Bullying

sábado, 7 de dezembro de 2024

Como Vencer a Procrastinação na Gestão Escolar e no Ensino, Segundo a Ciência


Como Vencer a Procrastinação na Gestão Escolar e no Ensino, Segundo a Ciência

No cotidiano escolar, gestores e professores enfrentam uma rotina intensa de planejamentos, reuniões, correções de atividades e atendimento a alunos e famílias. Apesar disso, a procrastinação frequentemente encontra espaço, impactando prazos importantes e a eficácia das ações educacionais. Longe de ser uma questão de preguiça, esse comportamento está enraizado em aspectos biológicos e emocionais, como mostram estudos recentes.

Entenda como a procrastinação afeta o gestor escolar e o docente, e descubra estratégias práticas para combatê-la e promover um ambiente mais produtivo nas escolas.

O Cenário da Procrastinação na Escola

Para gestores escolares, deixar para depois a tomada de decisões administrativas ou o envio de relatórios importantes pode resultar em atrasos na implementação de políticas educacionais e até em sanções externas. Já para os professores, adiar o planejamento de aulas, registro de frequencia e atividades no sistema de informação,  a correção de provas ou a preparação de atividades avaliativas pode sobrecarregar períodos críticos e afetar diretamente o aprendizado dos alunos.

A procrastinação afeta até mesmo momentos decisivos, como a elaboração de planos pedagógicos ou a organização de eventos escolares. Para piorar, ela pode gerar sentimentos de culpa e ansiedade, criando um ciclo vicioso que prejudica o bem-estar do educador e a qualidade do ensino.

Por Que Procrastinamos?

A procrastinação não é apenas uma questão de gerenciamento de tempo, mas de regulação emocional. Tarefas que parecem difíceis ou desafiadoras podem evocar insegurança e medo de falhar, levando gestores e professores a evitá-las ao máximo. Por exemplo, organizar um conselho de classe ou revisar estratégias pedagógicas pode parecer assustador, especialmente quando envolve a avaliação de resultados insatisfatórios e intelocução no grupo.

Estudos mostram que o cérebro humano lida com essa situação de forma paradoxal: o sistema límbico, que busca prazer imediato, frequentemente leva à escolha de tarefas mais agradáveis ou irrelevantes, como responder mensagens menos urgentes ou reorganizar materiais pedagógicos. Por outro lado, o córtex pré-frontal, responsável pelo planejamento e raciocínio lógico, tenta impulsionar ações que geram benefícios em longo prazo, como organizar reuniões pedagógicas ou planejar ações estratégicas.

O resultado é um conflito interno que frequentemente resulta na procrastinação. A curto prazo, adiar parece aliviar o estresse, mas, a longo prazo, amplifica sentimentos de culpa e ansiedade.

Impactos da Procrastinação na Educação

A procrastinação afeta gestores escolares e professores de maneira diferente:

-Gestores Escolares: Atrasar ações administrativas pode prejudicar o cumprimento de metas institucionais, como a entrega de relatórios na Secretaria de Educação envolvendo as gestões pedagógicas, patrimoniais, de pessoas, financeira etc... ou a execução de programas de formação continuada nas reuniões de módulo II. Além disso, o adiamento de decisões pode levar à perda de oportunidades importantes para a comunidade escolar.

-Docentes: Para professores, procrastinar o planejamento, o registros de frequência e atividade ministradas, correção de provas ou a avaliação de atividades pode comprometer o aprendizado dos alunos e gerar acúmulo de trabalho. Além disso, adiar o contato com pais ou o encaminhamento de casos de alunos para especialistas pode resultar em problemas maiores no futuro.

Estratégias para Combater a Procrastinação

Felizmente, há maneiras eficazes de lidar com esse problema:

1. Planeje Pequenas Etapas

Divida grandes tarefas em passos menores. Por exemplo, em vez de planejar “o ano letivo”, comece com “definir objetivos para o primeiro semestre/bimestre” e “organizar o calendário de reuniões”.

2. Priorize Tarefas Urgentes

Use ferramentas como a Matriz de Eisenhower para identificar e priorizar tarefas que são urgentes e importantes, delegando ou adiando as menos relevantes.

3. Recompense o Progresso

Associe o cumprimento de cada etapa a pequenas recompensas, como uma pausa para relaxar ou uma conversa descontraída com colegas.

4. Envolva a Equipe

Divida responsabilidades e compartilhe o planejamento com a equipe. Muitas vezes, a sensação de sobrecarga gera procrastinação, e a colaboração pode aliviar esse peso.

5. Use Técnicas de Relaxamento

Técnicas de mindfulness podem ajudar gestores e professores a reduzir a ansiedade sobre tarefas complexas, tornando-as menos intimidadoras.

6. Estabeleça Prazo Intermediários

Crie metas menores dentro de prazos maiores. Por exemplo, se um relatório precisa ser entregue em 30 dias, estabeleça prazos semanais para partes específicas.

Uma Questão de Autocompaixão

Procrastinação também está ligada a um perfeccionismo paralisante. Muitos gestores e professores evitam concluir tarefas por medo de críticas ou de não atender às próprias expectativas. A autocompaixão, nesse contexto, pode ser uma aliada poderosa.

Pesquisas mostram que aceitar falhas e lidar de forma gentil consigo mesmo reduz a ansiedade e melhora o desempenho. Para gestores e docentes, isso significa entender que atrasos pontuais são parte do processo, desde que não se tornem a regra.

A Educação Como Espaço de Transformação

A procrastinação, embora comum, não deve ser negligenciada na gestão escolar e no ensino. Ela pode ser combatida com estratégias práticas e um olhar atento para as emoções que a alimentam. Reconhecer o problema e buscar soluções é o primeiro passo para gestores e professores superarem esse desafio, melhorando a qualidade da educação e criando um ambiente mais produtivo e saudável para todos.  

Agora é com você! Não deixe para depois o planejamento daquela tarefa importante. Seu futuro agradece. 😊

Faça o teste para saber se você é um procrastinador: https://drive.google.com/file/d/1yURzgEBzb_CwkbIc_rVjbhwiUTa9bt3d/view?usp=sharing

Como vencer a procrastinação, segundo a ciência!

Como vencer a procrastinação, segundo a ciência

Uma parte do nosso cérebro adora adiar tarefas. A outra faz você sentir culpa por isso. Entenda como a enrolação crônica pode acabar com a sua saúde, sua carreira e suas finanças – e aprenda a combatê-la. Só não deixe para ler depois.

Por Bruno Carbinatto | Ilustração: Felipe Del Rio | Design: Caroline Aranha | Edição: Bruno Vaiano

18 out 2024, 10h00

São 17h45 da véspera da data de entrega deste texto, quatro semanas depois de a pauta ser decidida, e só agora estou escrevendo estas primeiras palavras. Se você está lendo a reportagem publicada, é porque terminamos tudo antes do prazo final – mas não há como mentir: foi nos 45 do segundo tempo. Em grande parte por culpa de quem vos escreve.

É uma confissão um pouco envergonhada, é verdade. Mas, para desgosto do meu chefe, passei o último mês reunindo provas de que o ato de deixar tudo para a última hora não só é algo comum e normal como tem raízes biológicas, difíceis de combater. E o mais importante: não estou nem de longe sozinho nesse pecado universal.

A procrastinação é um dos mais universais comportamentos humanos. Pesquisas feitas entre universitários calculam que impressionantes 80% a 95% deles admitem procrastinar com uma certa frequência. Esse comportamento se mantém mais ou menos constante quando olhamos para diversas variáveis dos participantes, como gênero, idade, escolaridade, cultura, ocupação etc.

Manual: como controlar uma crise de ansiedade?

Não estamos falando de simplesmente deixar atividades para depois. Afinal, qualquer rotina envolve priorizar tarefas e encaixar pausas para descanso e lazer. A procrastinação é, especificamente, o adiamento intencional de tarefas que poderiam e deveriam ser feitas no presente – mesmo quando você sabe que isso é uma ideia burra, que trará ansiedade, culpa e estresse lá na frente.

A palavra em si vem do latim: procrastinare, que significa literalmente “deixar para amanhã” (crastina dies significa “dia de amanhã”). Muito antes da ascensão do Império Romano, porém, já havia humanos registrando a desagradável presença desse inimigo da produtividade.

“O homem que adia o trabalho está sempre a lutar com desastres”, alerta o poeta grego Hesíodo no poema épico Os trabalhos e os dias, que data do século 8 a.C. – tão antigo quanto os trechos mais ancestrais da Bíblia. “Não adies para amanhã nem depois de amanhã, pois não enche o celeiro o homem negligente, nem aquele que adia: a atenção faz o trabalho prosperar.”

Mais tarde, os filósofos gregos classificariam a procrastinação como um tipo de akrasia – palavra para ações impulsivas e irracionais, que contradizem o bom senso de quem as pratica. Os pensadores da Antiguidade ficavam intrigados com esse comportamento humano tão contraintuitivo: por que diabos insistimos em fazer coisas que sabemos que vão nos trazer consequências negativas, como deixar tudo para a última hora? Por que somos tão irracionais quando o assunto são prazos?

Milênios depois, os psicólogos e neurocientistas começam a encontrar respostas para esse paradoxo. E melhor: descobriram maneiras eficazes de combater a procrastinação. Descubra como se ajudar nas próximas páginas – se você não deixar para ler depois, é claro.

Escrito nos neurônios

Na falta de qualquer leitura sobre o assunto, ficamos com a impressão de que a procrastinação é um fruto da preguiça e da desorganização das pessoas que sofrem do problema. Nesse caso, os remédios seriam a típica fórmula de uma mãe brava: força de vontade, vergonha na cara e técnicas de gerenciamento do tempo para ajudar a colocar a rotina em ordem.

Acontece que o problema é mais sutil do que isso, já que o adiamento de tarefas não necessariamente vem acompanhado de preguiça. Muitos procrastinadores se boicotam ocupando o próprio tempo com outras missões trabalhosas, só para não terem que fazer o que realmente deveriam fazer. Quem nunca fez uma faxina na casa – de preferência, uma casa que já estava limpa – só para não ter que estudar para uma prova? Quando a casa está realmente suja, porém, a vontade de estudar reaparece com força total.

Embora métodos de organização do tempo (aqueles estilo Pomodoro) possam ajudar, eles tratam apenas os sintomas, não as causas da procrastinação. É que o buraco é mais embaixo. Na verdade, mais em cima: no seu cérebro.

O ser humano não evoluiu para estudar para provas, preencher planilhas ou escrever longas reportagens. Você nasce adaptado à vida que seus ancestrais levaram nos últimos 300 mil anos: desde que o Homo sapiens surgiu na África, viveu 94% de sua existência como caçador-coletor. Faz apenas 8 mil anos que se formaram as primeiras cidades e a monocultura de grãos como trigo e cevada se tornou nossa principal fonte de alimento.

No fundo, grande parte da sua massa encefálica foi moldada para o estilo de vida selvagem. É o chamado sistema límbico, responsável pelas emoções, impulsos sexuais e pelo instinto de sobrevivência – nosso “lado animal”, em suma. Ele é imediatista: prefere sempre ações que trazem resultado (e prazer) no aqui e agora. Faz sentido se você leva uma vida em que o foco é sobreviver até o final do dia, e não programar férias para daqui a cinco meses.

Nossos instintos paleolíticos dão muita dor de cabeça nos dias de hoje. É por causa deles, por exemplo, que amamos comer doces e frituras – alimentos que fornecem um caminhão de energia de uma só vez, algo raro na natureza –, mesmo sabendo que, no longo prazo, eles são prejudiciais à saúde. Também por isso é difícil fazer poupança para o futuro: gastar em comprinhas na Shopee dá prazer imediato, enquanto o dinheiro parado parece inútil para o pedaço mais uga-buga da sua massa cinzenta, completamente inocente da existência detítulos públicos.

Funciona também para a procrastinação. Acessar o Instagram, jogar um joguinho ou ver uma série na Netflix à 1h da manhã fornecem doses instantâneas de dopamina, um neurotransmissor (molécula mensageira do sistema nervoso) associado à motivação.  

Enquanto isso, adiantar um trabalho, estudar para uma prova ou organizar o guarda-roupa são tarefas que, além de desagradáveis, seguem a lógica de colher benefícios em longo prazo – e podem (quase) sempre ser deixadas para depois. O seu Piteco interior sempre vai preferir gastar energia e atenção com algo que traga resultado imediato.

Mas você não é um bicho irracional, é claro. Humanos têm um pedaço do cérebro conhecido como córtex pré- -frontal, onde ficam as capacidades que nos diferenciam de um golden retriever atrás de um petisco – planejamento de longo prazo, raciocínio lógico, o poder de prestar atenção em uma coisa só por horas etc. O córtex pré-frontal sabe que estudar inglês, ler um pouquinho de Tolstói por dia e não deixar trabalho acumular são decisões importantes, que darão frutos lá na frente.

O resultado, no fim das contas, é que há uma briga entre a parte vintage do seu cérebro, que quer guardar energia para objetivos imediatistas, e a parte racional, que ressalta empreitadas desagradáveis, mas necessárias. No fim das contas, você fica com o pior de cada uma delas: toda a impulsividade do seu lado ameba somada a toda a culpa que seu córtex pré-frontal, tão civilizado, é capaz de oferecer. Voilà: nasce a procrastinação.

É possível que a preferência por adiar exista em outras espécies também, mas é difícil afirmar, porque há poucos estudos. Pesquisas com pombos mostraram que as aves podem também ser procrastinadoras. Nos experimentos, os bichos foram ensinados a realizar tarefas simples, como apertar botões, para ganhar recompensas em comida. Eles tinham duas opções: realizar um trabalho simples imediatamente ou esperar um longo período para enfrentar uma tarefa ainda mais complexa depois, em troca do mesmo lanchinho.

Os resultados mostraram que os pombos preferiam quase sempre a segunda opção: mesmo que tivessem que se esforçar mais, podiam aproveitar um longo período de descanso antes do esforço. (1) Bem parecido com sua rotina, não é mesmo? Com a diferença, é claro, que os pombos não têm um grande córtex pré-frontal, então provavelmente não se sentem culpados por procrastinar como você.

(Nota: desde o começo deste texto, já parei para recolher a roupa no varal, assisti muitos vídeos de gatinhos e de receitas que nunca farei no TikTok, busquei uma outra playlist para ouvir e limpei a poeira do teclado. De volta à labuta.)

Nos últimos anos, foi possível verificar esse embate cerebral na prática em humanos. Em um estudo de 2021, cientistas descobriram que estudantes com um volume maior de massa cinzenta no córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo – uma região do cérebro associada ao autocontrole – eram menos propensos a procrastinar do que seus colegas. (2) Em contrapartida, um estudo de 2018 mostrou que a amígdala –  parte do sistema límbico responsável por detectar e reagir a ameaças – tende a ser mais desenvolvida em pessoas que procrastinam com mais frequência. (3)

Se o problema está nos neurônios, é possível, então, que a tendência a procrastinar tenha um caráter genético. Há poucos estudos sobre isso, mas uma pesquisa de 2014 analisou a procrastinação em gêmeos idênticos (que compartilham o mesmo DNA) e fraternos (diferentes) e concluiu que a característica é hereditária num grau “razoável”. A hipótese dos cientistas é que os genes envolvidos estejam ligados à regulação da já mencionada dopamina, o neurotransmissor da motivação. (4)

Divertidamente

Os psicólogos vêm estudando a procrastinação de uma perspectiva diferente da dos neurocientistas e têm chegado a algumas conclusões curiosas. Uma delas: o problema não é o controle do tempo, como prega o senso comum, mas sim o gerenciamento de emoções.

A procrastinação parece ser um mecanismo de defesa, um modo de lidar com sentimentos desagradáveis. Quando uma tarefa parece difícil, amedrontadora, tendemos a fugir dela o máximo possível. É comum que procrastinadores adiem tarefas por medo de enfrentarem desafios, de se colocarem à prova e de serem julgados.

“Quando adiamos uma tarefa, não é a tarefa em si que estamos evitando, mas sim as emoções negativas que associamos a ela e que não conseguimos regular”, diz Fuschia Sirois, professora de psicologia da Universidade de Durham, no Reino Unido, que estuda o tema há mais de 20 anos. “É por isso que digo que as emoções são o marco zero da procrastinação.”

O problema dessa estratégia de defesa é que ela mesma causa mais sentimentos ruins, como ansiedade e culpa – o que, por sua vez, incentiva ainda mais o adiamento das tarefas. É uma bola de neve que transforma tarefas inofensivas em monstros.

Por exemplo: em um famoso experimento dos anos 1990, estudantes universitários foram monitorados às vésperas de uma prova. Os pesquisadores pediram que eles atribuíssem uma pontuação à dificuldade que imaginavam que a prova teria. À medida que os dias se passavam e os estudantes procrastinavam, o grau de dificuldade ia aumentando na percepção subjetiva deles, e atingia seu nível máximo na véspera.

Os alunos que finalmente se sentavam para estudar, porém, percebiam que a prova não era tão difícil assim, e suas pontuações caíam nos dias subsequentes. A procrastinação, por si só, criou um monstro fictício que incentivava ainda mais o adiamento. É uma experiência comum: resolver em cinco minutos o que você procrastinou por dias.

Por causa disso, missões simples como mandar uma mensagem sensível para um amigo ou mesmo escrever um e-mail em inglês acabam virando batalhas hercúleas, que parecem consumir mais esforço e tempo na nossa cabeça do que realmente o fazem na prática.

Os procrastinadores também sofrem com uma outra armadilha cognitiva: a incapacidade de entender que você continuará sendo você amanhã, quando as consequências dos seus atos chegarem (o nome chique disso é raciocínio temporal). Tendemos a pensar no nosso “eu presente” e no “eu futuro” como seres distintos.

Quase literalmente: um estudo da Universidade da Califórnia fotografou o cérebro de voluntários enquanto eles falavam sobre si mesmos no presente e no futuro, além de discursarem sobre outras pessoas aleatórias, como celebridades. Os resultados mostraram que os circuitos cerebrais mais ativos quando os participantes falavam sobre seu futuro eram bem parecidos com os circuitos usados para pensar sobre a Gretchen ou o Barack Obama. Para o seu cérebro, seu “eu” de amanhã é um estranho. (5)

Nessa ilusão que criamos na nossa mente, o “eu futuro” estará sempre melhor – mais descansado, mais organizado, mais criativo, com mais energia… Por isso, vai conseguir cumprir essas missões com mais facilidade do que o “eu presente”. Esse viés cognitivo é conhecido como “falácia do planejamento” não à toa: é quase sempre uma mentira que usamos inconscientemente para reduzir a culpa de deixar o caos para depois.

Problema sério

(Em algum momento entre esses parágrafos respondi e-mails, passei um café, li notícias, fofoquei no WhatsApp e fiz meu skincare diário. Onde estávamos mesmo?)

O vício de adiar até o último momento não afeta todo mundo de maneira igual. Por ser fruto de uma má regulação das emoções, a procrastinação está ligada a traços como alto grau de autocobrança, ansiedade, insegurança, falta de autocontrole e impulsividade. Pessoas perfeccionistas também tendem a cair na armadilha porque temem concluir tarefas que poderão ser reprovadas por professores ou superiores.  

“Embora todo mundo procrastine, nem todo mundo é um procrastinador”, diz Joseph Ferrari, professor de psicologia da Universidade DePaul, em Chicago (EUA), e um dos pioneiros no estudo científico da procrastinação.

O pesquisador criou o conceito de “procrastinador crônico” – pessoas que, ao contrário de quem adia uma tarefa ou outra, costumam levar a procrastinação para todas as áreas da vida: estudos, trabalho, tarefas domésticas, compras, relacionamentos (enrolam para responder mensagens e marcar encontros, por exemplo), cuidados médicos, hábitos saudáveis (“mês que vem começo na academia”)…

Ferrari estima que até 20% dos humanos possam se encaixar nessa definição. Para eles, a enrolação não é escolha. “Dizer para um procrastinador crônico ‘simplesmente vá e faça’ é como falar para uma pessoa com depressão se animar”, diz Ferrari.

Por muito tempo, a ciência menosprezou os impactos reais da procrastinação crônica, mas revisões recentes da literatura mostram que o problema pode ser grande. Procrastinadores em série não só têm um desempenho pior nos estudos como também tendem a ter salários mais baixos e a trocar de emprego ou ficar desempregados com mais frequência. (6)

No campo das finanças, a procrastinação crônica está associada a comportamentos nada saudáveis, como poupar pouco para a aposentadoria, não pagar as contas em dia, fazer compras de última hora e não contar com um planejamento financeiro. (7)

A saúde física também pede socorro: procrastinadores crônicos evitam visitas de rotina ao médico e ao dentista, a realização de exames e a adoção de hábitos saudáveis. Além disso, vivem constantemente no estresse de lutar contra prazos – e uma vida estressante, por sua vez, dá um gás no hormônio cortisol, que diminui a capacidade do seu sistema imunológico de combater infecções. (8)

Está se identificando? O primeiro passo para combater o problema é reconhecê-lo. Parece bobo, mas não é: uma das características dos procrastinadores crônicos é viver em negação. “[Eles] são ótimos em arranjar desculpas”, diz Ferrari. A maioria sabe que procrastina, mas tenta terceirizar a culpa ou encontrar justificativas para o comportamento – é por causa do celular, do estresse, do trabalho em equipe, do trânsito…

A estratégia negacionista mais comum, segundo o professor, é tentar pintar a procrastinação como uma estratégia consciente de produção. É o famoso “deixo tudo para a última hora porque funciono melhor sob pressão”. Parece ok, mas há um problema – é pura ilusão.

O próprio professor Ferrari decidiu testar isso na prática. Em uma pesquisa, comparou a performance de procrastinadores crônicos com não procrastinadores em uma série de atividades simples. Aqueles que deixavam para cumprir tudo de última hora, sob a justificativa de que fariam melhor com a pressão, tiveram uma performance pior e maior taxa de erros. Na hora de julgar os resultados, porém, avaliavam erroneamente seu trabalho como melhor que o dos outros. Autoengano em estado bruto. (9)

Vence a lógica: fazer as coisas com calma resulta num trabalho melhor do que correr na última hora. Quem diria?

Como combatê-la

(Pausa para arrumar a cama, tirar o lixo, stalkear pessoas aleatórias no Instagram e se perder em vídeos e mais vídeos recomendados pelo algoritmo do YouTube.)

Ok: agora conhecemos as raízes biológicas e psicológicas da procrastinação. Mas a resposta que você provavelmente está buscando é: dá para fazer algo contra ela?

Dá sim. Mas é difícil, porque o mundo é construído de modo a punir atrasos em vez de recompensar adiantamentos. Vide dois exemplos clássicos: fatura do cartão de crédito e declaração do Imposto de Renda. Em ambos há multa para os atrasados, mas pouca ou nenhuma recompensa para quem se organiza e paga com antecedência. O resultado é que a população espera para dar satisfação em cima da hora, com o único objetivo de evitar a punição. Em 2024, não à toa, 13% dos brasileiros se apresentaram ao leão nos últimos dois dias do prazo.

A lógica ideal seria a contrária: recompensar avanços graduais na empreitada. E você pode empregar essa tática consigo mesmo. Para cada etapa de uma tarefa cumprida com antecedência, se dê algum benefício – uma pausa maior, um episódio da série, uma partida de seu game favorito etc.

Pesquisas também mostraram que técnicas de relaxamento ajudam a diminuir a ansiedade sobre uma tarefa e a tornam menos amedrontadora (o que automaticamente a torna menos procrastinável). A mais famosa é a meditação mindfulness. Dois estudos separados mostraram que estudantes que praticavam sessões rápidas de mindfulness eram menos propensos a procrastinar. (10)  

Na mesma linha, coletar o máximo de informações sobre uma tarefa que parece difícil e planejar o passo a passo de como você vai cumpri-la ajuda a tirar a imagem de monstro indomável dos afazeres. Por exemplo: em vez de “estudar” – uma missão extremamente genérica e indefinida –, anote na sua lista de tarefas as etapas específicas do processo: “Ler tal capítulo, assistir a videoaulas, fazer os exercícios, tirar as dúvidas”.

Quebrar obrigações maiores em minitarefas tem outra vantagem: aumentar nossa autoestima com biscoitos periódicos e criar uma bola de neve oposta. Pesquisas mostram que, quando você risca itens da sua lista de afazeres, se sente mais produtivo e relaxado, propenso a continuar na produtividade. Ao vencer as primeiras etapas da empreitada, as restantes vão se tornando menos e menos amedrontadoras – afinal, você percebe que consegue cumpri-las mais rápido do que pensava.

Nessa mesma lógica, uma dica é encaixar tarefas simples e pequenas no meio de momentos produtivos. Coisas como lavar uma única xícara, confirmar que recebeu aquele e-mail ou marcar uma consulta no dentista parecem inofensivas. Mas, justamente por serem rápidas, ficam para depois – eternamente.

Precisa mandar uma mensagem importante do trabalho? Aproveite e também responda aquele recado que está ignorando há dias no WhatsApp. Está esperando a água do café esquentar? Em vez de ficar parado na frente do fogão, limpe a mesa. Pequenas atitudes que derretem a bola de neve.

Para procrastinadores crônicos, o recomendável é buscar ajuda profissional. Abordagens como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) se mostraram eficazes na redução do problema. (11) Em casos mais graves, pode ser que a procrastinação seja sintoma de um problema maior, como depressão, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) ou transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

Por fim, uma outra estratégia pouco intuitiva já se mostrou eficaz contra a procrastinação: autocompaixão. Como vimos, a procrastinação é um comportamento humano, universal e inevitável até certo ponto. Tudo bem falhar um pouco – e se sentir mal por isso só piora tudo.

Não é papo de autoajuda: estudos mostraram que estudantes que se culpam mais por procrastinar entram num círculo vicioso de emoções negativas, como tristeza e culpa – que, por sua vez, levam a mais adiamento de tarefas. Aqueles que se perdoavam pelo vacilo, em contraste, tinham menos chances de voltar a falhar. (12) As mesmas pesquisas mostram que pessoas que tendem a se cobrar mais e são mais rígidas consigo mesmas estão dando um tiro no pé, porque a busca por aprovação é combustível para procrastinadores.

“Abordagens que focam em melhorar a regulação do humor foram comprovadas cientificamente como boas estratégias para reduzir a procrastinação”, diz Fuschia Sirois. “Isso inclui se tornar mais tolerante a emoções negativas, ter mais autocompaixão, ser receptivo e gentil consigo mesmo e reconhecer que ser imperfeito e procrastinar faz parte do ser humano.”

Se você chegou até o fim deste texto, procrastinando ou não a leitura, já é um bom sinal. Procrastinadores crônicos, por mais que saibam do problema, dificilmente se esforçam para resolvê-lo. Agora resta ir à ação. Não deixe para depois. 

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FONTE: Revista Superinteressante

Governo de Minas Gerais Anuncia Pagamento Retroativo e Data do 13º Salário para Servidores

GOVERNO DE MINAS GERAIS ANUNCIA PAGAMENTOS RETROATIVOS E DATA DO 13º PARA SERVIDORES

A Secretaria de Estado da Educação, comunicou novidades importantes para os servidores estaduais. Valores referentes ao pagamento retroativo do reajuste salarial de 11,36%, nos termos da Lei 22.062 de 21 de abril de 2016, já foram disponibilizados em folha extra para o mês de novembro de 2024.  

Pagamento Retroativo 

O montante pago corresponde aos reajustes de janeiro, fevereiro e março de 2016, acrescidos de percentuais adicionais de 10,06%, 12,84% e 4,62%. Os valores foram gerados automaticamente para servidores que estavam na ativa naquele período e permanecem na ativa sob a mesma admissão até novembro de 2024. Aqueles que estavam em afastamento preliminar à aposentadoria com paridade também foram incluídos.  

O contracheque já está disponível no aplicativo MGAPP e no Portal do Servidor, identificado como "11/2024 folha extra". O pagamento será realizado no dia 6 de dezembro de 2024.  

Restrições e Informações Pendentes

A Secretaria esclareceu que, por se tratar de pagamento automático, não há autorização para ajustes manuais. Também não há informações disponíveis sobre o pagamento para servidores que estavam na ativa em 2016, mas atualmente estão inativos, ou para aposentados com paridade nesse período.  

13º Salário 

Além disso, o Governador do Estado anunciou que o pagamento do décimo terceiro salário ocorrerá em 14 de dezembro de 2024. Contudo, os contracheques ainda não foram disponibilizados para consulta.  

A Secretaria de Estado da Educação reforça que novas informações serão divulgadas assim que forem definidas, buscando garantir a transparência e o esclarecimento aos servidores.  

Fique atento ao MGAPP e ao Portal do Servidor para atualizações sobre seus vencimentos e benefícios.

FONTE: Nota da S.R.E de Almenara

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

LITURGIA DE DOMINGO-08 DE DEZEMBRO DE 2024- 2º SEMANA DO ADVENTO

 Domingo, 8 de Dezembro de 2024

Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria, Solenidade, Ano C
2ª Semana do Advento
Leituras:
Gn 3,9-15.20
Sl 97(98),1.2-3ab.3cd-4 (R. 1a)
Ef 1,3-6.11-12
Lc 1,26-38 (Anunciação)
PRIMEIRA LEITURA

Porei inimizade entre ti e a mulher,
entre a tua descendência e a dela.

Leitura do Livro do Gênesis 3,9-15.20
9
O Senhor Deus chamou Adão, dizendo:
"Onde estás?"
10
E ele respondeu:
"Ouvi tua voz no jardim,
e fiquei com medo porque estava nu; e me escondi".
11
Disse-lhe o Senhor Deus:
"E quem te disse que estavas nu?
Então comeste da árvore,
de cujo fruto te proibi comer?"
12
Adão disse:
"A mulher que tu me deste por companheira,
foi ela que me deu do fruto da árvore, e eu comi".
13
Disse o Senhor Deus à mulher:
"Por que fizeste isso?"
E a mulher respondeu:
"A serpente enganou-me e eu comi".
14
Então o Senhor Deus disse à serpente:
"Porque fizeste isso, serás maldita
entre todos os animais domésticos
e todos os animais selvagens!
Rastejarás sobre o ventre
e comerás pó todos os dias da tua vida!
15
Porei inimizade entre ti e a mulher,
entre a tua descendência e a dela.
Esta te ferirá a cabeça
e tu lhe ferirás o calcanhar".
20
E Adão chamou à sua mulher "Eva",
porque ela é a mãe de todos os viventes.
Palavra do Senhor.

Salmo responsorial
Sl 97(98),1.2-3ab.3cd-4 (R. 1a)

R. Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
porque ele fez prodígios!

1
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, *
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo *
alcançaram-lhe a vitória. R.

2
O Senhor fez conhecer a salvação, *
e às nações, sua justiça;
3a
recordou o seu amor sempre fiel *
3b
pela casa de Israel. R.

3c
Os confins do universo contemplaram *
3d
a salvação do nosso Deus.
4
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, *
alegrai-vos e exultai! R.


SEGUNDA LEITURA

Em Cristo, ele nos escolheu,
antes da fundação do mundo.

Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios 1,3-6.11-12

3
Bendito seja Deus,
Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
Ele nos abençoou com toda a bênção do seu Espírito
em virtude de nossa união com Cristo, no céu.
4
Em Cristo, ele nos escolheu,
antes da fundação do mundo,
para que sejamos santos e irrepreensíveis
sob o seu olhar, no amor.
5
Ele nos predestinou para sermos seus filhos adotivos
por intermédio de Jesus Cristo,
conforme a decisão da sua vontade,
6
para o louvor da sua glória
e da graça com que ele nos cumulou no seu Bem-amado.
11
Nele também nós recebemos a nossa parte.
Segundo o projeto daquele
que conduz tudo conforme a decisão de sua vontade,
nós fomos predestinados
12
a sermos, para o louvor de sua glória,
os que de antemão colocaram a sua esperança em Cristo.
Palavra do Senhor.

Aclamação ao Evangelho
Cf. Lc 1,28

R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Maria, alegra-te, ó cheia de graça, 
    o Senhor é contigo!

EVANGELHO

Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 1,26-38

Naquele tempo,
26
no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus
a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré,
27
a uma virgem, prometida em casamento
a um homem chamado José.
Ele era descendente de Davi
e o nome da Virgem era Maria.
28
O anjo entrou onde ela estava e disse:
"Alegra-te, cheia de graça, 
o Senhor está contigo!"
29
Maria ficou perturbada com estas palavras 
e começou a pensar
qual seria o significado da saudação.
30
O anjo, então, disse-lhe:
"Não tenhas medo, Maria,
porque encontraste graça diante de Deus.
31
Eis que conceberás e darás à luz um filho,
a quem porás o nome de Jesus.
32
Ele será grande, 
será chamado Filho do Altíssimo,
e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi.
33
Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó,
e o seu reino não terá fim".
34
Maria perguntou ao anjo:
"Como acontecerá isso,
se eu não conheço homem algum?"
35
O anjo respondeu:
"O Espírito virá sobre ti,
e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra.
Por isso, o menino que vai nascer
será chamado Santo, Filho de Deus.
36
Também Isabel, tua parenta,
concebeu um filho na velhice.
Este já é o sexto mês
daquela que era considerada estéril,
37
porque para Deus nada é impossível".
38
Maria, então, disse:
"Eis aqui a serva do Senhor;
faça-se em mim segundo a tua palavra!"
E o anjo retirou-se.
Palavra da Salvação.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Um cantinho de Natal que iluminou nosso coração!

                                          Clique para ver outras imagens da S.R.E e da Secretaria de Educação

Ao visitar a Regional de Ensino em Teófilo Otoni com a Diretora Edileila, fomos surpreendidos por um pequeno cantinho decorado com o espírito natalino. Assim que cruzamos a porta de entrada, viramos à esquerda e subimos a escada, lá estava ele: um espaço singelo, mas repleto de beleza, com luzes piscando e enfeites que celebravam o nascimento de Jesus Cristo.  

Ficamos admirados. Aquele canto parecia preencher todo o prédio com uma energia especial. Não resistimos e registramos o momento com algumas fotos, guardando na memória a inspiração que aquele cantinho nos trouxe.  

Refletimos sobre a importância de levar o espírito natalino para nossos próprios espaços de trabalho. Afinal, passamos boa parte do dia ali, compartilhando desafios e conquistas com colegas que se tornam quase uma família. Naquele cantinho especial, vi mais do que uma decoração; vi um chamado para viver o Natal no coração. É preciso humanizar o ambiente, trazendo a essência da festa: acolher, compartilhar e transformar o dia a dia em um reflexo da luz de Cristo.  

Nossa colega Viviani, com sua sensibilidade e dedicação, trouxe também o espírito natalino para o nosso ambiente de trabalho ao organizar um cantinho de Natal na Secretaria de Educação. Cada detalhe reflete cuidado e amor, fazendo-nos lembrar que o Natal é tempo de união e partilha.

A coroação de tudo são as confraternizações, onde sorrisos se encontram, palavras carregadas de afeto são trocadas, e pequenos presentes tornam-se preciosos símbolos de amizade e gratidão. É nesse gesto coletivo que entendemos o verdadeiro significado do Natal: acolher e celebrar juntos. 🎄✨

Que "a luz do Natal ilumine não apenas nossas escolas, nossas salas de aula, nossa Secretaria de Educação, a Superintendência,  enfim nosso ambiente educacional, mas também nossas vidas." De coração tocado, agradeço a cada professor, diretor, supervisor, pai de aluno e colega técnico da secretaria por sua dedicação ao longo do ano.  Quanta batalha vencida!...

Que nossos ambientes de trabalho sejam muito natalinos o ano todo, não apenas nas cores e brilhos, mas na maneira como acolhem Jesus em cada gesto e palavra mas também como acolhemos cada colega de trabalho neste tempo de tanta iluminação.  

Feliz Natal e um Ano Novo promissor! 🎄✨  

@professordeodatogomes



segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

LEEI 2024: A Formação que Iluminou a Educação Infantil!

Clique na imagem para visualizar o álbum!

LEEI 2024: A Formação que Iluminou a Educação Infantil

Chegamos ao fim de mais um circuito de formação continuada, e nossa última aula do ano no LEEI, realizada em 30 de novembro de 2024, foi um verdadeiro encontro de emoção e celebração. O Seminário "Leitura e Escrita na Educação Infantil" marcou o encerramento de um ano de intensos aprendizados, trocas de experiências e crescimento profissional e humano. Enquanto a voz embargava de emoção, um gostinho amargo de saudade já adocicava nossos corações.  

Ao longo de 2024, nossas formações trouxeram temas que exploraram profundamente o ser docente na Educação Infantil, a leitura e a escrita como práticas culturais, e a conexão essencial entre infância, linguagem e literatura. Metodologias como a Tertúlia enriqueceram nossa vivência, permitindo que professoras mergulhassem no universo literário e ampliassem suas práticas pedagógicas.  

O Seminário foi fruto de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação de Carlos Chagas e o programa Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, alinhado ao Programa Leitura e Escrita na Educação Infantil. Durante o evento, vimos a apresentação dos Planos de Ação das cursistas, abordando as escolas onde atuam, percursos metodológicos e propostas para 2025.  

Entre as falas de destaque, o Secretário Municipal de Educação enalteceu a proximidade do Natal, pedindo que Jesus renasça em nossas salas de aula, que são o coração da escola. Viviani Moreira, articuladora do LEEI, e Rosilene Pêgo, formadora municipal, emocionaram a todos com palavras de agradecimento e reconhecimento das transformações trazidas pelo programa.  

Um dos momentos mais tocantes foi a apresentação da canção "A Paz", acompanhada de uma coreografia à luz de velas pelas cursistas. A música, que fala de esperança, perdão e amor, simbolizou o espírito do LEEI: a busca por uma educação sensível, transformadora e repleta de significado.  

Encerramos 2024 com a certeza de que hoje somos melhores do que ontem. Mais preparados, mais humanos, mais conectados ao nosso propósito de educar com amor e dedicação. Valeu, LEEI! Que venha 2025, trazendo novos desafios e ainda mais conquistas. 💖

domingo, 1 de dezembro de 2024

Um Ato Divino Multiplicado por Cinco: Registro de um Casamento Comunitário!

Ontem, às 18 horas, a Matriz de São Sebastião foi palco de um momento sublime: um casamento comunitário, onde cinco casais disseram “sim” diante de Deus e da comunidade. Esse evento, que mantém a essência do sacramento do matrimônio, apenas amplia sua beleza ao unir várias histórias de amor numa única cerimônia. As imagens dessa celebração estão disponíveis e vale a pena contemplá-las – são um reflexo da graça divina na vida da comunidade.  

O casamento comunitário é mais do que uma cerimônia. É um testemunho de fé, compromisso e amor partilhado. Assim como o Evangelho de São Mateus nos recorda que o homem e a mulher tornam-se uma só carne, ontem vimos cinco casais abraçarem essa verdade, confirmando votos de fidelidade, abertura à vida e entrega mútua.  

Que honra foi para mim e Terezinha sermos padrinhos de Valdemir e Glídia! Essa experiência reacendeu em nós as memórias do nosso próprio casamento comunitário, quando casamos junto com mais de 20 casais. A alegria foi ainda maior ao revermos amigos queridos, ex-aluno, como Leandro(Lobão) e Tayná,  André Sena com sua companheira Jô, compartilhando deste momento tão especial.  

O Padre Hugo conduziu a celebração com palavras profundas, recordando que o matrimônio é uma vocação, um chamado divino, longe de ser uma instituição falida. A troca das alianças no casamento comunitário foi emocionante. Sob a bênção de Deus, os casais selaram promessas eternas de amor e fidelidade. O beijo, cheio de afeto e significado, foi acompanhado por aplausos e alegria. Um momento sagrado, onde o amor humano encontrou o divino no altar do Senhor. O ápice da cerimônia foi a colocação da Eucaristia no altar, momento em que todos rezaram o Pai Nosso, reafirmando a presença de Deus no centro dessas uniões.  

Ao som da tocante "Cantiga de Matrimônio", do Pe. Zezinho, a comunidade presente testemunhou um ato divino que renova esperanças e fortalece laços: "Com Deus por testemunha (...) Pra sempre, sempre te amarei". Palavras da canção que pontuo aqui. Que esses casais sigam firmes na fé, com Deus como guia e testemunha de seus dias.  

Venham, vejam as imagens, deixem-se inspirar pela beleza do amor abençoado por Deus! 💒

Veja como ficou a postagem no instagram:

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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Movimente-se: Um Passo para Transformar Vidas-Curso do SENAR.

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Movimente-se: Um Passo para Transformar Vidas

Hoje, dia 29 de novembro de 2024, a sala de reuniões da CDL se transformou em um palco de aprendizado, troca e inspiração. O curso “Movimente-se: Saúde e Bem-Estar Através da Atividade Física”, ofertado pela Secretaria Municipal de Educação em parceria com o SENAR, reuniu 18 participantes – 16 alunos, a diretora Sara e a supervisora Luciana – para vivenciar um dia que foi além do conhecimento técnico: foi um convite à transformação.

Com o carisma e a simpatia de Marcelo, o instrutor, o grupo mergulhou em uma jornada de autoconhecimento. Entre sorrisos e reflexões, cada participante revisitou sua rotina: quantas horas de sono têm? Estão bebendo água suficiente? Como estão cuidando de sua alimentação e lazer? As respostas abriram caminhos para discussões profundas sobre saúde, autoestima e bem-estar.

A diferença entre atividade física e exercício físico, os perigos do sedentarismo e a importância da hidratação foram apenas alguns dos temas abordados. A prática na parte da tarde, cheia de energia, deu vida ao aprendizado, mostrando que a teoria ganha força quando é vivenciada.

O almoço, cuidadosamente preparado por Lucimaria, não foi apenas uma pausa, mas um momento de convivência e compartilhamento, onde ideias e sonhos ganharam voz.

Parabéns aos alunos das escolas João Beraldo e Tâncredo Neves, que, com entusiasmo, mostraram o poder da adolescência e da juventude. Às diretoras Sara e Rigléia, e à supervisora Luciana, que acreditam nos estudantes, o nosso reconhecimento. Porque educar é isso: mover vidas e plantar sementes de mudança. 🌟 Foi tudo que testemunhei.  

A nossa gratidão à Edinê, do SENAR, por tornar possível este curso tão enriquecedor e transformador.

@professordeodatogomes

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Um dia de aprendizado e ludicidade: o curso do SENAR

Um dia de aprendizado e ludicidade: o curso do SENAR

Hoje, 28 de novembro, um grupo de 20 professores da rede municipal e estadual viveu uma experiência enriquecedora ao participar de um curso promovido pelo SENAR. Sob a condução de Marcelo, um instrutor simpático e cativante, as horas passaram voando, repletas de atividades que despertaram reflexões e novas perspectivas para a prática docente.  

Com uma abordagem que integrou cognição, afetividade e psicomotricidade, os professores experimentaram o Método Situacional, aprendendo na pele o impacto de situações-problema e a importância da subjetividade no processo de ensino. Jogos como o cubo mágico, Sudoku e Jogo da Velha foram apresentados não apenas como entretenimento, mas como ferramentas pedagógicas de grande aplicabilidade. A ideia de criar pontes ao invés de abismos permeou todo o encontro, destacando o valor da convivência harmoniosa entre aluno e professor, aluno-aluno.  

Cada participante trouxe sua história e vivência. Alex, Cida, Irjanete e outros compartilharam suas jornadas na educação, enquanto Marcelo destacou que também aprendeu com o grupo. Professores como Edna Duarte, com 24 anos de dedicação, e a jovem Laiz, recém-chegada à profissão, formaram um mosaico diverso, rico em experiências.  

Ao final do curso, o sentimento predominante era de gratidão. Marcelo demonstrou como ensinar pode ser uma atividade criativa e prazerosa, enquanto os professores saíram com o compromisso renovado de aplicar o que aprenderam. Afinal, jogar, estudar e aprender dentro da sala de aula é possível — e transformador.  

Agradecemos ao SENAR, a Marcelo e a Edinê por tornarem este dia inesquecível! 🎲✏️

@professordeodatogomes

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Comentário sobre a Apostila do SENAR

Acesse aqui:https://drive.google.com/file/d/1NYVk2rfzqvXDNZV9vIbEcBPnp0IT37eo/view

A apostila disponibilizada pelo SENAR é um recurso valioso que complementa o aprendizado vivenciado no curso. Ela oferece um guia prático para a aplicação de jogos pedagógicos em sala de aula, permitindo que os professores revisitem e consultem o conteúdo sempre que necessário. Assim, as atividades propostas no curso podem ser facilmente incorporadas ao cotidiano escolar, enriquecendo o processo de ensino e aprendizagem.

Resumo do Conteúdo da Apostila

A apostila do programa Esporte na Escola apresenta métodos para tornar as aulas mais atrativas e interativas por meio de jogos pedagógicos. O material destaca:

Objetivos: Estimular o raciocínio lógico e criativo, promover bem-estar, socialização e um ambiente de sala de aula agradável.

Valores: Trabalhar respeito, saber ouvir e colaboração, estabelecendo um contrato de convivência entre alunos e professores.

Atividades Práticas: Jogos como o Jogo da Velha, Sudoku e Caçada Inteligente são apresentados com diferentes adaptações, abordando conteúdos de disciplinas como Matemática, Português e Ciências.

Metodologia: Foco em psicomotricidade, cognição e afetividade, com orientações para criar trincas, resolver problemas e estimular a criatividade dos alunos.

Adaptação Criativa: Incentivo para que os professores personalizem os jogos conforme a necessidade e contexto de suas turmas.

A frase marcante “Quem tem criatividade cria atividade” resume a essência do material, que inspira os educadores a inovar em suas práticas pedagógicas. A apostila não só apoia, mas também motiva os professores a transformar o aprendizado em uma experiência significativa e divertida.

Professor Deodato Gomes 

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

"Músculo e Longevidade: Como o Exercício Transforma Sua Saúde e Qualidade de Vida com o Passar dos Anos"

Você sabe como o exercício pode “salvar”sua vida à longo prazo e como o músculo é um alvo fundamental neste aspecto?

🏋️‍♂️Pois é, o exercício físico, em especial os treinamentos aeróbios e de força auxiliam no remodelamento muscular ao longo da vida e, principalmente, durante o processo de envelhecimento!

O exercício físico promove o aumento da massa muscular e da força, enquanto reduz a presença de gordura intramuscular e fibrose muscular, alterações disfuncionais observadas no sedentarismo, envelhecimento e obesidade.

Na imagem, podemos observar:

🔹 Triatleta aos 40 anos: Músculo com alta densidade, pouca gordura entre as fibrase mínima presença de tecido fibroso, o que reflete um ótimo estado de saúde muscular.

🔸 Sedentário aos 70 anos: A falta de estímulo físico ao longo da vida resulta em perda significativa de massa muscular e aumento da infiltração de gordura entre as fibras musculares, além de maior acúmulo de tecido fibroso. Essa fibrose reduz a elasticidade e a capacidade de regeneração do músculo, contribuindo para a sarcopenia (perda de massa muscular relacionada à idade) e a fraqueza funcional.

🔹 Triatleta aos 74 anos: Mesmo com o avanço da idade, a prática regular de exercícios preserva a qualidade muscular, mantendo baixa a quantidade de gordura intramuscular e de tecido fibroso. O exercício estimula vias anabólicas promovendo a síntese de proteínas musculares, remodelando o tecido e preservando a capacidade de força e mobilidade.

💡 Percebam que mesmo com 74 anos, o exercício foi capaz de prevenir alterações disfuncionais, comparado ao indivíduo de 70 anos, sedentário. Quando se compara o idoso de 74 anos com um triatleta de 40 anos, não são notadas diferenças de grande magnitude na estrutura do quadríceps.

Portanto, o exercício é essencial preservar a massa magra, minimizar o acúmulo de gordura e inibir o avanço da fibrose, garantindo maior funcionalidade e qualidade de vida à medida que envelhecemos. 💥

Lembre-se: Músculo e exercício são vida🚀

FONTE: @leomattaphd

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Fichamento: Envelhecimento e linguagem: algumas reflexões sobre aspectos cognitivos na velhice

 Fichamento: Envelhecimento e linguagem: algumas reflexões sobre aspectos cognitivos na velhice

Referência completa:

GAMBURGO, Lilian Juana Levenbach de; MONTEIRO, Maria Inês Bacellar. Envelhecimento e linguagem: algumas reflexões sobre aspectos cognitivos na velhice. Revista Kairós, São Paulo, v. 10, n. 1, p. 35-49, jun. 2007.

1. Tema do artigo:

O impacto do envelhecimento nas capacidades cognitivas, com foco na linguagem, a partir de narrativas e interações sociais.

2. Ideias centrais:

    O declínio cognitivo relacionado ao envelhecimento não é unicamente biológico, mas depende do convívio social e das oportunidades vividas ao longo da vida (p. 35).

    A memória e a atenção são as capacidades cognitivas mais afetadas com o envelhecimento, mas o grau de perda varia amplamente entre indivíduos (p. 40).

    A linguagem é central no processo de memória, sendo tanto um meio de reconstrução de lembranças quanto de produção de novas significações sociais e pessoais (p. 39).

3. Trechos relevantes:

    “Envelhecer é, ao largo das naturais mudanças físicas e sensoriais, também um processo de crescimento” (p. 47).

    “O discurso constitui lembranças e esquecimentos, organiza recordações e se torna um locus da memória partilhada” (p. 39).

    "As habilidades cognitivas são influenciadas por idade, escolaridade, saúde e contextos sociais e culturais" (p. 40).

4. Método:

    Entrevistas com seis idosos, utilizando narrativas de vida para compreender a linguagem no contexto do envelhecimento (p. 38).

5. Conclusões:

    O convívio social e o estímulo intelectual são fundamentais para preservar as capacidades cognitivas (p. 47).

   A linguagem permanece como elemento essencial para a constituição do sujeito, mesmo em fases avançadas da vida (p. 47).

6. Reflexão crítica:

O artigo desmistifica estereótipos sobre a velhice, mostrando que o declínio cognitivo é multifacetado e altamente influenciado por fatores externos. Ele enfatiza o potencial de crescimento e adaptação dos idosos, desde que inseridos em ambientes socialmente estimulantes.

Este fichamento resume os principais pontos do artigo, que pode ser utilizado como base para estudos sobre envelhecimento, cognição e práticas educativas voltadas para a terceira idade.


LEITURA NA 3ª IDADE: Uma Nova Perspectiva sobre a Cognição na Terceira Idade. -

Envelhecimento e Cognição: Reflexões e Lições para a 3ª Idade

Olá, amigos da 3ª idade! Hoje venho compartilhar algo especial com vocês. Após concluir a leitura do artigo científico "Envelhecimento e linguagem: algumas reflexões sobre aspectos cognitivos na velhice", selecionei algumas ideias importantes que podem ajudá-los a compreender melhor essa etapa tão rica da vida.

Vocês já se pegaram preocupados com pequenos esquecimentos ou com a sensação de que a mente já não é mais a mesma? Saibam que essas mudanças são comuns no processo de envelhecimento, mas não necessariamente indicam um declínio cognitivo irreversível.

O estudo revela que o convívio social e as oportunidades vivenciadas ao longo da vida têm um impacto significativo na saúde mental na terceira idade. A boa notícia é que, como bem destacado no artigo, “Envelhecer é, ao largo das naturais mudanças físicas e sensoriais, também um processo de crescimento.” Isso significa que novas experiências, aprendizados e conexões sociais podem fortalecer as capacidades cognitivas e proporcionar um envelhecimento mais ativo e satisfatório.

Manter a mente em movimento é fundamental. Atividades como leitura, aprendizado de novas habilidades, jogos que estimulem o raciocínio e interações sociais são ferramentas poderosas para preservar a saúde mental e a qualidade de vida.

Reflitam sobre isso: cada conversa, atividade ou desafio enfrentado é uma oportunidade de exercitar a mente e crescer emocionalmente. O envelhecimento é uma jornada rica em aprendizados e novas descobertas. Continuem cuidando de si, cultivando amizades, aprendendo e celebrando essa etapa única da vida.

Se quiserem ler o artigo e conhecer mais detalhes, vou deixá-lo disponível completo aqui. https://drive.google.com/file/d/12J2KG3rVFzyNG4kTPcnQxAdRe_5ALNRc/view?usp=sharing

Vamos ler e juntos fortalecer nossa mente e coração! 🌟

@professordeodatogomes