Iluminando mentes, girando ideias – onde a educação floresce e as reflexões ganham neurônios, guiando pais, educadores e alunos na dança contínua em busca do saber, tal como girassóis em seu compasso com o sol.
Entre os dias 4 e 7 de
agosto, a Universidade Federal de Viçosa (UFV), por meio da Pró-Reitoria de
Ensino e do Fórum Permanente das Licenciaturas, realizará o “II Fórum das
Licenciaturas da UFV”. O evento será na modalidade remota e poderá ser
acompanhado pelo canal da Coordenadoria de Educação Aberta e a Distância (CEAD)
no Youtube. O Fórum conta com a parceria da Secretaria de Estado de Educação de
Minas Gerais (SEE/MG).
O principal objetivo do
evento é a construção colaborativa de uma proposta de formação de professores
(inicial e continuada) em diálogo universidade e escola. A participação dos
professores da escola básica é fundamental, por isso a iniciativa tem como
público-alvo profissionais da educação básica e superior.
Para professores da
rede estadual de ensino, o Fórum poderá ser aproveitado como Módulo II. Serão
emitidos certificados com carga horária de 10 horas.
Para participar do
evento, os profissionais da educação devem se inscrever no link https://bityli.com/i0uYc, até o dia 30 de julho, e responder ao questionário.
Você já refletiu que tem nas mãos a
opção de ajudar muitos estudantes? Há algo muito especial para você pensar e compartilhar: a chance de dar a eles, os seus estudantes, a oportunidade de aprender, apesar de
todas as dificuldades que esta pandemia trouxe. Encontre sua autoconfiança Professor, ela é necessária para
ter essa atitude. Está difícil mas este é o seu momento! Chegou a hora de dizer, de uma forma bem convincente para seus alunos:
#EstudeEmCasaJB2020. Tudo começa com quem você precisa trazer para perto. Faça
uma lista de todos os seus alunos e comece o trabalho com todos eles e sua
família. Ligue para cada um deles, escute-os com seu coração. Simples perguntas farão a diferença para inciar um diálogo. Já está na
sala virtual? Já resolveu as atividades dos PETs? Você tem alguma dúvida? Ou então, O que eu
posso fazer para te ajudar? Entender as necessidades dos estudantes e
seus dilemas é um passo importante para você conseguir apresentar de fato os
argumentos reais que os engajarão na busca de seu próprio saber. Depois de ouvir com paciência, explique para ele e sua família a grande importância do
conhecimento. Como você, eles estão sendo super afetados por este contexto de morte que estamos vivendo, com uma diferença, você é a parte consciente da relação professor-aluno. Nos horários em que você estaria presencialmente com eles, faça tudo para estar virtualmente. Não use esse tempo para outra coisa que não seja isso: contactar e marcar presença junto aos seus estudantes. Renove o acordo de convivência pedagógica que você estabeleceu presencialmente com seu aluno agora no virtual. Alimente-o da esperança de que tudo vai ser
melhor. Afinal, a gente só defende algo que realmente
acredita e admira. Demonstrar as possibilidades de conquistas
a serem alcançadas por meio do conhecimento é algo que fará diferença na vida de uma criança, um adolescente, um jovem ou um adulto! Assim, com este trabalho de sonhar autenticamente seu estudantes, tenha certeza, vocêserá eternamente
lembrado(a). Comece hoje. Você pode!
D. Alyria, mãe dos nossos colegas de trabalho: Valdeí Viana, e da Professora Creuzinha, partiu hoje pela manhã, no Dia do Senhor (19-07-2020) para sua imersão total na plenitude do amor de Deus! Sua filha Creuza Viana disse: " O corpo frágil dela, não resistiu ao Coronavírus". Ela estava já há 12 dias internada no hospital Gecy Gomes em Nanuque.
D. Alyria uma Senhora repleta de alegria e energia, faz sua submersão total no infinito amor de Deus. Creuzinha dizia sempre, “mãe tem mais energia do que eu”, isto para entendermos o espírito sempre ativo de D. Lyra, como era carinhosamente chamada.
O amor de Deus é sem fim e acolhe esta sua filha na mais intensa luz para viver agora a sua experiência da totalidade.
Que Deus ampare seus familiares neste momento de dor. Senhor tenha compaixão, este vírus retira das pessoas até a dignidade de um velório justo.
Carlos Chagas, atingiu a marca de 552 notificações por Coronavírus. Destas, 134 casos foram confirmados como de infecção pela doença. Dos doentes, 02 resultaram em óbitos, 94 foram recuperados, 04 estão em situação de internação hospitalar. O boletim no entanto não fala de ninguém em UTI, pontua que 34 pessoas se encontram-se em isolamento domiciliar. Do total de casos notificados, 77 são suspeito. São os dados apontados pelo boletim epidemiológico, liberado hoje (17/07/20) pela Secretaria Municipal de Saúde.
Com investigação concluída, 341 casos foram descartados. O bairro mais atingido pela doença é o Cruzeiro com 34 casos, lembrando que este Bairro tem 3 desdobramentos, em seguida o Juá com um total de 18, seguido pelo Centro com 16 e da Colina com 15 casos. As comunidades rurais permanece com os 04 casos. No Boletim não encontramos referências ao gênero e as faixas etárias e mais atingidas.
(Fonte: Boletim da Secretaria Municipal de Saúde de Carlos Chagas de 17-07-2020)
Carlos Chagas, atingiu a marca de 499 notificações por Coronavírus. Destas, 123 casos foram confirmados como de infecção pela doença. Dos doentes, 02 resultaram óbitos, 89 foram recuperados, 04 está em situação de internação de hospital, o boletim não fala de ninguém em UTI e 28 encontram-se em isolamento domiciliar. Do total de casos notificados, 61 são suspeito. É o que aponta o boletim epidemiológico liberado hoje (15/07/20) pela Secretaria Municipal de Saúde.
Com investigação concluída, 315 casos foram descartados. O bairro mais atingido pela doença é o Cruzeiro com 31 casos, lembrando que este Bairro tem 3 desdobramentos, em seguida o Juá com um total de 16, seguido pelo Centro com 15 e da Colina com 14 casos. As comunidades rurais têm apresentado um aumento da incidência do Coronavírus, pulando para 04 casos. No Boletim não encontramos as faixas etárias mais atingidas.
(Fonte: Boletim da Secretaria Municipal de Saúde de Carlos Chagas de 15-07-2020)
A
Escola João Beraldo oferece a você estudante a oportunidade de não parar de
estudar nos tempos difíceis da pandemia coronavírus. A Escola é fundamental para aprender os conhecimentos necessários à sua formação e seu desenvolvimento. A João Beraldo é essa grande família, superpresente na internet, pronta
para te acolher! Vamos caminhar juntos celebrando cada conquista sua, vamos
vibrar por cada barreira enfrentada e vitória alcançada nestes tempos tão áridos. Só você pode fazer a história do seu aprender acontecer. Entrar na Sala de Aula virtual é o seu primeiro passo para se tornar um estudante
ativo, engajado e protagonista do seu próprio conhecimento.
Confie em si, reconheça suas capacidades e dedique um tempopara alcançar o seu
sucesso. Nenhum vírus pode fracassar o estudante que persevera, ainda
que estejamos vivendo a maior crise econômica, sanitária e educacional do
Brasil. Explore todas as possibilidades do estudo remoto que a
Escola te oferece. Isso inclui não apenas buscar os conteúdos na
sala virtual que montamos para você, mas ir além,
tornar uma estudante ativo, protagonista do seu saber e do seu
desenvolvimento. Ao querer sempre mais, seus resultados também crescem e você vai se
percebendo como inteligente e capaz. Comece aos poucos esse movimento e sinta a
diferença de empreender uma caminhada em prol do seu enriquecimento cultural.
A
nossa Escola tem um excelente ensino e muitos incentivos para te oferecer da
melhor forma possível. Estamos em constante transformação para lhe entregar
experiências cada vez mais ricas e melhores. Acompanhe os nossos canais de comunicação e
fique por dentro de todas as informações importantes envolvendo todo o trabalho
que planejamos. Conte sempre com a ajuda deste Diretor e com sua experiência para que todos cresçamos juntos.
Caro Estudante, você pode. Acredite, tudo isso
vai passar e depois vai ficar com muita força o que você estudou, o resultado de
sua dedicação e amor construído pelo conhecimento.
Saudações
virtuais!
Deodato
Gomes Costa
Diretor
Observação: Pegue o código de sua sala com seu professor e entre na sala ou entre via e-mail.
Com
a suspensão do atendimento presencial nas secretarias escolares das unidades da
rede pública estadual de ensino devido à pandemia da Covid-19, a Secretaria de
Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) normatizou a solicitação, de forma
digital, da Declaração Parcial de Proficiência e de Certificado de Conclusão do
ensino fundamental e do ensino médio.
O
pedido deve ser feito por e-mail e interessados deverão anexar cópias
digitalizadas dos documentos. Para a Região do Mucuri, a Escola Certificadora é E.E. “Alfredo Sá”- Av. Dr. Luiz Boali Porto Salman, 650 - Centro - Teófilo Otoni, para onde os interessados devem enviar o e-mail. O e-mail da escola é: escola.147966@educacao.mg.gov.br
A
medida vale para os candidatos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) que
fizeram o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos
(Encceja); o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - nas edições de 2009 a
2016; e Exames Supletivos, e obtiveram pontuação mínima para aprovação nas
áreas de conhecimento.
São 67 idéias para uma Feira de Ciências Virtual. Remotamente a
Escola organiza a Feira e para que todos os estudantes se inscrevam em uma
feira assim, basta apenas que os professores preocupem com a comunicação eficaz
que instrua e oriente os estudantes a encontrarem seu experimento, estudá-lo e
a fazer uma montagem segura em casa. Divida os estudantes de forma igual entre
os professores, para garantir um efetivo acompanhamento virtual, e estabeleça
uma forma de contato, seja por chamada de grupo no whatsApp,
por e-mail, telegram ou por google meet.
Uma Feira Virtual sempre deve trabalhar com o objetivo de
inserir estudantes na temática da ciências por meio de pequenos
experimentos científicas ou pesquisas em todas as áreas do conhecimento humano.
Para participar, o estudante deverá gravar um vídeo com seu
experimento ou resultado de uma pesquisa, elaborar um relatório e enviá-los para um e-mail disponibilizado
pela Escola. Tudo muito bem acompanhado pelos professores. Uma Feira de Ciências deve
gerar discussão e conhecimento entre os alunos da própria instituição, por isso
trabalhamos com o princípio de que os estudantes devem apresentar para seus
pares os seus experimentos. Os estudantes devem ter, conforme determinação da instituição a
obrigação de conhecer e fazer o relatório de pelo menos 3 outros experimentos de seus colegas. Deodato Gomes Costa
Sísifo era provavelmente
o homem mais esperto do seu tempo. Sim, era o mais esperto, mas não era o
maissábio. Era descendentes do Titã
Prometeu e como seu ancestral ele ousou a se envolver em assuntos que só dizia
respeito a Zeus.Certo dia Sísifo viu a
bela ejovem Égina ser sequestrada pela
Águia de Zeus epercebeu que podia tirar
vantagem dessa situação. Sísifo era Rei fundador da cidade de Corinto,
contudo seu reino era escasso em água doce. Égina era filho de Asopo, um deus rio, que se encontrava muito triste, com
o desaparecimento de sua filha. Sísifo vai até Asopo e diz,
_Sei do paradeiro de sua
filha mas essa informação tem um custo. Quero em troca que o Senhor cria um
nascente de água para abastecer meu reino.
Asopo aceita o acordo, e
parte em busca de sua filha. Zeus fica extremamente furioso com a delação de
Sísifo e ordena que Thánatos, também conhecido como a morte, encontre Sísifo e
ceife sua vida. Sísifo é surpreendido por Thátanos em seu palácio, mas de sua
mente rápida e ardilosauma ideia lhe
surge a cabeça. Ele se dirige a morte e diz:
_ Então parece que chegou
a minha hora, não esperava morrer tão jovem, mas confesso que fiquei
surpreendido com vosso esplendor. És de fato uma divindade magnifica. E saiba
que dos vários deuses que já conheci poucos tem um porte tão distinto e
elegante. Antes de partir gostaria de presenteá-lo com alguns adornos que
tornará sua presença ainda mais magnifica, pois para mim as jóias não terão
mais serventia, uma vez que estou indo habitar o submundo dos mortos.
Thátanos ficou lisonjeada
com tantos elogios e decidiu aceitar os presentes. Sísifo lhe colocou um par
de pulseiras e um colar, mas aquilo, na verdadeeram grilhões e uma coleira. O Reide Corinto havia feito o que até então parecia impossível. Ele conseguiu
enganar a morte e fez de Thánatos sua prisioneira. O tempo passou e ninguém
mais morria. O reino de Ades não recebia novos súditos. As guerras promovidas
por Ades não lhe dava mais prazer, pois ninguém morria. Os deuses decidem que
algo tem que ser feito. Ades vai a Corinto e liberta Thánatos. Queparte a procura do Rei para concluir sua
missão que era matar Sísifo. Mas Sísifo
já suspeitava que algo assim fosse acontecer e orientou sua esposa para se caso
ele morresse de forma prematura não prestasse os serviços fúnebres devidos a um
Rei. Após sua morte, ao chegar no reino de Ades, ele se vê frente a frentecom o deus do submundo que parecia muito
descontente.depois de receber uma
grande censura por parte do deus, Sísifo pronuncia um discurso que já havia
arquitetado antes de morrer:
_Nobre senhordo submundo, sei que agi mal contra o senhor
e que lhe causei prejuízos, mas esta não era minha intenção. Se soubesse que
causaria algum dano ao grandioso deus do submundo jamais procederia de tal
forma. Apesar de estar em débito com o
senhor tenho uma súplica a lhe fazer. Minha odiosa esposa se recusou a prestar
os devidos ritos funerários a um rei que era tão querido por seu povo. A
maldita me descartou como se fosse um cadáver de um cão e por isso lhe suplico
para que me deixe retornar ao mundo dos vivos, por apenas um dia, para que
assimeu possa me vingar de minha esposa
e organizar um funeral digno para mim e que honre o reino dos mortos.
_Você tem a minha
permissão para permanecer apenas um dia no mundo dos vivos, mas na noite deste
mesmo dia, você deverá retornar aos meus domínios.
_O senhor tem minha
palavra de honra.
Assim Sísifo retornou a
Corinto. Lá ele reencontrou sua esposa e com ela fugiu e assim, ele enganou a
morte mais uma vez. Escondido Sísifo viveu até a mais tardia velhice, até seu
inevitável fim. Mas agora sua esperteza não poderia mais ajudá-lo. E ao
retornar ao submundo da morte, Ades, o jogou num tártaro e lá ele foi castigado a
rolar uma enorme pedra até o altode uma
montanha, mas sempre que chegava perto do cume, a pedra ficava muito pesada e rolava
de volta até o ponto de partida. E assim Sísifo reiniciava seu trabalho
novamente, novamente
e novamente por toda a eternidade.
Será que o ensino é essa pedra grande que empurramos todos os dias de forma repetitiva e inútil?
Será a docência precisa ser um trabalho Sísifiano? A exemplo do mito grego, será que não estamos enxugando gelo, chovendo no molhado, como diz os adágios populares?
Esta lenda está marcada para sempre pela imagem do condenado a arrastar esta imensa rocha morro acima, que sempre despenca, impulsionado pela gravidade, tão logo ela chega ao topo.
Certo é que neste momento de pandemia, em várias situações chegamos a nos sentimos como Sísifo. Se presencialmente já era difícil para fazer com que alguns estudantes realizassem suas tarefas, ainda mais difícil é de forma remota. Engajar na direção de sua própria aprendizagem é o nosso grande desafio. Muitos momentos bate a desesperança e a frustração por não conseguirmos alcançar o coração de um adolescente. Podemos enumerar os empecilhos encontrados na escalada da montanha: baixo acesso a internet, celulares sem estrutura, estudantes sem um espaço em casa para estudar, problemas familiares e a própria desigualdade social do nosso país potencializando criando obstáculos na rolagem da pedra.
Há momentos de muita energia e de impulsionamento pela subida em que conseguimos colocar a pedra no ponto mais alto da montanha.
No frio sempre encontramos uma fogueira inteligente a nos aquecer e iluminar a consciência de que pouco podemos enquanto professores, diante de estruturas tão consolidadas. A luz dessa fogueira levanta o ponto de que nossa força é pedagógica e de ensino. Quando vemos nossos alunos nas telas dos computadores e dos celulares nos animamos e percebemos as possibilidades de trabalho, acontece o encontrar de caminhos e a busca por uma prática de ensino mais efetiva, pautada no engajamento do próprio estudante na sua aprendizagem. Tudo isso nos fortalece e ajuda a firmar a crença no trabalho que fazemos, ajuda-nos a ver a relevância do que fazemos e da imensa importância social do ato educativo. A esperança se acende com chamas consistentes e retomamos novamente a rolar a pedra ao longo da montanha.
Estamos aprendendo muito nestes tempos de ensino remoto, atuando e fazendo para além do que está ao nosso alcance.
A dúvida que fica é: se a gente é capaz de ter ideias e práticas ainda mais brilhantes para trazer nossos estudantes para uma plataforma de ensino, para fazê-los engajar na resolução das atividades que organizamos e assim podermos libertar o nosso eu-Sísifo dessa condenação de rolar a pedra penso que podermos ajudar os nossos alunos a superar as montanhas da vida... Deodato Gomes Francini, A.S, Seganfredo, C. As 100 melhores histórias da mitologia: deuses, heróis, monstros e guerras da tradição greco romana. 9ª ed. Porto Alegre: L&PM, 2007
Carlos Chagas, atingiu a
marca de 294 notificações por Coronavírus. Destas, 65 casos foram confirmados
como de infecção pela doença. Dos doentes, 01 resultaram, 35 foram
recuperados, 01 está internado em ala, o boletim não fala de ninguém em UTI e 28
encontram-se em isolamento domiciliar. É o que aponta o boletim epidemiológico
liberado hoje (03/07/20) pela Secretaria Municipal de Saúde.
Com investigação concluída, 184 casos descartados. A localidade
mais atingida pela doença continua sendo a Colina Verde e o Cruzeiro com 14
casos, seguido de pelo Centro, Juá e Sagres com 06 casos. As comunidades rurais
têm apresentado baixa incidência do Coronavírus, com apenas 01 caso. No Boletim não encontramos a faixa etária mais atingida.
(Fonte: Boletim da Secretaria
Municipal de Saúde de Carlos Chagas de 03-02-2020)
NAS AULAS REMOTAS A SALA DA CASA DO
ESTUDANTE SE TORNA SUA SALA DE AULA
Neste momento delicado da
pandemia da covid-19, a Escola Estadual Dr. João Beraldo tem desenvolvido ações
para a manutenção das aulas, sempre atento às orientações da Secretaria de Estado da Educação no encaminhamento das aulas remotas e da preservação da
saúde e da vida de todos.
Ao longo deste período é
natural que muitas dúvidas e incertezas surjam, e a Escola João Beraldo vem trabalhando
junto com seu corpo pedagógico-técnico-administrativo, para que os alunos
continuem seus estudos, sanem suas dúvidas e entregue as atividades do PET
prontas aos seus professores em dia. Elas são atividades importantes porque vão garantir a carga horária necessária para a promoção escolar neste ano de 2020.
Neste momento, em que as
aulas estão sendo realizadas em ambiente virtual, com amplo uso do Google Classroom, em que estamos todos: Direção, corpo docente e pedagógico em constantes reuniões virtuais, ter o apoio e a dedicação dos alunos de transformar a sala de sua casa na sua sala de aula, e busque ter efetiva participação nas aulas, e dos professores no empenho
para trabalhar os conteúdos, e atender
os estudantes, está fazendo toda a diferença!
Os alunos têm, agora,
aulas remotas diárias, com os seus mesmos professores e os conteúdos
específicos. A disponibilidade dos professores, respeitando os
horários usuais das turmas, visa sanar dúvidas e dificuldades que possam
surgir.
Para nossos alunos, as
aulas e atividades permanecem em seu formato original: instrução com
acompanhamento dos professores, conteúdos, atividades, vídeos gravados e
disponibilizados no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) do Google Classroom.
Desta forma, o aluno pode realizar seus estudos com segurança e sem ansiedade.
Todas as aulas no
ambiente virtual estão organizadas e postadas para que o aprendizado dos
alunos, não pare!
Sabemos que são tempos de
incertezas para todos e, por isso, o esforço da Escola João Beraldo para
garantir as aulas a cada um de seus alunos tem sido ainda mais efetivo. O Diretor,
a Supervisora e os professores seguem à disposição dos alunos, bem como os
atendimentos nos canais digitais.
A comunidade escolar, têm mostrado
garra e determinação, e estamos orgulhosos, apesar de toda a dificuldade. Essa fase vai passar e, quando
passar, estaremos mais unidos e fortes!
De segunda a sexta-feira (22 a 26/6), o programa Se Liga na Educação, que é uma das ferramentas complementares ao Plano de Estudo Tutorado (PET), transmitirá a semana de acolhimento do ciclo II do Regime de Estudo não Presencial. Será uma semana inteira dedicada a esclarecer as principais dúvidas dos estudantes e fixar os conteúdos do primeiro volume do PET. Com isso, os estudantes estarão mais preparados para o segundo volume do Plano de Estudo Tutorado.
“Atentos ao desenvolvimento das habilidades propostas em cada teleaula os nossos professores selecionaram atividades e conteúdos dos PETs que normalmente os estudantes apresentariam mais dificuldades, para a partir daí se dedicarem na resolução desses exercícios com maior profundidade, teremos vários desafios que poderão ser resolvidos junto com os estudantes, além de dicas para uma tranquila transição para o PET Vol II. Será uma semana de acolhimento das dúvidas e preparação para o novo ciclo”, destaca a subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica, Geniana Faria.
Após a semana dedicada à transição para o PET Vol.II, no dia 29 de junho, as teleaulas do “Se Liga na Educação” já serão totalmente relacionadas ao segundo volume do PET.
Parceria com a ALMG vai levar o "Se Liga na Educação" para mais cerca de 80 municípios
A partir da assinatura de um termo de cooperação técnica entre o Governo de Minas e a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o programa Se Liga na Educação vai chegar a mais cerca de 80 municípios mineiros. As teleaulas serão transmitidas pela TV Assembleia, o que beneficiará aproximadamente 200 mil alunos da rede estadual.
A transmissão terá início na próxima segunda-feira (22/6) e acontecerá da seguinte maneira:
De segunda a sexta-feira
Das 7h às 9h – conteúdos voltados para o ensino fundamental
Das 19h30 às 22h30 – conteúdos voltados para o ensino médio
Por questões técnicas, a transmissão feita pela TV ALMG, em relação a que é realizada pela Rede Minas, contará com uma semana de diferença, ou seja, na próxima segunda-feira, os estudantes assistirão na TV Assembleia à programação que foi transmitida pela Rede Minas no dia 15/6. FONTE-Site da SEEmg
A pandemia trouxe a educação à distância para as nossas casas. De um dia para outro, toda a gente passou a falar de educação à distância. A expressão, que já era controversa no contexto profissional onde era usada, explodiu subitamente, num fogo de artifício de interpretações coloridas e ilusórias que lhe destruíram de vez o significado. Quando hoje se discute a educação à distância a expressão já não quer dizer nada.
A ironia desta efervescência é que a dicotomia entre mundo presencial e mundo online é hoje um falso problema. Os dois mundos já não têm fronteiras. Raras são hoje as atividades individuais e sociais que prescindem das tecnologias digitais, do uso dos telemóveis, da comunicação na Net ou do acesso a repositórios na “nuvem”, onde, de resto, já se encontra armazenada a maior parte dos nossos dados.
Curiosamente, vários comentadores dos media, justamente frustrados com as restrições que a pandemia lhes impôs, passaram a reclamar, não contra a pandemia ou as restrições, mas contra a linha-de-vida que os manteve ligados ao mundo nesse período: o online. Paradoxalmente, foi online que as reclamações contra o online foram mais lidas e foi aí que foram partilhadas e aclamadas. Sem online, teriam sido gotas de água no oceano.
Sentindo que este tipo de contradição, entre o ser-e-não-ser, estar-e-não-estar, dificulta a construção serena do futuro, que nos explodirá nas mãos sob formas indesejáveis se não cuidarmos de o criar com inteligência, a Comissão Europeia lançou, há meia dúzia de anos, o projeto Onlife Manifesto, onde defendeu que assumamos o fim da distinção entre mundos online e offline e reconheçamos que vivemos uma nova ordem social, económica, política e ética no seio da qual esse tipo de distinção não tem sentido. O projeto, liderado por Luciano Floridi, professor de filosofia e ética da informação da Universidade de Oxford, deu origem a um interessante volume de reflexões publicado pela editora Springer em 2015.
O ensino remoto de emergência não poderia correr bem, nem em Portugal nem em parte nenhuma do mundo, por razões biológicas básicas: a atenção, a memória e a disciplina intelectual de uma criança têm limites que ninguém pode contornar.
Sendo este o mundo alargado que aguarda os jovens das nossas escolas, seria absurdo dividi-lo entre presencial e online. O desafio da educação não é dividir, mas unir, superando as desigualdades sociais que esse alargamento está a gerar sob os nossos olhos. Poderá a escola superar tais desigualdades sem se prolongar harmoniosamente para a dimensão online? Acreditará a escola que lhe bastará “explicar”, por palavras ou imagens, sem integração cultural plena, o que é viver e vingar num mundo misto de presença e distância? Irá a escola fazer como o professor de música que acreditava que se “explicasse” a uma criança onde calcar as cordas teria criado uma violinista de talento?
Se quisermos construir uma educação que tire partido da dimensão de distância, teremos de compreender, em vez de confundir, a distância de que estamos a falar. Faz sentido, nesse contexto, analisar o que se passou nestes últimos tempos de “ensino remoto de emergência” e compará-lo com as formas de aprendizagem regulares e consolidadas onde o fator distância está presente.
O ensino remoto de emergência
O ensino remoto de emergência não poderia correr bem, nem em Portugal nem em parte nenhuma do mundo, por razões biológicas básicas: a atenção, a memória e a disciplina intelectual de uma criança têm limites que ninguém pode contornar. Só por distração se poderia acreditar que o ensino remoto de emergência iria “cumprir os programas”, sobretudo com as crianças mais novas. Acresce que a autonomia para a aprendizagem da maioria das crianças portuguesas, que não é incentivada nem pelas escolas nem pelas famílias, as colocava em desvantagem para uma modalidade de aprendizagem que assenta, acima de tudo, na autonomia.
Além disso, e embora já houvesse em Portugal, graças à livre iniciativa de alguns professores, escolas com experiência nas práticas e tecnologias da aprendizagem à distância, a maior parte das escolas e dos professores não possuía nem experiência nem tecnologias para as pôr em prática. Nessas circunstâncias, a função primordial do ensino remoto de emergência não poderia ser fazer cumprir programas, sobretudo pelos mais jovens, mas manter as crianças funcionais para a aprendizagem e intelectualmente ativas durante os meses em que se sabia que não iriam à escola — um objetivo nobre, meritório e imensamente trabalhoso.
Nestas condições, se não considerarmos, por momentos, a resposta pronta das escolas e dos professores mais experientes, a transição para o ensino remoto foi uma caótica reprodução por videoconferência do modelo presencial, com os defeitos que lhe são próprios, agora acentuados pelo recurso improvisado às tecnologias. Quanto aos alunos mais desfavorecidos, foi claro que ficaram ainda pior. Alguns deles, três meses volvidos sobre o início do processo, ainda nem tinham aparecido.
Foi penoso notar no discurso do ministério e dos sindicatos a ilusão antiquíssima de que educar é transferir “conteúdos”, agitada desajeitadamente perante uma pandemia que impunha um ensaio geral para a educação do futuro.
Nos balanços de fim de ano a que agora assistimos, proliferaram as opiniões dos críticos habituais, que, apesar das suas eternas certezas, foram incapazes, na altura própria, de contribuir com as suas sugestões para a resolução do problema. Foi evidente que o Ministério da Educação não esteve à altura do desafio. Também foi notório o eclipse dos sindicatos no período de emergência. Aliás, foi penoso notar no discurso do ministério e dos sindicatos a ilusão antiquíssima de que educar é transferir “conteúdos”, agitada desajeitadamente perante uma pandemia que impunha um ensaio geral para a educação do futuro.
Estranhamente, nenhum dos críticos parece ter notado a faceta invulgar e magnífica deste ensino remoto de emergência, que talvez tenha colocado Portugal na linha da frente internacional da capacidade de resposta ao fecho das escolas: a ação dos professores. Em vez de baixarem os braços, como seria de esperar perante a debilidade da ação ministerial, os professores começaram de imediato a discutir soluções nas redes sociais. Em 14 de Março, dia seguinte ao fecho das escolas, criaram no Facebook, por sua livre iniciativa, o grupo “E-learning – Apoio”, dedicado à ajuda entre professores. Três meses depois, esse mesmo grupo registava quase 30 mil membros e uma atividade intensiva e ininterrupta de entreajuda entre professores.
Quantos países poderão gabar-se de que um terço dos seus professores, totalizando dezenas de milhares, se auto-organizaram espontaneamente num grupo de ajuda recíproca que se transformou num exercício gigantesco de formação mútua em exercício? Quanto valerá essa formação, face a uma formação em sala? Que implicações terá tido para a construção de uma cultura coletiva de resiliência perante as dificuldades da docência? Valerá a pena recordar, por contraste, que em abril passado Andreas Schleicher, diretor de educação da OCDE, referindo-se às tentativas do governo espanhol para lançar o ensino remoto, lamentava, numa entrevista ao El País, a falta de colaboração mútua e partilha de soluções por parte dos professores espanhóis.
É interessante observar que, sem que professores e alunos se tenham apercebido, as universidades portuguesas já recorrem, em larga medida, a uma forma degradada do modelo combinado.
Em 2008, dois professores canadianos da universidade de Athabasca, George Siemens e Stephen Downes, lançaram um curso à distância que se tornou mundialmente célebre porque mobilizou 2200 pessoas para um projeto coletivo de aprendizagem sem conteúdos. Neste curso, que os seus criadores viriam a teorizar em torno do conceito de aprendizagem conectivista, aprendia-se, não organizando conteúdos, mas debatendo e resolvendo as dificuldades que cada um colocava ao coletivo. Valeria a pena estudar agora, comparativamente, a experiência deste grupo português de 30 mil professores, com quase quinze vezes mais participantes.
A aprendizagem combinada
A aprendizagem combinada (blended learning), ou aprendizagem mista, procura conciliar o melhor da aprendizagem presencial com o melhor da aprendizagem à distância. Oferece, por isso, um contexto favorável à compreensão dos paradigmas do prolongamento da educação presencial para a distância. É interessante observar que, sem que professores e alunos se tenham apercebido, as universidades portuguesas já recorrem, em larga medida, a uma forma degradada do modelo combinado.
Quando, já há mais de duas décadas, as universidades portuguesas começaram a instalar plataformas de gestão de conteúdos e a colocar online os materiais dos cursos, muitos dos alunos, cansados de sessões monótonas e com qualidade pedagógica duvidosa, em salas desconfortáveis e a abarrotar, passaram a faltar às aulas teóricas, preferindo trabalhar sobre os materiais online e restringir a sua presença às aulas práticas e laboratoriais onde a sua participação ativa era indispensável. O problema é que os professores continuaram a conceber os cursos para uso presencial, com deficiências que nunca seriam aceitáveis num modelo combinado. O que é estranho é que, sendo o fenómeno reconhecido há mais de uma década, não seja adoptado o novo modelo, eliminando o hibridismo vigente.
No modelo combinado, todos os materiais pedagógicos (textos, slides, vídeos, podcasts, simulações) são colocados online e as sessões presenciais, embora usadas por vezes para apresentações magistrais, são normalmente reservadas para trabalhos laboratoriais e de grupo, que procuram tirar partido da riqueza social da aprendizagem presencial. A avaliação dos alunos também tende a ser conduzida presencialmente, por um lado para evitar as dificuldades da identificação da autoria, por outro para capitalizar nos benefícios pedagógicos do debate com professores e colegas. Apesar deste caráter predominantemente presencial, a avaliação pode ser muito enriquecida com a dimensão online, nomeadamente por permitir a avaliação anónima pelos pares em trabalhos escritos, projetos e portfólios.
Este modelo presta-se a muitas variantes. No exemplo anterior, a componente de presença é dominante, mas pode acontecer o contrário. Em muitos cursos de formação e mestrado, a maior parte do trabalho decorre online: no primeiro dia as atividades são presenciais, de apresentação, socialização e construção do espírito do curso; o último dia é ocupado com uma conferência de encerramento na qual os formandos apresentam e defendem presencialmente os seus trabalhos. Entre o primeiro e o último dia, os trabalhos decorrem em períodos à distância, relativamente extensos, intercalados com sessões presenciais de um dia ou de algumas horas destinadas a consolidar a aprendizagem e reforçar a componente social.
A educação à distância
Partindo do modelo de aprendizagem combinada, é agora possível caracterizar a educação à distância como sendo idêntica, mas sem a componente presencial. A grande diferença está em que a educação à distância reinventou os seus modelos pedagógicos, libertando-os dos entraves da presença e tirando pleno partido da ligação em rede, da colaboração e da aprendizagem em comunidade. Esta reinvenção, que se renova em permanência, assenta num corpo dinâmico de teoria e prática em domínios tão diversos como as ciências da educação, sociologia, filosofia, comunicação, multimédia, estatística, computação, ciências dos dados e inteligência artificial e exige infra-estruturas e equipas cuja elevada complexidade e sofisticação se aproximam das das indústrias cinematográfica e dos videojogos.
Importa não esquecer que vivemos num mundo de presença e de distância. Quer queiramos, quer não, a distância faz parte das nossas vidas. Por isso, faz parte da educação. A aprendizagem à distância, com desafios e tempos moderados, está ao alcance de qualquer ser humano, mesmo muito jovem.
Deste modo, só por desconhecimento se pode recear, como parece acontecer com a nossa comunicação social, que as universidades e escolas venham a transformar-se em instituições de educação à distância. Primeiro, porque a educação exclusivamente à distância só resulta para adultos ou quase adultos com elevados graus de autonomia e disciplina. Segundo, porque os graus de conhecimentos, sofisticação tecnológica e tempo necessários à concepção de soluções autênticas de educação à distância estão largamente ausentes das nossas universidades e escolas. As universidades e escolas poderão e deverão desenvolver iniciativas de educação à distância que as prolonguem para o espaço online, mas seria absurdo transformá-las em instituições de educação à distância. Tanto mais absurdo quanto mais real se torna nos nossos tempos a necessidade de bons professores: como alertava John Neisbitt, “high tech calls for high touch” (“quanto mais sofisticada é a tecnologia, mais necessário é o calor humano”).
Dito isto, importa não esquecer que vivemos num mundo de presença e de distância. Quer queiramos, quer não, a distância faz parte das nossas vidas. Por isso, faz parte da educação. A aprendizagem à distância, com desafios e tempos moderados, está ao alcance de qualquer ser humano, mesmo muito jovem. Grande parte da aprendizagem dos nossos dias e, sobretudo, da aprendizagem do futuro só poderá ser encontrada à distância. O “espaço das aprendizagens”, nestes nossos tempos, será cada vez mais um espaço à distância, para quem as recebe e para quem as oferece. Uma universidade e uma escola que não sejam capazes de se prolongar para a distância não pertencerão, certamente, aos nossos tempos.
Tenho participado de discussões e ouvido críticas ao ambiente online como espaço inadequado para ensinar e aprender. Muitos professores estão estressados e muitos estudantes continuam insatisfeitos. Há uma nostalgia – em muitos - pela volta para o espaço seguro da sala de aula que garante a aprendizagem plena, enquanto que online seria um espaço precário, incompleto, provisório.
O problema não está em aprendermos ou não em plataformas online. O que está revelando este período é que a maior parte das escolas vem ensinando de uma forma inadequada, muito conteudista, dependente do professor, com pouco envolvimento, participação e criatividade dos estudantes.
O problema não está no online; está na falta de autonomia na formação de cada estudante, na deficiência de domínio das competências básicas (saber pesquisar, analisar, avaliar...) e também na gestão paternalística das aulas, da forma de ensinar: Tudo é dado pronto, como receita fechada, prato feito, com pouca autonomia, participação e envolvimento dos aprendizes.
O online não é solução nem problema, é um ambiente que permite tanto a transmissão como a experimentação, com algumas adaptações. Escolas e universidades que estimulam o protagonismo do aluno, que trabalham com desafios se adaptaram rapidamente ao online, incentivando o aluno-pesquisador, a personalização, atividades em grupo. Mas professores que privilegiam a transmissão de conteúdo, tornam o processo cansativo, insuportável e pouco produtivo para todos.
O problema não está no online, está em privilegiar a transmissão de informações longas, quando é possível combinar informações curtas, atraentes com desafios, projetos, criatividade. Escolas e docentes que vinham trabalhando com desafios, experimentação e projetos no presencial tem encontrado plataformas e aplicativos digitais que combinam os itinerários pessoais (com flexibilidade de tempos e escolhas), as atividades diversificadas em grupo e as de compartilhamento síncrono entre todos.
Encontramos também problemas no online. Os laboratórios virtuais 3-D e com realidade aumentada trazem soluções muito poderosas para simulação, imersão, aprendizagem compartilhada a distância, a um custo baixo, mas que precisam ser complementadas com experimentações de campo, com contato físico em muitos campos profissionais para uma efetiva calibração do desenvolvimento de cada um. Não basta realizar somente exercícios em simuladores de voos; o estudante precisa também de voos reais com instrutores.
Por outro lado, este período longo de ida forçada para o digital revelou que podemos aprender e ensinar de forma muito ativa, diversificada, personalizada, misturada. As crianças precisam conviver juntas, com tutoria próxima. Mas quem já tem um domínio básico da língua, da escrita, da linguagem dos números e computacional pode aprender com um design curricular mais flexível, personalizado, que equilibre as diversas formas de presença física e digital; espaços, tempos e múltiplas formas de aprender e de avaliação para desenvolver as competências necessárias hoje como autonomia, colaboração, resiliência e criatividade.
Este período escancarou também aextrema desigualdade de acesso ao digital e de condições de estudo e pesquisa na maioria das residências. Reforçou a necessidade de termos uma política pública que agilize a infraestrutura digital nas escolas, a formação docente em competências digitais e que o acesso individual e familiar à Internet seja considerado um direito fundamental do século XXI como ter água, esgoto e energia. Ensinar e aprender hoje sem o digital é privar os estudantes de oportunidades ricas para vivenciar dimensões importantes para sua vida pessoal, profissional e social.
É urgente agora o compartilhamento e análise de como integrar todos os ambientes, estratégias de ensino e aprendizagem de forma otimizada em cada etapa da aprendizagem e de acordo com as necessidades de cada um, de cada escola, região. O digital não é uma panaceia, mas um componente fundamental da vida moderna, que afeta todas as dimensões da nossa existência (trabalho remoto, compras online, inserção em redes e comunidades de interesse e de práticas...).
São muitos os desafios na educação, em ambientes presenciais e digitais, num cenário tão complexo e carregado de incertezas. É prioritário dar ênfase e vivenciar valores humanos fundamentais. Educadores, gestores, estudantes e famílias precisam insistir em construir relações inclusivas, de afeto, de conhecimento, abertas ao diálogo, a partir de questões reais, de experimentação, pesquisa, de projetos socialmente relevantes onde os estudantes sejam protagonistas e utilizem todos os meios e tecnologias possíveis.
Temos que rever o currículo neste período, com maior autonomia docente e intenso compartilhamento de experiências, dificuldades, formas de engajar os estudantes através das diversas plataformas e aplicativos digitais, mas também da criatividade em chegar aos mais carentes com roteiros ativos e criativos impressos, sonoros e audiovisuais adequados para cada necessidade.
Num horizonte de crises em todos os campos, que tendem a se agravar, é de capital importância que educadores e gestores sejam os impulsionadores da esperança, de valores humanos, de caminhos que inspirem projetos relevantes. Todo o conteúdo precisa ser relevante, ligado à vida, trabalhado em relação estreita com atividades criativas e empreendedoras. Vai ficando cada vez mais evidente que podemos aprender de múltiplas formas, em todos os espaços e em tempos diferentes.
Precisamos avançar rapidamente no redesenho de projetos educacionais que sejam flexíveis, de qualidade, de custo menor e de resultados mais rápidos e ágeis. Ao mesmo tempo que fazemos as mudanças possíveis agora, neste período de transição, é importante definir um projeto estratégico de transformação no médio prazo das escolas e instituições de ensino superior para que realmente sejam modernas, atraentes, envolvente e relevantes nos próximos anos.