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sábado, 16 de novembro de 2024

A história do Cinema em Carlos Chagas

O Cine Filadélfia e a Era de Ouro do Cinema em Carlos Chagas: Um Relato Histórico

Por Deodato Gomes Costa-Licenciado em História

Em 19 de julho de 2012, na Escola Estadual Dr. João Beraldo, o Sr. Walfredo Avelar Menezes generosamente compartilhou suas memórias sobre a história do cinema em Carlos Chagas, oferecendo um  precioso testemunho sobre um período marcante na vida cultural da cidade.  Com base em seu relato, podemos traçar um panorama da trajetória do cinema local, desde seus primórdios até o seu declínio diante da chegada da televisão e do DVD.

A "época de grande magnitude" evocada pelo Sr. Walfredo teve início em 1948, quando o Sr. Fábio Ganem, proveniente de Teófilo Otoni, introduziu o cinema em Carlos Chagas. Utilizando um projetor de 8mm da marca RCA Victor, exibiu filmes em uma sala improvisada na Loja Maçônica Nova Filadélfia, na Rua Sete de Setembro.  As condições eram precárias, com bancos de madeira e mínimo conforto,  refletindo o caráter pioneiro da iniciativa.

A aquisição do projetor pelo Sr. Altamiro Avelar, tio de Walfredo, marcou um novo capítulo.  A paixão de Altamiro pela "arte do cinema" o impulsionou a construir um prédio próprio para abrigar o Cine Filadélfia, inaugurado em 1952.  O novo cinema,  localizado onde hoje se encontra o Supermercado Max,  representava um avanço significativo, com projetores modernos, tela grande (10m x 4m), cadeiras individuais confortáveis e dois ventiladores  — elementos que proporcionavam uma experiência cinematográfica superior para a época.

O Cine Filadélfia competiu diretamente com o Cine Vitória,  situado no prédio que antes abrigava o Brasileirão dos Móveis.  A superioridade técnica e o conforto oferecido pelo Cine Filadélfia  levaram ao fechamento do Cine Vitória, consolidando-o como principal espaço de exibição cinematográfica na cidade.

O relato de Walfredo Avelar destaca a importância do Cine Filadélfia no contexto local: "Naquela época somente o cinema, o Bar Brasil e o Banco do Brasil, possuiam motores próprios, que iluminavam suas respectivas áreas".  Essa informação revela o cinema como um polo de modernidade,  capaz de gerar sua própria energia  —  um símbolo de progresso em uma época em que a eletrificação ainda era limitada.

A busca constante por aprimoramento levou Altamiro a adquirir,  alguns anos depois,  projetores de última geração de uma marca norte-americana, investindo o equivalente a 1 milhão e 700 mil cruzeiros.  Para inaugurar o novo sistema, organizou um concurso que premiou os cinco primeiros a acertarem o filme de estreia: "Dois Contra uma Cidade Inteira" (1940), estrelado por James Cagney.

O Cine Filadélfia trabalhava com as principais distribuidoras de filmes da época: Columbia Pictures, Warner Bros, Fox Filmes, Paramount, Universal Filmes e Pelmex.  Em seu depoimento, Walfredo cita alguns dos "filmes memoráveis" exibidos: "Com a Faca na Garganta", "A Ponte do Rio Kwai", "A Testemunha Chave", "Ben-Hur", "Os Dez Mandamentos", "O Correio do Inferno", "Assim Caminha a Humanidade", "A Árvore da Vida", "A Volta ao Mundo em 80 Dias", "Fugindo do Inferno", "Ali Babá e os 40 Ladrões", "O Circo dos Horrores", "Viagem ao Centro da Terra", "Janela Indiscreta", "Sempre no Meu Coração", "E o Vento Levou", "O Expresso de Xangai", "A Carga da Brigada Ligeira", "Os Canhões de Navarone", "King Kong", "Luzes da Ribalta", além de faroestes, filmes italianos,  obras de Mazzaropi e filmes de Bruce Lee.

Essa rica programação cinematográfica demonstra a diversidade de gêneros e a qualidade dos filmes exibidos no Cine Filadélfia,  atendendo aos diferentes gostos do público.  O cinema se consolidou como um importante espaço de entretenimento e lazer,  proporcionando momentos de encantamento e escape da realidade.  Walfredo relembra: "Os casais passeavam e depois iam assistir ao filme".  O cinema se integrava à vida social da cidade,  criando memórias afetivas e  fortalecendo os laços comunitários.

No entanto,  a chegada da televisão e, posteriormente, dos DVDs,  marcou o início do declínio do Cine Filadélfia.  A concorrência desigual  levou ao seu fechamento por volta de 1992,  encerrando um ciclo  na história cultural de Carlos Chagas.

O depoimento do Sr. Walfredo Avelar Menezes é um documento histórico valioso que nos permite  reconstruir  a trajetória do cinema em Carlos Chagas.  Seu relato,  repleto de detalhes e  emoção,  revela a importância  do Cine Filadélfia  como espaço de  entretenimento,  socialização e  cultura,  deixando uma marca indelével na memória da cidade.  A  "época de grande magnitude"  evocada por ele  permanece viva  nas lembranças daqueles que vivenciaram a era de ouro do cinema em Carlos Chagas.

LINHA DO TEMPO CRIADA COM BASE NO DEPOIMENTO DO SR. WALFREDO:

Linha do Tempo - História do Cinema em Carlos Chagas:

1948:

  • Sr. Fábio Ganem introduz o cinema em Carlos Chagas, exibindo filmes em um projetor de 8mm na Loja Maçônica Nova Filadélfia.

[Sem data específica, mas antes de 1950]:

  • Sr. Altamiro Avelar adquire o projetor do Sr. Ganem e inicia a exibição de filmes.

[Entre 1948 e 1952]:

  • Sr. Peralta(vindo do Paraguai) inaugura o Cine Vitória, no antigo Brasileirão, competindo com o cinema do Sr. Altamiro.

Por volta de 1950:

  • Sr. Altamiro inicia a construção do Cine Filadélfia.

1952:

  • Inauguração do Cine Filadélfia, com projetores novos, tela grande, cadeiras confortáveis e dois ventiladores.
  • Cine Vitória fecha devido à concorrência.

[Sem data específica, após 1952]:

  • Sr. Altamiro adquire projetores de última geração.
  • Realização de concurso para escolha do filme de estreia do novo sistema de projeção: "Dois Contra uma Cidade Inteira" (1940).

1992 (aproximadamente):

  • Fechamento do Cine Filadélfia devido à concorrência da televisão e dos DVDs.

Referências:

Depoimento do Sr. Walfredo Avelar Menezes, 19 de julho de 2012, Escola Estadual Dr. João Beraldo, Carlos Chagas.

Nota: Mantive a essência do depoimento do Sr. Walfredo,  acrescentando informações contextuais,  organizando o texto em formato de artigo histórico e  utilizando linguagem acadêmica.

COSTA, Deodato Gomes (Deo). CINEMA EM CARLOS CHAGAS~1.mpg. [S.l.]: YouTube, 19 jul. 2012. 1 arquivo de vídeo (14 min 44 s). Disponível em: <<https://www.youtube.com/watch?v=VuxGTdHIBEU>>. Acesso em: 11-2024.

Deodato Gomes Costa

@professordeodatogomes

Depoimento do Sr. Walfredo:

"Época de grande magnitude.  Wlafredo Avelar Menezes. A questão do cinema começou em 1948 quando o Senhor Fábio Ganem, orieundo de Teófilo Otoni, troxue um pequeno projetor de 8 milímetros da cidade da marca, de marca RCA Victor e o instalou na loja Macônica Nova Filadélfia na Rua Sete de Setembro. Na época era uma sala minúscula com Bancos de madeira, com o mínimo de conforto. Logo depois tendo sido acometido de doenças, resolveu vender para o Senhor Altamiro Avelar, que era o Tio do Sr. Walfredo. Após algum tempo checou a esta cidade o Senhor Peralta, de origem Paraguaia, trazendo consigo novos Projetores. Os  aparelhos foram instalados no Prédio onde hoje funciona o Brasileirão dos Móveis, com o título de Cine Vitória. Como era um prédio com dimensões maiores, oferecendo maior conforto aos seus frequentadores, fez séria concorrencia ao Cinema de Altamiro que acabou fechado. Diante dessa efêmera situação, pediu autorização a sua mãe D. Porfíria Avelar, avó do Sr. Walfredo, para construir um prédio para o cinema. Vendeu um gado que tinha e investiu nesse projeto, tendo iniciado a construção por volta de 1950, tendo sido concluída em 1952. Aí se batizou de CINE FILADÉLFIA. Um prédio imponente para a época com projetores novos, que proporcionava, uma projeção mais nítida, dotado de dois ventiladores gigantes com cadeiras individuais e mais confortáveis. Situado onde hoje funciona o Supermercado Max. O cinema possuia dois motores a óleo que iluminava toda a frente do cinema até o posto arrumadão do Sr. Antônio Cheque. Os casais passeavam e depois iam assistir ao filme. Diante da melhor qualidade em todos os aspectos, o Cine Vitória não suportou a concorrência, e acabou fechado. Naquela época somente o cinema o Bar Brasil e o Banco do Brasil, possuiam motores próprios, que iluminavam suas respectivas áreas. Mas Altamiro ainda não estava satisfeito, pois tinha uma verdadeira paixão pela arte do cinema. Sr. Altamiro, indo a Belo Horizonte alguns anos depois, foi informado do lançamento de projetores modernísssimos, e acreditando no negócio investiu o equivalente a 1 milhão e 700 mil cruzeiros que era a moeda dquela época. E assim adquiriu os projetores de última geração, de uma marca norte americana. A tela media 10 metros de cumprimento por 4 de largura. Na inauguraração desse novo sistema cinematográfico, o Senhor Altamiro organizou um concurso para que as pessoas escolhessem o filme que ele ia inaugurar o novo sistema. E assim os primeiros cinco(5) acertadores, ganhariam o ingresso por 3 meses. O  filme sorteado foi: "Dois contra uma cidade inteira com Elenco de Dois Contra uma Cidade Inteira com os artistas Ann Sheridan Peggy NashJames Cagney Danny Kenny. Filme de 1940 Cagney interpreta um boxeador cujo irmão músico (Arthur Kennedy) está compondo uma sinfonia em homenagem à Nova York, a cidade onde vivem. No final do filme, a obra é apresentada no Carnegie Hall. O meu tio Altamiro trabalhava com as melhores distribuidoras de filmes de Belo Horizonte, Columbia Pictures, Wanner Bros, Fox filmes, Paramount, Universal filmes  Pelmex.  Relação de filmes memoráveis que foram projetados em Carlos Chagas: Com a faca na garganta, A ponte do Rio que cai, A testemunha chaves, Bem hur, Os 10 mandamentos, O correio do Inferno, Assim Caminha a Humanidade, A árvores da vida, A volta ao mundo em 80 dias, Fugindo do Inferno,  Ali Babá e os 40 ladrões, O circo dos Horrores, Viagem ao Centro da Terra,  Janela Indiscreta, Sempre no meu coração, E o vento levou,  o Expresso de .... A Carga da Brigad Ligeira, Os canhões de nazarone, King Kong , Luzes da Ribalta, Sem falar do maiores filmes faroestes, do cinema italiano, dos sensacionais filmes de Amázio Mazzaropi,  e os filmes de karatê, com Bruce Lee de origem chinesa. Entretanto com a chegada do sinal de televisão, e posteriormente dos DVDs, o cinema não  resistiu a uma concorrência tão desigual, vindo a a fechar suas portas por volta de 1992. Assim orreu o cinema em nossa cidade, deixando de encantar com sua magnitude toda uma geração. Eu sou  apaixonado por filmes e já assistir a mais de 1300 filmes em DVD. Agradeço de coração a Direção desta Escolas, por me ter convidado a vir aqui trazer para vocês, algo que de um passado batante remoto mas que viverá eternamente em nossa memória."  Walfredo Avelar

O Hino da Campanha da Fraternidade de 2025! Que mensagem linda!

 O Hino da Campanha da Fraternidade de 2025 nos convida a uma profunda reflexão sobre nossa relação com a criação. Logo de início, somos colocados diante do mistério da Encarnação: Deus se fez homem em Jesus Cristo, mostrando o valor infinito de cada criatura e nos convidando a contemplar a natureza com Seus olhos, reconhecendo sua beleza e dignidade.  A busca por uma vida plena, anseio universal, só encontra sentido em Cristo, que nos liberta do pecado e nos abre as portas para uma vida nova em comunhão com Deus e com a criação.

O refrão nos transporta para a criação do mundo, narrada no livro do Gênesis, lembrando-nos de que Deus confiou o Paraíso ao ser humano, um lugar de harmonia e beleza. É um chamado a louvar a Deus pela maravilha da criação e a assumir a responsabilidade de cuidar da Terra, nossa Casa Comum. O hino destaca a interdependência de todos os seres,  somos parte de um único universo, interligados e unidos uns aos outros. Essa visão ecológica integral nos impulsiona a superar o individualismo e a construir relações de fraternidade e solidariedade.

A Quaresma, tempo propício para a conversão, nos convida a mudar hábitos e atitudes, assumindo o compromisso de cuidar da Casa Comum. Cuidar da Terra é um dever de todos, um ato de amor e justiça para com as presentes e futuras gerações. O tema da Campanha da Fraternidade 2025, "Fraternidade e Ecologia Integral", expressa um anseio antigo da humanidade: viver em harmonia com a criação. A ecologia integral propõe uma visão integrada do ser humano e da natureza, reconhecendo a interdependência entre todos os seres e a necessidade de cuidar da Casa Comum.

O hino também reconhece os graves danos que a ação humana tem causado à natureza. A exploração desenfreada dos recursos naturais, a poluição e o desmatamento são exemplos de como o ser humano tem se afastado da Lei de Deus e desrespeitado a criação. Diante disso, o hino nos chama à responsabilidade. A Terra está em nossas mãos, e todos somos responsáveis por cuidar dela e proteger a vida. A esperança cristã nos anima a crer na possibilidade de uma "nova Páscoa", um tempo de renovação e renascimento para a criação.

O que mais te tocou na letra do hino? Deixe aí nos comentários seu sentimento.

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Fichamento: Pequeno Prícipe-SAINT-EXUPÉRY

1. Referência Bibliográfica:

SAINT-EXUPÉRY, Antoine de. O Pequeno Príncipe. Rio de Janeiro: Agir, 2015.

2. Resumo:

A obra, escrita em 1942 pelo autor francês Antoine de Saint-Exupéry, narra a história de um aviador que, após uma pane no deserto do Saara, encontra um pequeno príncipe vindo de outro planeta. Através das conversas com o príncipe, o aviador redescobre a importância da amizade, do amor e da simplicidade, confrontando a visão pragmática e superficial dos adultos. O príncipe, em sua jornada, visita diferentes planetas, cada um habitado por um personagem que representa características e vícios da sociedade, como a vaidade, a ganância e o autoritarismo.

3. Citações:

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 56)

"O essencial é invisível para os olhos." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 57)

"Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 57)

"Todas as pessoas grandes foram um dia crianças (mas poucas se lembram disso)." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 3)

"É preciso que a gente se conforme em arrancar regularmente os baobás logo que se distinguem das roseiras, com as quais muito se parecem quando pequenos." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 16)   

"É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 64)

"As pessoas grandes nunca compreendem nada sozinhas, e é cansativo, para as crianças, estar toda hora explicando." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 9)

"O que torna o deserto belo é que ele esconde um poço em algum lugar..." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 68)

"Tu te tornas responsável para sempre por aquilo que cativas." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 72)

"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 83)

"As pessoas grandes adoram os números." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 20)

"Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 89)

"Você é responsável por sua rosa..." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 91)

"O amor não consiste em olhar um para o outro, mas em olhar juntos na mesma direção." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 93)

"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 83)

"É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 64)

"A gente só conhece bem as coisas que cativou." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 72)

"O que embeleza o deserto é que ele esconde um poço em algum lugar..." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 68)

"Quando a gente ama, é preciso estar sempre pronto a perdoar." (SAINT-EXUPÉRY, 2015, p. 93)

4. Palavras-chave:

Pequeno Príncipe, amizade, amor, infância, adultos, responsabilidade, essencial, baobás, rosa, raposa.

5. Conclusões:

"O Pequeno Príncipe" é uma obra atemporal que convida à reflexão sobre a vida, os valores e a importância de preservar a criança interior. Através de uma linguagem poética e personagens marcantes, o autor transmite mensagens profundas sobre a amizade, o amor e a busca pela felicidade. O livro é um clássico da literatura infantojuvenil, mas sua leitura é enriquecedora para todas as idades, pois nos faz repensar nossas prioridades e a forma como enxergamos o mundo.

Observações:

Este fichamento foi feito com base na edição de 2015 da Editora Agir. A quantidade de citações e conclusões pode variar de acordo com a necessidade. É importante sempre consultar as normas da ABNT para garantir a formatação correta do fichamento.

Conselho Nacional de Educação aprova parecer sobre estudantes com autismo após controvérsias!

Conselho Nacional de Educação aprova parecer sobre estudantes com autismo após controvérsias.

Após um ano de debates e controvérsias, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou, em 5 de novembro de 2024, o Parecer CNE/CP nº 50/2023, que estabelece orientações para o atendimento de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas escolas.

O parecer, que havia sido aprovado em dezembro de 2023, foi reanalisado após críticas de movimentos sociais, sistemas de ensino e especialistas. A principal crítica se concentrava na falta de transparência e participação democrática na elaboração do documento, além de preocupações sobre a ênfase em aspectos clínicos do autismo em detrimento do modelo social da deficiência.

Em resposta às críticas, o CNE realizou duas consultas públicas em 2024, buscando ampliar o diálogo e incorporar diferentes perspectivas. O texto final do parecer mantém a garantia de matrícula de estudantes com TEA na rede regular de ensino, independentemente de laudo médico, e a oferta de Atendimento Educacional Especializado (AEE) em articulação com o projeto pedagógico da escola.

No entanto, o processo de aprovação do parecer evidenciou desafios na implementação da educação inclusiva no Brasil. A relatora do parecer, Conselheira Mariana Lúcia Agnese Costa e Rosa, votou contra o documento, argumentando que ele ainda apresentava fragilidades e divergências em relação à Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.

A aprovação do Parecer CNE/CP nº 50/2023 representa um passo importante na busca por melhores condições de ensino para estudantes com autismo. Mas as controvérsias e o voto contrário da relatora indicam que o debate sobre a educação inclusiva no Brasil está longe de ser concluído.

O parecer completo pode ser acessado aqui mesmo, basta clicar no link a seguir: https://drive.google.com/file/d/16HmBc1f4J1zTj0FfibHvvyXx390ofjR-/view?usp=sharing

Fontes: Diário Oficial da União (DOU) de 13 de novembro de 2024.

135 anos da República: Brasil celebra marco histórico!



15 de Novembro: Dia da Proclamação da República! 

Você sabia que em 1889, o Brasil deixou de ser uma Monarquia e se tornou uma República? 😮

👑 A insatisfação popular com a monarquia e a luta por mais direitos impulsionaram essa mudança histórica. Liderados por Deodoro da Fonseca, os militares proclamaram a República, trazendo mudanças importantes:

Fim do reinado de Dom Pedro II

Adoção do sistema presidencialista

Criação de novos símbolos nacionais

Federalismo: mais autonomia para os estados

➡️ A Lei Saraiva, que restringia o direito ao voto, foi um dos motivos que levaram à Proclamação da República.

🤔 República vem do latim "res publica", que significa "coisa pública". Ser republicano é colocar o interesse da sociedade acima dos interesses individuais.

📚 Verifique seus conhecimentos:

Pergunta 1:

🤔 Qual foi o principal motivo da Proclamação da República no Brasil?

a) A insatisfação da população com a monarquia.

b) O desejo de Dom Pedro II de abdicar do trono.

c) A influência de ideais republicanos vindos da Europa.

d) A descoberta de ouro em Minas Gerais.

Pergunta 2:

🧐 Qual destas mudanças NÃO ocorreu após a Proclamação da República?

a) Adoção do sistema presidencialista.

b) Instituição do voto feminino.

c) Fim da escravidão.

d) Mudança dos símbolos nacionais.

Lembre-se de colocar a resposta correta nos comentários! 😉 #ProclamaçãodaRepública #HistóriaDoBrasil #Quiz #15deNovembro

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Liturgia da Missa de Domingo, 17 de Novembro de 2024!

PRIMEIRA LEITURA

Nesse tempo, teu povo será salvo.

Leitura da Profecia de Daniel 12,1-3
1
"Naquele tempo, se levantará Miguel,
o grande príncipe,
defensor dos filhos de teu povo;
e será um tempo de angústia,
como nunca houve até então,
desde que começaram a existir nações.
Mas, nesse tempo, teu povo será salvo,
todos os que se acharem inscritos no Livro.
2
Muitos dos que dormem no pó da terra, despertarão,
uns para a vida eterna,
outros para o opróbrio eterno.
3
Mas os que tiverem sido sábios,
brilharão como o firmamento;
e os que tiverem ensinado a muitos homens
os caminhos da virtude,
brilharão como as estrelas,
por toda a eternidade".
Palavra do Senhor.

Salmo responsorial  Sl 15(16),5.8.9-10.11 (R. 1a)

R. Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

5
Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, *
meu destino está seguro em vossas mãos!
8
Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, *
pois se o tenho a meu lado não vacilo. R.

9
Eis por que meu coração está em festa, †
minha alma rejubila de alegria, *
e até meu corpo no repouso está tranquilo;
10
pois não haveis de me deixar entregue à morte, *
nem vosso amigo conhecer a corrupção. R.

11
Vós me ensinais vosso caminho para a vida; †
junto a vós, felicidade sem limites, *
delícia eterna e alegria ao vosso lado! R.

SEGUNDA LEITURA

Com esta única oferenda, levou à perfeição
definitiva os que ele santifica.

Leitura da Carta aos Hebreus 10,11-14.18
11
Todo sacerdote se apresenta diariamente
para celebrar o culto,
oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios,
incapazes de apagar os pecados.
12
Cristo, ao contrário,
depois de ter oferecido um sacrifício único pelos pecados, 
sentou-se para sempre à direita de Deus.
13
Não lhe resta mais senão esperar
até que seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés.
14
De fato, com esta única oferenda,
levou à perfeição definitiva os que ele santifica.
18
Ora, onde existe o perdão,
já não se faz oferenda pelo pecado.
Palavra do Senhor.

Aclamação ao Evangelho  Lc 21,36
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. É preciso vigiar e ficar de prontidão; 
    em que dia o Senhor há de vir, não sabeis não!

EVANGELHO

Ele reunirá os eleitos de Deus,
de uma extremidade à outra da terra.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 13,24-32


Naquele tempo,
Jesus disse a seus discípulos:
24
"Naqueles dias, depois da grande tribulação,
o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais,
25
as estrelas começarão a cair do céu
e as forças do céu serão abaladas.
26
Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens
com grande poder e glória.
27
Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra
e reunirá os eleitos de Deus,
de uma extremidade à outra da terra.
28
Aprendei, pois, da figueira esta parábola:
quando seus ramos ficam verdes
e as folhas começam a brotar,
sabeis que o verão está perto.
29
Assim também, quando virdes acontecer essas coisas,
ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo,
às portas.
30
Em verdade vos digo,
esta geração não passará até que tudo isto aconteça.
31
O céu e a terra passarão,
mas as minhas palavras não passarão.
32
Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe,
nem os anjos do céu, nem o Filho, 
mas somente o Pai".
Palavra da Salvação.

Fichamento do Livro: Você pode mais do que pensa. 1º Capítulo: "Como Vender um Burro"

Autoestima, autoconhecimento,  autovalorização reflexiva e encorajadora.

Fichamento do 1º Capítulo: "Como Vender um Burro"

Referência Bibliográfica:

Vallés, Carlos G. Você pode mais do que pensa; tradução de Lúcia M. Endlich Orth – Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

Ideias Principais:

O capítulo aborda a importância da autoestima para o desenvolvimento pessoal e social do indivíduo.

A autoestima é fundamental para que o indivíduo possa desenvolver suas qualidades e aproveitar as oportunidades da vida.

O autor defende que a autoestima deve ser trabalhada de forma profissional e com base em uma concepção de mundo que dê suporte a essa prática.

O autor argumenta que a visão religiosa de mundo pode oferecer uma base sólida para a autoestima, mas reconhece que algumas interpretações tradicionais podem ser contrárias a uma visão otimista da pessoa humana.

O capítulo utiliza parábolas e contos para ilustrar a importância da autoestima e do autoconhecimento.

Conclusões do Autor:

A autoestima é essencial para o bem-estar e o desenvolvimento humano.

A prática da autoestima deve ser fundamentada em uma teoria sólida e em uma visão de mundo que valorize a pessoa humana.

A visão religiosa de mundo pode ser um suporte importante para a autoestima, mas é preciso ter cuidado com interpretações que rebaixam a dignidade humana.

Metodologia:

O autor utiliza uma linguagem clara e acessível, com exemplos e ilustrações que facilitam a compreensão do tema.

O capítulo combina reflexões teóricas com contos e parábolas, o que torna a leitura mais agradável e dinâmica.

O autor apresenta uma visão equilibrada sobre o tema da autoestima, reconhecendo tanto os benefícios quanto os desafios de uma abordagem religiosa.

Observações:

O capítulo é uma introdução ao tema da autoestima e serve como ponto de partida para os demais capítulos do livro.

O autor deixa claro que o objetivo do livro é oferecer uma visão otimista e esperançosa sobre o potencial humano.

O capítulo é rico em referências a outras obras e autores, o que demonstra a erudição do autor e aprofunda a discussão sobre o tema.

Citações:

"A autoestima está na moda. Ou, dito com mais seriedade, a dignidade da pessoa humana, percebida e apreciada por ela mesma, está sendo reconhecida e fomentada como a base de seu bem-estar e de seu pleno desenvolvimento pessoal e de suas relações com a sociedade." (VALLÉS, 2009, p. 1)

"Se eu mesmo falo mal de minha mercadoria, como posso vendê-la no mercado?" (VALLÉS, 2009, p. 1)

"Não é a mesma coisa a autoestima de quem se considera um mero acidente do acaso e a de quem se sabe e se sente filho de Deus." (VALLÉS, 2009, p. 3)

"A glória de Deus é a vida do ser humano." (VALLÉS, 2009, p. 3)

"Você vale mais do que pensa, e o descobre ao vivo quando vê o que vale aos olhos de quem o fez e o que pensa de você quem o pôs na vida com sonhos de glória." (VALLÉS, 2009, p. 3)

Referência completa:

VALLÉS, Carlos G. Você pode mais do que pensa; tradução de Lúcia M. Endlich Orth – Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Educação inclusiva: Secretaria de Educação de Carlos Chagas busca apoio do SAI!

Encontro Refirma Compromisso com a Educação Inclusiva no SAI

Na última terça-feira, 11 de novembro de 2024, Deodato Gomes Costa, Secretário Municipal de Educação, e Neide Jardim, monitora do Atendimento Especializado para crianças com deficiência em Carlos Chagas, visitaram o SAI - Serviço de Apoio a Inclusão, da Superintendência Regional de Ensino. Recebidos com atenção por Daniele e Cristiane, integrantes da equipe do SAI, o encontro foi uma oportunidade para fortalecer o diálogo e as solicitações de capacitação para os profissionais envolvidos na educação inclusiva do município.

Durante a reunião, foram discutidas demandas por treinamentos direcionados aos Professores de Apoio e Professores da Sala de Recursos. A pauta incluiu temas essenciais como o desenvolvimento do Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), o Plano de Atendimento Educacional Especializado (PAEE), adaptações curriculares, a Resolução 4256 de 2020 e o processo de liberação de Professores de Apoio para alunos com necessidades especiais.

Destacou-se a importância de uma análise criteriosa para autorizar o apoio especializado, onde o laudo é apenas o ponto de partida, complementado pelo PDI e relatórios pedagógicos. A visita in loco é fundamental para entender a realidade de cada criança, e a participação familiar é imprescindível para a construção do PDI. Assim, o encontro reafirmou o compromisso com uma educação inclusiva e humanizada para todos os estudantes.

RECADO PARA OS GESTORES!



Caros Gestores do Amanhã,

Estamos na reta final para a Avaliação Somativa do SIMAVE, e contamos com o empenho de cada um de vocês para fazer desse momento uma experiência de sucesso para nossos alunos. Vocês são peça-chave para transformar a escola em um ambiente motivador e acolhedor, especialmente para as turmas que realizarão a prova.

Peço que foquem, desde já, em estratégias para garantir a presença de todos os alunos no dia da avaliação. Verifiquem possíveis ausências e reforcem a importância da prova com as famílias, assegurando que estejam cientes e comprometidas com a participação dos estudantes.

Outro ponto essencial é a preparação do ambiente. Decorem as salas com mensagens de incentivo e otimismo, reforçando a confiança dos alunos. Pequenos gestos, como frases positivas nas paredes e uma recepção calorosa, fazem toda a diferença para que se sintam valorizados e preparados.

Além disso, garanta que cada aluno tenha à disposição lápis, borracha e caneta preta, itens essenciais para a realização da prova. Esse cuidado demonstra nosso compromisso com o sucesso de cada estudante. E, para tornar o dia ainda mais especial, já planeje um lanche diferenciado para os estudantes no dia da prova, fortalecendo a energia e disposição para um bom desempenho.

Contamos com vocês para fazer desta avaliação um momento de aprendizado e confiança. Juntos, podemos criar um ambiente que estimule o melhor desempenho de nossos alunos e reforce o valor de cada um no processo educacional. Acredito que assim a gente pode melhorar os nossos resultados, pois é o que mais queremos. 

Atenciosamente,

Deodato Gomes Costa

Secretário Municipal de Educação

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Chaves, um incentivador das Externas Somativas! E nós, ficamos preparados?

                                            Clique na imagem para ver outras imagens do Encontro.

"Foi sem querer querendo!" O Auditório da SRE Teófilo Otoni, no dia 12 de novembro, mais parecia o pátio da Escolinha do Professor Girafales. Secretários e coordenadores do SIMAVE, todos reunidos para uma grande aula: a Capacitação "Avaliação Externa Somativa 2024".  Afinal, "não se fala mais PROALFA e PROEB", era o recado da Andréia, a "Dona Clotilde" da nossa avaliação.

O encontro, regado a cafezinho e quitandas deliciosas,  "típicas dos nossos municípios",  foi um mergulho no mundo das avaliações externas. Cronograma,  treinamento, responsabilidades, FRU...  tudo minuciosamente explicado,  como uma aula da Dona Florinda.

Mas o que roubou a cena foi um mimo especial:  um cartãozinho com a imagem do Chaves e a frase "Avaliações Externas - 2024. Eu sou um incentivador!".  A Angélica, parceira da Andréa,  com a sabedoria do Professor Girafales, explicou a escolha do personagem:  "Chaves,  apesar das notas baixas,  é presente!".  Uma metáfora para a importância da participação de todos nesse processo, apesar das estradas e das condições de alguns de nossos alunos.

E assim, como na Escolinha, entre risos e aprendizado, encerramos o encontro com a certeza de que as avaliações, que começam dia 25 de novembro, serão um sucesso. "Isso, isso, isso!" No final, colegas, acho que só quem estava neste encontro será capaz de entender as metáforas da Escolinha do Professor Girafales e a capacitação para as Externas Somativas. 😅  

Quem sabe, no próximo encontro, a gente até  se anima a  fazer um concurso de "Quem imita melhor o Seu Madruga!" 😂

Valeu Andréa e Angélica, vocês nos deixaram informados e seguros do temos que fazer! ...

domingo, 10 de novembro de 2024

O Impacto das Telas: A Necessidade de Resgatar a Interação e o Brincar na Infância! - Leve para sua reunião módulo II para reflexão dos seus Professores.

Imagem da página  do instagram REde Pedagógica- Não resito e quero analisar.

A imagem postada compara duas cenas de um mesmo local em 2004 e 2024. Em 2004, vemos crianças brincando e interagindo, enquanto, em 2024, as crianças estão reunidas, mas focadas em dispositivos eletrônicos, imersas nas telas. Esta cena retrata um fenômeno crescente de isolamento social impulsionado pelo uso excessivo de tecnologias digitais entre jovens, que substitui a interação física e o brincar livre.

Como pedagogo, essa imagem provoca uma reflexão sobre os impactos do uso de telas no desenvolvimento infantil. Estudos mostram que o excesso de tempo em dispositivos afeta a capacidade de atenção, aumenta a ansiedade e prejudica habilidades sociais. Os recreios, que eram momentos de interação e aprendizado social, tornam-se agora instantes de desconexão com o ambiente físico e com o outro. A escola, como espaço de socialização e desenvolvimento humano, precisa atuar ativamente para equilibrar o uso da tecnologia, promovendo momentos de interação sem telas.

É fundamental que políticas educacionais considerem essas mudanças e incentivem atividades que promovam o desenvolvimento social e emocional. A tecnologia é uma ferramenta poderosa, mas seu uso excessivo pode comprometer habilidades essenciais ao convívio e à construção de um ambiente saudável.

A imagem realmente nos faz pensar, não é? 🤔 Como garantir que a tecnologia seja uma aliada e não um obstáculo no desenvolvimento das crianças? 

@professordeodatogomes

sábado, 9 de novembro de 2024

LEEI: Uma Colheita de Afetos e Saberes na Educação Infantil!


O educador não para. Em uma manhã de sábado, (09-11-2024) lá estávamos Viviani, Rosilene e eu, Deodato, e mais muito mais leeistas,  juntos outra vez, como tantas vezes antes, no auditório da Regional de Ensino. Era o Seminário Presencial do Projeto Leitura e Escrita na Educação Infantil (LEEI), mas também era muito mais que isso – um encontro de sonhos, mãos e vozes que, entrelaçadas, firmavam um compromisso tão singelo quanto grandioso: educar nossas crianças pela leitura, pela escrita e pela alma, nos primeiros segmentos da educação,  logo no seu desabrochar da vida, .

O seminário começou com a tradicional mesa de honra, onde Cecídia, Igor, Helane, Cláudia, Jasceline e Denise trouxeram suas palavras de acolhida. Igor, com o olhar cintilante, falou do "prazer de ver o auditório cheio", como um coração pulsando ao ritmo de um ideal coletivo. Helane, firme e serena, reforçou a ideia do LEEI como uma "quebra de paradigmas", um convite a fazer diferente, a fazer melhor. Jasceline, sempre doce, lembrou que a educação infantil é a base, construída por muitas mãos e que deveríamos “voltar desejosos de fazer mais e melhor”. Denise, emocionada, disse que "leitura no LEEI é cidadania para os pequenos" e que, mais do que um projeto, o LEEI era um "marco em nossas vidas".

A pauta do seminário se desenrolava com a precisão de quem conhece o ritmo da sala de aula: do café da manhã acolhedor ao ciclo de debates, passando pelas apresentações dos grupos que ali deram vida às ideias do projeto. Foi um desfile de criatividade, empatia e paixão pelo que fazemos. Cada grupo trouxe seu olhar, seu esforço em transformar o espaço da sala de aula em um lugar de sonhos e realizações. "O Pequeno Príncipe", ensaiado com tanto carinho pelas professoras Sandra e Analice, trouxe aquele brilho nos olhos de quem se sente representado nas palavras, na poesia e na inocência.

A cada apresentação, os aplausos se misturavam ao riso, ao encanto. Eram cantigas de roda, danças, poesias declamadas – uma orquestra de talentos que brotava da simplicidade da infância, daquilo que nos faz acreditar no poder transformador da educação. Lembro-me das palavras da formadora estadual Cecídia, que ao final, com uma voz embargada de emoção, nos lembrou que o LEEI não é apenas um projeto. “O LEEI tem brincadeira com eixo,” ela disse, emocionada: “Tragam as crianças para viver, para experimentar o mundo em toda sua textualidade. Chega de cópias, chega de roteiros que não levam a lugar algum!”

Ao final, alguns choraram. O seminário chegava ao fim, mas a sensação era de que uma porta havia sido aberta. Havia um gosto agridoce, aquele toque de saudade que já começa a apertar o peito ao final de uma jornada. Foi um momento em que nos vimos, todos, de mãos dadas, construindo algo maior do que nossas individualidades.

E assim partimos, cada um para seu espaço de atuação, mas agora carregando um pouco mais do que trouxemos. Saímos como as águas de um rio que se renovam constantemente, como Heráclito de Éfeso bem nos lembrou: “Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser já se modificou.”

Que esse encontro, essa correnteza de ideias e afetos, nunca se acabe. Que a semente plantada no LEEI floresça e traga frutos para nossas crianças, para o futuro da nossa região mucuri. Assim é o LEEI, um movimento pedagógico, uma jornada da vida.

E aí, deixe sua resposta na caixa de comentário deste Blog. 

Qual foi o momento mais inspirador desta jornada do LEEI com a educação infantil que você participou? 

Como ela impactou sua visão sobre o papel da leitura e da escrita na formação das crianças? 🌱📖

@professordeodatogomes

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sexta-feira, 8 de novembro de 2024

MÁQUINA DE FRASES RUINS!

Reflexão intensa e bem-humorada sobre os labirintos da mente, este texto aborda temas como ansiedade, autocrítica e as frases que tentamos usar como escudo contra emoções complexas. Entre a raiva e a tristeza, a narrativa revela como os pensamentos podem se tornar ruídos incessantes, misturando aflições do cotidiano e dilemas profundos. Leia e reflita!

Máquina de frases ruins. A raiva é a minha proteção contra a tristeza.

A minha cabeça vem trabalhando arduamente para me derrubar. Pela manhã, antes mesmo de eu abrir os olhos, pressinto a cama lotada de questionamentos insuportáveis. E eles matracam antes mesmo do xixi e do iogurte com 21g de proteína que a endocrinologista me mandou tomar duas vezes por dia.

Penso na sarcopenia, na osteopenia, nas vitaminas que atacam o estômago e em marcar a colonoscopia. Penso que minha cachorra está velha e me pergunto como minha filha vai lidar com essa morte, sendo que a bichinha nem está doente. E então penso na minha filha lidando com tudo o que for difícil e em mim lidando com o fato de a minha filha precisar lidar com coisas difíceis.

Ainda não são oito da manhã e penso em relações que foram ruins, penso em relações que foram boas, mas me causaram mais danos do que as ruins, e então penso no beijo da semana passada. No esmagamento do meu pensamento enquanto eu tentava enfiar minha língua até chegar no occipital do sujeito. Que homem lindo. O silêncio dentro da minha cabeça. Mas sem saber sobre suas elucubrações e seus tormentos eu não me interesso. O corpo não basta.

Penso, penso, penso e nada se aproveita. Talvez seja porque mudei de antidepressivo e este não está dando conta. Acho engraçado imaginar o novo antidepressivo tentando apresentar projetos e não aprovando nada. Meu psiquiatra insiste que o meu outro psiquiatra errou no diagnóstico. Meu contador quer saber por que fiz tantos exames para investigar alguma chance de AVC e infarto. Desde que passei a morar sozinha com minha filha, tenho pavor de morrer subitamente e penso nisso todas as noites.

Pior é a desenfreada produção de frases que se alternam entre a tosquice e a lacração. Fico na dúvida se é uma herança do período em que trabalhei em agências de publicidade ou se o vício é mais recente e alimentado por reels de jovens "dando a real".

Eu estava escolhendo tomates quando cravei, com gosto, "Sou indisponível para a indisponibilidade". Por dois segundos me achei uma grande frasista. É isso! Estou sempre protegida de qualquer coisa que no futuro dê errado pois, antes mesmo de isso acontecer, eu já não quero. Vale para trabalhos, relações ou vale para os tomates orgânicos que não encontrei e fiquei com raiva.

Do que eu tenho tanta raiva?, me pergunto escolhendo azeitonas. A raiva é a minha proteção contra a tristeza. Pensar seria a minha proteção para não sentir? Eu devo ter escolhido a palavra "escudo" na hora, mas me recuso a admitir. Mais vale uma raiva na mão do que duas horas chorando (ainda que eu chore todos os dias). Eu tô sempre com raiva de tudo porque eu tô sempre muito triste. Ser branco e estar triste é muito anos 2010. Tristeza não tem fim, nem a fila do supermercado. Não consigo parar com as frases ruins.

Passa por mim uma jovem senhora que tive o desprazer de conhecer em um jantar. Ela faz que não me vê. Para tal, ela precisou não somente me ver como se deu ao trabalho de pegar esse ver e fazer algo com ele. Uma espécie de origami do ignorar. Um papel machê da empáfia. O que mais? É tipo uma "mediocrigância", disfarçar mediocridade com arrogância. Péssimo. Só não use a palavra "escudo", por favor. Nunca fui com a cara dela. Até porque não combinaria com a decoração da minha casa. Se tivesse ido com a cara dela, rapidamente teria voltado para devolver. Ela é obrigada a ir com a cara dela o tempo todo, o que deve ser difícil. Não consigo parar.

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA!

15 de Novembro - Dia da Proclamação da República 

E aí, pessoal! Sabia que conhecer a nossa história é super importante? As datas comemorativas são uma ótima oportunidade pra gente entender como o Brasil se tornou o que é hoje. 🤓

No dia 15 de novembro, comemoramos a Proclamação da República! Mas como será que isso aconteceu? 🤔

Em 1889, o Brasil era governado por um rei, Dom Pedro II. Mas muita gente tava insatisfeita com a monarquia, principalmente os militares. Eles queriam mais poder e melhores condições de trabalho. 

Além disso, outras pessoas também queriam mudanças, como:

Elite: queria mais participação na política. 👔

Sociedade: queria o fim da escravidão. ✊🏾

Igreja: queria menos influência do governo na religião. 🙏

Juntou todo mundo e... 💥 PÁ! Deu golpe! 💥

Militares e civis se uniram e "deram um pé na bunda" do Dom Pedro II, proclamando a República. 😮

A partir daí, o Brasil virou um país com presidente, eleições e mais participação do povo. 🗳️🙌

Mas calma, não foi fácil! Teve muita briga e confusão nos primeiros anos da República. 😅

FONTE: Brasil Escola

Agora te desafio, responda na caixa de comentários:
1. Qual era o principal motivo para os militares estarem insatisfeitos com a monarquia em 1889?
A) Eles queriam o fim da escravidão.
B) Eles queriam menos influência do governo na religião.
C) Eles desejavam mais poder e melhores condições de trabalho.
D) Eles desejavam uma monarquia mais forte.

2. Quais grupos foram mencionados como insatisfeitos com a monarquia e que participaram na Proclamação da República?
A) Elite, sociedade e igreja.
B) Apenas os militares e a sociedade.
C) Apenas a elite e os militares.
D) Sociedade e militares.

3. O que aconteceu no Brasil após a Proclamação da República?
A) O Brasil continuou sendo governado por um rei.
B) O Brasil passou a ter presidentes e eleições.
C) O Brasil aboliu a escravidão imediatamente.
D) O governo teve menos participação popular.

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA!

                        Tela de Benedito Calixto representa o ato de Proclamação da República.

Proclamação da República

A Proclamação da República aconteceu em 15 de novembro de 1889 e foi motivada pela insatisfação de diferentes grupos da sociedade, sobretudo os militares, com a monarquia.

A crise da monarquia fez com que civis e militares organizassem um golpe para derrubar a monarquia, em 15 de novembro de 1889.


A Proclamação da República foi o evento histórico que instaurou uma república no Brasil em 15 de novembro de 1889. Foi resultado de uma articulação entre militares e civis insatisfeitos com a monarquia.

Havia insatisfação entre os militares com salários e com a carreira, além de eles exigirem o direito de manifestar suas posições políticas (algo que tinha sido proibido pela monarquia). Havia também descontentamento entre elites emergentes com a sub-representação na política da monarquia.

Grupos na sociedade começavam a exigir maior participação pela via eleitoral. A questão abolicionista também somou forças ao movimento republicano. Esses grupos se uniram em um golpe que derrubou a monarquia e expulsou a família real do Brasil.

A Proclamação da República foi o evento responsável por transformar o Brasil em uma república em 15 de novembro de 1889.

A crise da monarquia teve relação com a insatisfação do Exército e com o surgimento de novas demandas políticas na sociedade.

Os militares adotaram o positivismo como ideologia política, passando a defender a implantação de uma república autoritária no Brasil.

A Proclamação da República, na verdade, foi um golpe realizado por militares e uma parcela da sociedade civil.

Quem proclamou a república foi José do Patrocínio, e o primeiro presidente do Brasil após a proclamação foi o marechal Deodoro da Fonseca.

Antecedentes históricos da Proclamação da República

A Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, foi o resultado de um longo processo de crise da monarquia no Brasil. O regime monárquico começou a entrar em decadência logo após o fim da Guerra do Paraguai, em 1870, o que resultou da incapacidade da monarquia em atender aos interesses e demandas da sociedade brasileira.

Uma série de novos atores e novas ideias políticas surgiu e ganhou força por meio do movimento republicano, estruturado oficialmente a partir de 1870, quando foi lançado o Manifesto Republicano. Ao redor das ideias republicanas, formou-se um grupo consistente que organizou um golpe contra a monarquia em 1889.

Disputas políticas e a consolidação do Exército como uma instituição profissional foram dois fatores de peso na crise. A exigência pela modernização do país fez com que muitos civis e militares enxergassem na república a solução para o país, uma vez que a monarquia começou a ser considerada incapaz para as demandas existentes.


Principais causas da Proclamação da República:

1-Militares

A insatisfação dos militares estava diretamente relacionada com a profissionalização da corporação. Depois disso, eles começaram a exigir melhorias em sua carreira como reconhecimento aos serviços prestados no Paraguai. As principais exigências eram melhorias salariais e no sistema de promoção.

Outra forte insatisfação teve relação com o envolvimento do Exército Brasileiro com a política. Os militares entendiam-se como tutores do Estado brasileiro e, por isso, queriam ter o direito de manifestar suas opiniões políticas publicamente. Um caso simbólico aconteceu em 1884, quando o oficial Sena Madureira foi punido por mostrar apoio aos abolicionistas do Ceará.

A monarquia também procurou censurar os militares, proibindo que eles manifestassem suas opiniões em jornais e nas corporações militares. Havia também exigências entre os militares para que o Brasil se convertesse em um país laico. Internamente, as insatisfações militares se reuniram ao redor da ideologia positivista.

Com base no positivismo, os militares passaram a reivindicar que a modernização do Brasil se daria por meio de um governo republicano ditatorial. Assim, eles acreditavam que era necessário escolher um governante que conduzisse o país no caminho da modernização e, se necessário, esse governante poderia se afastar das vontades populares.

2-Política e sociedade

A política no Segundo Reinado sempre foi complicada, sobretudo pela briga ferrenha entre conservadores e liberais. Essa situação se agravou com a crise de sub-representação de algumas províncias. Na segunda metade do século XIX, o eixo econômico do país tinha consolidado sua mudança do Nordeste para o Sudeste.

A província de São Paulo já havia se colocado como o grande centro econômico do Brasil, mas as elites paulistas se incomodavam com o fato de sua representação na política ser pequena. Outras províncias economicamente decadentes, como o Rio de Janeiro e a Bahia, gozavam de grande representatividade política.

Essa situação indispôs as elites dessa província com a monarquia, e isso nos ajuda a entender, por exemplo, por que a província de São Paulo teve o maior partido republicano do Segundo Reinado, o Partido Republicano Paulista (PRP).

Havia também sub-representação da sociedade no sistema político. As cidades cresciam e novos grupos sociais se estabeleciam. Esses grupos emergentes demandavam maior participação na política brasileira, e o caminho tomado foi o inverso. Os liberais defendiam ampliação do voto para enfraquecer os conservadores e os grandes fazendeiros, mas os conservadores conseguiram aprovar a Lei Saraiva, em 1881.

Essa lei determinou novos critérios para quem teria direito ao voto, e, após sua aprovação, o número de eleitores no Brasil caiu de 1.114.066 pessoas para 157.296 pessoas.|1| Isso correspondia a apenas 1,5% da população brasileira, ou seja, as demandas por participação não foram atendidas e a exclusão existente foi ampliada.

Essas novas elites passaram a ocupar os espaços políticos de outras formas e manifestavam suas opiniões por meio de jornais, associações e manifestações públicas em defesa de causas como o Estado laico.|2| Essa insatisfação com os problemas da monarquia, obviamente, reforçou a causa republicana no país.

Em 1870, foi lançado o Manifesto Republicano, documento que criticava a centralização do poder na monarquia e exigia um modelo federalista (que desse autonomia às províncias) no Brasil. EssE manifesto também atribuiu à monarquia a responsabilidade dos problemas do país e indicava a república como a solução. O manifesto foi um norteador do movimento republicano no fim do império.

Outra causa que reforçou muito o movimento republicano foi a defesa da abolição. O abolicionismo mobilizou a sociedade brasileira na década de 1880, e grande parte dos abolicionistas defendia a república.

De forma geral, a socióloga Ângela Alonso resume que a monarquia brasileira se estruturou no seguinte tripé: participação política restrita; escravismo (e exclusão do elemento africano); e catolicismo como defensor das hierarquias sociais.|2|

As décadas de 1870 e 1880 vieram justamente questionar esse tripé, pois havia demandas por maior participação social, o abolicionismo exigia a inserção do negro na sociedade, e o laicismo procurou estabelecer uma sociedade laica.

Como ocorreu a Proclamação da República?

Havia então insatisfações com a monarquia em diferentes camadas da nossa sociedade. Elites emergentes, militares, políticos, classes populares e escravizados eram grupos com críticas à monarquia. Todas essas insatisfações, em algum momento na década de 1880, tornaram-se uma conspiração.

Aglomeração de tropas no Campo do Santana, uma das ações do golpe que proclamou a república no Brasil.

Uma das primeiras ações do golpe de 15 de novembro foi a aglomeração de tropas, sob liderança de Deodoro da Fonseca, no Campo do Santana.[1]

Ao longo dessa década, as manifestações públicas começaram a se tornar comuns, e críticas ao imperador cresciam. Um atentado contra o carro do imperador, em julho de 1889, motivou o império a proibir manifestações públicas em defesa da república, mas o Brasil estava em um caminho sem volta, pois o grupo de insatisfeitos era muito grande.

Em novembro de 1889, a conspiração estava em curso e contava com nomes como Aristides Lobo, Benjamin Constant, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Sólon Ribeiro, entre outros. O que faltava para os conspiradores era a adesão do marechal Deodoro da Fonseca, um militar influente e primeiro presidente do Clube Militar.

Em 10 de novembro, os defensores do golpe contra a monarquia se reuniram com Deodoro para convencê-lo a tomar participação no movimento. Nos dias seguintes, os boatos de que uma conspiração estava em curso começaram a ganhar força e, no dia 14, informações falsas sobre a monarquia começaram a ser anunciadas em público, com o objetivo de arregimentar apoiadores.

O golpe contra a monarquia seguiu no dia 15, quando o marechal Deodoro da Fonseca e tropas foram até o quartel-general localizado no Campo do Santana. Foi exigida a demissão do Visconde de Ouro Preto da presidência do gabinete ministerial. O visconde se demitiu e foi preso por ordem de Deodoro da Fonseca.

Entretanto, o marechal estava à espera de que o imperador fosse organizar um novo gabinete e, por isso, deu vivas a D. Pedro II, e então retornou para seu domicílio. A derrubada do gabinete não colocou fim nos acontecimentos do dia 15, e as negociações políticas seguiram. Republicanos decidiram realizar uma sessão extraordinária na Câmara Municipal do Rio de Janeiro para que ocorresse uma solenidade de Proclamação da República.

Quem proclamou a república?

A Proclamação da República aconteceu na Câmara, sendo anunciada pelo vereador José do Patrocínio. Houve celebração nas ruas do Rio de Janeiro, com os envolvidos na proclamação puxando vivas à república e cantando A Marselhesa (canção revolucionária propagada durante a Revolução Francesa) nas ruas da capital.

Durante essa sucessão de acontecimentos, foi organizada uma tentativa de resistência sob a liderança de André Rebouças e Conde d’Eu, marido da princesa Isabel, mas o intento fracassou. D. Pedro II permaneceu crente de que a situação seria facilmente resolvida, mas não foi assim que aconteceu.

Um governo provisório foi formado, o marechal Deodoro da Fonseca foi nomeado como presidente do Brasil (o primeiro de nossa história) e outros envolvidos com o golpe assumiram pastas importantes no governo. A família real foi expulsa no dia 16 de novembro, e, no dia seguinte, seus membros embarcaram com seus bens para a cidade de Lisboa, em Portugal.

Consequências da Proclamação da República?

A Proclamação da República mudou radicalmente a história brasileira. Trocaram-se os símbolos nacionais, e novos heróis, como Tiradentes, foram estabelecidos. Além da mudança da forma de governo, o Brasil passou a ser uma nação com poder descentralizado, pois foi implantado o federalismo. Mudanças aconteceram no sistema eleitoral, pois o critério censitário foi abandonado, e foi estabelecido o sufrágio universal masculino para homens com mais de 21 anos.

Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente após a Proclamação da República.

Com a Proclamação da República, o marechal Deodoro da Fonseca assumiu como primeiro presidente do Brasil.

O Brasil se tornou um Estado laico, e o presidencialismo tornou-se o sistema de governo. A organização da república tomou forma quando foi promulgada uma nova Constituição no ano de 1889. A década de 1890 ficou marcada como um período de disputa entre republicanos e monarquistas e deodoristas e florianistas.

Controvérsias sobre a Proclamação da República

Muitos historiadores apontam que a Proclamação da República foi um evento controverso, pois tratou-se de um golpe iniciado pelos militares e finalizado por indivíduos da sociedade civil e da elite política do Brasil contra a monarquia. Muitos historiadores ainda levantam como controvérsias desse acontecimento a dimensão da participação do marechal Deodoro da Fonseca e a participação popular no evento.

Primeiros anos do Brasil República

Os historiadores entendem que os primeiros 10 anos da república no Brasil foram um período de acomodação do sistema político brasileiro nos moldes republicanos. Isso porque havia muita disputa entre deodoristas e florianistas, grupos políticos hegemônicos que se apoiavam em Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto respectivamente.

Além disso, houve iniciativas monarquistas de recuperar o poder, e o Brasil passou por 10 anos de grande instabilidade política e econômica. Tanto o marechal Deodoro da Fonseca como Floriano Peixoto governaram o Brasil de maneira autoritária.

Houve uma série de revoltas e conflitos nesse período, como as Revoltas da Armada, a Revolução Federalista e a Guerra de Canudos. Além disso, uma enorme crise econômica atingiu o Brasil, no que ficou conhecido como Encilhamento.


Exercícios resolvidos sobre a Proclamação da República

Questão 01

A insatisfação dos militares com a monarquia teve relação com qual ideologia:

a) socialismo

b) libertarianismo

c) positivismo

d) anarquismo

e) niilismo

Resposta: Letra C


Questão 02

O primeiro presidente do Brasil, após a Proclamação da República, foi:

a) Floriano Peixoto

b) Prudente de Morais

c) Deodoro da Fonseca

d) Rui Barbosa

e) José do Patrocínio

Resposta: Letra C


Notas

|1|LESSA, Renato. A invenção republicana: Campos Sales, as bases e a decadência da Primeira República Brasileira. Rio de Janeiro: Topbooks, 2015, p. 73.

|2|ALONSO, Ângela. Instauração da República no Brasil. In.: SCHWARCZ, Lília M. e STARLING, Heloísa M (orgs.). Dicionário da República: 51 textos críticos. São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 165.

Fontes

BACHA, Edmar; CARVALHO, J. M. de; FALCÃO, Joaquim; TRINDADE, Marcelo; MALAN, Pedro e SCHWARTZMAN, Simon (orgs.). 130 anos: em busca da república. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2019.

FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil. São Paulo: Edusp, 2018

FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucília de Almeida Neves (orgs.). O tempo do liberalismo oligárquico: da Proclamação da República à Revolução de 1930. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.

LESSA, Renato. A invenção republicana: Campos Sales, as bases e a decadência da Primeira República Brasileira. Rio de Janeiro: Topbooks, 2015.

SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloísa Murgel. Brasil: Uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

SCHWARCZ, Lília M. e STARLING, Heloísa M (orgs.). Dicionário da República: 51 textos críticos. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

Escrito por: Daniel Neves Silva

Formado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e especialista em História e Narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atua como professor de História desde 2010.

terça-feira, 5 de novembro de 2024

A liberdade de ser autêntico e viver além das percepções alheias!

 

No Instagram, encontrei uma reflexão nos comentários desta publicação que compartilho aqui. Ela foi escrita pelo Psicólogo Gerson Poças e achei suas palavras tão terapêuticas e relevantes que decidi trazer para o meu blog, como um convite para refletirmos juntos.

    "A maneira como os outros nos percebem é moldada por suas próprias experiências, crenças e emoções, e não reflete quem realmente somos. Compreender essa verdade é libertador, pois nos permite viver de forma autêntica, sem a necessidade constante de buscar aprovação alheia. As percepções dos outros são projeções de suas próprias mentes, influenciadas por suas histórias de vida, valores e inseguranças.

    Liberar-se dessa busca por validação externa abre espaço para explorar nosso verdadeiro potencial. Viver para atender às expectativas dos outros pode nos afastar de nossa essência, enquanto a autoconfiança e a autoaceitação nos permitem seguir nossos próprios objetivos e sonhos. Críticas construtivas podem ser úteis, mas devemos distinguir entre feedback valioso e percepções distorcidas. Ao fortalecer nossa identidade e focar no que realmente importa, encontramos a verdadeira liberdade e a capacidade de ser autêntico, independentemente das visões alheias. Por isso, sejamos verdadeiros sempre; por mais distorcidos que sejam os pensamentos dos outros sobre nós, o importante é fazer sempre o melhor para nós mesmos."

Essa reflexão nos lembra da importância de nos mantermos fiéis a quem somos, valorizando nossa autenticidade e não permitindo que as projeções e interpretações alheias definam o nosso valor.

Equilíbrio na Educação: arrumar a casa sem deixar de viver nela!


A frase que viralizou na rede, embora não seja comprovadamente de Drummond, traz uma reflexão poderosa que podemos facilmente relacionar com o contexto educacional. Assim como a “casa” representa nossa vida, ela também pode simbolizar a própria escola, um espaço que precisa de organização, cuidado e atenção, mas que também deve ser um lugar de vivência, interação e crescimento.

Autocuidado no ambiente escolar: Assim como cuidar da nossa vida pessoal exige equilíbrio, a gestão de uma escola exige que a estrutura e o funcionamento sejam organizados, mas sem que a rigidez tome o lugar da convivência saudável e da aprendizagem significativa. É preciso, sim, que a escola funcione com disciplina e organização, mas esses elementos não podem sufocar a vida e a alegria de estar na escola. 

Autoconhecimento e Autoconsciência para educadores e estudantes: Na educação, é essencial que tanto os profissionais quanto os alunos se conheçam e reconheçam suas necessidades, limites e objetivos. Educadores que compreendem suas próprias emoções e são capazes de equilibrar suas responsabilidades com momentos de descontração e conexão tendem a inspirar mais confiança e a criar um ambiente acolhedor. Alunos que têm espaço para expressar suas individualidades aprendem a valorizar o conhecimento e a convivência.

O Equilíbrio como meta educativa: A ideia de equilibrar o “arrumar a casa” e o “viver nela” é fundamental na educação. Em vez de focarmos exclusivamente nos conteúdos curriculares, é importante que a escola se preocupe com o desenvolvimento socioemocional dos alunos, oferecendo momentos de interação, criatividade e construção de relações interpessoais. Isso prepara os estudantes para viverem a “casa” que é o mundo, onde o conhecimento e as experiências caminham lado a lado.

Reflexão para a comunidade escolar:

- Estamos criando um ambiente escolar que equilibra disciplina e acolhimento?

- Alunos e professores têm espaço para “viver” na escola, ou apenas “arrumamos a casa” com tarefas e regras?

- De que forma estamos promovendo o autoconhecimento e o autocuidado entre educadores e estudantes?

Essa mensagem, portanto, é um convite para refletirmos sobre o equilíbrio que buscamos no ambiente educacional. Que a escola seja um lugar onde todos possam aprender, crescer e, acima de tudo, viver juntos em harmonia e respeito.