foi recorde em 2019: 77% dos 5,1 milhões de inscritos. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que as notas médias não medem a qualidade da prova e afirmou que o Enem de 2019 foi um sucesso. Afirmou ainda que o exame não serve para avaliar o desempenho da educação básica: — Cada instrumento tem sua função. O Enem não é feito para medir a evolução da qualidade do ensino, ano a ano, no país. O objetivo do Enem é selecionar as melhores pessoas. Ponto.

Já o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, disse que é possível comparar os resultados dos inscritos de um ano para o outro graças ao método de cálculo da nota do Enem: a Teoria de Resposta ao Item (TRI), que permite eliminar distorções, como um desempenho mais fraco num ano em que o exame foi mais difícil:

— A prova mede o nível de proficiência daquele conjunto de estudantes. Então a qualidade é das pessoas que estão fazendo a prova, não da prova em si. O uso da TRI garante que a gente consiga auferir a proficiência correta em qualquer área de conhecimento.

NOTA MIL

Na Redação, 53 estudantes tiveram a nota máxima e 143.736 zeraram. Os motivos mais comuns para a nota zero foram: prova entregue em branco (56.945), fuga ao tema (40.624) e cópia do texto motivador apresentado no Enem (23.265).

Um dos poucos candidatos a conquistar a nota máxima, o carioca Gabriel Lopes, de 20 anos, decidiu cursar Medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) após concluir o ensino médio na Escola Técnica Estadual Juscelino Kubitschek, no Jardim América, na Zona Norte. Durante o curso preparatório no pH, tinha o hábito de escrever uma ou duas redações completas por semana. — Tinha vezes que eu pensava num tema e fazia um parágrafo ou mapas mentais sobre outros temas, selecionava argumentos possíveis, deixava tudo organizadinho. Mas, na verdade, a Redação para mim acontecia o tempo todo. Assistia ao jornal pensando na Redação, via anúncio na rua pensando nela... —explicou.

PROVA DIGITAL

Alexandre Lopes anunciou ontem que a meta inicial de aplicar o Enem de forma digital para 50 mil pessoas em 2020 dobrou. O MEC agora quer que 100 mil façam a prova dessa forma. O objetivo é que o exame seja 100% digital até 2026. A intenção é oferecer aos primeiros inscritos de 2020 a possibilidade de fazer a prova digital. *Estagiário sob supervisão de Marco Aurélio Canônico

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Novo período de matrícula: de 15 a 22 de janeiro na Escola.


A Secretaria de Educação de Minas Gerais divulgou, que a lista da primeira chamada de quem fez a pré-matrícula na rede estadual de ensino, será divulgada na próxima terça-feira, 14 de janeiro. O período de confirmação da matrícula iniciará no dia 15 de janeiro, encerrando-se no dia 22.

domingo, 12 de janeiro de 2020

O problema de procrastinar os compromissos e tarefas em uma Organização Escolar.


No campo da vida pessoal é muito comum a gente adiar o início ou término de uma tarefa, de um compromisso, de adiar praticas pela busca de metas, sonhos e realizações individuais. Criamos muitos muros invisíveis para justificar o adiamento de nossas ações. É muito comum deixarmos para os eternos amanhãs, ou então para os últimos momentos, a entrega de uma atividade, com data marcada e tudo, projetando para frente algo que está no campo da nossa responsabilidade. Quando isto acontece no campo pessoal, as consequências são absorvidas pelo próprio indivíduo e não envolve um grupo social maior, uma instituição, ou seja os prejuízos dizem respeito somente a mim. O problema é quando esta situação está relacionada com o nosso campo de trabalho e as nossas tarefas estão dentro de uma empresa escolar.  Esta prática de não cumprir prazos, com as tarefas do nosso ofício é um fenômeno complicado e tem nome: PROCRASTINAÇÃO. A matéria do fantástico foi bem didática e quer chamar a nossa atenção para este contratempo. Se você está ligado à Educação tente imaginar esse imbróglio ocorrendo dentro de uma  Escola. É muito transtorno, porque este é um problema  que interfere em todo o andamento de instituição,  podendo esta perder benefícios para seus estudantes, uma vez que alguns dos seus profissionais deixaram de cumprir e entregar atividades dentro do prazo determinado. Não tem como fugir porque todas as ações de uma escola estão conectadas umas as outras, a tarefa que não foi feita aqui, emperra a ação de acolá e assim sucessivamente até paralisar tudo. Este sufoco provoca transtornos para todos os segmentos da escola e em todos as dimensões da organização escolar, seja no campo da gestão pedagógico, financeira ou de pessoal. Discutimos sempre o problema da procrastinação em nossas reuniões pedagógicas e a reportagem do fantástico do dia 29 de dezembro de 2019 me inspirou a escrever sobre este tema na educação. Não existe nada mais aliviante do ponto de vista pessoal, do que entregar uma tarefa na data determinada, atendendo prazos de tarefas relacionadas ao nosso ofício. Muitas vezes o professor não conclui o fechamento e envio de um diário porque fica aguardando a entrega de uma tarefa de um dos seus estudantes. Dessa forma a instituição não avança em suas atividades porque fica preso a entregas docentes não realizadas, uma vez que todas as ações estão super articuladas entre si. A Escola é uma engrenagem em que o mundo educacional presencial, com todos os seus atos, hoje deve ser inserido no mundo online. Uma ação procrastinada em um setor impede outra de ser realizada em outro departamento atrasando em cadeia o trabalho da organização escolar no seu todo. As chefias imediatas ficam de cabeça quente e ansiosas diante deste fenômeno tão presente no dia a dia das escolas. Os sistemas educacionais sendo todos informatizados e onlines se fecham em datas pré-programadas, muitas vezes não dando chance para novas inserções. 
Como se combate este problema? Uma das formas é olhar atento, logo no início do ano letivo,  para o Caléndário Escolar, checando datas e o Planejamento. É preciso amarrar bem, articulando e se organizando no ano letivo, em um viés bem pessoal, para que as tarefas sejam entregues nas datas prevista evitando os conflitos interpessoais  que só causam desgastes emocionais e não tem funcionalidade alguma. 
Ninguém gosta de ser notificado por atividades não realizadas e portanto não entregues, portanto é preciso evitar o mal estar das cobranças  por tarefas que não foram feitas. Para que não ocorra o aborrecimento das notificações é preciso olhar  de forma longitudinal e muito seriamente para o planejamento anual, fixar compromissos e datas na agenda de modo bastante acessível e visível. Hoje tem agendas eletrônicas que lembram com antecedência seus compromissos no seu celular diariamente, desde que você os cadastre no sistema, sem procrastinação. É preciso também estar atento ao grupo institucional de whatsAap da Escola, pois este é instrumento importante da gestão onde sempre se antecipa lembretes quanto as datas e entregas de tarefas e atividades relacionadas ao seu ofício. 
O nosso cérebro se ressente deste stress que vivemos hoje, nessa corrida maluca pela sobrevivência, e ele não é uma máquina infalível em termos de ser capaz de nos lembrar de todas as tarefas e datas de entregas de nossas atividades, por isso precisamos sempre da ajuda dos eletrônicos.
A vida é movimento mas no século XXI temos a tendência da acomodação, com a ilusão de termos o comando das coisas sob nossas mãos através do controle remoto. Se não ficarmos vigilantes podemos a todo momento ser puxados pela correnteza das zonas de conforto e afogados numa prática de procrastinação sem fim, deixando para amanhã o que pode ser feito neste momento, provocando muitos prejuízos à instituição e a nós mesmos. A luta é diária contra o problema que está na gente mesmo e tem haver com nosso emocional. É preciso muita autoterapia (ou terapia para quem pode pagar) e esforço para vencer esta calamidade que destrói por dentro as possibilidades de avançarmos na caminhada da educação. É importante que cada profissional se perceba, olha para suas potencialidades e fraquezas e trabalhe pelo seu próprio desenvolvimento pessoal e pelo fortalecimento de uma resiliência interior específica capaz de atacar esse mal  que assola as nossas instituições escolares por dentro.  
                  Por Deodato Gomes Costa

sábado, 11 de janeiro de 2020

Registramos aqui o aniversário da Secretaria da Escola João Beraldo, D. Ana Purcina.











Escola nenhuma alcança e mantém um nível de primazia, sem organização, eficiência e dedicação ao trabalho. A Secretaria de uma Escola é peça indispensável nesta incansável busca pela promoção dos nossos estudantes. Por isso hoje, nossa homenagem é para ela, D. Ana Purcina, pessoa presente em todas as nossas buscas e realizações.    Pessoa que com seu empenho diário, só eleva a educação da nossa escola.

 Destacamos nesta foto D. Ana Purcina em um dos momentos da Escola.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Inscrições para Cadastro Reserva de candidatos à trabalho temporário na Educação Municipal começou dia 06 e vai até dia 24 de Janeiro de 2020. Acessem o Edital a seguir com todas as informações.


A Prefeitura Municipal de Carlos Chagas, através do Edital nº 01/2020 emitido pela Secretaria Muncipal de Educação em conjunto com a  Divisão de Recurso Humano, abriu processo de inscrições para formação de Cadastro Reserva de profissionais que pretendem concorrer a vaga na Educação Municipal em 2020. O contrato é temporário e serão preenchidos a partir da necessidade  com pessoas devidamente habilitadas, nos termos do Edital, para exercer os cargos de:  Especialista em Educação, Professor de Educação Básica nível I e II nos diversos componentes curriculares,  Professor de Apoio, monitor de creche, servente escolar e secretario de escola. 

Os interessados deverão  comparecer à Secretaria Municipal de Educação, no prédio da Prefeitura, para preencher sua ficha de inscrição, munidos de toda a documentação pessoal exigida no Edital, acompanhada das devidas cópias. 
O período da inscrição é de 06-01-2020 a 24-01-2020 de 7 às 11 e de 13 às 17 horas. 
No dia 28 de janeiro de 2020, a partir das 8:00 horas,  será divulgado a Lista com a  Classificação de todos os candidatos que se inscreveram. 
De acordo com o cronograma a distribuição das vagas ocorrerão na Biblioteca Municipal no dia 30 de janeiro de 2020 a partir das 830 horas.

Para maiores informações acessem o Edital a seguir:

domingo, 5 de janeiro de 2020

FELIZ EU NOVO-Rossandro Klingey


Olá, isto aqui não é um video de feliz ano novo. Não é um vídeo para que você acredite que pular ondas, guardar sementes, fazer algum ritual, ou esperar que a mudança do calendário, a passagem das horas, e os fogos de artifício faça uma luz para sua vida, que é você que tem que fazer. Na verdade nós precisamos entender que os ciclos existem mas eles existem dentro de nós. Não adianta nenhum circuito externo mudar, por mais bonito que seja as festas, os fogos e os lugares se não houver uma mudança interna significativa dentro da gente. No fundo o que a gente quer e o que a gente almeja, talvez o símbolo do ano novo realmente se apresente para nós é um desejo de mudança íntima. Que faz com que a gente observa a vida, sob uma perspectiva mais lúcida, mais madura, mais proativa, em que a gente possa ser mais autor do próprio destino e 'não viver a reboque dos acontecimentos. Se isto é uma proposta pra você então na verdade o meu desejo é um desejo de um Feliz Eu Novo. Que a gente possa estar disponível para o mundo, mas sobretudo para nós mesmos desenvolver uma nova interioridade. E essa interioridade vai nos dar a capacidade para termos um outro olhar para a vida. De olhar por exemplo para os nossos erros não como um lugar de acusação mas de aprendizado. De olhar para cada queda não como lugar de lamento mas de ensinar como levantar, seguir e por onde não ir novamente. De olhar para os fins do relacionamento não como uma mágoa, a decepção e a frustação mas aprendendo com os outros quais são os comportamentos que nós vamos querer para a nossa vida e os que a gente não vai mais admitir que aconteça, e vai se fazer respeitar, e vai se fazer amar, e vai se fazer respeitar pelas pessoas começando a amar nós mesmos. É esse Feliz Eu pelas pessoas começando a amar nós mesmos. É esse Feliz Eu Novo que que desejo para vocês. Um Eu que não se submete mais a coisas enfadonhas, a pessoas que não acrescentam, mas que também procura dentro de si os recursos essenciais, não fora nas pessoas nas situações e nas coisas, mas dentro de si. Um ser qe é capaz de agradecer as pequenas coisas da vida, a vida. É um ser que é capaz de agradecer que mesmo que você não esteja num reveillon fantásticos, numa cidade maravilhosa, vendo fogos incríveis, não importa se você tiver no quintal da sua casa, num banquinho de plástico, mas com pessoas que você ama, sabendo que isto é o que importa, você vai entender o que eu quero dizer com FELIZ EU NOVO. É um eu que comemora o que é mais importante, que pode ser simples para as pessoas, mas que é essencial para nós. Que é gente que a gente ama, que é gente que é aprender a amar, que é aprender a perdoar, que é aprender a olhar a vida com mais serenidade e com mais dignidade. Aprender que você poder não ter visto nenhum tipo de espetáculo pirotécnico porque você não teve como ir para nenhuma dessas praias famosas, ou nenhum desse lugares famosos do mundo. Que são transmitidos todos os ano em cada uma dessas cidades um Reveillon fantástico que talvez você sinta o desejo de participar, mas é que depois de uma noite inteira junto com quem você ama, você fica acordado até você vê o verdadeiro espetáculo do ano novo. Um sol que nasce todo dia, nos dando uma oportunidade, não importa se em 1º de Janeiro, ou no meio do ano, ou no fim do ano ou em qualquer dia. Um sol que nasce todos os dias , nos convidando a ser uma nova pessoa. Feliz eu novo para você!
           Por Rossandro Klingey

sábado, 4 de janeiro de 2020

Em visita a Escola João Beraldo e a Professora Cecy, Giuseppe relembra sua trajetória escolar.


Para a Escola João Beraldo, os momento em que seus estudantes passam em qualquer um de seus espaços,  seja nas salas de aula, no pátio, ou nos jardins,  é de grande importância que vivam uma experiencia positiva,  para que eles construam uma memória saudável do seu tempo de escola.  
As pessoas não sabem, mas sempre recebemos visitantes, principalmente no período de férias. Eles chegam para encontrar e relembrar situações e momentos pitorescos da relação da sua vida de estudante com a Escola João Beraldo.Apenas alguns eu registro aqui, pois não dou conta de todos. A Escola em 2020 faz  74 anos e a cidade 82, com pouca diferença de idade, vemos que cidade e escola tem anos de história em comum e muitas marcas na vida de quem nasceu e viveu aqui.  

Nesta sexta feira foi a vez de Giuseppe Boa Sorte que foi aluno da Escola em 1983. Refez emocionantes momentos de sua vida de aluno neste espaço. Lembrou especialmente da Professora Cecy Prates. Visitou a sala em que estudou com ela e se surpreendeu pois  está do mesmo jeito, com mesmo piso e forro de pinho, apesar das reformas que a mesma sofreu. 


Giuseppe, hoje um jovem senhor de 43 anos, com família constituída,  nos presenteou com a sua simpatia e uma conversa muito interessante. Lembrou de detalhes, dos colegas de sua turma e de como era estudar ali. Hoje como dentista em Rondon do Pará,  reconhece que a Escola e a Professora  Cecy deixou marcas grandiosas e indestrutíveis em sua vida. 
Na sua visita à Professora Cecy, registrou o momento com uma foto e compartilhou conosco este encontro  de gratidão e apreço.  Seu gesto de não esquecer sua escola, sua professora é muito raro e toca a gente e lembra o gesto daquele que voltou para agradecer a Jesus. 
Fico imaginando aqui a alegria da Professora Cecy em rever seu ex-aluno. Seu gesto vem reforçar a convicção que vale a pena trabalhar com educação, pois os  valores plantados no coração do menino Giuseppe  em 1983, quando estudou na Escola João Beraldo e foi aluno da Cecy,  floresceram e frutificaram.  
Tenho portanto a convicção que vale a pena ser professor pois é esta a profissão capaz de  deixar em um ser humano um pedacinho do seu ‘eu’, da sua sabedoria, que na maioria das vezes não se consegue localizar visivelmente, mas que está lá, cresce e evoluí com cada um dos alunos que foi alvo de um bonito gesto educativo.
            Por Deodato Gomes Costa

Entrar no ano novo - Frei Beto - Hoje - (04-01-2020) no Globo


Inicia-se mais um ano. Hora de relembrar, examinar, avaliar. e fazer propósitos para os próximos 12 meses: comer menos, fazer exercícios, ser mais generoso, esbanjar elogios, votar nas eleições municipais em quem realmente se dedique a assegurar qualidade de vida à população...Dentro do coração latejam anseios de vida e mundo melhores. Como alcançá-los? Quem sou eu para dar conselhos! Conheço o tamanho de minhas falhas, a dimensão de meus erros. Nem por isso deixo de partilhar com os leitores meia dúzia de opiniões que, se carecem de fundamento, ao menos aquecem o debate. Saudade. Vocábulo português sem similar em muitos idiomas. De que temos saudades? Do amor perdido? Da infância feliz? Do parente falecido? Sim, mas sobretudo de nós mesmos.
Talvez o fim e o início do ano sejam os momentos em que mais aflora a disposição de fazer exame de consciência. Saudade de estar exilado do que realmente sou. Tem saudade de si quem anda exilado do que realmente é. Corre-se o risco de ter como epitáfio o verso de Fernando Pessoa: “Fui o que não sou”. Não quero ser o que não sou. Mas admito a pertinência das palavras do apóstolo Paulo: “Faço o que não aprovo; pois o que aprovo não faço” (Carta aos Romanos 7,15).
É hora de pagar o nosso resgate. Livrar-nos da condição de refém insatisfeito de nossos próprios vícios e incoerências. Resgatar-se é empreender árdua jornada rumo à própria interioridade. Não apenas como fez DeMaistre dentro do próprio quarto. Mas ir aonde reside a verdadeira identidade - ao mais profundo de si. Como fazê-lo? O processo psicanalítico é, nesse caso, de grande valia. Entretanto, implica recursos nem sempre ao alcance de todos. Faço, pois, singela proposta: meditar. Eis um caminho viável a todos. Bastam disposição e tempo. Vontade e método. Lido há anos com grupos de oração. Com eles aprendo lições importantes concernentes à meditação. Não existe um único método. São tantos quanto os meditantes. Cada pessoa deve descobrir e desenvolver o método que lhe convém: sentado ou andando, de olhos fechados ou entreabertos, ao acordar ou no fim da tarde, em silêncio ou ao som de uma suave melodia, concentrado no mantra ou na respiração etc.
Um detalhe é importante: reservar tempo à meditação, assim como se faz à refeição, ao sono e ao banho. Sem criar na agenda espaço específico para isso, fica difícil. É preciso ter disposição. Saber “perder tempo”. Livrar-se da ideia utilitarista de que “tempo é dinheiro”. Mergulhar, por um momento, no saudável espaço da ociosidade espiritual. Disposição significa disciplina. Não se medita sem se dar tempo.
Aos iniciantes recomenda-se marcar no relógio um tempo mínimo de meditação. Sugiro 20 minutos. Enquanto o despertador não soar, não mude apostura escolhida para meditar. Aos poucos, aumenta-se o tempo, na mesma proporção que se consegue esvaziar a mente e centrar a atenção no plexo solar, embebendo-o da presença inefável de Deus. Ou do Vazio.

O que fazer para melhorar o mundo? Há pequenos gestos, como observar normas de lixo seletivo, economizar água e energia, plantar árvores e defendera preservação do meio ambiente. Há gestos mais amplos, como associar-se a um esforço comunitário, seja em igreja, sindicato, clube, ONG ou iniciativa voltada à responsabilidade social. Vínculos de solidariedade se estreitam através de trabalhos voluntários, lutas partidárias, pressões sobre o poder público ou denúncias de abusos de empresas, como anúncios lesivos às crianças ou produtos com altas doses de substâncias prejudiciais à saúde, como embutidos, transgênicos e placas de amianto. O mundo é o que de
le fazemos. E nele interferimos por participação ou omissão. Não existe neutralidade. Isso vale para a nossa saúde pessoal e coletiva. A indiferença não faz a diferença.

O Globo 4 Jan 2020 - FREI BETTO sociedade@oglobo.com.br

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Servidores estaduais poderão agendar perícia médica pelo Portal do Servidor a partir da próxima semana 03/01/2020


As perícias médicas dos servidores estaduais em afastamento por motivo de saúde poderão ser agendadas diretamente pelo Portal do Servidor (https://www.portaldoservidor.mg.gov.br) a partir do dia 6 de janeiro. Os resultados das perícias também serão disponibilizados no novo canal.

Os agendamentos podem ser realizados para todas as unidades da Superintendência Central de Perícia Médica e Saúde Ocupacional e abrangem os servidores ativos – efetivos, designados ou contratados –, além dos beneficiários da Lei Complementar 138/2016, antiga Lei 100.

Para agendar, é necessário acessar a parte de serviços do Portal do Servidor, escolher a opção “Perícias Médicas” e informar os mesmos dados de usuário e senha utilizados para outros serviços, como emissão de contracheque. Todas as informações de agendamentos realizados continuarão disponíveis para consulta.

Durante o mês de janeiro, os canais de atendimento telefônico – LigMinas 155 e telefones das unidades periciais regionalizadas – realizarão o agendamento das perícias normalmente, mas, a partir de fevereiro, o atendimento por este meio será gradualmente reduzido.

As perícias referentes a exame admissional não foram agregadas ao Portal do Servidor e continuarão sendo agendadas por meio do LigMinas 155 ou diretamente nas unidades periciais.

Caso encontre dificuldades para utilizar o serviço ou necessite solicitar senha de acesso, o servidor pode entrar em contato com a equipe responsável por meio do RH Responde, que também está disponibilizado no Portal do Servidor.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Mire as Estrelas - Rosa de Saron

Conselho para o novo ano: tenha bússola, mapa e espelho


Vê só a minha sorte de te encontrar, querida leitora e leitor, neste novo dia, neste primeiro dia de 2020. Não, eu não vou gastar meus primeiros escritos desta nova década com os imperialistas. Me recuso!
Quem tem a sorte de escrever e ser lido neste dia 1 tem a responsabilidade de escrever coisas boas e bonitas, que coloque esperança no coração de quem lê. Tô certa ou tô errada?
Neste momento eu quero que você se sinta como a Julie Andrews girando de braços abertos no topo de uma colina e cantando “The Sound of Music”, porque texto de primeiro de janeiro é para isso. Este texto é para que você olhe os próximos 366 dias de frente, de olhos aberto, de coração leve.
Como escreveu Rubem Braga em janeiro de 1952, “é singular que entre tantas festas religiosas e cívicas nenhuma chegue a ser tão emocionante e perturbe tanto a humanidade como esta, que é a Festa do Tempo. É como se todos estivéssemos fazendo anos juntos; é o Aniversário da Terra.”
Então tome este texto como meu presente, um presente como aquelas bonecas russas, que você abre e encontra outro, e outro, e outro. Tome como presente também um conselho para este ano, se é que a idade já me permite: tenha uma bússola, um mapa e um espelho. Saiba em que direção está indo, determine um ponto de partida e um ponto de chegada e leve algo valioso consigo, porque a vida é escambo.
Um dos privilégios de escrever em primeiro de janeiro é que todo mundo leva o seu conselho em consideração.
Ainda bem que meu texto não sai amanhã, porque amanhã sim, amanhã é dia 2, e se meu texto saísse amanhã talvez eu escrevesse sobre o absurdo do ataque terrorista à sede da produtora Porta dos Fundos. Que para mim nada mais é do que a materialização de um pensamento e de um projeto de ataque à cultura, que já vem de tempos.
Eu diria também que a intolerância não aumentou, não há agravamento, os intolerantes só estão mais corajosos e agora jogam bombas no Humaitá. Mas que as bombas, tiros e incêndios são comuns em tantas e tantas partes do Rio de Janeiro e do Brasil. A intolerância assola os terreiros da Baixada Fluminense há décadas. E a intolerância por lá não usa máscaras, não distorce a voz, muitas vezes veste farda e te olha nos olhos.
Eu me surpreendo com quem se surpreende, com quem acha que isso é uma onda. É nessas horas que eu percebo como as pessoas estão longe de perceber o que é o Brasil, o quão racistas e intolerantes nós somos. A seletividade da indignação, da dor, do medo de ser atingido. O aniversário é da Terra e não existe fora, não existe o outro. Essa onda na verdade é um grande tsunami e estamos todos na praia, pode demorar um pouco mais para que você se afogue, mas não se engane, não há colina suficientemente alta para subir.
Que Exu responda e que Xangô seja a nossa justiça, hoje e sempre. Amanhã você me faça o favor de sair para a rua com sangue nos olhos e fogo nas ventas, mas hoje é só primeiro de janeiro. Então, Feliz Ano Novo.

O Globo 1-Jan-2020 ANA PAULA LISBOA segundocaderno@oglobo.com.br

terça-feira, 31 de dezembro de 2019

NOVA DÉCADA SEM CELULAR E SEM DINHEIRO!


É humanamente impossível escrever uma coluna de tecnologia para o último dia do ano sem cair em retrospectivas ou previsões — ainda mais quando o ano é um falso começo de década, até mais potente, simbolicamente, do que o começo verdadeiro: 2020 não parece muito mais ponto de largada do que 2021?

Tantas coisas foram anunciadas e prometidas, tantas deixaram de se realizar, tantas aconteceram sem que ninguém desse por elas. Se nos antigos anos 20, aqueles, que ficaram lá atrás, alguém dissesse que passaríamos o dia grudados a pequenos retângulos de metal e vidro e que não haveria aspecto das nossas vidas que não fosse influenciado por esses pequenos retângulos, nossos avós, que se achavam - e eram - avançadíssimos com seus Fords e suas saias pelos joelhos ficariam assombrados.

Mas não é preciso ir tão longe. Era difícil imaginar, mesmo há dez anos, o espaço universal que os smartphones ocupariam hoje, e o estilo de vida que desenvolvemos a partir de seus aplicativos. O Uber foi lançado em 2010, e só chegou ao Brasil quatro anos depois; o iFood foi criado em 2011; o mobile banking, que no ano passado ultrapassou todos os outros canais na preferência dos correntistas, incluindo o internet banking (aquele que se usa no computador), mal chegava a 10% dos usuários em 2014.

Nas previsões para a próxima década, porém, não só o mobile banking perderá espaço, à medida em que suas funções forem se integrando a outros aplicativos, como os próprios smartphones poderão desaparecer. Esse palpite é de ninguém menos do que DJ Koh, o CEO da Samsung, que acha que, muito em breve, graças ao desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA) e à universalização do 5G e da internet das coisas, usaremos apenas vestíveis - como pulseirinhas e óculos inteligentes. Isso vai acontecer de forma tão suave, diz DJ Koh, que sequer vamos reparar que estamos usando telas. Os objetos à nossa volta serão inteligentes e obedecerão a comandos de voz.

Isso ainda parece estranho para mim, que venho do milênio passado e tenho a sensação de estar falando sozinha quando dou ordens a assistentes digitais, mas é perfeitamente natural para os meus netos, que nasceram em 2010 e só se comunicam com os seus smartphones por voz. Eles acham engraçado o meu hábito antigo de digitar, e imagino que, em algum momento do futuro, vão comentar com os seus filhos como se lembram da avó, uma pessoa nascida antes da internet, que precisava de teclados (teclados, imaginem!) para se comunicar com os aparelhos.

A década que vem por aí será também a do fim do dinheiro e dos cartões de crédito reais, de pegar, tais como os conhecemos. Em breve todas as nossas transações financeiras serão realizadas por meio dos celulares, de pagamentos importantes a esmolas na rua. Na China, mendigos já usam cartazinhos com códigos QR para facilitar a vida dos cidadãos de bom coração. A geração que vai olhar moedas e notas de dinheiro com nojo, imaginando como tínhamos coragem de pegar coisas que haviam passado por tantas mãos desconhecidas, já nasceu há alguns anos e brinca por aí.


É bem melhor um perfil original do que uma virada fake. Feliz 2020!...










Obra do artista francês Cyril Rolando, que faz arte exclusivamente digital, usando o pseudônimo de AquaSixio.

Existir é sempre viver a mistura de  dois sentimentos básicos: alegria e dor.  Estamos marcados pelo compasso desses dois movimentos. Em alguns momentos eles se mesclam, em outros um prevalece mais que o outro. O maior desejo das pessoas é de que todas as nossas vivências humanas fossem repletas somente de alegrias. Mas isso é completamente impossível. Ah se pudéssemos congelar os momentos mais prazerosos da nossa vida e também das pessoas que amamos! Como seria bom! Imagine fixar no topo da existência os seus momentos de maior gozo ficando eternamente ali? Alegria e dor nunca chegam pra gente isolados um do outro. Nos nossos momentos mais alegres, encontramos pontos tristes. Sempre quando estamos vivenciando bons momentos nos chegam pensamentos impactadores. Parece que vem nos lembrar que existe dor nesta vida e que nela também, na dor gente,  encontramos iluminações grandiosas. A dor da gente é dor de vida, de amor e de ser humano que somos. Incrível, mas tem momento que o que nos salva é a dor. Todos já sabem disso. Há momentos de travessias muito dolorosas na nossa vida que nos transpõe mais fortalecidos. Há sempre uma emoção diferente nos chamando para ver a outra dimensão das coisas e dos fatos que nos afetam. Schopenhauer, conhecido como o filósofo do pessimismo já disse que a nossa referência de felicidade está referenciada nos momentos em que nos sentimos infelizes. Todos os dias se repetem a vivência de situações mais inusitadas e jamais imaginadas por nós. As ansiedades que nos consomem chegam marcadas pela mistura desta binaridade: dor e alegria. Neste momento, quantas pessoas estão vivendo um luto e quantas estão nascendo trazendo a celebração da vida. Um velório e uma festa convivem harmonicamente nos seus contextos indicando como  a vida é sempre composta de tudo, como dizia minha mãe. O final de ano está cheio de acasos, de alegrias,  de viagens, praias e festas.   Um carro sai de casa para buscar mais alegria ainda e  pode retornar repleto de dor. 
No último dia de 2019, da minha janela, vislumbro o mesmo cenário de sempre: árvores verdíssimas, carros de boi que passam com seus sons de motores quebrando o silêncio, completando esta paisagem, um mormaço sufocante. É a paisagem de pecuária da cidade vazia, que aparece um gado aqui e outro lá, neste final de 2019. Só parece, muita gente “escolhe” virar o ano aqui mesmo. A oportunidade leva gente para a virada para as praias que alimentam mais a um ilusão infinita. Pessoas caminham pela rua  fazendo planos para 2020. Quantos planos de 2019 foram abandonados e quantos agora são retomados? Dezenas deles, sequer iniciados.
Na rede o que mais se vê são fotos de família, legendadas por alegrias, situações e vivências coletivas que parecem dissipar e afastar a consciência das nossas dores sociais: desemprego, ódio, preconceitos e desentendimentos difíceis de serem superados. As ilusões que se avistam na passagem de 2019 para 2020 são motivadas por um jeito mágico de pensar a vida. Será que em 2020 não tem jeito de cairmos  na existência prática da vida? Aproxima-se a segunda década do século XXI, que inicia em 2021, final dos anos 20,  uma geração que tem o pé no século XX e no milênio passado e outro no XXI e ainda não aprendemos. Não aprendemos porque é assim mesmo, de acordo com Schopenhauer vemos cada vez mais distorcidas a realidade. Caminhamos sempre para o fundo desta caverna que é o mundo.  Impossível alcançar a iluminação. Mas você olha com imensa gratidão tudo de 2019, e ainda está tudo por resolver, nada está pronto, as alegrias sociais ainda estão por serem feitas. Um tempo de coisas terminam para iniciar outro. Mas parece que para as situações de exclusão o tempo nunca termina. As coisas não se resolvem e 2020 chega com mais questões somadas aquelas que ainda nem sequer foram colocadas nos planos governamentais: saúde, educação, meio ambiente.
Lya Luft disse em um de seus textos que "falta alegria em nossas vidas". Disse que não paramos de reclamar, e que temos muitas vezes razão. Olha a lista das aflições como é grande: os impostos, o custo de vida, o desemprego, a violência, a súbita falsidade de alguém em quem confiávamos tanto, a pouca autoridade das autoridades, a nossa própria indecisão. As rápidas mudanças na sociedade, alguns ainda tentando arrastar o cadáver dos valores que precisam ser mudados, ufa...
De nada adianta estas constatações... se estacionarmos nelas pura e simplesmente. É preciso acordar todos os dias a esperança,  renovar a fé e  a disposição para ir em busca do horizonte que foi deixado para traz, porque outros já se sobrepõem. Os sonhos mais fundamentais que impulsionam a humanidade não encontraram ainda as condições necessárias e suficientes para acontecer. Assim segue a existência na eterna busca do que ainda nem se apropriou. De nada adianta se acomodar enquanto a vibração do mundo não cessa. O pouco movimento das coisas é apenas aparente e nem surpreende pois tem algo pulsando silenciosamente. Quem enxerga para além do que vê, sente este compasso do seu território sintonizado com uma história muito maior.  Não é uma virada de 31 de dezembro capaz de mudar a historia.  Ele é somente o último dia do ano! A virada não muda você, sua cidade e seu país. Isto é mais um fake bem tênue que se cria para encobrir evidências.
Tem muito de fake neste 31 de dezembro. Tantas mágicas que se faz, retirando do fato, do prático, do real as pessoas. As coisas não caem do céu. Tudo é resultado de investimento da energia que temos e do direcionamento que damos. Projeta 100%, se coloque de corpo e alma para lograr talvez 10%. Outro fake do 31 de dezembro, que todo mundo faz, para falar em dinheiro é a mega da virada. Onde? Como? Uma chance em 50 milhões para 49 milhões que jogam na ilusão deste grande fakesonho. O maior desafio da vida está é em nós mesmos.  Será que o lugar para onde temos que ir é sempre ontem? Da mesma forma? Carregando as mesmas pesadas visões da vida, do mundo, das coisas? 
Os propósitos da virada são esquecidos e se perdem no cotidiano do novo ano. O que vai nos fazer avançar, pessoal e coletivamente, é o saber, a ciência,  a reflexão, apesar  da anticiência,  do antisaber e da antireflexão. Um entendimento dos fatos deste momento da história, articulada com sonhos que até podem parecer ingênuos, mas são superimportantes para nos fazer caminhar.  Articular com a realidade e pensar a existência,  é viver sem ser manada. Janelas e portas se abrem ao pensamento e a gente sente que é possível mudar a história de dor do mundo. Do contrário viveremos a eterna ilusão fake da virada, validando como natural e normal as situações mais injustas e desiguais que um ser humano pode viver neste mundo. Não é exemplar discriminar alguém pela sua imagem, pela sua cor, pelo seu jeito de ser, por não ter dinheiro, por não ter estudado, por ser índio, por ser negro, por ser... ser...  Vejo que estamos enclausurados pelas fakes da virada, presos em uma cosmovisão retrógrada,  sem nos darmos conta desta teia envenenante que nos tece negativamente sem deixar ver o que seria a verdadeira virada. Aquela que verdadeiramente precisamos fazer. A virada verdadeira será feita de  muitas utopias. Para virar as situações que provocam as dores no mundo é imprescindível fantasiar, olhar no horizonte, vislumbrar inventividades  e caminhar com os  pés no chão da nossa triste história. O combustível da vida é a alegria ainda que  a dor seja sempre uma sombra a nos acompanhar. O mormaço do dia é belo, porque o sol de verão da praia invade e ilumina o nosso coração, porque a cidade em que vivemos é o melhor lugar do mundo para se viver, porque... porque... são infinitos os motivos que tornam as coisas belas por elas mesmas.  Vinicius de Morais já cantou: "Alegria é a melhor coisa que existe, é assim como a luz no coração." Alegria por podermos presenciar mais esta virada de 2019 para 2020 e entender que o tempo e a história da nossa vida, do nosso território, do nosso país, só mudam se lutarmos por sonhos verdadeiros. Chega de sonhos fake, virada fake, notícias fake. Eu quero a verdade que liberta. Aquela que está no Evangelho de João 8:32 que diz: " E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará".

Parafraseando Chalita digo que as palavras a serem ditas no ano novo, traduzam a verdade da gente, não as nossas fakes. Convido a todos para cultuar compaixão e respeito e abandonar a palavra perversidade. Que nos esforcemos para não causarmos dor no outro com falsas verdades, preconceitos e humilhações. Ao outro já basta a cota de dor que lhe é devida neste mundo. Somente no amor nos tornamos capazes de sermos verdadeiros mutuamente e fazer a virada truth que o nosso mundo tanto precisa
                                    Feliz 2020!
                 Por Deodato Gomes Costa

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Ministério da Educação anuncia que resultado do Enem 2019 será divulgado em 17 de janeiro Notas individuais poderão ser acessadas pela Página do Participante


Acesse a página do participante, clique na imagem.

Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 serão divulgados no dia 17 de janeiro de 2020. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (18/12) pelo Ministério da Educação (MEC). De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação do exame, as notas individuais poderão ser acessadas pela Página do Participante no portal e no aplicativo do Enem, após login com CPF e senha. Para os “treineiros”, aqueles que não irão concluir o ensino médio em 2019, o boletim individual será publicado em março de 2020.

 Após a divulgação das notas, os participantes irão pleitear as vagas nas universidades do país. As principais formas de usar a nota do Enem 2019 para ingressar em uma faculdade são:

Sisu: pode fazer a inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), no primeiro semestre de 2020, o estudante que participou do Enem de 2019 e obteve nota na redação diferente de zero. Vagas nas universidades públicas. Ao efetuar a inscrição, o candidato deve escolher, por ordem de preferência, até duas opções entre as vagas ofertadas pelas instituições participantes do Sisu. Durante o período de inscrição, o candidato pode alterar suas opções.

ProUni: a bolsa de estudo do Programa Universidade para Todos (ProUni) é um benefício concedido na forma de desconto parcial ou integral sobre os valores cobrados pelas instituições de ensino privadas e refere-se à totalidade das semestralidades ou anuidades escolares. Para concorrer a essas bolsas, é necessário que o estudante não tenha diploma de ensino superior. Além disso, ele precisa ter participado do último Enem e obtido 450 pontos na prova objetiva sem zerar a redação.

Fies: o novo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) está dividido em duas modalidades, possibilitando juros zero a quem mais precisa e uma escala de financiamento que varia conforme a renda familiar do candidato. Na primeira modalidade, o novo Fies ofertará vagas com juros zero para os estudantes que tiverem uma renda per capita mensal familiar de até três salários mínimos. A outra modalidade de financiamento, denominada P-Fies, é destinada aos estudantes com renda per capita mensal familiar de até cinco salários mínimos.

Ingresso direto: para realizar o ingresso direto em uma faculdade particular, o estudante não precisa realizar provas nem pagar taxas, apenas se inscrever (no site ou diretamente na faculdade) e aguardar o resultado da seleção. Para participar, é necessário que o estudante tenha feito alguma edição do Enem desde 2010 sem zerar nenhuma das provas.

Universidades portuguesas: os resultados individuais do Enem podem ser usados nos processos seletivos de instituições de educação portuguesas. Mais de 40 universidades, institutos politécnicos e escolas superiores têm acordo interinstitucional com o Inep, que garante acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursos de graduação em Portugal. Cada instituição define as regras e os pesos para uso das notas.

Publicado no Jornal o Globo de hoje-30-12-2019 - A Crise afeta as matrículas no Ensino Médio Privado no Brasil


Com mensalidades mais altas, queda de poder aquisitivo das famílias e mais institutos federais de educação, os colégios particulares no Brasil perderam quase um terço de seus estudantes de ensino médio para a rede pública, de 2014 a 2018. Isso representa 351 mil alunos a menos.

Escolas privadas no Brasil perderam quase um terço (27%) de seus alunos de ensino médio comparando 2014 a 2018. Isso corresponde a 351 mil estudantes a menos. A avaliação de representantes do setor é que existe um conjunto de fatores que causa essa queda. Eles passam por crise econômica agravada em 2015, abertura de institutos federais de educação a partir de 2013, Prouni e o salto no valor da mensalidade.

— Fomos muito prejudicados em dois momentos. Primeiro com a lei do Prouni (que oferece bolsas em faculdades privadas), no começo da década, que só era destinada a alunos que fizeram o ensino médio na rede pública, o que não acho correto. O outro foi a proliferação dos institutos federais de educação, onde os alunos encontram um ensino com qualidade parecida e de graça — avalia Ademar Batista Pereira, presidente do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe) nacional.

O ensino médio passa por transformação no Brasil. Em 2021, deverá ser concluída a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O novo formato vira realidade até 2022, com os itinerários formativos, nos quais os alunos poderão decidir o que estudar em 40% da carga horária total do curso.

Com um maior número de professores, além de profissionais mais bem remunerados, as mensalidades costumam ser até 50% mais altas do que as escolas de ensino fundamental. Nos colégios privados, esse valor mais do que dobrou em sete anos, segundo o IBGE. Tudo isso num cenário de grave recessão.

— Se vem um aperto no orçamento doméstico, o reflexo será a inadimplência e a consequente saída do aluno da escola particular — avalia José Carlos Portugal, presidente do Sinepe do Rio, que não prevê melhora do cenário com a retomada da economia. — Somos um dos últimos setores beneficiados, pois o nosso ciclo de atuação é de um ano. As famílias sempre aguardam consolidar a melhora das finanças para voltar a investir num ensino diferenciado.

FUGA PARA A PÚBLICA

Valdeci de Sousa Silva Araujo, de 47 anos, é uma dessas mães que tentaram de tudo para manter os filhos na escola privada. Ela tem um casal de gêmeos de 15 anos que estudavam em uma unidade particular no ensino fundamental. No entanto, após três anos com o pai deles desempregado, os jovens passarão para a rede pública quando entrarem no ensino médio, em 2020.

—Agente foi apertando. Mas agora não dá mais —afirma. —Para ser sincera, não estou tranquila com essa decisão. Meu coração está muito apertado. A qualidade de ensino pode cair, e isso me preocupa. Estou fazendo a mudança porque não consigo mais pagar a escola particular.


Além do cenário desfavorável, o setor reclama da lei 9.870, que completou 20 anos em novembro. Chamada de “lei do calote” pelos donos de colégios, ela regula a cobrança das mensalidades. O artigo mais questionado pelo setor proíbe “a suspensão de provas escolares, a retenção de documentos escolares ou a aplicação de quaisquer outras penalidades pedagógicas por motivo de inadimplemento”.

Em outras palavras, o aluno não pode parar de receber aulas e avaliações caso a mensalidade esteja pendente. Além disso, a escola também está proibida de reter documentos, como histórico escolar, com o objetivo de os estudantes se matricularem no ano seguinte em outra unidade.

FECHAMENTOS

— Minha escola tem poucos alunos, 120 só. A cada ano, não recebo, em média, R$ 50 mil a R$ 60 mil. Isso pesa muito. A única forma que a gente tem para se proteger é ver se o aluno pagou o mês de dezembro na escola anterior — afirma Rosane Fernandes, dona da Escola Parque São José, no Méier, Zona Norte do Rio, que criou um movimento de colégios na cidade, chamado SOS Particulares, contrário à lei.

Hoje contabilizo 10% dos alunos me devendo há seis meses. Por mais que os valores sejam altos, a inadimplência ainda é pouca. Tem escola maior que chega a 30%. E aí não tem jeito, elas fecham.

Ainda de acordo com a lei, o pai do aluno está sujeito às “sanções legais e administrativas, compatíveis com o Código de Defesa do Consumidor, e com o Código Civil Brasileiro, caso a inadimplência perdure por mais de noventa dias”.

Isso significa que o dono da escola pode fazer a cobrança judicialmente, o que leva o nome do inadimplente para o SPC e o Serasa.

—Essa lei é necessária, pois Educação não pode ser cortada como água ou luz — defende Luis Claudio Megiorin, advogado e um dos coordenadores da Confederação Nacional das Associações de Pais e Alunos. —O pai, quando passa por um momento difícil e não consegue pagar, pode ser cobrado na Justiça.

O resultado da crise afeta especialmente as unidades que não fazem parte de grandes redes de ensino. Assim, colégios tradicionais têm fechado as portas. O Rio, por exemplo, perdeu o Colégio Republicano, em Vaz Lobo, que tinha 91 anos.

— A falta de alunos é um dos fatores que levaram ao fechamento. Mas a lei do calote também pesou, junto da crise financeira, o que não isenta a administração, que não se preocupou em modernizar a escola — avaliou um professor, que pediu para não ser identificado.

“Tenho 10% dos alunos me devendo há mais de seis meses. Isso pesa muito”

Rosane Fernandes, dona da Escola Parque São José, no Méier, Zona Norte do Rio
“Estou colocando (na rede pública) porque não posso pagar escola particular. Mas meu coração está apertado” Valdeci de Sousa Araujo, mãe que transferiu filhos gêmeos para escola pública
FONTE: Jornal O Globo

Por que estudar no Ensino Médio de Tempo Integral (EMTI)?


Atenção, estudante do ensino médio! Ainda dá tempo de garantir sua vaga no Ensino Médio de Tempo Integral da rede pública estadual para 2020, na Escola João Beraldo.

O prazo para fazer a pré-matrícula termina na próxima segunda-feira, dia 6 de janeiro. Então fique ligado! 
Faça agora sua pré-matrícula pelo site: 
http://matricula.educacao.mg.gov.br/

Não perca tempo! É só até 6 de janeiro.

Conheçam o depoimento de Pedro Henrique da Silva Faria, aluno do Ensino Médio Integral da Escola Professora Júlia Kubitschek em Passos.

 
Pedro Henrique da Silva Faria é aluno do ensino médio integral na Escola Estadual Professora Júlia Kubitschek, em Passos. Para ele, a educação integral proporcionou muitas mudanças positivas em sua vida! Quer estudar também em uma escola que oferta educação integral? Acesse o link abaixo e faça sua pré-matrícula na Escola João Beraldo.