Bullying

quarta-feira, 30 de abril de 2025

Tindolelê, bolinha de gude e o abraço da palavra: um dia para nunca mais esquecer na Escola Aymar Westin Nobre!

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A Letra que encanta, a palavra que liberta: emoção e celebração na abertura do Projeto de Leitura da Aymar Westin Nobre

O dia amanheceu diferente na Escola Municipal Aymar Westin Nobre. Uma atmosfera vibrante, carregada de expectativa e o doce perfume de páginas novas pairava no ar. Hoje, não era um dia letivo qualquer. Era o dia de celebrar o poder da leitura, o portal mágico que nos transporta para outros mundos e nos faz enxergar a nossa própria realidade com olhos mais curiosos e perspicazes. E eu tive a honra de testemunhar, de corpo e alma, a abertura oficial do aguardado PROJETO DE LEITURA, liderado com a garra e a sensibilidade da supervisora Maria Souza.

A mesa de abertura era um palco de afetos e saberes. Ao lado da incansável Maria, a escritora Dalva Lúcia, um farol literário da nossa cidade, irradiava simpatia. Sua presença era um presente para todos ali, um testemunho vivo de que as palavras podem florescer e tocar corações. E Emília Silva, a contadora de histórias com a voz que embala sonhos, completava o trio de convidados, ao lado deste humilde blogueiro, que sente na escrita a pulsação da vida.

A voz suave, mas firme, de Maria ecoou pelo pátio, apresentando cada convidado com a reverência que a paixão pela educação inspira. E então, a magia começou. Professoras e professores da casa subiram ao palco, seus corações palpitando poesia, para declamar versos da obra infantil de Dalva Lúcia, o encantador "Tindolele". Cada poema recitado era uma pincelada de cor na tela da imaginação. Luana nos fez sentir a leveza de "A Bola", Rose acarinhou nossos corações com a ternura de "A Boneca de Pano", Pedro nos contagiou com a alegria de uma brincadeira encenada, um aluno nos fez reviver a nostalgia da "Bolinha de Gude", e Sandra emocionou a todos com sua ode à "Escola". Era lindo ver como as palavras de Dalva ganhavam vida nas vozes de seus colegas de profissão, enquanto a própria autora, ali presente, recebia essa homenagem com um brilho nos olhos que falava mais que mil discursos. E a própria Maria, com a maestria de uma regente, costurava os momentos, declamando trechos, chamando os artistas da palavra ao palco, num balé de afeto e reconhecimento.

Quando Dalva Lúcia tomou a palavra, sua voz carregava a força da experiência e a doçura da alma de uma mestra. Ela não apenas apresentou seus livros, mas abriu seu coração, compartilhando a jornada de uma vida dedicada à escrita e à educação. Lembrou com carinho dos muitos professores ali presentes que outrora foram seus alunos, tecendo um laço de afeto que atravessa gerações. Sua homenagem à supervisora Maria foi um reconhecimento emocionado à liderança inspiradora. E para as crianças, suas palavras foram um incentivo precioso, um convite a desbravar os universos infinitos contidos em cada livro.

Na minha humilde participação, tentei plantar uma semente de curiosidade nos corações infantis. Comecei lembrando que, nos primórdios da humanidade, a escrita e a leitura não existiam. Que essa invenção extraordinária revolucionou a nossa história, permitindo que o conhecimento fosse transmitido e a imaginação alçasse voos cada vez mais altos. Expliquei que, embora a fala seja natural, a escrita e a leitura exigem dedicação, carinho e paciência, como um artesão que molda com esmero a sua obra. Compartilhei com eles o meu amor pelo meu blog, esse diário virtual onde as histórias da nossa cidade ganham voz, onde os feitos das nossas escolas são celebrados e onde as pessoas que fazem a diferença são homenageadas. E deixei um convite aberto: que cada aluno se sinta um pequeno cronista do seu mundo, escrevendo sobre sua escola, sua família, seu bairro.

A magia contagiante de Emília Silva tomou conta do ambiente em seguida. Com a arte de quem tece sonhos com a voz, ela nos presenteou com duas histórias que prenderam a atenção da plateia mirim. Pela manhã, "A Menina Mentirosa" nos ensinou, com a leveza de uma fábula, o valor inestimável da verdade. À tarde, fomos transportados para a infância da própria Emília, através da história "O Padre e o Menino", uma narrativa que ecoava a sabedoria popular transmitida por seu pai, o Sr. Zé Beato, também um contador de histórias. A emoção tomou conta quando Emília revelou ter encontrado a mesma história, anos depois, no livro "Histórias que o povo conta", um elo mágico entre a memória afetiva e o tesouro da literatura.

Um momento singelo, mas profundamente significativo, me tocou durante o evento. Tive a oportunidade de ler um poema criado por um aluno da dedicada professora Eliana. Inspirado pela metáfora da janela como uma lente para ampliar nossa visão de mundo, proposta em sala de aula, a criança poeta traduziu em versos a capacidade da leitura de nos abrir para novas perspectivas. Uma prova viva de que a semente da criatividade, quando bem cultivada, floresce em belas palavras.

Minha gratidão pelo convite para participar dessa celebração da leitura é imensa. Parabéns à Escola Municipal Aymar Westin Nobre, à supervisora Maria Souza e a toda a equipe de professores por colocarem a leitura e a escrita no centro do processo de aprendizagem. Que este projeto continue a iluminar os caminhos de nossas crianças, abrindo janelas para um futuro repleto de conhecimento e imaginação.

E para finalizar este relato carregado de emoção, ecoam as palavras sábias e sentidas de Emília Silva, a contadora de histórias que tocou fundo em nossos corações: “O encontro foi um abraço cultural que envolveu diferentes gerações.” E com uma ponta de melancolia, ela nos lembrou de uma realidade que nos convida à reflexão: “As crianças não brincam mais de boneca nem de bolinha de gude, as telas tomaram o lugar do encanto.” Que este projeto de leitura seja um farol para resgatarmos o encanto das histórias, a magia das palavras e a riqueza da imaginação em nossos pequenos.

Valeu, Maria! Valeu, Istênia! Valeu muito professores! A semente da leitura foi plantada com amor e a colheita, com certeza, será farta e transformadora.

2 comentários:

Rose Soares disse...

Fantástico Deo 👏🏻👏🏻👏🏻

Deodato Gomes Costa disse...

🌟 Muito obrigado, querida Rose! Fico feliz que tenha se emocionado com esse relato. Foi realmente um momento mágico, daqueles que aquecem o coração da gente e renovam nossa esperança na força da educação. Que bom que estamos juntos nessa caminhada de semear palavras e cultivar sonhos. 💛📚✨