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sábado, 6 de julho de 2024

Caminhos de Infância: o 3º encontro da Leitura, da Escrita e do Brincar no LEEI!


O 3º Encontro do Projeto de Leitura e Escrita na Educação Infantil (LEEI), alinhado com a Política Nacional da Criança Alfabetizada, trouxe um brilho especial ao dia. O tema, profundamente enraizado na cultura e na infância, destacou o protagonismo das crianças dessa faixa etária e  seu o desenvolvimento do sujeito social.

A manhã iniciou com uma acolhida calorosa. Rose, recitou "As Mãos de Carlos Drummond de Andrade", envolvendo a todos em uma atmosfera de poesia e reflexão. Logo após, a melodia de "Anunciação" de Alceu Valença encheu o ambiente, trazendo um toque de magia e nostalgia.

Relembrando o brogodó de afinidades do encontro anterior, Rose já no início convidou cada participante a trazer o crachá da pessoa escolhida "por sorte" no próximo encontro. Este momento de partilha e reencontro foi uma oportunidade para refletir sobre o 2º encontro. A memória da música da lavadeira, os cantinhos de leitura, as discussões sobre o tempo de leitura versus tempo de tela, e a história do tênis molhado emergiram como pontos altos de um encontro que foi, acima de tudo, prazeroso e enriquecedor.

A discussão sobre a cultura do escrito na vida das crianças já na tenra idade foi central. Rose salientou a necessidade de equilibrar a Educação Infantil entre um viés assistencialista e um ambiente que tenha o acontecer da habilidade de ler e escrever como resultado natural de um trabalho lúdico. A verdadeira infância, permeada pela aprendizagem, deve ser o foco. Lica, com sua sabedoria, afirmou: “As capacitações servem para a gente mudar o jeito de ensinar”. O brincar, como ela destacou, precisa ser orientado e intencional, um meio de desenvolver competências e habilidades e é o que muitas vezes não vemos acontecer. 

No segmento "Literatura, Arte e Linguagem", Rose leu "O menininho" de Helen E. Buckley, um texto que critica a conformidade imposta pelo sistema educacional tradicional através de uma professora autoritária. A história do menininho que perde sua capacidade de criar e imaginar tocou profundamente todos os presentes. A dinâmica de desenho subsequente propôs a construção de um painel cultural, onde cada grupo representou sua visão da cultura através de desenhos.

Ampliando os diálogos, a experiência estética da criança foi explorada. O vídeo "A Maior Flor do Mundo" de José Saramago e "Caminhando com Titim" provocaram reflexões sobre a mediação das ações das crianças em sala de aula. A linguagem do corpo, como primeiro instrumento de interação da criança com o mundo, foi destacada com base nas teorias de Vigotsky.

O papel da Educação Infantil, como lembrou Rose, é criar condições para a ampliação e o aprofundamento da inserção das crianças no mundo da cultura escrita, especialmente para aquelas famílias onde essa cultura não está presente no cotidiano. As discussões sobre a homologia de processos reforçaram a importância de aplicar na prática o que se aprende nos encontros do LEEI.

A percepção do leitor foi abordada, lembrando que formar leitores é dar forma e sentido ao leitor que já existe embrionário dentro de cada crianças. A literatura infantil foi tratada com carinho, com a proposta de criar uma propaganda, ali mesmo pelas LEEISTAS participantes, de um livro infantil, trazendo o livro para o meio da vida das crianças, como sugerido por Gianni Rodari.

A tertúlia literária com a leitura do conto "Tempos Escolares" de Geni Guimarães aborda temas de inclusão e diversidade de maneira acessível. A narrativa simples permite que as crianças se identifiquem com os personagens e situações escolares. A linguagem é clara, e as ilustrações ajudam a manter o interesse. Este conto incentiva a empatia e a compreensão das diferenças, promovendo um ambiente inclusivo desde cedo. Além disso, a história oferece oportunidades para discussões sobre sentimentos e experiências, essenciais para o desenvolvimento socioemocional na primeira infância.

O encerramento foi lúdico e musical, com atividades de musicalização e brincadeiras cantadas, destacando a importância da ludicidade na educação infantil. A música "O Peão entrou na roda" enfeitou o encontro com um toque de alegria e pertencimento.

Foi feita uma dinâmica onde cada um confeccionou sua própria peneira individual enquanto cantava a canção popular "Peneirei fubá". Este momento destacou a importância do território do brincar e da ludicidade, onde experiências que envolvem sentimentos, pensamentos e ações são essenciais para o desenvolvimento integral da criança.

O banho sonoro proporcionou um momento de relaxamento e conexão sensorial, fundamental para os bebês se sentirem pertencentes e confortáveis no ambiente escolar. A musicalização, com cantigas como "Peneirei fubá", reforçou o prazer e a importância do brincar e de canções ouvidas de forma orientada.

Este encontro formativo foi uma jornada de descobertas e reflexões, reafirmando o compromisso de todos com uma educação infantil que valorize a cultura, a criatividade e o protagonismo das crianças, preparando-os para um futuro onde possam ser plenamente sujeitos sociais e culturais.

@professordeodatogomes

Um comentário:

Anônimo disse...

O ENCONTRO FOI UM SUCESSO. KARIME.