Bullying

sábado, 15 de novembro de 2025

“Rotas da Liderança”: quando os Gestores de Carlos Chagas pararam para ouvir suas Emoções!

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“Rotas da Liderança”: quando os Gestores de Carlos Chagas pararam para ouvir suas Emoções!

Na manhã do dia 13 de novembro de 2025, a sala de reuniões da Secretaria Municipal de Educação de Carlos Chagas ganhou um novo ritmo. As cadeiras, dispostas em fila, anunciaram que ali não haveria apenas uma formação técnica, mas um encontro humano. Diretores, vice-diretores e supervisores escolares chegaram aos poucos, alguns sorrindo, outros calados, todos carregando consigo o peso e a beleza do cotidiano escolar. O que ninguém imaginava é que aquele encontro — uma oficina de quatro horas — se tornaria um marco silencioso na forma de liderar em nossas escolas.

A oficina “Rotas da Liderança – Inteligência Emocional”, ofertada pelo Sebrae Nacional, com escritório em Nanuque e conduzida pelo consultor e psicólogo organizacional Jerry, foi anunciada com entusiasmo:

“Fala, pessoal! Aqui é Jerry, psicólogo organizacional e consultor do SEBRAE. Quinta-feira estaremos juntos para falar sobre inteligência emocional, estratégias, técnicas e formas de conhecer melhor as nossas emoções e as das pessoas que lideramos...”

O convite já antecipava o espírito da formação: liderança não se faz apenas com planejamento, números e relatórios, mas com a habilidade fina de ler o invisível — aquilo que pulsa dentro de cada ser humano.

Um filme, um espelho e o impacto das perguntas certas

A oficina começou com uma dinâmica de apresentação e, logo depois, um filme que provocou questionamentos profundos. “Qual é a mensagem desse filme?”, perguntou Jerry. Os gestores, tocados pelas cenas, falaram sobre decisões difíceis, humanidade e limites. Era apenas o início.

As perguntas se tornaram ainda mais incisivas:

“O que você vai fazer com o medo?”
“Você consegue controlá-lo?”

A discussão abriu espaço para que cada participante reconhecesse o efeito das emoções no corpo, na fala, no comportamento online e até na forma de conduzir uma reunião. A ansiedade — tão presente na rotina escolar — foi reinterpretada não como inimiga, mas como um alerta. A resiliência, por sua vez, foi descrita como a capacidade de voltar ao centro, de não ultrapassar o próprio limite.

O ambiente ficou mais leve quando o grupo falou de esperança:
“Como estou me sentindo?” — pergunta simples, mas profunda, que guiaria toda a vivência.

As “Carinhas das Emoções”: pequenas figuras, grandes revelações

Em seguida, uma folha com dezenas de expressões foi entregue aos participantes. A proposta era escolher duas carinhas que representassem o estado emocional daquele instante. Alegria, ansiedade, otimismo, exaustão, serenidade — cada rosto dizia algo que muitas vezes as palavras não conseguem revelar.

A atividade ajudou o grupo a perceber que a liderança começa no reconhecimento da própria emoção. A partir daí, abre-se espaço para compreender com mais empatia o que sentem os professores, alunos e colegas de equipe.

As 7 inteligências, os “vampiros de energia” e o peso das influências

O encontro avançou para as sete inteligências múltiplas e para a ideia de que o cérebro é guiado, em grande parte, pelo nosso inconsciente. Jerry introduziu a metáfora dos “vampiros de energia” — pessoas e situações que drenam forças e exigem liderança assertiva para serem enfrentadas.

As reflexões se tornaram práticas:

“Você quer ser líder?
Quer ter responsabilidade sobre o serviço de pessoas?”

A pergunta provocou silêncio. E, depois dele, entendimento. Liderança não é cargo; é disposição para servir, inspirar e sustentar o grupo nas tempestades.

A oficina que fez cada gestor olhar para dentro

A segunda atividade de grande impacto foi o Anexo “Minhas Emoções”, uma espécie de diálogo confessional entre dois participantes que não se conheciam. Perguntas como:

  • Acho que você me percebe como…

  • Fico mais triste quando…

  • O que me deixa feliz é…

  • Fico irritado no meu trabalho quando…

permitiram trocas íntimas, sinceras e completamente confidenciais.

Foi, para muitos, um momento raro: alguém ouvir, de verdade, como você se sente.

O sentido da liderança educacional

Entre anotações e falas, a oficina lembrou que:

  • não existe motivação externa — só a automotivação, e o líder deve criar condições para que ela floresça;

  • o diálogo é insubstituível: “O clima está horrível, vamos sentar e conversar”;

  • problemas no trabalho muitas vezes têm raízes em dores pessoais;

  • propósito e sentido devem guiar as decisões;

  • criticar a instituição de dentro dela mesma destrói confiança;

  • confiança é a base de qualquer equipe.

Até o slogan da Coca-Cola foi evocado como metáfora:
“Refrescar o mundo” — cada escola também tem uma missão, uma visão e valores que precisam ser vividos no cotidiano.

Uma manhã que ficará na história das nossas escolas

A oficina terminou com a certeza de que liderar é, antes de tudo, cuidar das emoções — as próprias e as dos outros. Os gestores saíram diferentes do que chegaram: mais atentos, mais humanos, mais preparados para conduzir suas equipes com equilíbrio, escuta e coragem.

A SME avalia que este encontro não foi apenas uma formação, mas um ponto de virada. As vivências compartilhadas servirão de parâmetro para o crescimento profissional e emocional das equipes escolares, fortalecendo a cultura de colaboração e confiança que desejamos para a Educação de Carlos Chagas.

Porque, no fim, como nos lembrou o consultor Jerry,
liderar é sentir — e permitir que o outro também sinta.

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