Bullying

domingo, 4 de fevereiro de 2024

Combate ao extremismo nas Escolas do Brasil: uma luta contra o ódio e a desinformação.


Em um cenário marcado pelo aumento dos ataques a escolas no Brasil, a comunidade educacional sempre está em busca de estratégias para enfrentar o crescimento do extremismo, que se alimenta do ódio contra as diversidades e se propaga com alarmante velocidade pelo Brasil. O fenômeno, que já resultou em 36 ataques a 37 escolas brasileiras entre fevereiro de 2022 e outubro de 2023, deixando 35 vítimas fatais, evidencia a urgente necessidade de ações efetivas para combater essa onda de violência.

Lendo o depoimento de Ilma Aparecida Alvez, mãe de um aluno da Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, ela relata o trauma vivido durante um ataque armado, destacando as marcas psicológicas deixadas tanto nela quanto em seu filho. 

Esses ataques não são eventos isolados, mas estão inseridos em um contexto mais amplo de avanço do extremismo no país, facilitado pela disseminação de discursos de ódio e desinformação nos meios digitais.

Lendo o relatório "Ultraconservadorismo e extremismo entre adolescentes e jovens no Brasil" vi que ele aponta para a normalização dos discursos de ódio, impulsionada por ate mesmo governos radicais. A facilidade de acesso a grupos extremistas pela internet e a vulnerabilidade dos jovens a esses discursos são fatores críticos nesse processo.

Um grupo de professores da UNICAMPI que estuda esse problema tem enfatizado a importância de distinguir entre extremismo, terrorismo e radicalização, entendendo-os como etapas de um processo que pode culminar em atos de violência. A radicalização, muitas vezes facilitada pela internet, leva indivíduos de uma posição de normalidade a adotarem atitudes extremistas.

Para enfrentar esse desafio, é fundamental a implementação de ações focadas na educação para a valorização das diversidades, no letramento midiático e na gestão democrática das escolas, no âmbito das próprias unidades de ensino. Experiências em escolas públicas brasileiras mostram que é possível combater o extremismo com o protagonismo dos estudantes, promovendo um ambiente educacional inclusivo e seguro.

A luta contra o extremismo nas escolas exige um esforço conjunto de educadores, famílias, governo e plataformas digitais. Somente através da educação, do diálogo e da responsabilização das plataformas será possível construir uma sociedade mais justa, democrática e livre de ódio.

Professor Deodato Gomes 


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