Bullying

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domingo, 4 de fevereiro de 2024

Combate ao extremismo nas Escolas do Brasil: uma luta contra o ódio e a desinformação.


Em um cenário marcado pelo aumento dos ataques a escolas no Brasil, a comunidade educacional sempre está em busca de estratégias para enfrentar o crescimento do extremismo, que se alimenta do ódio contra as diversidades e se propaga com alarmante velocidade pelo Brasil. O fenômeno, que já resultou em 36 ataques a 37 escolas brasileiras entre fevereiro de 2022 e outubro de 2023, deixando 35 vítimas fatais, evidencia a urgente necessidade de ações efetivas para combater essa onda de violência.

Lendo o depoimento de Ilma Aparecida Alvez, mãe de um aluno da Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, ela relata o trauma vivido durante um ataque armado, destacando as marcas psicológicas deixadas tanto nela quanto em seu filho. 

Esses ataques não são eventos isolados, mas estão inseridos em um contexto mais amplo de avanço do extremismo no país, facilitado pela disseminação de discursos de ódio e desinformação nos meios digitais.

Lendo o relatório "Ultraconservadorismo e extremismo entre adolescentes e jovens no Brasil" vi que ele aponta para a normalização dos discursos de ódio, impulsionada por ate mesmo governos radicais. A facilidade de acesso a grupos extremistas pela internet e a vulnerabilidade dos jovens a esses discursos são fatores críticos nesse processo.

Um grupo de professores da UNICAMPI que estuda esse problema tem enfatizado a importância de distinguir entre extremismo, terrorismo e radicalização, entendendo-os como etapas de um processo que pode culminar em atos de violência. A radicalização, muitas vezes facilitada pela internet, leva indivíduos de uma posição de normalidade a adotarem atitudes extremistas.

Para enfrentar esse desafio, é fundamental a implementação de ações focadas na educação para a valorização das diversidades, no letramento midiático e na gestão democrática das escolas, no âmbito das próprias unidades de ensino. Experiências em escolas públicas brasileiras mostram que é possível combater o extremismo com o protagonismo dos estudantes, promovendo um ambiente educacional inclusivo e seguro.

A luta contra o extremismo nas escolas exige um esforço conjunto de educadores, famílias, governo e plataformas digitais. Somente através da educação, do diálogo e da responsabilização das plataformas será possível construir uma sociedade mais justa, democrática e livre de ódio.

Professor Deodato Gomes 


terça-feira, 30 de janeiro de 2024

A GERAÇÃO DO QUARTO

O fenômeno do ataque a escolas por jovens, a propagação do discurso de ódio e desinformação entre eles e as estratégias adotadas por algumas escolas para combater e prevenir a violência são temas abordados pelo guia multimídia “Escola Livre de Ódio”. Lançado recentemente pelo Porvir, com o apoio do ICFJ (International Center for Journalists) e YouTube Brasil, este guia oferece um olhar aprofundado sobre essas questões.

ACESSE O GUIA CLICANDO AQUI

O webinário de lançamento do guia foi realizado nesta segunda-feira (13), sob a mediação de Marina Lopes, editora de conteúdos especiais do Porvir. O debate contou com a participação de Mariana Ochs, coordenadora de educação midiática do Instituto Palavra Aberta; Rooney Marcos Santos, professor da rede pública estadual de Sergipe e coordenador do projeto “Observa! Observatório de Fake News”, no Atheneu Sergipense, e Hugo Monteiro Ferreira, neuropsicólogo e autor do livro “A geração do quarto: quando crianças e adolescentes nos ensinam a amar” (Editora Record).


Hugo, após entrevistar mais de 3 mil jovens, de 11 a 18 anos, de cinco capitais brasileiras, identificou um fenômeno que chamou de “geração do quarto”: um grupo de adolescentes que passam mais de seis horas diárias isolados no cômodo e demonstram ter sérios problemas de convivência com seus pares e adultos, construindo relações sociais apenas pela internet, além de apresentar adoecimento psíquico e emocional.
Para o neuropsicólogo, esse é um perfil muito próximo daquele dos responsáveis por ataques às escolas. O universo da internet também ensina a violência como linguagem. “Quase todos os depoimentos dos atacantes estão atravessados por elementos de violência escolar ou doméstica. Na internet, aprende-se a agredir. Nesse aspecto, existe o que chamo de perfil ‘joker’, ou coringa. Elas atuam, infelizmente, de maneira mais difundida, em inúmeros grupos dentro da internet. Neste momento em que nós estamos aqui no webinário, muito provavelmente eles estão discutindo como fazer uma continuidade [de ataques]”. 
Mariana reforça a relevância do diálogo e da participação ativa da família e da escola. “A gente tem que entrar nesse quarto não para invadir a privacidade deles, mas sim para mostrar interesse e conversar, evitando julgar ou punir. Precisamos entender o que estão fazendo e, quando necessário, problematizar sobre o que eles estão usando, prepará-los com carinho e apoio para que tenham segurança e compromisso ético ao tomar suas decisões”. 

Ela sugere que é preciso pensar em uma formação para a cidadania, voltada aos direitos humanos. “A convivência com o outro antecede o uso do ambiente digital. Se eu tenho um jovem com essa compreensão de mundo, ele vai aplicar isso no ambiente digital.”

No contexto das relações mediadas pela internet, um ambiente de acesso a uma vasta gama de conteúdos, o professor Rooney Marcos Santos realizou um experimento com um perfil falso na plataforma X (anteriormente conhecida como Twitter). O objetivo era compreender as mensagens trocadas entre adolescentes e jovens no canal. Em 2022, o ambiente escolar foi marcado por tensões, com estudantes questionando informações, apesar de raramente consultarem diretamente sites de notícias confiáveis.

Na rotina dos estudantes, o algoritmo das redes sociais e seus mecanismos de personalização constituem o único filtro de conteúdo. “Durante as aulas de redação percebi discursos enviesados, que vinham de algum lugar estranho”, relata o professor. Em resposta, ele iniciou um diálogo com os alunos para entender os espaços virtuais que frequentam, enfatizando que cada curtida ou comentário traz consequências. Naquele caso, mais conteúdos enviesados e situações potencialmente prejudiciais a eles mesmos ou a seus colegas são uma realidade.

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Pirâmide do òdio


A imagem mostra a Pirâmide do Ódio, um modelo criado pela Liga Antidifamação (ADL) para ilustrar como o ódio pode se manifestar em diferentes níveis, desde atitudes preconceituosas até violência.

A pirâmide é dividida em cinco níveis, cada um representando um nível mais grave de ódio.

Nível 1: Atitudes preconceituosas

No nível 1, estão as atitudes preconceituosas, que são crenças ou opiniões negativas sobre um grupo de pessoas com base em sua raça, religião, etnia, orientação sexual, gênero ou qualquer outra característica.

Alguns exemplos de atitudes preconceituosas são:

Estereotipar um grupo de pessoas

Ter medo da diferença

Justificar os preconceitos procurando pessoas que pensem de forma similar

Procurar informação para confirmar crenças e/ou preconceitos pré-existentes

Falta de introspeção ou consciência do privilégio

Nível 2: Atos preconceituosos

No nível 2, estão os atos preconceituosos, que são comportamentos que expressam ou reforçam atitudes preconceituosas.

Alguns exemplos de atos preconceituosos são:

Estereotipar um grupo de pessoas

Dizer piadas preconceituosas

Usar linguagem depreciativa ou ofensiva

Apropriar-se de elementos culturais de um grupo de pessoas sem o seu consentimento

Anulhar social e/ou excluir um grupo de pessoas

Insultar, ridicularizar ou intimidar um grupo de pessoas

Dar alcunhas a um grupo de pessoas

Desumanizar um grupo de pessoas

Nível 3: Discriminação sistemática

No nível 3, está a discriminação sistemática, que é a discriminação que é institucionalizada ou incorporada às leis, políticas ou práticas de uma sociedade.

Alguns exemplos de discriminação sistemática são:

Desigualdades na justiça penal

Distribuição não equitativa dos recursos escolares

Segregação na habitação

Desigualdade salarial

Desigualdade nas oportunidades profissionais

Restrições e supressão de eleitores

Representação desigual nos meios de comunicação

Nível 4: Violência motivada por preconceito

No nível 4, está a violência motivada por preconceito, que é a violência que é dirigida a um grupo de pessoas com base em sua raça, religião, etnia, orientação sexual, gênero ou qualquer outra característica.

Alguns exemplos de violência motivada por preconceito são:

Ameaças

Profanações

Vandalismo

Incêndios provocados

Ataques

Violações

Assassinatos

Terrorismo

Nível 5: Genocídio

No nível 5, está o genocídio, que é o assassinato deliberado e sistemático de um grupo de pessoas.

O genocídio é a forma mais extrema de violência motivada por preconceito.

A Pirâmide do Ódio é uma ferramenta importante para entender como o ódio pode se manifestar e como ele pode levar à violência. É importante estar ciente dos diferentes níveis de ódio e tomar medidas para combatê-lo em todos os níveis.

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Pais precisam enxergar sinais de alerta, diz mãe de um jovem que tentou atacar escola

 


Na tarde de 19 de agosto de 2022, Adriana havia chegado de uma viagem aos Estados Unidos quando recebeu a notícia: seu filho Henrique, de 18 anos, tinha acabado de invadir a escola municipal Éber Louzada Zippinotti, em Vitória (ES), com seis facas ninjas, arco com 59 flechas, 3 bestas e 4 coquetéis molotov.

Após ter acesso negado no portão, ele escalou a grade de seu ex-colégio e chegou a ameaçar estudantes e funcionários, mas acabou detido por policiais e seguranças e ninguém se feriu. Autuado em flagrante por tentativa de homicídio qualificada por motivo fútil, está preso.

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Um relatório da transição de governo federal relata 35 mortes em ataques em escolas de 2000 a 2022; ao todo, 72 pessoas ficaram feridas em 16 episódios. Nesta semana, Adriana reviveu todo o drama, ao saber do ataque à escola estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo, com a morte de uma professora.

Para ela, que pediu para não ter seu sobrenome divulgado por medo de ameaças, discussões como a da redução da maioridade penal não resolverão o problema.

Porém, ela ressalta que os pais devem ficar alertas para eventuais sinais que os filhos podem dar. “Meu filho nunca teve problema de saúde, a gente não tem problema de dinheiro, a gente não tem problema de educação, não tem problema de amor. O que levou meu filho a fazer isso eu não sei. Do mesmo jeito que um monte de mãe e pai aí está achando que esse comportamento [do filho] é normal e ele pode ser o próximo agressor.”

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Veja trechos da entrevista com a mulher:

Como tem sido sua vida desde que seu filho tentou atacar a escola?

“Na hora que cheguei, ele não estava e eu perguntei para o irmão: ‘Cadê o Henrique?’. ‘Ah, mãe, foi no supermercado’. Eu: ‘Tá, tudo bem’. Quando minha sogra depois ligou e o pai dele ligou, dizendo que estava sendo conduzido para a delegacia porque tinha invadido uma escola, é que eu fiquei sabendo.

Foi um susto. É uma situação tão bizarra, tão irreal que você não acredita. Depois você vai tentar rever o que houve, o que estava acontecendo, os sinais que ele estava apresentando e eu não percebi.

E esse é o objetivo da minha exposição aqui: gostaria de alertar os pais para enxergarem esses sinais que o meu filho deu e eu não consegui enxergar.”

Você pode detalhar esses sinais?

“Eram coisinhas típicas de adolescente que a gente não leva em consideração. O Henrique sempre foi muito tímido. Era difícil até de fazer e manter amizades. Ele tinha a roda de amigos dele.

Quando saiu dessa escola e, no ensino médio, foi para uma particular, era totalmente diferente. Logo depois veio a pandemia. Então ele começou a se fechar muito, ficava só dentro do quarto ou no banheiro trancado. Sempre com um computador ou com o celular, sempre.

Depois começou a se vestir de preto, só pedia para comprar roupa preta. Ele pediu um coturno também que o pai deu, mas eu achava que fosse estilo dele, entendeu? Também começou a ficar muito mais introspectivo. Aí pediu suspensório, pediu cinto preto e, no aniversário de 18 anos, pediu uma capa de couro preta enorme.

Eu falei: ‘Meu filho, eu não vou te dar porque em Vitória não tem frio para usar um negócio desses.’ Ele pediu o livro do [Adolf] Hitler para ler e falei: ‘Meu filho, nazismo no Brasil é crime. Nem se quisesse eu poderia fornecer esse material para você, porque é proibido’.

E ele: ‘Não, mãe, eu queria entender a mente do Hitler’. E eu falei: ‘Ah, então você vai fazer pesquisa, mas o livro eu não vou te dar’.”

E as armas?

“É um assunto meio conflitante. Porque eu também gosto, entendeu? Meu pai é militar, o pai dele é militar e eles queriam seguir carreira militar. Então eu meio que incentivei também. Eu levava eles para atirar, não com arma de verdade, mas com aquelas de bolinha, de chumbinho e tal. Mais por conta do desejo deles de seguir a carreira militar.

Então, a gente sempre teve muito convívio com esse assunto de armas, mas não a ponto de ter uma arma. Então ele começou a andar muito de preto… Mesmo depois que passou o negócio de máscara [da Covid-19], ele continuou usando máscaras pretas.

Enfim, introspecção, não saía do quarto para nada. Nos últimos seis meses mais ou menos [antes do ataque] ele começou a ficar agressivo, resposta ríspida, sem nenhum contato afetivo, não dava boa noite, não dava beijo, não se despedia, coisa que a gente sempre teve o costume de fazer.”

Como você interpretou?

“Coisa de adolescente normal. Mas o que eu vejo hoje é a frieza. Ele não sorria mais, nem em foto ele sorria mais. Ele não expressava nenhum afeto, nenhum carinho por ninguém. (…) realmente estava muito frio, não me dava atenção, mas achei que estivesse de birra, que fosse coisa de adolescente.

Eu também fui adolescente. A gente pintava às vezes o cabelo de papel crepom roxo, usava algumas roupas esquisitas, mas era esse negócio de ter uma turma, uma tribo. Eu achei que fosse isso e respeitei… Infelizmente.”

Quanto você acha que comunidades de ódio da internet incentivaram seu filho?

“Eu nunca conversei com ele sobre esse assunto. Até porque o tempo de visita [na prisão] é muito curto. Eu vejo meu filho uma vez por mês por 30 minutos. Então eu tento valorizar esse tempo que estou com ele.

Mas realmente nessas comunidades do submundo da internet, algumas desse Discord, principalmente, que depois eu fiquei sabendo que ele frequentava e [onde] até comandava grupos, tem essa alienação que eles fazem desses jovens.

Eu não sei como que eles capturam esses jovens, não sei como que eles seduzem esses jovens, mas parece que pescam mesmo essas possíveis vítimas para poderem fazer de soldado deles. É isso o que eu vejo hoje.”

Como você vê a indicação de especialistas de que expor imagens de ataques incentiva novos ataques?

“Eu observei que tem um padrão de método. Por exemplo: todos escrevem tipo um diário antes, mais ou menos umas 30 páginas justificando o ato. Tem um intervalo de tempo entre um ataque e outro.

E um estimula o outro. Cada ataque desses estimula o próximo porque eles criam um score, vamos dizer assim, eles têm uma pontuação: quanto mais eles matam, mais a nota é alta. E, se eles morrem em confronto, aí sim viram heróis.

O de Suzano [que matou sete pessoas em 2019] é venerado, os dois de Columbine [que mataram 12 alunos e um professor em 1999 nos Estados Unidos] também são idolatrados. Então esses que conseguem matar e morrer são os heróis deles, são os ídolos, e eles tentam atingir esse patamar.

Por isso que falar de [redução da] maioridade penal ou de [restrição ao] acesso a armas não vai adiantar porque matar e morrer é o que vão fazer eles se sentirem bem, entendeu?

Por exemplo, meu filho entrou com uma besta que ele comprou na internet e entrou com faca que ele comprou na internet. O coquetel molotov fez em casa. Não vai ser restringindo o acesso a arma de fogo que vai diminuir isso e a maioridade penal também não cabe nesse caso. Porque, quanto mais novo [o assassino] e mais vítimas morrerem, melhor para eles.”

Tem algo mais que você gostaria de acrescentar?

“O que esses meninos fizeram são coisas horríveis. Mas que eles não sejam sacrificados. Eu não estou dizendo que são vítimas não, mas esses meninos estão doentes, a juventude está doente.

A questão de saúde mental é importantíssima. Quando chegam a cometer um ato desses é porque já chegaram ao ápice do desequilíbrio. O mal que eles estão fazendo é um reflexo de alguma coisa na sociedade que está dando errado. Se depois desta entrevista eu conseguir evitar um ataque, já vou estar realizada.”

MEC propõe 13 medidas para combater ataques a escolas do Brasil; veja quais

O Ministério da Educação propôs 13 medidas para o governo federal prevenir e combater ataques a escolas. O relatório com as sugestões foi publicado nesta sexta-feira (3) e também mapeia a situação e identifica possíveis causas para o problema, como o acesso da população a armas de fogo e o extremismo. Confira abaixo.

O texto aponta que ocorreram 36 ataques a escolas no Brasil entre 2002 e 2023. Neles, 49 pessoas morreram e 115 ficaram feridas. Em 16 deles, os criminosos utilizaram armas de fogo, em outros 16, armas brancas. Em quatro, usaram armas de outros tipos.

Ao todo, 37 escolas públicas e privadas foram alvo dos criminosos (ataque de Aracruz, no Espírito Santo, no final de novembro de 2022, vitimou duas escolas). Foram 30 escolas públicas (14 municipais e 16 estaduais) e sete privadas.

Segundo o MEC, os ataques com armas de fogo foram responsáveis por 38 das 49 mortes ocorridas, equivalente a 77,55%. Enquanto os ataques com armas brancas deixaram 11 mortes (22,45%). 

Somente em 2023, de janeiro a outubro, ocorreram 16 ataques, quase o dobro de 2002. Assim, 2023 é o ano com maior quantidade de casos do tipo.

O relatório do MEC mostra ainda que, a partir de 2017, houve crescimento significativo nos ataques.

O documento é resultado da atividade desenvolvido por um grupo de trabalho composto por 68 pessoas e focado no problema. A relatoria é do professor Daniel Cara, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e dirigente da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

Motivações para ataques

Segundo o documento, o extremismo crescente no país é o elemento central dos ataques às escolas. A cooptação de adolescentes é comum, e a misoginia e o racismo desempenham um papel significativo nesse processo.

O texto afirma, assim, que o fenômeno é provocado por mais de uma causa e mapeia o perfil dos criminosos.

Em todos os casos, eles eram homens motivados por discursos de ódio ou comunidades online de violência extrema. Segundo a pasta, “o bullying é parte do problema, mas, sozinho, não explica” a realização dos ataques.

Essas comunidades de violência online recrutam jovens com base em ressentimentos emocionais e valores reacionários para realizar essas ações violentas a escolas, diz o documento.

O relatório considera também que as questões de saúde mental são um aspecto significativo, mas afirma que a motivação não pode ser reduzida a ele.

“Os ataques às escolas, normalmente – em que pese especificidades –, são copycat crimes [crimes por imitação]. Copycat crimes são delitos que se baseiam ou são inspirados em um crime anterior”, diz. Por isso, há uma forte relação com crimes semelhantes que ocorreram nos Estados Unidos nos últimos anos.

Confira abaixo as medidas sugeridas:

1-Desmembrar e enfrentar a formação e a atuação de subcomunidades de ódio e extremismo, inclusive com ações de apoio aos jovens que são cooptados por esses grupos;

2-Promover cultura de paz; implementar um controle rigoroso sobre a venda, o porte e o uso de armas de fogo e munições; e desenvolver ações para monitorar clubes de tiros e similares, inclusive proibindo o acesso de crianças e adolescentes a armas e a esses espaços;

3-Responsabilizar as redes sociais sobre a circulação de conteúdo extremista e ilegal;

4-Responsabilizar as pessoas que compartilham vídeos de ataques e informações sobre autores dos ataques;

5-Atualizar as leis sobre crimes de ódio e bullying 

6-Regulamentar e implementar o Sistema Nacional de Acompanhamento e Combate à Violência nas Escolas e lei que institui Conselhos Escolares e Fóruns de Conselhos Escolares;

7-Melhorar a convivência e o ambiente de acolhimento nas instituições educacionais brasileiras, garantindo boa infraestrutura física e espaço de interrelações dialógicas e inclusivas, com ênfase na gestão democrática, na promoção da convivência democrática e cidadã, e na resolução pacífica de conflitos;

8-Garantir que escolas possam funcionar a partir das determinações constitucionais e legais, com profissionais da educação valorizados, com adequadas formações inicial e continuada (inclusive sobre o tema em questão), e boas condições de trabalho;

9-Promover políticas de saúde mental nas escolas, aumentando investimentos na expansão e no fortalecimento da rede de atenção psicossocial;

10-Expandir espaços comunitários destinados a lazer, socialização, esportes e cultura;

11-Elaborar diretrizes, orientações e protocolos adequados à realidade brasileira para atuação após ataques;

12-Acordar com imprensa e redes sociais protocolos sobre a cobertura dos casos de violências nas escolas e contra as escolas para evitar estímulo a novos ataques;

13-Ampliar e aperfeiçoar o setor de inteligência sobre os crimes de ódio, além de estabelecer ações federativas articuladas sobre o tema dos ataques às escolas.

CNN

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Segurança nas escolas

Em determinados momentos, atuação policial pode ser necessária. Mas a saída está, principalmente, na pedagogia, em seu mais amplo sentido.

Voar é seguro. Mas, quando um avião cai, automaticamente mobilizamos nossos melhores esforços para entender as causas do acidente. Passado o luto, o objetivo principal das investigações é, mais do que achar culpados, propor aperfeiçoamentos ou novas soluções para diminuir as chances de isso ocorrer novamente. Essa postura é importante para renovar a confiança dos usuários de transporte aéreo no sistema.

Diariamente, 47 milhões de alunos se encontram com dois milhões de professores em 180 mil escolas no país. Em geral, todos chegam e saem com segurança, estabelecendo relações que, em sua imensa maioria, são harmoniosas. No entanto, quando ocorre um fato tão chocante quanto um assassinato cometido por um estudante contra professores ou colegas, não há como minimizar. Tal como acontece com acidentes aéreos, além da comoção, é importante canalizarmos esforços para entender as causas e propor soluções.

Um dos primeiros passos é monitorar a frequência desses episódios. Um caso isolado que resulte em morte no ambiente escolar, por si só, já é preocupante. Porém, se isso começa a se tornar mais frequente, as atenções precisam ser redobradas. No atual contexto, por exemplo, não há como ignorar como uma das múltiplas causas desse fenômeno a ascensão do discurso de ódio de extrema direita, conforme destacado em relatório feito pelo grupo de transição de governo na educação.

Por ser também um fenômeno além dos muros da escola, é importante que toda a sociedade reveja práticas que, involuntariamente, podem contribuir para a repetição desses casos. Veículos de comunicação, por exemplo, têm muito a refletir, pois um dos aspectos citados por especialistas como indutor desses episódios é a espetacularização da tragédia, com foco exagerado em detalhes sobre a vida e a motivação dos agressores. Pode-se argumentar que isso vai contra a natureza do jornalismo de noticiar os fatos relevantes, mas a postura não seria inédita. Por exemplo, redações costumam ter orientações sobre como agir em casos de suicídio e sequestro, colocando o interesse público acima do interesse do público. Num mundo em que jovens se informam principalmente por redes sociais, essas plataformas também precisam assumir sua responsabilidade, por lei ou iniciativa própria.

Outro cuidado é evitar soluções simples para assuntos complexos. A primeira reação de parte da sociedade quando ocorre um caso desse é clamar por mais policiais ou detectores de metais em escolas. Se essas medidas fossem ao menos eficazes, até poderíamos debater se os benefícios compensariam seus custos e efeitos colaterais. No entanto, revisões de estudos feitos nos Estados Unidos – país que já vivencia essa onda há mais tempo – mostram que elas não diminuem a chance de ocorrência desses episódios.

Muito já foi falado esses dias por especialistas sobre as ações mais eficazes, que focam na atenção ao bullying e à saúde mental, e na criação de um clima escolar em que todos se sintam à vontade para relatar situações que possam resultar em violência, de modo a preveni-las antes que aconteçam. Em determinados momentos ou contextos, pode também ser necessária a atuação de forças policiais. Mas a saída está, principalmente, na pedagogia, em seu mais amplo sentido.


sábado, 6 de maio de 2023

Prefeito Municipal e Gestores das escolas de Carlos Chagas solicitam duas viaturas, ao Sr. Igo Eto, para agilizar realização da Patrulha Escolar.

      Momento da entrega da solicitação com a presença do Prefeito, o Sr. Igo Eto, o Deputado Gustavo Santana e os Diretores.

Em reunião realizada no dia 5 de maio de 2023, os gestores das 19 escolas públicas estaduais e municipais, a escola particular e conveniada de Carlos Chagas, juntamente com o Prefeito Municipal, discutiram sobre a segurança escolar na cidade. Em nome da população educacional, professores, estudantes e pais de alunos, a Prefeitura Municipal de Carlos Chagas entregou ofício ao Secretário de Estado de Governo, Igor Eto, que visitava a cidade no dia 06 de maio, por ocasião de Leilão,  solicitando duas viaturas para a polícia da cidade.

Uma das viaturas será destinada utilizada exclusivamente para o Programa de Segurança às Escolas. A presença da Polícia Militar nas escolas é fundamental para prevenir situações de ameaças e garantir a segurança da comunidade escolar. Além disso, a viatura proporcionará maior agilidade e efetividade no trabalho de prevenção e repressão que a polícia já desenvolve para as situações de agressões às escolas da cidade.

Já a outra viatura será destinada à Polícia Civil e será utilizada para cuidar da segurança da cidade de modo geral, trabalhando na prevenção de situações de violência e equipando melhor esta polícia em seu trabalho investigativo.

A Prefeitura Municipal de Carlos Chagas acredita que a presença da Polícia Civil nas ruas, em conjunto com a Polícia Militar, será fundamental para proporcionar a segurança da cidade como um todo, criando uma sensação de bem-estar e tranquilidade frente a toda a população.

A demanda é considerada importante para a população e o Prefeito agradeceu a atenção do Secretário de Estado de Governo, Sr. Igo Eto, colocando-se à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas.

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Veja álbum do momento:

https://photos.app.goo.gl/cQ6VAiGNf695YZ8B8

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Tenente Cassiel apresenta Programa de Proteção Escolar em reunião com todos Gestores de Escolas de Carlos Chagas: presença nas escolas, grupo de WhatsApp e mais segurança para alunos e comunidade.

Nesta manhã de sexta-feira, 5 de maio, na Sala de Reunião do Sicoob, aconteceu reunião com o Tenente Cassiel e os Gestores das 19 escolas de Educação Básica de Carlos Chagas, incluindo a APAE e a Creche conveniada. Nesta reunião o Tenente apresentou com muita clareza e de forma bastante compreensível o Programa de Proteção Escolar da Polícia Militar de Minas Gerais.

O mesmo enfatizou que a Polícia Militar está presente em cada escola de forma alternada, inclusive nas escolas rurais, e que a Polícia Militar está atenta a todas as situações atípicas da comunidade, trabalhando sempre  com protocolos diários para garantir a segurança de todos os segmentos educacionais. Além disso, estão sendo acompanhados, por meio de uma patrulha escolar, em dias rotativos e variando as escolas a trajetória dos estudantes com marcada presença sempre nas proximidades dos educandários, com identificação de suspeitos e outras ações devidas.  A PM fará mais visitas às escolas, sempre que possível e de forma intercalada criando  um clima de segurança e de autoproteção. Será criado também um grupo de whatsaap com a presença de todos os Diretores e a Polícia, não para substituir os canais de chamado da Polícia, 190 e 181, mas para estabelecer maior proximidade e possibilitar um trabalho preventivo frente à coletividade educacional. Todos os presentes adoraram a ideia do grupo. 

Durante a reunião, foi apresentada a Cartilha de Proteção, que é bastante didática e útil, com procedimentos importantes para todos os membros da comunidade escolar. Ela traz, segundo foi nos apresentado, entre outras dicas, alerta sobre notícias falsas que são compartilhadas nas redes sociais e como denunciar conteúdos relacionados a ataques às escolas ou pessoas em atitudes suspeitas, além de orientação sobre respeito aos colegas e professores e materiais que podem ser levados para unidades de ensino. Sugerimos que esta Cartilha deve ser estudada nas Reuniões de módulo II das Escolas. 

A Polícia já tinha prresença na Comunidade Escolar, mas percebemos que desde o dia 20 este comparecimento foi intensificado e de acordo com o Tenente este movimento vai continuar. Foi proposto a colocação das placas nas Escolas avisando que as mesmas estão sendo monitoradas pela Polícia Militar, o  que nós acolhemos de pronto, pois as placas inibem atos criminosos nas unidades de ensino.

Sobre as notícias que têm circulado nas redes sociais e causado insegurança entre a comunidade escolar de Carlos Chagas, o Tenente foi enfático: "Não se encontrou nenhuma situação anormal. Todas as informações de ataques são notícias falsas, as chamadas fake news".

Além disso, o Tenente falou sobre o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd). Um excelente trabalho que inclusive já aconteceu em Carlos Chagas, mas que neste momento não se tem condições para implementá-lo. O prefeito da cidade fará uma solicitação diretamente ao Deputado Gustavo Santana, que estará em Carlos Chagas no domingo às 9h30 na Câmara, para que se oportunize as condições para a Polícia Militar, por meio do Tenente Cassiel, possa implementar este importante Programa em Carlos Chagas. Além disso, o prefeito enviou um ofício ao Secretário de Governo Igo Eto solicitando duas ambulâncias, inclusive uma para a PM usar nas operações do Programa de Proteção Escolar e outra destinada à Polícia Cívil. 

Clique no link a seguir para você ver o Álbum do PROERD de 2011. Eu me emocionei ao rever.

Imagens da Formatura do PROERD em Carlos Chagas em 2011.

Ao final da reunião, os participantes saíram mais tranquilos e confiantes na segurança de seus alunos e escolas. A presença da PM nas escolas é vista como um passo importante para garantir a integridade física e emocional de toda a comunidade escolar.

Nossos agradecimentos ao Sr. Valdeí-Presidente do Sicoob, que nos concedeu a Sala de Reuniões de Sicoob para este importante encontro. 

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Visualize todo o Álbum do Encontro.

quinta-feira, 4 de maio de 2023

Conheça a cartilha: “Recomendações para Proteção e Segurança no Ambiente Escolar”, elaborada pelo Ministério da Educação



O Ministério da Educação (MEC), por meio do Grupo de Trabalho Executivo da pasta para o enfrentamento e prevenção às violências nas escolas e universidades, lançou esta semana a cartilha “Recomendações para Proteção e Segurança no Ambiente Escolar”.

No texto, o MEC afirma que para serem eficazes, os programas de prevenção, intervenção e posvenção da violência exigem das instituições de ensino esforços colaborativos em toda a comunidade, incluindo estudantes; familiares e/ou responsáveis; profissionais da educação, gestores e conselheiros; profissionais de saúde mental, proteção e assistência social; policiais da ronda escolar, pessoal de resposta a emergências, profissionais de segurança; entre outros.

Assim, os gestores das instituições de ensino, por meio do conselho escolar, devem reunir tais atores para desenvolver estratégias apropriadas para seus próprios ambientes educacionais e comunitários. "Enfatizamos que é necessário assegurar que o ambiente educacional seja saudável e acolhedor, promovendo a criação, a criatividade e a criticidade, e que a educomunicação deve permear os variados componentes curriculares".

O documento é voltado à comunidade escolar e está dividido em quatro partes principais. Dessa forma, o MEC orienta as diretrizes descritas no material contextualizadas aos territórios:

1. Orientações para entes federados e redes de ensino;

2. Orientações para instituições de ensino;

3. Canal de denúncias - Onde e como denunciar?

4. Intervenção e resposta imediata.

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Baixe e conheça a cartilha “Recomendações para Proteção e Segurança no Ambiente Escolar”, elaborada pelo Ministério da Educação


quarta-feira, 3 de maio de 2023

Espaço escolar: acolher bem para viver bem. Programação para o dia 06 de maio de 2023.




Dando continuidade ao conjunto de ações da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) para promover um ambiente escolar cada vez mais acolhedor, será realizada neste sábado (6/5), às 9h30, uma transmissão ao vivo, denominada: “Espaço Escolar: Acolher bem para viver bem”. O evento será transmitido no canal do YouTube da Educação e contará com a participação do secretário de Estado de Educação, Igor de Alvarenga, da secretaria Adjunta de Estado de Educação, Geniana Guimarães Faria, além de representantes das Subsecretarias de Desenvolvimento da Educação Básica e de Articulação Educacional da SEE/MG e especialistas convidados, que abordarão temas relacionados às suas áreas de atuação.

O encontro virtual é voltado para todos os profissionais de ensino e comunidade escolar, com a finalidade de engajar e conscientizar sobre as ações do Programa de Convivência Democrática já em prática em toda a rede.

Além do Programa de Convivência Democrática que previne e dá encaminhamentos em casos de violências, outros assuntos também serão abordados: a Resolução SEE/MG nº 4701/2022 que dispõe sobre a participação dos profissionais de psicologia e serviço social na rede estadual de ensino e o caderno orientador do Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE). O Sistema Integrado de Monitoramento e Avaliação em Direitos Humanos – Módulo SIMA Educação – como sistema oficial de registro dos casos de violência e o Núcleo interinstitucional de Proteção Escolar do Estado de Minas Gerais (Nipemg) e a capacitação do Protocolo de acesso à Segurança para as instituições escolares também será pauta no evento.

O pró-reitor de Assuntos Estudantis e Políticas Afirmativas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Anderson da Silva Rosa, fará o acolhimento dos participantes e tratará sobre a importância dessa ação na escola. Com experiência nas áreas de saúde coletiva, saúde mental, enfermagem e gestão, Anderson é docente do Departamento de Saúde Coletiva da Escola Paulista de Enfermagem da Unifesp e coordena o projeto Promoção da Saúde Mental e Emocional nas Escolas, uma parceria entre a Fundación Mapfre, Governo de São Paulo e Unifesp, que também está sendo implementado na rede estadual mineira.

Já o diretor da Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde (FCH) da Universidade Fumec, Rodrigo Suzana Guimarães, abordará os conceitos de indisciplina e atos infracionais. Rodrigo é professor de Direito e Processo Penal na Fumec. Também leciona na pós-graduação do Instituto de Educação Continuada (IEC) da Puc Minas.

Serviço:

Live “Espaço Escolar: Acolher bem para viver bem”
Data: 6/5/2023 (sábado)
Horário: 9h30

Palestrantes Convidados:

Pró-Reitor de Assuntos Estudantis e Políticas Afirmativas da Unifesp, Anderson da Silva Rosa.
Diretor da Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde (FCH) da Universidade Fumec, Rodrigo Suzana Guimarães.
Palestrantes da SEE/MG:

Diretora de Modalidades de Ensino e Temáticas Especiais da SEE/MG, Patrícia Queiroz de Aragão.
Assessora da Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica, Iara Pires Viana.
Outros participantes:

Secretário de Estado de Educação, Igor de Alvarenga.
Secretária Adjunta de Estado de Educação, Geniana Guimarães Faria.
Subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica, Izabella Cavalcante Martins.
Subsecretário de Articulação Educacional, Gustavo Pedroso.





sexta-feira, 21 de abril de 2023

Um Dia de Coragem e Esperança: Escolas de Carlos Chagas Transformam Ameaça em Oportunidade de Celebrar a Paz, a Gratidão e a Compaixão.

Esta é só uma cena dos muitos momentos. Clique na imagem para ver o álbum inteiro com as imagens que as Escolas estão inserindo.

Com recepção, acolhimento, programação diferenciada e merenda gostosa os alunos da Rede Municipal e Estadual de Educação  de Carlos Chagas tiveram um dia de manifestação da gratidão, da compaixão e de intensos incentivos à paz nesta quinta-feira (20), data que estava sendo marcada por ameaça às unidades de ensino de todo o Brasil, por ocasião dos 24 anos do massacre de Columbine. Permita poetizar um pouco sobre a proposta de criação desse Dia da Corrente do Bem em que ficou determinado a vivência e a expressão da gratidão e da compaixão como forma de reação. A Corrente do Bem, abraçada por todas as Escolas,  foi como uma brisa suave que atravessou as flores,  fluiu pelos corações generosos de muita gente dedicada, ancorou na firmeza dos nossos policiais,  e plantou sementes de amor no coração da comunidade escolar e segue cultivando a esperança de um mundo melhor para todas as pessoas.

Visitamos(secretário de educação e equipe técnica da secretaria) diversas Escolas da Rede Municipal e Estadual no dia de hoje (20 de abril) e observamos completa normalidade, em poucas com a falta de apenas alguns alunos, mas constatamos o destemor de professores, alunos, gestores que prepararam atividade surpreendentes para o dia.  As famílias enviaram seus filhos para a Escola normalmente, porque sabem que ali é um ambiente seguro. A Escola é comprovadamente o lugar mais seguro para crianças e adolescente, muitas vezes até mais que suas próprias casas e mais do que as ruas. O dia letivo portanto se cumpriu de forma exitosa e  com atividades excepcionais, que proporcionaram grande encanto nos alunos. Um dia que estava sob ameaça da crueldade e foi totalmente transformado em momentos de compaixão e em circunstâncias  de expressão das mais variadas formas  de gratidão,  dentro das nossas unidades de ensino. 

Queremos ressaltar o apoio e a confiança  do Prefeito Nanayoski, um gestor que acredita na educação,  para que o dia letivo acontecesse dentro da mais absoluta normalidade, apesar dos supostos perigos, e também destacar aqui a garra e determinação dos nossos gestores escolares, nossos supervisores e professores,  da equipe técnica da Secretaria e, principalmente, a parceria imprescindível das Forças de Segurança Pública da nossa cidade, na pessoa do Tenente Cassiel, que  foi fundamental para que hoje fosse celebrado como um dia de Paz, Gratidão e Amor em nossas escolas e não de crueldade como se veiculara. Nossos agradecimentos ao Tenente Cassiel, que esteve desde o início presentes em todos os momentos, esclarecendo, propondo e passando toda segurança para a comunidade escolar. 

Valeu, valeu muito mesmo! Nossa profunda gratidão a todos!


Deodato Gomes Costa

Secretário Municipal de Educação de Carlos Chagas

terça-feira, 18 de abril de 2023

Governo Lula lança plano de R$ 3 bi contra violência em escolas


Numa reunião com a presença da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, de 26 governadores e seis prefeitos, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou um pacote de R$ 3 bilhões para ações nas escolas em reação às ameaças ocorridas em unidades de várias partes do País. O presidente, no entanto, frisou que o problema da violência não será resolvido "só com dinheiro".

A pasta da Educação comandada pelo ministro Camilo Santana (PT) determinou a antecipação de R$ 1,097 bilhão referentes à parcela de setembro do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) para que os gestores educacionais possam investir em infraestrutura de melhora da segurança das instituições de ensino. Ainda dentro do programa, o MEC liberou R$ 1,8 bilhão de recursos de anos anteriores que atualmente estão parados nas contas das escolas.
"A gente não vai resolver esse problema só com dinheiro, elevando o muro da escola, colocando detector de metais", disse Lula. "Sem a participação dos pais a gente não recupera um processo educacional correto nas escolas. Não vamos transformar nossas escolas numa prisão de segurança máxima, que não tem solução", prosseguiu o presidente. "É preciso envolver todo mundo. Ninguém pode ficar fora. Nem o pastor mais sectário pode ficar fora desse processo", disse.

Lula ainda defendeu em seu discurso a necessidade de os professores analisarem a saúde mental das crianças nas escolas, assim como a importância de os governos locais envolverem toda a comunidade na construção de medidas para enfrentar a violência nesses ambientes. "Por isso tem que criar um comitê de prefeitos, de pais, de pastores. Nós temos que usar esse problema para resolver a violência nesse país", afirmou.

O Ministério da Educação também disponibilizou aos prefeitos e governadores R$ 200 milhões de recursos do Programa de Ações Articuladas (PAA) para que sejam usados na implementação de núcleos psicossociais nos ambientes escolares. A pasta de Camilo também firmou parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para instituir nas escolas ações da chamada justiça restaurativa, que busca promover ciclos de construção de paz para a mediação de conflitos.

No início do mês, o governo Lula já havia lançado um edital de R$ 150 milhões para a ampliação de rondas escolares em todo o País. O Executivo Federal agora vai dar início a um processo de formação dos professores da rede pública para que aprendam a lidar com situações de crise nas salas de aula.

A reunião com prefeitos, governadores e os chefes dos Poderes estava prevista para acontecer inicialmente na cerimônia de 100 dias do governo Lula, mas acabou desmarcada. O convite às lideranças foi então reiterado durante a viagem oficial de Lula à China. Como mostrou o Estadão, o chamamento à classe política foi feito sob o apelo de realizar uma "reflexão nacional" sobre os ataques recentes nas escolas.

"O que essa reunião demonstrou é que nós estamos diante de um fato que poucos de nós conhecemos. Nós ainda não temos os chamados especialistas nesse novo tipo de violência que está acontecendo, na nossa rua, na nossa vila, no nosso bairro, na nossa cidade no nosso país", disse Lula no encerramento do encontro.

Dados do Instituto Sou da Paz evidenciam que nos últimos 20 anos pelo menos 93 pessoas foram vítimas de atentados em escolas. Os números ainda indicam o crescimento progressivo desses ataques ano a ano. Em sua fala nesta terça, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), disse que o País enfrenta uma "epidemia" de violência e radicalismo disseminado pelas redes sociais.

Na mesma toada adotada por Dino, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, defendeu que o Congresso avance nas discussões sobre a regulação das empresas de tecnologia pois teriam se tornado "terra de ninguém". Presente no encontro, Pacheco afirmou que o parlamento está comprometido em votar o tema.

"As redes sociais se sentem na terra de ninguém. Nós precisamos regular isso", afirmou Moraes. "Se não houver uma autorregulação, ou uma regulação com certos standard, nós vamos ver a continuidade dessa organização nas redes para realizar ataques a escolas", prosseguiu.

Após o encontro, Lula disse que "resumiria essa reunião na frase do (ministro) Alexandre de Moraes: 'as pessoas não podem fazer na rede digital aquilo que é proibido na sociedade'". "Não é possível que eu possa pregar o ódio na rede social, fazer propaganda de arma, ensinando criança a atirar", prosseguiu o presidente.

Moraes fez um dos discursos mais duros da reunião em defesa da regulação e responsabilização das redes sociais pelo conteúdo extremista que circula em seus domínios. Para Moraes, as plataformas digitais foram instrumentalizadas por grupos extremistas e precisam adotar medidas para reverter esse cenário

"Nós não teríamos o dia 8 de janeiro, porque tudo foi organizado pelas redes. As redes foram instrumentalizadas. Elas não podem dizer que não sabiam, porque agora elas sabem que foram instrumentalizadas", disse o presidente do TSE.

O ministro ainda disse que os grupos extremistas que fomentem ataques a escolas funcionam com o mesmo "modus operandi" das organizações que atuam contra a democracia. Ele defendeu à classe política que publicações com discursos racistas, fascistas, homofóbicos, nazistas e contra a democracia sejam automaticamente excluídos das plataformas e posteriormente sejam submetidos a análise quanto a sua gravidade. "O que as redes sociais fazem é ganhar em cima desse incentivo à violência e ao discurso de ódio. É preciso cessar isso", completou.

FONTE: O Tempo 

 

À Comunidade Escolar do Estado de Minas Gerais

 Com os mais cordiais cumprimentos, vimos compartilhar com a comunidade escolar informações referentes às medidas de fortalecimento da rede de proteção nas escolas mineiras e de combate à violência às escolas, em colaboração da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais (DPMG), Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (SINEPE-MG), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação de Minas Gerais (Undime-MG) e Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).

Em resposta preventiva, anunciamos a criação do Núcleo Interinstitucional de Proteção Escolar, através da articulação conjunta dos referidos órgãos, com o objetivo de desenvolver ações e protocolos de prevenção da violência, fortalecendo a rede de proteção das unidades públicas e privadas de ensino nos 853 municípios mineiros.
Para isso, elaboramos orientações de acesso às escolas tornando obrigatória a identificação e autorização para o acesso de visitantes nos espaços. Outra medida é o reforço no fluxo a ser seguido pelos gestores escolares, das redes públicas ou privadas, em caso de violência ou ameaças à escola, com intuito de dar mais agilidade ao processo.

Neste novo fluxo, os diretores das unidades de ensino estaduais, logo após acionarem a PM, por meio do 190, farão a imediata comunicação com a seção de planejamento operacional regional - P3 - da PMMG, e deverão comunicar o fato às suas respectivas Superintendências Regionais de Ensino (SREs). As unidades regionais da UNDIME-MG e o SINEPE-MG irão articular em suas redes a imediata comunicação com a seção de planejamento operacional regional - P3 - da PMMG e as SREs pertencentes a sua jurisdição. A DPMG irá atuar centralizadamente por meio da Coordenadoria Estratégica de Promoção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes da Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais (CEDEDICA), que receberá as demandas para atuação, incluindo solicitações para implantação de programas de educação em direitos para toda a comunidade escolar afetada e também de programas de mediação de conflitos escolar.

Em consonância com os projetos adotados, o serviço de inteligência da PMMG conta com  o  apoio  do  MPMG,  para  o  monitoramento  e  identificação  de  ações  e  de indivíduos suspeitos, adicionando grande valia para ações preventivas de segurança. Assim, toda ameaça direcionada à escola será encaminhada à Coordenadoria Estadual  de  Combate  aos  Crimes  Cibernéticos  (COECIBER),  do  MPMG,  para  a identificação do autor.

Todos os casos recebidos são apurados, todas as ameaças são rastreadas e todos os autores são identificados, ainda que verificados como “fake news”. Acreditamos que uma comunidade segura é fruto das ações conjuntas e coordenadas de todos os atores sociais.

Outra ação instituída para a Rede de Proteção Escolar, é o Programa de Convivência Democrática, que contempla protocolos que normatizam os procedimentos a serem adotados na rede estadual de ensino em casos de violação de Direitos Humanos.

Em parceria com outros órgãos, fortalecemos as políticas de cooperação e de rede de proteção social básica, buscando instrumentos e mecanismos para que as escolas construam seus próprios processos de mediação de conflitos, como exemplo, o Projeto da Defensoria Pública de Mediação de Conflitos no Ambiente Escolar (Mesc – Paz em Ação).

No âmbito estadual, o Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE) realiza um trabalho itinerante por meio de palestras e oficinas, em diálogo constante com a comunidade escolar, com psicólogos e assistentes sociais. O objetivo é auxiliar a gestão e os profissionais da educação na resolução de conflitos, na identificação de situações de vulnerabilidade em relação aos estudantes e na promoção de ações que cooperem para a melhoria do ambiente escolar.

O trabalho dos psicólogos nos núcleos consiste em acompanhar o ambiente escolar e participar do processo pedagógico, sem realizar uma atuação clínica. Cabe ao assistente social garantir orientações para a comunidade escolar quanto ao respeito e clareza dos direitos e deveres individuais e coletivos, com foco na melhoria das relações de ensino e aprendizagem.

Destacamos, também, a parceria firmada com o MPMG, Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte para a formação de núcleos de resolução de conflitos, no âmbito do Programa Núcleos para Orientação e Solução de Conflitos Escolares - NOS, com a finalidade de prevenir e solucionar conflitos escolares dentro da própria escola, de promover a cultura de paz e de incentivar novas formas de comunicação não violenta e restaurativa entre todos.

Fomentamos a criação e a efetivação de Conselhos Comunitário de Segurança Escolar (CONSEP),  podendo  ser  composto  por  todas  as  redes  de  ensino,  de  forma regionalizada. O projeto, criado pela PMMG, conta com a participação de estudantes, pais, professores e PM, objetivando o auxílio para as escolas no trabalho de segurança escolar, através de trocas de informações em comunicação direta, por meio de aplicativos de conversas e grupos em plataformas digitais. Acreditamos que o estreitamento desses laços é o caminho para o combate e apuração célere das ocorrências, sejam elas da rede de ensino estadual, municipal ou privada.

Nesse sentido, é importante ressaltar que, a Polícia Militar de Minas Gerais lançou no dia 10 de abril deste ano, a Operação de Proteção Escolar, mobilizando todos os serviços já existentes na PMMG de forma articulada, com o reforço da segurança no entorno das escolas, fortalecendo toda a rede de proteção através da ampliação de Programas como PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência) e PATRULHA ESCOLAR. Além disso, contamos com o sistema de segurança por videomonitoramento em mais de 2,5 mil unidades escolares do ensino estadual.

Uma outra ação importante foi a orientação feita pela SEE/MG para a realização de atividades como oficinas, palestras e rodas de conversa com o objetivo de desenvolver as habilidades socioemocionais dos estudantes, sempre valorizando o diálogo entre pares e, principalmente, com a atuação de todos os educadores. Reforçamos, também, que palestras e ações com agentes externos à escola sigam o planejamento escolar, previamente aprovado pelo colegiado e autorizado pelo diretor e especialistas.

Orientamos, ainda, o fechamento de muros, passagens e entradas não autorizadas nas unidades de ensino do Estado, caso o gestor escolar encontre dificuldades em virtude de questões externas ao ambiente escolar, a PMMG deverá ser acionada.

Para além do exposto, ressaltamos a importância do acionamento do número 190 quanto da suspeita de qualquer acontecimento violento. Realçamos ainda que, o espaço escolar é essencial para o desenvolvimento da criança e do adolescente, e estamos aqui para zelar por isso.

No sentido de convergir e afinar ações pontuais e equilibradas, frente ao sensível momento que envolve as instituições de ensino, o SINEPE/MG criou o Comitê de Segurança nas Escolas com o propósito de prover informações e orientações confiáveis e propositivas sobre as amplas questões e os variados contextos envolvendo a Segurança Escolar. O órgão tem como membros, qualificados e competentes profissionais das áreas de segurança, comportamento, comunicação e educação, no sentido de promover, em alinhamento com as autoridades e os órgãos competentes, soluções e diretrizes para as demandas e as necessidades relativas a Segurança das Escolas do Estado de Minas Gerais, de forma eficaz e segura.

Importante ressaltar que a união das entidades do Núcleo Interinstitucional de Proteção Escolar, projeta o caminho para o combate e apuração imediata das ocorrências de âmbito escolar, sejam elas da rede estadual, municipal ou privada. Assim, reafirmamos que todas as ações aqui descritas são elaboradas visando o acolhimento e proteção à comunidade escolar, com o objetivo de promover a integração entre a escola e a garantia dos direitos da criança e do adolescente.

 Além de todas essas ações, é essencial que pais e responsáveis acompanhem atentamente a rotina escolar e social de seus (suas) filhos (as), seja por meio de participação das reuniões escolares, no acesso às redes sociais, e verificando diariamente o material (mochilas e agendas).

Com o intuito de manter o diálogo direto com a comunidade escolar, a SEE/MG irá realizar, na próxima quinta-feira (20/4), a Live: Segurança nas Escolas. A transmissão será às 15h30, no canal do YouTube (@estudioeducacaomg), e terá como tema principal o fortalecimento da rede de proteção e as ações de prevenção à violência no ambiente escolar, como o Programa de Convivência Democrática, os Núcleos de Acolhimento Educacional - NAEs e a Patrulha Escolar da PMMG. Na Live também serão apresentadas as primeiras proposições do Núcleo Interinstitucional de Proteção Escolar e o protocolo de segurança para as instituições escolares de Minas Gerais.

Além disso, 20/04 será o dia de levarmos para nossas escolas muito amor. Mostrar para o mundo que nossas escolas são espaços de aprendizagem, colaboração e amizade. Por isto, pedimos aos pais e responsáveis, professores e demais servidores e estudantes que levem para sua escola um gesto de carinho. Seja uma flor, um abraço, uma carta ou um sorriso. 

Vamos aderir ao movimento e deixar este dia marcado pela promoção da paz! 

Atenciosamente, subscrevemo-nos, 

 

Igor de Alvarenga Oliveira Icassatti Rojas

Secretário de Educação de Minas Gerais

 


Geniana Guimarães Faria

Secretária de Estado Adjunta de Educação de Minas Gerais

 

Ana Carolina Zambom Pinto Coelho

Promotora de Justiça Coordenadora em substituição da Promotoria Estadual de Defesa da Educação em substituição

 

 

Daniele Bellettato Nesrala

Defensora Pública - Coordenadora Estratégica de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente

 

Winder Almeida Souza

Presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais

 

Cristiane Boaventura

Vice-Presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais

 

Marcelo Wagner de Oliveira

Presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação de Minas Gerais



Caixa de texto: Suely Duque Rodarte

Diretora Executiva da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação de Minas Gerais

 

Capitão PM Lilian Aparecida Fernandes Dias

Comandante da 304º Cia PM e mentora do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à VIolência