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sábado, 7 de dezembro de 2024

Como Vencer a Procrastinação na Gestão Escolar e no Ensino, Segundo a Ciência


Como Vencer a Procrastinação na Gestão Escolar e no Ensino, Segundo a Ciência

No cotidiano escolar, gestores e professores enfrentam uma rotina intensa de planejamentos, reuniões, correções de atividades e atendimento a alunos e famílias. Apesar disso, a procrastinação frequentemente encontra espaço, impactando prazos importantes e a eficácia das ações educacionais. Longe de ser uma questão de preguiça, esse comportamento está enraizado em aspectos biológicos e emocionais, como mostram estudos recentes.

Entenda como a procrastinação afeta o gestor escolar e o docente, e descubra estratégias práticas para combatê-la e promover um ambiente mais produtivo nas escolas.

O Cenário da Procrastinação na Escola

Para gestores escolares, deixar para depois a tomada de decisões administrativas ou o envio de relatórios importantes pode resultar em atrasos na implementação de políticas educacionais e até em sanções externas. Já para os professores, adiar o planejamento de aulas, registro de frequencia e atividades no sistema de informação,  a correção de provas ou a preparação de atividades avaliativas pode sobrecarregar períodos críticos e afetar diretamente o aprendizado dos alunos.

A procrastinação afeta até mesmo momentos decisivos, como a elaboração de planos pedagógicos ou a organização de eventos escolares. Para piorar, ela pode gerar sentimentos de culpa e ansiedade, criando um ciclo vicioso que prejudica o bem-estar do educador e a qualidade do ensino.

Por Que Procrastinamos?

A procrastinação não é apenas uma questão de gerenciamento de tempo, mas de regulação emocional. Tarefas que parecem difíceis ou desafiadoras podem evocar insegurança e medo de falhar, levando gestores e professores a evitá-las ao máximo. Por exemplo, organizar um conselho de classe ou revisar estratégias pedagógicas pode parecer assustador, especialmente quando envolve a avaliação de resultados insatisfatórios e intelocução no grupo.

Estudos mostram que o cérebro humano lida com essa situação de forma paradoxal: o sistema límbico, que busca prazer imediato, frequentemente leva à escolha de tarefas mais agradáveis ou irrelevantes, como responder mensagens menos urgentes ou reorganizar materiais pedagógicos. Por outro lado, o córtex pré-frontal, responsável pelo planejamento e raciocínio lógico, tenta impulsionar ações que geram benefícios em longo prazo, como organizar reuniões pedagógicas ou planejar ações estratégicas.

O resultado é um conflito interno que frequentemente resulta na procrastinação. A curto prazo, adiar parece aliviar o estresse, mas, a longo prazo, amplifica sentimentos de culpa e ansiedade.

Impactos da Procrastinação na Educação

A procrastinação afeta gestores escolares e professores de maneira diferente:

-Gestores Escolares: Atrasar ações administrativas pode prejudicar o cumprimento de metas institucionais, como a entrega de relatórios na Secretaria de Educação envolvendo as gestões pedagógicas, patrimoniais, de pessoas, financeira etc... ou a execução de programas de formação continuada nas reuniões de módulo II. Além disso, o adiamento de decisões pode levar à perda de oportunidades importantes para a comunidade escolar.

-Docentes: Para professores, procrastinar o planejamento, o registros de frequência e atividade ministradas, correção de provas ou a avaliação de atividades pode comprometer o aprendizado dos alunos e gerar acúmulo de trabalho. Além disso, adiar o contato com pais ou o encaminhamento de casos de alunos para especialistas pode resultar em problemas maiores no futuro.

Estratégias para Combater a Procrastinação

Felizmente, há maneiras eficazes de lidar com esse problema:

1. Planeje Pequenas Etapas

Divida grandes tarefas em passos menores. Por exemplo, em vez de planejar “o ano letivo”, comece com “definir objetivos para o primeiro semestre/bimestre” e “organizar o calendário de reuniões”.

2. Priorize Tarefas Urgentes

Use ferramentas como a Matriz de Eisenhower para identificar e priorizar tarefas que são urgentes e importantes, delegando ou adiando as menos relevantes.

3. Recompense o Progresso

Associe o cumprimento de cada etapa a pequenas recompensas, como uma pausa para relaxar ou uma conversa descontraída com colegas.

4. Envolva a Equipe

Divida responsabilidades e compartilhe o planejamento com a equipe. Muitas vezes, a sensação de sobrecarga gera procrastinação, e a colaboração pode aliviar esse peso.

5. Use Técnicas de Relaxamento

Técnicas de mindfulness podem ajudar gestores e professores a reduzir a ansiedade sobre tarefas complexas, tornando-as menos intimidadoras.

6. Estabeleça Prazo Intermediários

Crie metas menores dentro de prazos maiores. Por exemplo, se um relatório precisa ser entregue em 30 dias, estabeleça prazos semanais para partes específicas.

Uma Questão de Autocompaixão

Procrastinação também está ligada a um perfeccionismo paralisante. Muitos gestores e professores evitam concluir tarefas por medo de críticas ou de não atender às próprias expectativas. A autocompaixão, nesse contexto, pode ser uma aliada poderosa.

Pesquisas mostram que aceitar falhas e lidar de forma gentil consigo mesmo reduz a ansiedade e melhora o desempenho. Para gestores e docentes, isso significa entender que atrasos pontuais são parte do processo, desde que não se tornem a regra.

A Educação Como Espaço de Transformação

A procrastinação, embora comum, não deve ser negligenciada na gestão escolar e no ensino. Ela pode ser combatida com estratégias práticas e um olhar atento para as emoções que a alimentam. Reconhecer o problema e buscar soluções é o primeiro passo para gestores e professores superarem esse desafio, melhorando a qualidade da educação e criando um ambiente mais produtivo e saudável para todos.  

Agora é com você! Não deixe para depois o planejamento daquela tarefa importante. Seu futuro agradece. 😊

Faça o teste para saber se você é um procrastinador: https://drive.google.com/file/d/1yURzgEBzb_CwkbIc_rVjbhwiUTa9bt3d/view?usp=sharing

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