Na tarde de hoje, os professores da Educação Infantil da rede municipal de Carlos Chagas participaram de uma formação continuada, conduzida pela educadora Ândrea Vieira. O encontro foi marcado por reflexões profundas e debates sobre os desafios e práticas no processo de alfabetização e letramento das crianças na faixa etária da Educação Infantil.
Andrea Vieira iniciou a formação com uma provocação instigante: "Quando pensamos em processo de alfabetização e letramento no ciclo da Educação Infantil, o que te inquieta?" Essa pergunta, que aborda um dos dilemas centrais da educação infantil, foi prontamente respondida pelo Secretário Municipal de Educação, Deodato Gomes Costa. Ele destacou que a questão não apenas levanta preocupações técnicas, mas também um profundo dilema ético para os educadores: deve-se ou não alfabetizar na educação infantil? E, se sim, em que medida e de que forma?
A partir dessa reflexão, o Secretário enfatizou a complexidade do papel do professor, que precisa equilibrar o desenvolvimento natural da criança com a introdução gradual e cuidadosa do processo de alfabetização. A provocação de Andrea Vieira serviu como ponto de partida para que os participantes, incluindo, Patrícia Kely, Néia, Fernanda compartilhassem suas angústias, experiências e expectativas em outros momentos da formação.
A formação explorou conceitos fundamentais da alfabetização, baseando-se em definições clássicas e contemporâneas. Andrea destacou a definição do Dicionário Aurélio, que explica a alfabetização como "ensinar a ler, dar instrução primária, aprender a ler por si mesmo", e contrastou com a visão de Soares (2017), que ressalta que "alfabetizar é muito mais que apenas ensinar a codificar e decodificar."
Os professores foram guiados por uma discussão rica sobre os métodos de alfabetização. A formação abordou o método sintético, que enfatiza a correspondência entre som e grafia, e o método analítico, como global que defende a construção da leitura a partir de segmentos de sílabas e palavras. Foram explorados métodos específicos, como o fônico, que se baseia na associação entre fonemas e grafemas, e o método fonovisuoarticulatório, conhecido como "Método das Boquinhas", que integra estratégias fônicas, visuais e articulatórias.
Outro ponto central foi o desenvolvimento da consciência fonológica, considerada por Andrea como "uma habilidade cognitiva essencial no processo de alfabetização". A educadora destacou a importância de atividades lúdicas, como brincadeiras e poesias, para desenvolver essa habilidade nas crianças.
Ândrea apresentou a contribuição da pesquisadora Ana Paula Rigatti Scherer, que reforçou a importância da consciência fonológica na compreensão do sistema alfabético de escrita.
Por fim, ao retomar a pergunta inicial, a formadora Andrea Vieira buscou esclarecer o papel da educação infantil no processo de alfabetização. Ela afirmou que a função primordial dessa etapa é dar suporte para que as habilidades de ler e escrever sejam desenvolvidas de forma adequada e em tempo hábil, preparando as crianças para os desafios futuros da escolarização.
A iniciativa reflete o compromisso da Secretaria Municipal de Educação em capacitar seus profissionais, garantindo que estejam preparados para enfrentar os desafios do ensino da leitura e escrita desde os primeiros anos escolares. Ao final do encontro, os professores saíram inspirados e equipados com novas estratégias para aplicar em sala de aula, fortalecendo o processo de alfabetização e letramento na Educação Infantil.
A formação de hoje reafirma a crença de que, com conhecimento e dedicação, é possível transformar a educação e garantir um futuro melhor para as crianças da nossa cidade e que este trabalho começa muito cedo junto às nossas crianças da educação infantil.
@professordeodatogomes
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