Esse poema atribuído ao heterônimo Ricardo Reis, de Fernando Pessoa, me acompanha desde o Ensino Médio, vejo que ele revela uma filosofia que valoriza a plenitude e a harmonia em todas as ações humanas. Como pedagogo e gestor escolar, trago sempre as ideias que vejo nos textos que leio para o ambiente escolar. Neste poema consigo ver uma orientação valiosa para a educação e a aprendizagem. Ricardo Reis exorta-nos a sermos inteiros, a não excluirmos ou exagerarmos, mas a colocarmos o máximo de nós mesmos em tudo o que fazemos, mesmo nas menores tarefas. Este ensinamento ressoa profundamente no contexto escolar.
A escola, como ambiente de humanização, deve ser o espaço onde cada estudante encontra a oportunidade de ser inteiro. Cada projeto pedagógico, cada aula, deve refletir a importância de pôr o melhor de si no que se faz, pois é na singularidade de cada ato que reside o brilho da aprendizagem verdadeira. A metáfora da lua, que, mesmo alta, reflete-se inteira em cada lago, inspira a ideia de que, independentemente das circunstâncias, a essência plena de cada indivíduo pode iluminar o ambiente ao seu redor.
Para educadores e gestores, este poema é um convite à reflexão sobre o papel da escola: um lugar que não exige perfeição, mas autenticidade, plenitude e um compromisso em promover o melhor em cada estudante e em cada momento educativo.
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